terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sei lá

Sei lá
É estranho
Até não imaginar...
A gente junto por aí
Como Salsicha sem Scooby
Falta algo... Por mais que a gente não assuma...
Sei lá...
Tenho enxergado tudo distorcido
Como uma criança que pede um livro
Sem ao menos saber ler
Não sabe o que fazer com ele
E folheia
E rabisca
Estragando
Ou consertando o que já era ruim?
Tanto faz
Ninguém lê mais mesmo
A internet acabou com tudo
Sei lá...
“Ta aí o que você queria”
São frases que saem de nossas bocas
Quase que simultaneamente
Bocas antes falavam coisas doces
Agora se acusam e causam dor?
Por que?
Sei lá...
A correria do dia
Me lembra da frieza dos fatos
Como devagar as coisas acontecem
Ah
Como eu queria que a vida fosse um eterno shopping em fim de ano
Daqueles dias que tudo se vale a pena fazer
Até mesmo correr
Porque nesse dia
Diferentemente do que achamos dos nossos dias
Nesses dias
O tempo não é só o tempo
O tempo são os minutos
E os meus
Sem você
Fazem toda a diferença
E você?
“Sei lá...”

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Vou quebrar meu celular

Vou quebrar meu celular
De quebra, quebro o chip também
Vou quebrar meu celular
Só assim não tem mais gente me ligando de madrugada
Aí, meu sono vai ser bem melhor
Vou quebrar meu celular
Pra não lembrar de todos aqueles nomes que não sei mais quem é
Vou quebrar meu celular
Só assim não espero mensagens que não vem
Vou quebrar meu celular
Com isso ligações que me deixariam animado
Mas que no fundo foi engano não acontecerão
Vou quebrar meu celular
Porque ai ele não desperta mais de manhã
Me lembrando de um dia cheio de coisas pra fazer
Que não quero fazer
Vou quebrar meu celular
Só assim eu chego atrasado no trabalho e falo com a cara mais aliviada:
“Meu celular não despertou”
Vou quebrar meu celular
Só assim eu sumo
Ninguém me acha
Ou se lembrará de mim
Vou quebrar meu celular
Aí ninguém que não me interessa tanto vai conseguir falar comigo
Pra me desejar feliz aniversário, Natal ou Ano Novo
Vou quebrar meu celular
Porque daí ninguém me liga perguntando qual é a boa
E nunca pra me dizer qual é...
Vou quebrar meu celular
Porque assim deixo de ser apenas mais um número na agenda de alguém
E passo a ser alguém na vidade de alguém, sem um celular
Vou quebrar meu celular
Mas e se você quiser falar comigo?
É tanto faz... Porque quem sabe só assim você me procura
E me fala olhando nos olhos, tudo aquilo que você quer falar
Quem sabe assim, tudo fica melhor, tudo fica bem...
É tai... Vou quebrar meu celular...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Sem título provisório

E foi
Como naquele dia que não quis o Quiabo
“Faz bem”
“Come”
Eu ouvi de gente que gosta de porcaria também
Ou acho que ouvi
Tem frases que a gente acha que escuta sem escutar, porque no fundo deveria ter escutado
Ou queria
Como aquele singelo e talvez não sincero:
“Eu também”
Que não vem e faz até eco de tanto silêncio
O meu melhor é como eu lido com o meu pior
Eu li
E gostei
Mas e quando não sei lidar com o meu pior?
Não tenho melhor?
Jiló
Eu também não curto
Coisa sem gosto, estranha, nojenta
Será que existem Jilós disfarçados por aí?
Por que faço certas coisas?
E por que tenho muito mais por que, do que “porque”?
Mas se o "porque" ta no fim, por que não tem acento?
“Por causa das aspas” responderia alguém
Sim
A vida e suas aspas
Sempre culpando alguém de ter dito algo antes do que se queria dizer
Perfume enjoado
Já falei muito por ai
E tem gente que não gosta
Deveria eu ter usado aspas?
Mandado um e mail no dia de domingo?
Ou ter feito um convite já se dando um não?
Sim
Eu sei
Como um não bem feito
Coisas estranhas
Coisas bem estranhas
Aconteceram naquele dia que eu
Por algum motivo qualquer
Não quis o quiabo...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

You Oughta Know

Faço em cima do último porque assim dá sorte
Sorte? Que mania de querer sempre achar solução
Sempre quis que as coisas no mínimo “fossem”
Mas descobrir que só de “não ser” já ta bom
Em um dia que tudo mudou, me vi sozinho
Como se tivesse um braço para duas luvas
É a verdadeira imagem do desperdício
Não ter ninguém pra dividir meu guarda chuva
O pessimismo é inevitável
Mas dizem que há outra modo de ver as coisas por inteiras
E assim só continuo com dúvidas
Será que você me viu de outra maneira?
Se me viu da maneira que nunca fui
E talvez um dia que nunca serei
Foi você que me enxergou errado?
Ou mais uma vez eu que errei?
Se errei tanto faz
Isso nunca vou mudar o que aconteceu
Os momentos em que fomos um ou mais
Dos eternos encontros do seu olhar com meu
As confidências que um dia fizemos
As promessas de sermos mais que dois
Prefiro pensar que isso não é o fim
Os planos apenas ficaram pra depois
Sei que nada é por acaso
Como tudo que em pouco tempo você me deu
E que todos que passam tem um propósito
Só ainda não descobri na minha vida, qual foi o seu...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Seguir...

Silêncio
Que dói até quando faz barulho
Mesmo quando não sei
Acabo sabendo que é
Ou sentindo que é
Que estranho
Na verdade é normal
Como tudo que vai
Que vem
E passa
Mas não passa
Vai passar?
Eu me pergunto
Parece que não...
Mas tanto faz
Resolvi enfrentar
Ir em frente
Acabar com mitos e lendas que eu mesmo criei
Na verdade nessa história, só eu criei...
Já fugi demais
Ta na hora de seguir
De encarar as frustrações
Que no fundo
Vão doer menos que o silêncio que já parou de fazer
Sim
Vou mudar
Sem copo d'água ou dia de sol
Não quero esperar nada acontecer
Nada mudar
Tudo vai acontecer do jeito que tá
Pois...
É melhor ouvir
Do que se calar
É melhor agir
Do que nada fazer
É melhor ser
Do que não ser
Pra mim de hoje em diante
Vale muito mais
O que me faz bem
Do que o que quero

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Primeiro amor

Há 17 anos, lembro vagamente de um domingo não tão qualquer como o de ontem, em que um moço simpático de cabelos grisalhos comandava o meu time de coração e o levava para ser campeão. Alguns anos depois descobri que aquele moço era o Júnior um dos melhores laterais de todos os tempos, e aquele título era o Brasileiro de 92... Anos se passaram, frustrações aconteceram e 17 anos depois pude ver tudo àquilo bem de perto.
Hoje, dia 07 de dezembro é praticamente feriado no Rio de Janeiro e no Brasil, é um dia em que todo o amor inexplicável que se sente realmente é recompensado, toda a falta de lógica é deixada de lado e somos recompensados por amar algo que aprendemos a amar desde que nascemos e que não recebemos nada em troca.
Um amor de um flamenguista não liga pra dinheiro, bens ou posses. É um amor sincero, quase de mãe para um filho que no caso é mais velho que nós, mas tratamos como criança e só queremos o sucesso.
Somos odiados por todo o resto que existe, mas é claro, ninguém gosta de ver a festa que fazemos, a alegria que temos, mesmo quando perdemos é nossa foto que sai no jornal e como um amor bandido quando perdemos, somos zoados, nos choramos, xingamos, dizemos que Flamengo nunca mais... Mas é só ter mais uma vitória que voltamos como se nada tivesse acontecido e torcemos, gritamos e como uma mãe que perdoa um filho que fez besteira enchemos novamente a “nossa casa”, que dizem ser de todos, mas ninguém se encaixa lá melhor
“Eles são ricos e você ta aí” sempre ouvimos isso, e sim sabemos que é uma verdade, mas dane-se o amor é pelo time e não para quem está lá, até porque quem está tem que saber que ele quando coloca aquela camisa, quando veste o manto está jogando por 35 milhões de apaixonados que queriam estar ali, mas infelizmente não podem, e se não agüentam essa pressão é melhor mesmo que sumam que mudem de clube mesmo e só fiquem se for pra honrar nós torcedores que não recebemos, só damos e merecemos respeito e consideração como pagamento.
A vitória é boa, o título também, mas vivemos anos de jejum e verdadeira conflitos de amor e ódio em que exageramos e as vezes somos "exagerados",mas juramos que é sempre tudo por amor, um amor que não se explica um amor que não morre e só cresce e crescerá ainda mais, pois hoje, todo o nosso amor foi recompensado e eu que já deu tanto, hoje só posso agradecer... Obrigado Flamengo por existir.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Volta

A dor...
Descobri que dor não é sentir
Mas sim
É não sentir
A dor
É não ver mais um nome aparecendo no celular
É não ligar dizendo
Nem ouvir
Meio que do nada
"Boa noite"
A dor
É o vazio da saudade do que já não é mais
E talvez nem seja
Mas é muito abstrato
Cadê a realidade?
Espero outros falarem da minha vida
Pra mim
Cadê minha força?
Acabou...
Cansei
Resolvi não fazer nada
Vou fingir que nada acontece
Que a frustração não existe
Mas pera...
Só de fingir
Já faço
E muito
Pois ando preocupado com o que acham de mim
E o que acho deles?
Não importa?
Espero muita coisa
E continuo esperando
Ironia do destino
Logo eu que nunca tive muita paciência de esperar
To deixando o destino me levar
Que piada
E ele leva?
Pra onde?
Pra quem?
De volta?
Quem sabe...
Só o que importa
É o que é...
E o que sou
Pois
Até que enfim
Aprendi
Que ninguém
Hora nenhuma
Em momento nenhum
Haja o que houver
Vai poder dizer
Que não sou bom
Pois o que sou
Nesse momento
Só cabe a mim...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lula "O Filho da Puta"

Mais um filme é lançado no mercado nacional dentre tantos outros. Aparentemente apenas mais um filme inocente sobre um ser que nasceu na miséria e chegou a ser “alguém” na vida... Sim, essa história inocente parece ser um retrato muito comum da nossa nação... Mas... A vida sempre tem um mais
O filme em questão seria totalmente inocente sim se não se chamasse “Lula o filho do Brasil” e contasse a história de nosso digníssimo presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Então, quando vi sobre o lançamento do filme pensei: “Putz, que palhaçada”, “Dois filhos de Francisco 2” algo assim... Mas não tive uma visão muito crítica e profunda do assunto até que lendo a veja dessa semana (não fui influenciado, apenas abri os olhos) minha visão sobre o assunto mudou bastante.
Lendo sobre o filme e de como ele surgiu, percebo que o que aconteceu foi uma tentativa de mitificar Lula contando sua trajetória de vida nos cinemas de uma maneira poética e linda, se eu quiser até a minha história fica assim porra. Tudo já foi armado, o lançamento do filme será esse mês a globo passará ele em março através de uma minissérie de alguns capítulos e depois sairá em DVD, preciso falar pra vocês o que acontecerá em 2010? Sim as eleições presidências...
Voltando ao filme, a matéria da revista diz que o filme foi baseado na biografia de Lula e faz a comparação de alguns fatos que são mostrados no filme e o que realmente aconteceu. O que se percebe é uma tentativa totalmente desesperadora de transformar o Lula em um novo Messias, já que frases são inventadas, situações são distorcidas e qualquer coisa que tenha acontecido na vida que o mostra como ser humano que tem raiva, inveja, ou vive situações constrangedoras foram totalmente esquecidas do filme, elas não aconteceram?? Ele foi santo? E o dedo que dizem que ele cortou de proposito?
O filme já é visto como uma ótima arma para a campanha presidencial de Dilma Rousseff com sua cabeça gigante e ser ar de superior e de quebra fortalecer ainda mais o PT em outras cadeiras.
E não para por aí... Todas as empresas patrocinadoras do filme das quais não me lembro mais quem são, tem ou tiveram alguma ligação ou foram beneficiadas pelo governo ou alguém lá de dentro. Essas empresas doaram valores absurdamente mais altos do que os padrões do cinema nacional e a distribuição será também a maior vista até hoje.
O que mais posso dizer? Lembro-me que antes de 2002 o PT virou moda, jovens achavam que se o partido chegasse ao poder tudo mudaria, eram comum ver bandeiras e aquelas camisas vermelhas com a estrela do partido perambulando por ai... E sete anos depois o que mudou? Os jovens não são tão jovens, inúmeros escândalos apagaram o brilho da estrela pela qual nunca simpatizei (sim me orgulho de nunca ter votado no Lula), viram que o partido era apenas mais um na sujeira da política Brasileira e perdendo a força que tinham resolveram agora lançar o filme e transformar o presidente no maior cabo eleitoral já visto desde de Jesus Cristo, levando a sua história de vida ao cinema e no fundo conseguindo sim me fazer chorar, não de emoção, mas de raiva...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

As flores de plástico não morrem

Nós sempre nos orgulhamos de sermos seres únicos. Orgulhamos-nos de termos jeitos diferentes de todos, aparências inconfundíveis, exaltamos personalidades únicas e deixamos bem claro o tão famoso “nosso jeito”, declaramos ditados de gostos diferentes, preferências... Mas no fim das contas a gente nunca entende essa diferença no outro.
Acho que isso já vem da nossa dificuldade de lidarmos com momentos de sacrifícios, momentos de adversidades e tudo que vai contra o que achamos que tem que ser.
A sociedade moderna perdeu um pouco o “tato” de lidar com a indiferença de pessoas já que tudo agora é resolvido online, através de emails, e problemas de discordância se resolve às vezes com tiros, porradas e guerras... Nunca se entendendo
Partindo do geral para o particular, hoje em dia não temos mais a “paciência” ou habilidade de lidar com aquela pessoa “chata”, aquela pessoa que não nos agrada, que não vamos com a cara, que o santo não bate, entre outras coisas. Ao invés de tentarmos resolver, dar uma chance quem sabe, entendermos que as pessoas realmente são diferentes... Não, a gente simplesmente fecha a cara, foge, se afasta, deixa de sair com amigos porque não gostamos ou simplesmente não vamos com a cara de determinada pessoa... Alguém pode realmente acabar com nosso ambiente? Alguma pessoa pode ser capaz de tirar o brilho de tantas outras que podemos encontrar? E será essa pessoa mesmo errada? Será o que aconteceu já não passou?
Enfim... Por que não nós não nos espelhamos nas flores? Que todas têm suas cores, seus jeitos, seus formatos e perfumes. E mesmo umas sendo bem raras e outras dando em qualquer lugar no fim das contas para nós, todas sempre terão seu espaço e valor...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Valor de um sonho

O que é valor? Em marketing essa questão é respondida facilmente como a percepção que a pessoa tem de quanto custa este ou determinado produto ou serviço.
Se continuarmos pensando na relação entre marcas, serviços e produtos percebemos o quanto essa relação beira a injustiça, pois enquanto se paga fortuna por algumas coisas entrando em prestações, passando por verdadeiros “sufocos” financeiros para adquirimos aquilo pra alguma dessas coisas não passamos de mais uma numeração no cadastro... Contraditório né?
E quando se trata de ser humanos? O que é valor? Até onde “vale” o valor de alguma pessoa pra alguém?
A balança de valores pra ser humano também é meio desproporcional por enquanto se da muito valor pra alguém a recíproca nem sempre é verdadeira. Às vezes se coloca sonhos e se faz sonhos baseado naquele valor e quando ele não volta de maneira igualitária tudo acaba... Alguém pode ter o poder de destruir nossos sonhos?
Os sonhos são destruídos mais facilmente que construídos, mas realmente é justo construir um sonho em cima de alguém? Alguém pode carregar o peso de ser responsáveis por nossos sonhos?
Isso não acontece apenas em relacionamentos propriamente ditos, mas quando falamos uma verdade para alguém como do tipo: “Ele não gosta de você...” Pronto, naquele momento mais um sonho é destruído... Mas por quê?
Normalmente nós temos a necessidade de apoiar alguns de nossos sonhos que são sempre abstratos em algo concreto como alguém, a opinião de alguém, algum aspecto financeiro e assim não damos o real sentido da palavra sonho que é simplesmente o de sonhar...
Mas voltando ao valor ou a falta dele eu não acho que se deve realmente medir o quanto alguém vale para nós, mas sim até onde alguém vale pra nós, o importante de tudo é sempre criarmos um limite que vai ou que acaba quando começamos dar valor pra alguém, mais do que damos pra nós... Simples né

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Garrafa vazia

Sem pensar
Às vezes inconseqüência
Às vezes dom
Tudo depende do que acontece depois
É fácil falar do guarda chuva depois que choveu
E antes?
Vale à pena carregar o peso pelo o que ainda não aconteceu?
E pode nem acontecer?
Ai tem gente que fala
Mas não diz nada...
E eu peço:
Fala algo pelo menos
Reclama comigo
Fala mal de mim
Reclama que to largado
Fala que to barbudo
Que ando sem foco
Que falo com gente estranha
Que bebo demais
Que odeia o roda moinho do meu cabelo
Mas mostra que ainda se importa
Nem precisa chegar perto não
Fala de longe
Até porque de longe
Tudo é sempre mais belo
De perto
A gente vê defeito
Vê falhas
Vê detalhes...
E de detalhes eu to fora
Os detalhes são nada
Mas às vezes são tudo
Por um detalhe
É que nada acontece
É um detalhe que tudo muda
Uma coisa tão pequena tem o direito de fazer diferença?
To meio cansado de ser o que sou
De fazer o que faço
De buscar o que busco
To cheio de garrafa vazia espalhada por ai
E quando mais acaba
Mais sede eu tenho
E quando mais vazia
Mais eu bebo
Mas já ta na hora
Já passou da hora
De parar de esvaziar
E também começar e encher
O que eu bebi...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Percepção

Por quê?
Por que não vem falar comigo?
Por que fica nesse joguinho de ver quem fala primeiro?
É...
Talvez nem tenha jogo nenhum
Talvez você não esteja a fim de falar comigo mesmo
Fazer o quê?
Nem sempre tudo é como deveria ser
Mas não tem problema
Eu te chamo mais uma vez
Falo as mesmas piadas de sempre
Aquelas mesmas que você costumava rir
E você ri...
Tudo bem...
É um riso sem vontade
Uma coisa meio forçada
Puro golpe da educação
Ta doida pra chatice acabar
Mas eu não ligo
Alias
No fundo eu ligo
Mas finjo que não
E continuo falando das coisas
Das mesmas coisas de sempre
Tudo que costumava te interessar
Mas já não interessa
E como quem foge de um mendigo na rua
Você se vai
Com a velha pressa que tinha
De me ver...
Mas ai eu vou
E você vai
Cada um pra um lado
Cada um de um jeito
Cada um com uma percepção
Eu suspirando e achando que você ainda é o máximo
E você resmungando e reclamando dizendo
“Nossa, como ele ta chato...”

Vestido famoso

Impressionante a velocidade que surgem novas celebridades no Brasil, e impressionante como essas pessoas aceitam ser novas celebridades.
O assunto do momento é a gordinha lá da Uniban com cara de atriz pornô que usou um vestido curto demais...
Coitadinha dela sofreu tanto, se sentiu humilhada, triste, chateada, mas agora... Dá entrevistas, colocou Mega Hair, tem empresário, recebeu propostas de posar nua, vai a eventos, talvez estudar agora fique em segundo plano.
Aí vejo hoje que não satisfeita com todo o ocorrido, ela ainda vai leiloar o vestido pela internet... Tem cabimento isso? Eu já acho um absurdo alguém comprar peças íntimas de artistas, compras lenços, roupas, guimbas de cigarro, luvas, de gente como Michael Jackson, Elvis, Lennon, imagine comprar uma roupa da gordinha da Uniban, que piada de mau gosto hein Brasil. Quem comprar esse vestido tem que tomar uma coça e ainda de brinde ser internado junto com ela e o Rafael Ilha (ex Polegar) em uma clinica psiquiátrica...
Por que construímos essas celebridades do nada? Por que temos a necessidade de ocuparmos o espaço na mídia com coisas que não agregam valor nenhum. Ela foi expulsa lá? Sim... Isso é notícia? Sim é... Mas apenas isso... Agora elevar essa pessoa ao status de “alguém” já é demais?
O que ela fez? O que ela acrescenta? Deve ter fã clube já, o vestido deve estar vendendo muito por quê? Simplesmente por ter tido um espaço na mídia.
Sim, tenho que concordar que Andy Warhol estava certo com sua previsão sobre 15 minutos de fama, mas acho que ele nunca previu que talvez esses 15 minutos fossem um pouco mais e chamaria a atenção de muito mais gente...
Mas o que posso fazer??? Só ter paciência e esperar o próximo... Falta pouco, Big Brother já vem aí...

domingo, 15 de novembro de 2009

As dores do mundo

Testar
A nova moda do momento
Até onde vai o seu limite?
É o que todo mundo te pergunta...
Culpado
Culpa por algo que não se faz
Culpa por fazer o que se acha certo
E todo mundo te pergunta mesmo assim
Por que você não fez isso?
No caminho de casa
O mar era tão belo
A areia era tão salgada
Que quase esqueci da sujeira que ela fazia
Ah que saudade dos dias perfeitos
Daquele em que eu quase nunca dormia
E sempre acordava
Com um sorriso
Ou com “O” Sorriso...
Mas hoje
Os dias são outros
Não tenho mais sorrisos
Nem insônias prazerosas
Só noticias
De todos os lados
Em todos os meios
Boas
Ruins
Já nem sei
Só noticias que me lembram
Como eu era
E me mostram como eu sou
Que me lembram
Do que você me trazia
E me mostram
O vazio que me tornei
Sem você...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dois mil e .....?

O Brasil ficou as escuras! Esse assunto já deu né... Mas o engraçado nisso, foi as inúmeras teorias que surgiram; falaram que foi culpa do Osama, falaram que foi culpa do Michael Jackson, que era jogada de MKT, que foram Hackers e a mais intrigante: Que era o fim do mundo.
Aí, falando em fim do mundo, essa semana estréia mais um filme catastrófico chamado 2012 que por ser dos mesmos diretores de Independence Day e o Dia Depois de Amanhã deve ser uma merda grande onde apenas os efeitos especiais salvarão... Vamos aguardar.
Mas hoje não estou aqui pra falar de cinema, nem de teoria das conspirações mas sim de Fim do Mundo... Estive pensando... Será que realmente um dia o mundo que nos conhecemos vai acabar? Sim, cientistas afirmam que o Sol, a água, entre outras coisas irão acabar ou ficar bastante escassas e com isso a raça humana não sobreviveria, mas a questão que pergunto é... Será a primeira vez que isso acontecerá?
Será que em alguns bilhões de anos atrás já não foi formada uma civilização como a nossa ou até mesmo mais evoluída, porém por algum motivo acabou?
Será que essa civilização não nos deixou algo como registros histórias ou coisas do tipo, mas que talvez por um subdesenvolvimento tecnológico nosso não fomos capazes de perceber o legado que não foi deixado.
Quantos papeis ou CD`S, DVD´s ou algum outro tipo de mídia que ainda não foi e nem será inventada talvez não tenha sido deixado em algum lugar, mas os homens na idade pré-histórica quebraram ou jogaram no fogo, como iremos saber?
Talvez o erro da outra, ou de outras humanidades existentes tenha sido o mesmo da nossa: O de se achar superior. Pois sim, nos achamos muito bons tecnologicamente porque inventamos um celular que faz de tudo, mas ainda somos dependentes de um único modelo de geração de energia, nos achamos superiores porque fazemos robôs ou filmes em 3D, mas que ainda não descobrimos a cura pro câncer...
Mas não vamos ter esse sentimento de inferioridade minha gente para com outras civilizações que já existiram, pois com certeza nossa geração deve se destacar em algo, nem que seja no quesito de destruir o mundo em menos tempo... Teremos um novo recorde?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Malhação 2010

“O destino é cruel”, “Deus não existe”, “Eu não tenho sorte”. Quem nunca ouviu isso por ai? É muito comum pessoas se fazerem de coitadas, de vítimas e colocarem a culpa no destino, no lugar onde nasceram, na família que vivem, nos amigos que tem... Será que a porra da culpa nunca é da própria pessoa?
Analisando bem as situações e a humanidade em modo geral, vejo que o fator sorte é importante sim, mas o fator “querer” é muito mais. Quantas pessoas que nascem na favela têm tudo para ser mais um número na estatística como diz Mano Brown, mas conseguem trabalhar, estudar, constituir família e deixar toda aquela história triste para trás. Do mesmo jeito, quantos rapazes de classe média que tem de tudo na vida para serem pessoas de bem, mas não querem, preferem não buscar nada, e jogam tudo fora na vida.
Vamos passar o tempo para algo mais “Malhação”, sim essa mesmo do seriado adolescente que dura anos. Tive que usar esse exemplo porque idependente da idade, esse tipo de atitude é bem adolescente, mas voltando... Quantas pessoas não vemos sofrer no meio de intrigas, de brigas, de fofocas, mas que aceitam aquilo tudo e sempre continuam ali se fazendo de coitada, será que essa pessoa é mesmo vítima de tudo aquilo, ou ela é tudo aquilo, porém não agüenta as conseqüências? Se é tudo tão ruim e injusto? Por que continuar naquele mundo?
Quantas vezes já não nos enganamos com discursos puritanos de vítimas oprimidas que se dizem totalmente discretas, que odeia falar mal de pessoas, mas é a primeira a contar a sua vida e a de outros para todo mundo, depois dizendo... Odeio fofoca, eles não me deixam em paz... Piada né?
Por isso, sempre desconfiem bem de quem é muito bonzinho e sorridente, mas vive no meio de sujeira, pois como diria Rousseau o "homem é fruto do meio que vive", e sigo o passos de outro Russo, só que agora o Renato que diz: “Comparamos nossas vidas, e mesmo assim... Não tenho pena de ninguém”
Baseando na frase do “Sucesso a Lama”. Será que um dia esse tipo de gente terá sucesso??? Ta na hora né porque a lama... Já tem de sobra... Vai gostar de chiqueiro assim no inferno...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mundo meu

O vazio está maior
Maior que o que foi quando era
As frases são confusas
As músicas não rotineiras
E a ficção come solta aqui
E lá...
Sim, lá também quis assim...
Futuro angustia
O passado pressiona
Cadê todo mundo?
Ando esperando demais
Ando pensando demais
Bem que eu queria ser um daqueles
Um daqueles personagens dos meus filmes prediletos
Que vivem
Que Não correm
Não lembram
Que erram
Que caem
Que fazem tudo que querem
E no fim tudo dá certo
Que saudade do barulho
Cinema mudo pra mim não rola
Confusão...
Nunca falta pra ninguém
Muito menos pra mim
Produção...
Anda faltando por ai
E aqui no meu mundo
Ta bem escasso
Alias
Ultimamente
Aqui no meu mundo falta de tudo
Desde as coisas mais complicadas
Até as mais simples de se ter...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Saco Cheio

Sim, eu sei... Eu estou ficando repetitivo. Na verdade "verdadeira" eu sei que sou repetitivo, mas cada dia que passa essa porra maldita de Lei Seca me enoja mais ainda.
O Rio está em guerra, locais na Zona Norte estão quase que em estado de calamidade pública e enquanto isso na Barra da Tijuca e Zona Sul (porque nesses locias tem ainda mais graça, pois sempre aparecem um artistas de quebra para mostrar: "Nossa essa Lei funciona mesmo") mega operações são montadas para pegar o motorista que sai embriagado, que bebeu apenas um copo ou o que tem IPVA atrasado. Tudo isso para manter viva a indústria das multas com a desculpa de respeito e preocupação com a vida do cidadão... Que respeito? Respeito é o caralho. Eles falam de números, de diminuição no número de acidentes, querem falar de números? Vamos falar de números...
Será que o trânsito mata tanto mais assim do que a violência? E em certas situações o acidente de trânsito não existe apenas pelo consumido de álcool... Já a violência sim vem única e exclusivamente dela mesmo. Por que não fazer algo contra isso, que no meu ponto de vista é muito mais tángivel e eficaz.
Digo isso tudo porque acho um absurdo alguém ser parado em um mega blitz daquelas com câmeras de TV doidas para pegar algum artista, alguém da mídia que bebeu ou que tenha o IPVA atrasado, mas não revistam ninguém, não dão uma geral no carro, não pedem para abrir a mala do carro nem nada. Então quer dizer que eu posso andar com 100 kg de cocaína no carro, mas beber duas cervejas é um absurdo? Poupe-me Brasil!
Continuo batendo na tecla que isso tudo é uma palhaçada gigante, visto pelo circo armado fim de semana na Barra da Tijuca, em que todas as pistas de todos os caminhos estavam com blitz... Isso é pra que? Proteger o cidadão? Se fosse porque não revistam os carros, vejam se tem armas, se são procurados, etc.
Por que não montar essas blitz na porta de favela, em diversos trechos da linha vermelha, linha amarela, etc.
Eu nem sei porque reclamo tanto disso, até porque de um país com valores totalmente distorcidos em que Big Brothers e Bruna Surfistinha´s da vida viram ídolos e exemplos de algo, isso já deveria ser totalmente esperado...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Falta pouco

Sei lá, hoje to meio sem inspiração, mas quis escrever sobre um tema bem complexo. Isso talvez faça parte da minha mania de só sossegar quando faço algo que acho que tenho que fazer... Mas minha vida pessoal não interessa muito a ninguém
Aí me peguei pensando sobre sentimentos e quão solitário cada um deles é. Desde a alegria a tristeza tudo é muito egoísta, porém no meio desse egoísmo sentimental existe um sentimento que nunca está sozinho... A saudade
Na música Angra dos Reis, Renato Russo (sempre ele) falou: “Se fosse só sentir saudade, mas tem sempre algo mais” e pra mim a saudade realmente nunca vem sozinha...
Sempre quando sentimos saudades ela vem com tristeza, raiva, compaixão, arrependimento, frustração, entre outros, como em um daqueles açaís do subúrbio em que se coloca de tudo... Todas as combinações são possíveis.
Podemos sentir raiva de ter saudade, tristeza de ter saudade, até aquela gostosa alegria de ter saudade... Mas nunca é “só” saudade...
Normalmente o sentimento existe porque nós temos a “síndrome do Faustão” de achar que tudo é grandioso demais naquele momento e temos a visão romântica de que tudo que passa era melhor. Sim... Tem gente que sente saudade até de sentir dor.
Segundo especialistas em saudades (entende-se especialistas por sofredores) existem saudades de todo o tipo e para todos os gostos. Saudade de alguma situação, saudade de alguém, saudade de ter saudade e até saudade do que nunca viu. Tem saudade para tudo. Normalmente as saudades das pequenas coisas são as piores, como a falta do email, do telefone, da conversa, do olhar, da Cia, dos conselhos, das brigas e das pazes... A saudade do detalhe em geral.
Em minha opinião as saudades das pequenas coisas são piores porque são mais difíceis de serem compensadas, de serem refeitas e pra mim isso virou até uma desculpa muito comum para se lamentar e não buscar nossas esperanças, se agarrar naquilo às vezes é mais fácil mesmo que seguir em frente. Até porque para alguns o que vale buscar novas coisas para depois sentir falta também, pra quê né?
O problema nisso tudo é quando deixamos que a saudade guie a nossa vida e assim acabamos por ter a percepção de que nada de novo que aparece tem tanta graça como o que se foi... Triste né? Mas não! A vida sempre continua e sempre continuará com suas inúmeras voltas por mais doloroso que seja, por mais forte que seja aquela dor, ela tem que seguir sozinha e nos deixar retomar nossa vida. Sentir saudade sim, ela pode existir pra sempre, é saudável, dá humildade em quem precisa, ensina a não repetimos erros, cair em ciladas antigas, mas nunca podemos esquecer o que ainda está por vir, pois... Para quem não sabe aonde vai, qualquer ônibus serve... E será isso é o bastante?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sonho nosso?

Do nada
Como quem chega a uma festa sem ser convidado
É assim
Desse jeito irritante e abusado
Que você aparece no meu sonho
Parece um livro de Dostoiévski
Com aquelas tramas bem insanas
Que não tem muita lógica
Mas nem por isso vou dizer que é ruim...
Com parte do rosto coberto
Fica mais fácil encarar a vida
Tem muita coisa que você precisa saber
Na verdade
De interessante
Só tem algo que você precisa saber
Mas nunca dá pra te dizer...
Tentei colocar no letreiro
Mas ele foi apagado
Tentei gritar pro mundo
Mas o mundo é um mundo
E assim
Todo mundo ia ouvir
Não tem problema se alguém contar na minha frente não
Até porque nem precisa ser da minha boca
É simples
É fácil
Você vai entender
Todo mundo já entendeu
Acho que só você não entendeu
Ou percebeu
Que as histórias sempre são boas
A noite é sempre o melhor
Mas ainda vou te falar
Só não descobrir como
Ainda vou te pedir
Nem que seja com jeitinho
Para pelo menos um dia...
Ou no caso uma noite
Deixe meu sono em paz

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O que somos?

Poucos dias após a euforia de sermos Cidade Olímpica, nós cariocas passamos a viver uma guerra urbana, não que isso seja muito fora do nosso dia a dia, mas ultimamente o bicho ta pegando mesmo...
A imprensa mundial e até mesmo nacional está falando com tom de ironia sobre como a nova Cidade Olímpica está em uma verdadeira guerra com o tráfico de drogas... Estão eles totalmente errado?
Sempre nesses momentos de tensão, milhares de críticas são feitas a polícia e ao governo... E aos bandidos?
Não estou defendendo bandeira de nada, até porque graças a Deus eu nem vivo fortemente esse dia a dia de terror, porém, não vejo moradores de favela falando mal de traficantes, para eles o errado sempre é a Polícia. Será medo? Talvez... Mas certas situações são demais.
No caso da morte daqueles quatro jovens que chegavam em casa de madrugada e foram mortos por traficantes, a família ficou indignada com a Polícia que disse que eles eram bandidos... Mas e quem os mataram? Não tem culpa?
Outra coisa no mínimo engraçada é que pra mim usuário de droga é tão bandido como um traficante ou policial corrupto, pois eles de uma maneira direta e às vezes indireta fornecem dinheiro e dão condições para o tráfico comprar armas e depois em uma esquina qualquer dessas ai acabar com a vida de algum familiar... E depois que isso acontece à culpa é governo? A culpa é da Polícia? Não porra, a culpa é você que gosta de um beckzinho, que gosta de um teco... Mesmo que seja “Só de vez em quando”.
E nós que não somos usuários, porém olhamos em nossa volta toda a pobreza e violência dessa cidade e não fazemos nada para mudar... Também não temos culpa?
No caso da violência no Rio a solução é todos agirmos em conjunto, nós fazendo nossa parte de buscar soluções e ajudas, a porra do viciado parando de ser viciado, os moradores parando de acobertar traficantes, a policia deixando de ser corrupta, o governo deixando de pensar em dinheiro e o bandido... Ah e o bandido morrendo sei lá... E aí sim poderemos nos definir, se somos Cidade Olímpica ou Cidade Desespero???

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pedras não... Aerólitos...

Mais uma vez estava vendo um filme que passava na TV sem pretensão, e mais uma vez um filme me levou a escrever algo que não tem muito a ver com o filme... Acontece.
O filme era sobre o grande Ilusionista Houdini que nasceu, viveu, fez algo legal durante a vida e morreram como quase todos que ganham um filme...
Aí fiquei pensando no ilusionismo, no circo e em como a fantasia está cada vez mais distante. Não estou falando de mim ou da minha geração, até porque não quero pessoas com 20 e poucos anos ainda acreditando no Papai Noel e sendo fãs do Mickey, mas to falando da infância em geral, da geração 100% internet.
Eu, um ser totalmente preguiçoso sem internet hoje em dia não faço nada, porém acompanhei bem a “transição” da geração do conteúdo x a geração da informação. Sim, com a internet hoje temos muita informação, porém temos muito pouco conteúdo e informação demais por incrível que pareça, às vezes atrapalha.
As crianças hoje em dia são muito aceleradas com os acontecimentos, descobrem hoje coisas muito mais rápidas do que descobríamos. Se antes queríamos saber sobre algo, tínhamos que perguntar para pais, tios, avós, professores e se não devíamos saber sobre aquilo, éramos enganados... Errado? Acho que não. Realmente tudo tem sua época. Hoje a criança digita sobre o assunto no Google... Pronto, ta tudo lá. Se queríamos descobrir o que significava determinada palavra era foda. Tínhamos que pegar aquele Aurélio todo empoeirado com as folhas amareladas e a capa meio rasgada e procurar folha por folha, ou então se perguntássemos para alguma professora de português, fudeu... Aprendíamos prefixo, sufixo e o “ixo” a quatro... Mas era legal. Hoje não, o Google se tornou o novo Pai dos Burros (sim o Aurélio foi traído) e tem feito de tudo ultimamente, até filho daqui a pouco o Google vai fazer...
Aí, pensei em transportar toda esse acesso fácil de informação para os “nossos tempos”, será que teríamos sido tão inocentes com a internet como fomos sem ela? Acho que não, porque talvez com ela teríamos descoberto que a Xuxa fez um filme pornô com uma criança, que a Mara Maravilha era maluca e viciada, que o Sergio Malandro espancava as Malandrinhas, que uma galera do Chaves já tinha morrido, que o Bozo era viciado em cocaína e que o Zacharias era Homossexual e morreu de AIDS...
É, acho que foi bom do jeito que foi mesmo... A ignorância realmente era uma dádiva, e foi muito feliz viver em uma infância em que nem precisávamos saber muita coisa pra ser feliz, talvez a simples diferença entre Pedras e Aerólitos...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Metas

Tem épocas que a gente vive meio que “assim”, vivendo um dia de cada vez, achando que o futuro é algo que irá se resolver sozinho e o presente acontece porque tem que acontecer.
São nesses dias que a vida fica meio sem sentido, que você não sabe muito bem o que quer, afasta pessoas boas de perto de você e atrai todo tipo de insanidade a sua frente.
Vive meio que um daqueles filmes dos anos 70, cheio de drogas, bebidas e saídas (não necessariamente usando isso tudo) em que você não sabe muito bem onde acorda e muito menos porque acorda... Tudo fica confuso
Dramatismo e exageros a parte, claro que todas as referências acima são um pouco catastróficas ou extremistas, porém acho que todos entenderam muito bem o que eu quis dizer.
Nesse momento que tudo está “meio confuso”, em que as horas não dizem muita coisa, que o calendário passa e nada concreto acontece é que precisamos dar uma guinada. Porém ao contrário do que é lógico, não fazemos nada, simplesmente esperamos aquela mudança grandiosa, aquela solução mágica que vai cair do céu, e nunca cai...
Aí por algum motivo, ou por motivo nenhum, a gente começa a enxergar tudo mais claro e todo aquele embaçado em nossa frente, passa a ser um caminho a ser seguido e começamos a ver que o mais importante do que esperarmos algo grandioso acontecer e darmos valor as pequenas coisas que acontecem, os pequenos gestos e as pequenas coisas que ouvimos.
Vemos que o futuro é reflexo do nosso presente e não o contrário
Entre outras palavras, muito melhor do que vivermos simplesmente porque estamos vivo, é estarmos vivos simplesmente pra viver...

(É auto ajuda mas tá valendo)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

01:03 A.M

Cadê você?
Eu me pergunto assustado
Isso nunca aconteceu
Se tava de saco cheio falava
Agora sumir assim é covardia
Ta esperando o quê?
Quer que eu fale por você?
Quer que eu faça todo o trabalho sujo?
Ta bom, eu faço
Mas cadê você
Pelo menos aparece
Nem precisa ser pessoalmente não
Pode ser de longe
Pelo menos liga
Manda um e-mail
Manda alguém me avisar
Fala que ta com uma doença terminal
Ou que quer simplesmente aproveitar a vida
Mas pelo menos assume que não quer mais
Dê-me aquelas desculpas idiotas
De “Quem sabe um dia”
“É só por enquanto”
“O que tem de ser será”
Vai
Coloca a culpa em Deus
No destino
Eles estão acostumados
Nem vão reclamar
Fala que é o meu jeito
Que não confia em mim
E que eu nunca vou mudar
Planta alguma prova no meu carro
Coloca um sutiã
Diz que alguém me viu por ai
Fala tudo que você quiser
Mas meu Deus, por favor...
Diga-me algo...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Picolé Boneca

Acomodado
Seja na vida
Ou da vida
Já cansei de ouvir isso por aí
Dizer é fácil...
Mas e só quem diz?
Também não é acomodado?
Resolvo e acho a solução dos meus problemas na vida de outros
Na verdade nunca resolvo nem acho solução de nada
Nem dos outros
Nem dos meus
Não resolvo nem o que vestir
Quanto mais o que fazer
Vivo perguntando se o vermelho combina com verde
Mas tem momentos que relaxo e esqueço um pouco da vida
Às vezes até demais...
Quem é cuidadoso
Acaba se fudendo do mesmo jeito que eu
Que não sou
Por que eu perderia tempo sendo então?
Ando conhecendo muita gente
De outras tribos, da mesma tribo
Todas gente em geral
Na verdade
Já não tenho mais memória pra colocar tanta gente diferente
Será que vou ter que apagar alguns antigos?
Ou deixo tudo anotado no papel?
Tanto faz, eles que lembrem de mim...
Se não lembrem também que se dane
Só quero saber do que interessa
E de quem me interessa
Perdi muito tempo já por ai
Ouvindo contos da carochinha
E conversa pra boi dormir
Não quero mais esse joguinho de pega vareta
No qual quem mexe ta fora
Será que demonstrar impulsos é errar?
Na verdade
Não vou mentir e falar pra você
Que eu não gosto mais de disputas
Não é isso...
A disputa me move
Me fascina
Mas talvez por hora
Eu esteja um pouco cansado de competir...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Partido Alto

A vida é realmente engraçada e muito louca. Nela a gente vive a eterna roda gigante da em que estamos em cima, estamos em baixo (qualquer semelhança com pornografia é mera coincidência). As vezes a roda quebra e ficamos mais tempo em determinada posição. Quando quebra em cima ninguém nunca percebe, mas quando quebra em baixo que é o problema... Uns dias são eternos, meses são uma vida e assim por diante.
Então, é nesse momento que a roda quebra que sempre aparece aquela mão amiga, aquela pessoa que vai lá e por algum motivo ou sem motivo nenhum conserta a roda gigante e faz com que ela continue subindo. Por essa pessoa, seja quem for ou porque o fez é que sentimos o sentimento chamado de gratidão...
Muito pode se discutir em torno disso, mas pagar simplesmente da mesma maneira consegue realmente retribuir o que a pessoa fez por você?
Vamos pensar de maneira prática. Se você está necessitado, precisando de um prato de comida, por exemplo, simplesmente pagar uma pessoa com o mesmo prato de comida é capaz de compensar o que ela fez por você? No caso da gratidão o fator circunstância é totalmente relevante e fundamental, pois dar um prato de comida a quem realmente precisa não pode ser pago com outro prato de comida. Na verdade, acho que não pode ser pago.
Os pais que pagam toda a educação dos filhos dão comida, alimentação, cursos e etc... Será capaz de se fazer um levantamento desses gastos com reajustes e simplesmente quitar toda a dívida? Onde fica o aspecto emocional? Você só é capaz de pagar aquilo tudo porque teve todo o suporte para chegar aonde chegou e isso não se paga.
A gratidão é um sentimento de eterna dívida com alguém que nunca poderá ser paga, apenas retribuída, porém nunca poderá ser simplesmente quitada.
O estranho nisso tudo é que quando precisamos de algo ou mais necessariamente de alguém, sempre somos humildes o suficiente para aceitar aquela ajuda, mas quando estamos bem esquecemos um pouco que aquela pessoa já nos estendeu a mão e no primeiro “vacilo” que a pessoa dá tudo de bom que foi feito vai por água abaixo... Será mesmo uma coisa ruim capaz de apagar tudo de bom? Acho que não...
Por isso, falando por mim e de mim, confesso que às vezes não demonstro muita gratidão para todas as pessoas que um dia me ajudaram e ainda me ajudam. Seja de qualquer maneira, seja com uma conversa apenas ou com algo ainda mais consistente. No entanto, venho por meio deste deixar claro que se no meio disso tudo eu sumo, não é porque eu esqueci! A vida é meio “complique” mesmo e eu apenas talvez tenha tido que me afastar... Só isso. Mas o mundo sempre dá voltas mesmo, um dia a gente se encontra... Fato.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Teatro dos Vampiros

Mesmo não assumindo, nós seres humanos racionais que só usamos 10% de nossa capacidade cerebral gostamos muito de ver uma desgraça. Alheia é claro.
Tive essa constatação ao me dar conta do engarrafamento que é causado por acidentes de trânsito principalmente os que têm feridos. TODO MUNDO passa devagar olhando, para o carro, coloca a cabeça pra fora do ônibus pelo desespero de achar uma marca de sangue, alguém machucado e quando veem a cena viram o rosto para o lado e dizem: “Aí que nervoso! Não gosto de ver essas coisas” Se tem nervoso por que fez questão de ver o que se passa?
Já pararam pra contar a quantidade de pessoas que forma da multidão que se junta quando alguém passa mal, quando alguém é baleado ou morre na rua? São todos médicos? Todos vão ajudar? Sim o tumulto em si nos atrai.
Outro exemplo é como novelas e programas do estilo do Ratinho e da Luciana Gimenez fazem até certo “sucesso” explorando os dramas humanos. Sempre quando tem um caso absurdo de alguma vida totalmente destruída o índice de audiência vai às alturas.
No colégio ou faculdade ou qualquer coisa do tipo, gostamos de saber a nota do amiguinho... Será só para comparar ou existe aquela pontinha de sentir a desgraça do outro?
Enterros também sempre ficam bem mais cheios que festas de aniversário, batizados, ou encontros com amigos... Será realmente só a última despedida? Sim... Ou temos aquela coisa de amparar quem precisa de nós, pois nesse momento nos sentimos mais fortes na situação de dar colo... Procuramos momentos tristes, queremos ser úteis, fazer o bem procurando o mal. É muito mais fácil incomodar do que ser incomodado...
Pra mim a questão não é ser uma pessoa boa ou ruim, mas sim uma necessidade inconsciente de comparar nossas vidas para mostrar que talvez a nossa nem seja tão ruim assim, que poderia ser pior, ou até mesmo de tirar forças na desgraça de alguém... Sei lá, deve ter uma explicação não tão maléfica de gostarmos da desgraça alheia ou na verdade de ver só uma curiosidade de ver algo diferente. Mas deixa eu ir parando por aqui porque acabei de ouvir um barulho de batida e vou lá ver o que é...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Enquanto isso na liga da justiça...

Não sei vocês, mas eu particularmente não gosto quando as rádios editam as músicas para diminuir o tempo de duração delas. Normalmente eles pegam aquelas partes instrumentais repetidas e cortam, pois acham desnecessárias. Absurdo! Eu acho um desrespeito aos músicos que ficaram ali horas, dias, meses ou anos luz (dependendo da droga que ele usou) para fazer um arranjo bem trabalhado e chega um cara lá na ilha de edição simplesmente corta para não comprometer o horário do novo break.
Ai pensei no trabalho que os caras tem pra fazer uma música. Alguns sim, outros não... Porque a gente sabe que na vida é assim mesmo, enquanto uns trabalham outros dormem ainda mais se viverem em continentes diferentes. Mas aí também tem a galera que trabalha noturnamente que acaba por se igualar por quem trabalhar diurnamente no outro continente. No fim das contas é essa porra mesmo.
Mas assim, deixando um pouco os continentes de lado, as sombras, a vida mansa, o boi pastando no pasto (tem vida mais mansa do que de um boi pastando no pasto?) e é claro as melodias, vamos pensar agora nas letras.
Vários devaneios e alucinações com certeza viraram letras com a desculpa do uso da velha e boa linguagem conotativa. Confissões foram feitas com a desculpa de que: Isso aqui não sou eu, é o tal do “eu poético”. Vou contar hein, esse “eu poético” já foi viado, travesti, já usou drogas, já foi lésbico, já matou, já morreu, já foi preso, já sofreu, já traiu, já amou... Eita sujeito vivido e queimado hein.
Humor sem graça (bem sem graça) a parte, pra mim algumas letras devem ser a chance de colocar no papel todo aquele lampejo de insanidade que vive na cabeça de todos nós pelo menos por um instante... E é nesse momento que saem frases como: “E ela disse: - Lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa”, “Olha só o que eu achei: Cavalos Marinhos” (apesar de achar que essas são obras primas), “Camarão que dorme a onda leva” “Eu cheguei em frente ao Portão, meu cachorro me sorriu latindo” entre outras milhares que tentei me lembrar mais não me lembrei...
Antes de continuar quero deixar claro que gosto muito de todas as músicas citadas a cima e não quero discutir a qualidade das mesmas, mas sim é um comparativo que vem logo abaixo.
Aí eu pergunto qual a diferença de letras “insanas” (algumas sim são poéticas e de muita inteligência) para insanos que dizem coisas na rua como esses profetas e pensadores que a criançada adora a jogar pedras e colocar apelidos pejorativos como “Pé de Pano”, “Velho do saco”, entre outros... Por que em um caso é poesia e o outro maluquice?
Eu confesso que não sei a resposta dessa pergunta, mas algo que eu descobri e que quem sabe vai me servir de algo é que para algo fazer sentido, ele tem que ter apenas um compromisso com a lógica que é o de não ter lógica...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A descoberta

Sabe aqueles dias que você acorda mais louco que o normal e começa a pensar as coisas da vida com mais clareza ou pelo menos questionar coisas que nunca tinha questionado? Acho que esse é um dia meu... Ou alias, é mais um dia meu...
Nós sempre estamos nos gabando de nossa tecnologia, de como tudo evolui o tempo inteiro, de como a ciência está buscando cada vez novas fórmulas, novos produtos para melhoria de vida e tal... É um trabalho e tanto, mas hoje com a tecnologia que temos os cientistas têm uma vida facilitada em relação a outras épocas em que se descobriam coisas sem recursos e o melhor: Se descobriam as coisas meio que do nada...
Fiquei pensando quem foi o cara que descobriu coisas que hoje em dia são óbvias para nós como o café. Nos dias atuais é mole pensarmos em café e suas máquinas grandiosas que agora existem e fazem café até com feijão fradinho se você quiser, mas pergunto alguém já parou pra pensar quem foi a primeira pessoa que viu a planta lá e pensou: “Vou colocar isso na água e vai ficar bom”, o cara devia ser muito louco ou não ter nada pra fazer.
Pesquisando sobre a história vi que um cara lá viu as Cabras dele comendo a folha de café e quis comer também porque reparou que elas ficaram mais agitadas, o cara era muito louco ou não era? E se as cabram comecem cocô? Ele comeria também?
Ou ainda, a maconha, de onde o cara tirou da idéia de pensarr: “Ah, acho que vou fumar essa porra aqui” O que levaria alguém a fumar uma planta? Por que logo a maconha? Será que já tentaram fumar folha de amêndoa? De manga? Babosa? Será que ela foi na maconha de primeira ou passou a fumar muita coisa até chegar na maconha?
Quem descobriu que o leite da vaca era bom? Será que pegaram leite do porco? Do cachorro? Do Morcego? Sei lá...
Quantas coisas ainda não foram descobertas? Quem sabe talvez comer pedra moída com arroz pode ser bom, ou fazer suco com aqueles bichos de luz, agora parece absurdo, mas daqui a alguns anos poderia ser a coisa mais genial de todos os tempos... Quem sabe eu não ganho um Nobel...
Será que a pessoa que descobriu essas coisas, era gênio? Louco? Sortudo? Vai saber...
Mas pensando nisso tudo confesso que hoje eu até fiquei mais animado com a vida, porque às vezes fico desanimado com o rumo que minha vida leva, e em alguns momentos acho que não aprendi nada com ela, no resto eu tenho certeza... Mas a questão é, acho que um das duas uma, ou eu descubro algo muito grande pra humanidade ou chega alguém e descobre que eu sirvo pra alguma coisa... Vamos esperar. Pensamento positivo...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

É o mal que a água faz quando se afoga...

Novamente me deparei com uma frase de Jose Ortega y Gasset que sempre me fez pensar muito sobre a vida, mas que estava afastada do meu pensamento que é: “Eu sou eu e minhas circunstâncias e se não as salvo, não me salvo” engraçado como isso diz muita coisa pra mim.
Vamos pegar a primeira parte da frase: “Eu sou eu e minhas circunstâncias”. Depois de relembrar desse pequeno detalhe, percebi que independente do que somos ou o que fazemos, a circunstância em que estamos é tão importante quanto o que somos. Tão óbvio, porém tão complexo.
Não adianta alguém ser ou achar que é algo muito bom em determinados momentos, se não circunstância em que ele está isso não faz diferença nenhuma.
A pessoa pode ter vários cursos, ter muito dinheiro, mas na hora que ela vive uma doença terminal, o que ela será? Um doente terminal. Na verdade pra mim a circunstância sempre pesa ainda mais do que nós... Por quê?
Ao pegar a segunda parte de que “Se não as salvo, não me salvo” deixa isso bem claro da importância da circunstância em nossas vidas para assim determinar quem somos e o melhor: A necessidade de não ficarmos estáticos e aceitarmos a condição que vivemos para nós.
Por que estou falando essa merda? As duas pessoas que leem (agora não tem mais ^, não é isso?) meu blog devem estar se perguntando, ou nem perceberam do que eu estou falando, mas falei disso porque as vezes sinto que eu e aposto que outras pessoas também, esquecemos desses detalhes e por hora nos focamos muito em que somos e esquecemos as circunstâncias, ou damos valor demais as circunstâncias esquecemos de quem somos.
Acho que aí entra o eterno equilíbrio de buscarmos a medida certa de cada coisa. Por quantas vezes deixamos de lado quem realmente somos por uma situação chata de tristeza e esquecemos tudo de bom que temos e já construirmos até aqui, seria uma situação responsável pelo rótulo de fracasso eterno? Ou se pensarmos da mesma situação, mas em pontos de vista diferentes, pergunto em quantas vezes também colocamos na cabeça que somos determinadas coisa, somos daquele jeito e não percebemos que em algumas situações temos que nos adaptar a conhecer nossas coisas e saber que as circunstâncias são tão importantes quanto à nossa essência.
Por isso, não devemos sentir vergonha de sermos quem somos ou fazer o que outros não fariam, cada um sabe o peso que carrega em suas escolhas.
Em outras palavras ou em todas as palavras, temos que sempre buscar tentar realmente ser o melhor e agir conforme a circunstância pede, pois como meu grande amigo Hockey disse hoje: “Quanto mais o ídolo se afasta... Mas o fã se aproxima...”

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Família

Hoje, 29 de setembro, poderia sim ser um dia qualquer, mas não é...
Hoje, 29 de setembro é o aniversário de Luiz Eduardo Cunha Furtado de Mendonça, conhecido carinhosamente como meu Pai...
Enfim, não vou ficar aqui listando as qualidades do meu Pai ou fazer aquela declaração pública de tudo que sinto por ele. Mas hoje, por essa data quis demonstrar a importância da família na vida do ser humano.
Nessa discussão de família, claro que sempre entrará a questão índole, aqueles valores que já nascem com a gente e que educação nenhuma vai dar jeito, ou às vezes não... Mas não entrarei nesse mérito.
Normalmente temos a fama de só dar valor as coisas depois que perdemos. A gente só gosta daquele casaco depois que não o acha mais, ou valoriza o ferro depois que ele quebra e temos que sair todo amarrotado, ou só vemos o valor da água quando a gente tem sede... Ou só vemos (ou achamos) que amamos alguém depois que se vai. Infelizmente temos que não ter para dar valor.
No assunto família as coisas funcionam parecidas, nos só damos valor a família quando precisamos. Por quantas vezes deixamos de lado as festinhas chatas de família pra sair com amigos ou por estar com preguiça ou pelo famoso “to sem saco”? Mas aí a vida da aquela revira volta, alguns amigos somem, as pessoas seguem suas vidas, os amigos arrumam pessoas ou outros amigos, se mudam, arrumam empregos, brigas, e tudo mais... E é nesse momento que você percebe o valor de sua família e que de todas as coisas e pessoas do mundo ela é a única “coisa” que nunca irá de abandonar... Sorte é de quem percebe isso a tempo de demonstrar o quanto e de retribuir com atitudes como eles são importantes.
O conceito de família pode ser bem amplo ou reduzido, pode ser um alguém ou várias pessoas, podem ser apenas um pai uma mãe ou um irmão, um tio distante, ou uma mesa gigante de parentes que vem lá do interior de São Paulo e fazem maior zona... Tanto faz, mas é importante que a gente sempre leve isso para o resto da vida.
Sei que existem pessoas que talvez não tenham mais a figura que representa a “família” tão presente quanto antes, talvez porque estão longe ou a vida se encarregou de levá-los pra longe, porém aquela essência, aquele ensinamento, valores, nunca podem faltar e devem ser repassados do mesmo jeito que eles foram passados pra você.
Por isso hoje, fiz um post bem diferente dos anteriores, em que ao invés de reclamar do que a gente ainda não tem e buscar por algo melhor, nesse só tenho o simples e sincera atitude de agradecer a todos os dias pelo que tenho...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Viajo porque preciso, volto porque te amo...

Existem por aí uns ditados bem grosseiros, porém verdadeiros como “Quem não tem... Não faz trato com...” “Cada cão que lamba sua caceta” e o mais clichê e verdadeiro de todos: “Gosto é que nem... Cada um tem um...”
Gosto é uma coisa bem difícil de explicar, entender e aceitar... A gente nunca consegue entender porque alguém gosta de algo que parece absurdo para nós que não gostamos e muito menos explicar porque gostamos de algo que para outros é absurdo.
O que move um determinado gosto? O que move um determinado “desgosto”?
Fatores como conhecer apenas aquilo ou não conhecer não deixam de ser influenciadores, porém o que move aquele gosto que já nasce com cada um?
Falar sobre isso é como discutir o sexo dos anjos, algo que não tem como ser explicado, apenas se compreende ou aceita.
Na verdade eu não tenho a pretensão de acabar com essa magia do “incerto” da eterna surpresa, e mesmo se eu tivesse, eu não faria, pois, gostos distintos são o que dão ao mundo esse ar de equilíbrio, esse ar de “tem louco pra tudo”. Imagine se todos gostassem da mesma cor? Ou se todos gostassem das mesmas coisas? Se gostassem das mesmas pessoas... Como o mundo seria?
Viveríamos em um mundo em que todos sairiam com o mesmo tipo de roupa, da mesma cor, em que todos falariam muito ou seriam todos mudos, gostariam das mesmas coisas, iriam para os mesmos lugares, se apaixonariam apenas pela mesma pessoa... Será que seria divertido viver assim? Cadê aquela coisa do “nossa, você também gosta disso”, ou “eu não sei o que ela (e) viu nele (a)” acabariam as discussões, os pontos de diferenças e paridades, o mundo até mercadologicamente falando, seria chato demais.
Mas por mais que a gente saiba disso e entenda, respeitar certos gostos e valores individuais é realmente muito difícil, assim como aceitar certas coisas que gostamos mesmo no fundo sem querer gostar.
Pensei nisso tudo porque se analisarmos certas atitudes nossas, esse gostar inexplicável no fundo nos move para certas atitudes nada racionais daquelas que depois sentirmos raiva de ter feito, raiva de se deixar levar e de na hora certa não se controlar, como comer o que não se deve comer, falar o que não se deve falar, ir para onde não se deve ir, gostar de quem não se deve gostar...
É como o título de um novo filme que vi e achei bem interessante, pois define muito a eterna briga do: Gostar x racional que é... Viajo porque preciso, volto porque te amo... Dá pra explicar?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Codinome Beija-Flor...

Sei que sempre venho aqui pregar mudanças significativas na sociedade, pregar cada que cada um faça sua parte para que possamos ter um resultado no coletivo, falo de uma conscientização popular para uma melhora significativa em nossa qualidade de vida, porém hoje... Confesso que fui meio que contra o que prego
Ultimamente eu sempre venho trabalhar de ônibus, nem vou falar que é por uma questão de poluentes, mas sim é por preguiça de dirigir e pra economizar dinheiro, mas aí... Hoje que é o dia mundial sem carro, eu vim para o trabalho de carro...
Juro que não foi proposital, algo como ser “do contra” ou vou me dar bem já que todos não vão de carro. Claro que sei que também isso não mudaria muita coisa na poluição mundial, porém não deixa de ser uma atitude importante mostrar o mínimo de preocupação com a nossa sociedade.
Mas um ponto curioso nisso tudo, é que não sei se foi por impressão minha ou se foi porque foi mesmo, o trânsito hoje de CARROS, no dia mundial SEM CARROS estava bem maior que o normal. Não sei se foi por causa da chuva de ontem ou se foi um surto coletivo da Lei de Gerson (lei da vantagem) em que todos pensaram... Ah, ninguém vai de carro e eu vou de carro... Prefiro ainda acreditar que nem todo mundo é assim...
O grande problema de hoje, no qual eu me incluo por completo é que cada dia mais estamos mais pra Gerson e menos para Beija-Flor. Sim, Beija-Flor daquela fábula em que a floresta pega fogo e o Beija Flor mesmo sabendo que não pode apagar o fogo sozinho, começa a carregar água de um lado para o outro para fazer sua parte. Bela história né, pena que é só na teoria.
O que ficou bem claro é que a gente gosta mesmo é de reclamar das coisas, gosta de pregar por mudanças radicais, por revoluções, mas quando isso afeta um pouco o nosso dia-a-dia, quando isso tem que gerar um sacrifício por mínimo que seja, a coisa já muda de figura e todo o sentimento de mudança dá lugar ao... “Não vai ser isso que vai mudar nada”...
Confesso que eu já quis ser muita coisa grandiosa na vida, mas hoje percebo que ser um Beija-Flor já seria bom...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças

Fazendo um apanhado geral sobre coisas que não tem muito sentido, mas são importantes, eu descobri que quando a gente esquece de algo a gente não pensa mais naquilo, mas e quando a gente não pensa mais naquilo... Quer dizer que a gente esqueceu?
Acho que é meio óbvio que quando realmente esquecemos determinada coisa, como o nome, um número, um lugar, alguém... A gente não pensa mais naquilo, é como se nosso cérebro tivesse pegado (eu achei pegado estranho, mas o Word disse que era assim, to confiando) aquilo e tivesse jogado fora igual um lixo na porta de casa, daqueles que a gente nunca mais vê... Mas e o contrário, e quando o nosso cérebro ainda lembra-se de tudo, mas faz a gente não pensar mais... Podemos considerar que a gente esqueceu só pelo simples fato de não lembrar?
Certas coisas da vida realmente a gente sabe, mas não lembra toda hora, como nomes, rostos, tarefas e números. Já imaginou alguém o tempo todo se lembrando de senhas, números e contas? Vai ser mais um pra englobar a clínica do Dr. Castanho.
Mas e quando se trata de “alguém”? Quando a gente não lembra mais de determinada pessoa, significa mesmo que a gente esqueceu?
Acho que quando se trata de sentimentos o lado racional de jogar fora não tem tanto poder assim, engraçado né, o que realmente a pessoa quer esquecer ela não consegue e quando chega à fila do banco diz... Qual era a senha mesmo?
A nossa memória poderia ser totalmente seletiva como a memória de um computador e pode selecionar o que serve e jogar fora ou fazer backup do que não serve mais, ou melhor, poderia existir algum método científico como no filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” em que poderíamos apagar certas lembranças desagradáveis da nossa mente. Mas pensando bem, acho que assim a vida seria fácil demais, iríamos cometer o mesmo erro diversas vezes, por esquecer que ele aconteceu, não existiria crescimento ou aprendizagem... Deixa assim mesmo como está.
Voltas à parte, a questão principal pra mim é que tem muita gente preocupada em não se lembrar do que já fez e tem que fazer e acabando por esquecer quem realmente é...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Acho que sou Paranóico...

Impressionante como gostam de fazer tudo para fuder o trânsito do Rio.
Eu, cidadão que também ando de ônibus como a grande maioria da população carioca hoje demorei muito mais tempo no trajeto do meu trabalho do que outros dias por causa de um esquema super mal feito no trânsito na Linha Amarela, não dá pra entender.
Eu não digo só de hoje, andando pelo Rio o que você mais vê são obras inacabadas, obras fantasmas (aquelas que têm cavaletes, sinalizações, tudo... Menos funcionários trabalhando), desvio no trânsito em plena hora do Rush e pra mim o pior de tudo: BLITZ!
É inegável que no Rio de Janeiro, multas viraram uma arrecadação forte de dinheiro, tanto que os jornais da semana passada davam até essa notícia que em sete meses Eduardo Paes aplicou mais multas do que César Maia em um ano. Seria isso motivo de orgulho para ele? Ou uma ação totalmente desesperadora e covarde de tirar vantagem da população com a desculpa de “restaurar a ordem”?
Eu sou suspeito para falar, pois como todos sabem acho essa lei seca a maior idiotice que inventaram desde Teletubbies e Pânico na TV, mas se quer fazer Blitz faça, porém não precisa ser em pleno horário de rush para atrapalhar mais ainda aqueles que não têm arrecadação de multas para sobreviver.
Se pensarmos de maneira esquizofrênica baseado na constante teoria da conspiração em que tudo que é, é por algum motivo, esses empecilhos no trânsito são propositais para as pessoas chegarem tarde a seus empregos e assim serem demitidas e não terem dinheiro para pagar IPVA e quando forem pegos em Blitz, pronto... Mais dinheiros de multas para o governo e para retirarem seus carros vão ter que pagar ainda mais multas, taxas, o IPVA e tudo mais... É eu sei, eu sou doente...
Mas na verdade, conspirações a parte, eu estou muito preocupado onde tudo isso vai parar, pois me deixa bem puto da vida (gostava dessa música do Dominó) saber que enquanto mega operações são montadas para arrecadar multas, pessoas estão levando pedradas na Linha Amarela...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Panorâmico

Um “quase”
Como um telefone importante que falta um número
Do que serve?
Vale à pena tentar mais nove vezes?
Dizem que cavalo selado só passa uma vez
Pra mim tanto faz
Não ligo pra cela
E nem sei andar de cavalo
“Fronteira da Vida” deixou de ser um limite
Passou a ser um restaurante a beira da estrada
Com uma comida de merda
Amigos vem e vão
Os bons vem
Os nem tão bons vão
Mas quando voltam são bons
Engraçado como tudo é uma questão de comodidade
O cinza do caminho agora é belo
Cheio de verde
Eu nunca gostei muito de cinza
E Não sabia mas no fundo eu gosto de cores
Gosto porque não tem donos, podem ser de todo mundo
Gosto do que não tem dono...
Ultimamente tenho tocado na minha orquestra
Mas o meu som é tão sozinho
Só tem eu
É baixo e ninguém escuta...
Ando por aí procurando gente
Mas quem?
Será que tem alguém interessado na orquestra do “Eu sozinho”?
To procurando
Mas ta escuro
Cadê a luz?
Cadê a vela?
Serve uma usada mesmo
Eu quero é iluminar
Mas não posso negar
Que até o escuro tem seu lado bom
Só assim não vejo coisas que não queria ver
Até quando?
A vida podia ser um elevador panorâmico
Daqueles que a gente sobe
Ou desce
Olhando tudo que acontece
E quem sabe só desse jeito
Eu saberia
Quem realmente se foi
E quem ainda está me olhando
de longe...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A mochila é assim mesmo...

Normalmente as pessoas são muito repetitivas, eu mesmo em certos momentos sou repetitivo, a mídia é repetitiva, o governo é repetitivo, até as palavras sempre são repetidas de certa forma...
Pensando nessa repetição acabo de me convencer que no dia a dia nós não não passamos a acreditar, aceitar ou até mesmo gostar de algo como uma vontade própria, mas sim acabamos por ser convencido disso.
Quantas vezes aquela música era horrível em sua primeira vez, e depois de um tempo a gente até cantarola toda vez que ela toca na rádio, ou aquela pessoa que a gente acha feia, mas de tanto falarem que não é... Acaba pensando, é até que nem é tão ruim assim.
A maioria de nós somos seres totalmente influenciáveis que passamos a acreditar em tudo que é mais simples acreditar, é mais cômodo gostar. Seguir a massa é muito mais fácil do que ir no contra fluxo do popular, e normalmente quando fazemos acabamos sendo taxados de malucos, velhos, “do contra”, tudo... Menos de uma pessoa que simplesmente não gosta do que todos gostam, isso é algum problema?
Mas assumo que tenho que dar o braço a torcer e dizer que a segmentação hoje é muito mais abrangente que antes, acho que as empresas e produtos em gerais perceberam que não dá para englobar todo mundo dentro das mesmas coisas, as peculiaridades ficaram cada vez maiores. No caso de TV, por exemplo, não dá mais para se fazer o que fazia antes e colocar o Chaves e deixar crianças de 3 a 15 anos vendo... Hoje em dia isso é impensável, até porque 15 anos nem é mais criança como antes...
Voltando ao assunto da repetição seria mesmo a unanimidade burra? Mas quem tem coragem de ir contra ela?
Quantas vezes você já não trocou de roupa, mesmo achando que estava bem, só porque alguém disse que não estava bom? Ter peito para assumir o próprio gosto sozinho é muito difícil.
Até mesmo aqueles Punks, Emo´s e coisas do tipo que saem na rua daquele jeito precisam da aprovação de pessoas do seu ambiente para falar se o Piercing ta combinando com o rosa do cabelo, enfim... É tudo uma questão de acreditar no que é dito, mas do que realmente sentir que é.
Falando um pouco de mim, quem me conhece sabe que tenho uma mochila que é aberta no meio e serve para colocar algo que não sei o que é... Talvez notebook, raquete de Tênis, taco de Hockey, Pipocas Frank, Ah sei lá... Mas a questão é que todo dia eu não agüento mais desconhecido falarem: “Sua mochila ta aberta” e eu respondo com uma paciência peculiar: “Ela é assim mesmo”. Até ai tudo bem, mas o foda é que de tanto eu ouvir isso eu já pensei em comprar outra mochila, porque acho que no fundo eles devem estar certos e minha mochila deve estar rasgada ou quem sabe até aberta mesmo...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Factory Girl

Essa semana vi um filme bem interessante chamado Factory Girl, que é a história da modelo Edie Segwick que foi um ícone da geração artística dos anos 60/70 de Nova York e uma das musas de Andy Warhol (que no filme parecia uma versão melhorada do nosso Gugu Liberato).
O filme relata todo o sucesso que esse movimento fez e em especial Edie Segwick que se envolve com um homem que é o Bob Dylan, mas que no fundo ele aparece com outro nome, e depois disso sua vida vira um caos, o sucesso acaba, a fama acaba e ela morre de overdose aos 28 anos... Vale a pena conferir
No filme várias questões são discutidas, dentre elas o conflito entre um pseudo Bob Dylan e Andy Warhol (ou Gugu) sobre a Pop arte, se aquilo que ele fazia era realmente considerado arte ou não... Questões que podemos deixar para outra hora (não sei por que falo como se alguém estivesse lendo isso)
A questão que eu queria pegar desse filme é o que levou Edie a morte, alguns dizem que foi devido a sua briga com Andy Warhol e com isso sua imagem ficou desgastada e ela viveu do “sucesso a lama” (gosto dessa frase) e até dizem sobre o fim do seu romance com Bob Dylan, mas será realmente alguém responsável pelo fracasso de alguém?
Quantas pessoas já não vimos por aí que deixam suas vidas se acabarem devido a um relacionamento, seja pelo termino dele, seja por se envolver com uma pessoa que te leva para o buraco. Mas será que alguém tem tamanho poder de destruir a vida de alguém?
Acho que o que acontece na verdade é que nos seres humanos somos carentes por natureza e colocamos todas as nossas aspirações nessas relações achando que não dá pra ser feliz sozinho, que aquela pessoa é a pessoa, é a única... E assim, quando tudo dá errado nós nos sentimos tão triste, sozinhos, desprezados, rejeitados e toda aquela baboseira das músicas sertanejas e deixamos, ou melhor, culpamos aquilo por todo o nosso fracasso...
A pessoa foi realmente responsável pelo nosso fracasso ou no final nunca enxergamos o homem por trás da idéia, aquele algo mais que nos diz tudo. Ou melhor, será que o problema era mesmo da pessoa ou era nosso?...
Pra mim, no fim das contas é como se pegássemos uma caneta que não escreve na folha de papel, e a gente rabisca, rabisca, rabisca até rasgar a folha... Aí só depois disso a gente repara que o problema nunca foi da caneta, o problema... Era da Folha!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sinceridade?

Sempre gostei muito da música “Maior Abandonado” do Cazuza, talvez pela batida e ritmo, talvez pelo título que em certos momentos me identifico com ele, mas tem uma frase que sempre citam e recitam por aí: “Mentiras sinceras me interessam”, que na verdade muito me fascina e fica a questão: pode realmente existir uma mentira sincera?
Por quantas vezes na vida já não nos decepcionamos com alguém que nos disse mundos e fundos, nos prometeu coisas impossíveis e improváveis e depois nada foi feito e você disse: “Que FDP mentiroso (a)...” Podemos considerar isso como um exemplo de mentira sincera?
Será que tudo que a pessoa falou era necessariamente mentira? Poderia não ser... Mas será que era tudo verdade??? Também poderia não ser... Meio confuso isso tudo né?
A questão é que sinceridade não está diretamente relacionado a uma verdade ou mentira propriamente dita mas sim a um estado de espírito.
Mas dá pra ser sincero falando uma mentira? Talvez...
Quando falamos pra alguém alguma não verdade, tem como ela ser sincera? Sim... Acho que sim, principalmente quando falamos de sentimento.
Podemos não gostar de alguém do jeito que a gente diz, porém achamos que gostamos ou na verdade queremos gostar e isso acaba se tornando uma “mentira” sincera, pois como dizem muitos por aí, o que vale é a intenção, é o que fazemos para mudar isso.
Como eu já disse em um dos post´s anteriores a mentira sincera poderia ser todas aquelas mentiras que são mentiras, mas que por determinados motivos sejam eles de ordem social, psiquiátrica ou até mesmo por falta de discernimento achamos que não é...
Mas a questão a ser focada não é a mentira ou a verdade mas sim se um mentiroso sincero pode ser considerado culpado? Na minha opinião sim, pois se em algum momento aquilo que ele diz é uma mentira, mesmo sendo sincera, é porque ele sabe que não é uma verdade e isso o tornará culpado.
A intenção ou a vontade perdoa todos os pecados? Brincar com o sentimento de alguém de uma forma “sincera” é perdoável?
Para mim todos são culpados, pois não existe muito esse papo de mais ou menos, de meio termo das coisas, ou você é ou não é, ou sente ou não sente, ou gosta ou não gosta... Ou mente... Ou fala a verdade... Se quer ser sincero melhor começar ficando quieto...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Prefiria ter visto o filme do Pelé...

Então... Eu andava meio sumido mesmo, mas devido a vários pedidos (entende-se vários apenas pela Michelle) resolvi escrever novamente, não sei se apenas esse ou vários outros, sem planos...
Confesso que fiquei um pouco frustrado em não ver nenhuma mobilização popular dizendo “Volta Copo de Cachaça”, sempre ficava olhando para baixo do meu prédio esperando ver cartazes, carros de som, receber telefonemas, campanhas no Orkut e Twitter, alguém vir falar comigo no MSN, mais nada aconteceu, nem meus pais perceberam que eu não atualizava essa joça (é assim que se escreve?), decepcionante...
Dramas a parte e continuando a falar do assunto “EU”, na verdade eu não paro de escrever, talvez eu pare de postar, no fundo acho que sou artista e gosto de viver fases como Pablo Picasso, por exemplo. Mas quando chegará meu período rosa? Não saio do azul e nem agüento mais pintar Guernicas por aí... (Para os que não entenderam existe o novo pai dos burros o “Google”).
Aí vi algo que valeria a pena falar que é a nossa gloriosa Bienal do Livro...
A Bienal pra mim é mais uma das propostas que são propostas, porém que não seguem o que foi proposto... Vou explicar melhor, ou na verdade tentar...
A proposta inicial da Bienal é a de levar o interesse pela cultura dos livros a uma parcela da população que não tem acesso a tal cultura, mas é isso que acontece??
O que é visto na Bienal é uma verdadeira festa que promove de tudo, menos a leitura em si, já que os preços dos livros são caros para uma população menos favorecida e quem acaba comprando os livros?? Os mesmos de sempre.
O problema da leitura pra mim vem do colégio que obriga os alunos a ler todos aqueles livros super chatos do século passado como “A Senhora”, “A Moreninha” “Dom Casmurro” entre outros, eles podem ser clássicos?? Sim... E tenho muito respeito por todos, mas vamos concordar que para uma criança de 12 anos, todos são um saco...
A falta de interesse pela leitura começa aí, em que livros chatos são forçados a serem lidos para satisfazer aquela professora meio velha que da aula de Português e vai passar um pequeno teste sobre o livro, não existe um prazer pela leitura... Mas sim obrigação.
Aí chega a Bienal que para o aluno de colégio é uma grande festa, é um dia sem aula ou praticamente um passeio, em que você vai pra zoar e pegar aquela garota que você é doido pra ficar no ônibus do colégio...
Aí você acha que eles vão para lá para ler algo?? Vão economizar o dinheiro do joelho pra comprar um daqueles livros de preços absurdos? No máximo que eles fazem é quando os pais dão um dinheiro para tentar “incentivar” esse hábito, eles comprarem uma merda lá qualquer só para voltar pra casa e mostrar a família um certo interesse, e pronto... Já garantiram pelo menos mais um mês de mesada...E o livro se enche de pó na estante de casa... Junto com as enciclopédias da Barça
A verdade é que quem a Bienal realmente quer atingir sai de lá do mesmo jeito que entrou: Cagando para os livros...
Aí pergunto, vale a pena esperar dois anos pela Bienal??? Eu prefiro muito mais esperar quatro pela Copa do Mundo

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Candidato da moda

O Sarney virou o alvo da moda, os veículos de comunicação resolveram explorar o máximo tudo que ele fez (sim, só agora), as pessoas não param de falar, os adversários acham um “absurdo” o que ele fez (como se já não soubessem de tudo isso antes), pessoas na rua cobram providências e culpam o governo, sempre o governo, pela situação lamentosa que vive a nossa política nacional, mas aí eu pergunto foi o governo que colocou o Sarney lá?
Eu não entendo porque as pessoas ficam tão incomodadas assim com atitudes como a do Sarney já que elas o elegeram. Sim, você pode dizer: “Mas ele não é do meu Estado”, porém todos nós votamos muito mais em nomes, carisma, aparência do que em idéias propriamente ditas.
Quer uma prova disso? Se pegarmos as eleições dos últimos anos vamos constatar que nos cargos de Deputado e Vereadores os grandes campeões são pessoas públicas que em na maioria dos casos nunca tiveram contato com a política. Nessa lista podemos falar de nomes como Clodovil, Frank Aguiar, Wagner Montes, Túlio Maravilha entre outros...
Pior ainda que eleger nomes que nunca tiveram contatos com a política é o de eleger nomes que já tiveram o contato desastroso com a política nacional, nessa lista eu posso citar entre os mais conhecidos, Sarney, Collor e Maluf.
Aí eu pergunto uma sociedade que elege nomes como esses, apenas por serem nomes conhecidos, merecem reclamar de algo? Acho que temos que aceitar sim tudo isso que está acontecendo e refletir que enquanto pessoas “pops” continuarem sendo eleitos e a eleição for ganha porque candidatos ficam cada vez mais conhecido, situações como essa vão ser cada vez mais comuns.
Em outras palavras, eu espero sinceramente que em um futuro talvez não tão distante assim, as eleições sejam vencidas realmente por idéias e programas de campanha e não apenas por Marketerios e Publicitários... Salve Duda Mendonça

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Teatro

A falta de memória não é minha
Mas me afeta
Me baseio pelos outros
Mas nem sempre outros são os certos
Espero por meses
Que ainda não chegaram
E nem vão chegar
Como em um filme que passou
E eu não vi
Sei lá por que...
Espero algo me levar
Levar-me pra onde tenho que ir
Não tenho mais controle de tudo
Não do que me interessa
Tudo que se movimenta
Acho que vai me dizer algo
Diz, mas não me interessa
Parece que vivo um teatro
Em que o roteiro
Não foi mais escrito por mim
Mas no fundo eu achava que tinha sido
Então fecho os olhos
Volto para meu palco
Com meu roteiro
Minha cena
E minha direção
Olho em volta não tem ninguém
Não tem ator
Ajudante
Nem platéia
Só uma multidão de vazio
Em que pessoas inexistentes
Fazem papéis que não me interessam
Na verdade, já serviram
Mas já não servem mais
Ontem à noite pela primeira vez eu dormi cedo
Mas mesmo assim perdi a hora...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Vai entender

É só olhar pro lado com um pouco de atenção que a gente logo se depara com alguém com febre, dor de garganta, dor no corpo, moleza, entre outras coisas. Vendo esse quadro sempre tem algum gênio que diz: “Isso deve ser a virose que anda por aí” (engraçado que a virose sempre anda por aí, ela nunca vai embora).
Agora o quadro se agravou, todo resfriado ou tosse que aparece logo tem aquela piadinha: “Olha a gripe suína hein...”
È a nova onda, é a doença da moda que emplacou e desde que surgiu só perdeu espaço na mídia para o acidente do Airbus e da morte do Michael Jackson.
Mesmo depois de tanto tempo a doença ainda continua em evidência, porém ninguém sabe ao certo o que fazer. Dizem que os sintomas são como a da gripe comum (até aí não me disseram nada) e se você ligar para o atendimento sobre a gripe, eles mandam você procurar um posto especializado... Se eles mandam você procurar um posto, por que existe um telefone para você ligar?
Eu também não sei ao certo, mas dizem que certos hospitais você não deve ir, porque se você não tiver a gripe suína você corre o risco de pegar... E agora José?
Algumas medidas que eu não entendi muito bem foram tomadas como a de prolongar as férias, trocar bebedouros por copos descartáveis, tentando assim evitar aglomerações... Mas será isso realmente suficiente e necessário? Será que todas as pessoas que não foram para o colégio tentando evitar o contágio de gripe suína, deixaram de ir para uma boate e ter contato com aglomeração? Ou até cinemas que desligaram escadas rolantes para a pessoa não colocar a mão no corrimão, mas ficam trancadas em uma sala com várias pessoas do mesmo jeito... Eu hein... Parece coisa de Português (brincadeirinha)
O que eu não entendo é que as autoridades pedem para não ser feito alarde, pois dizem que não é necessário, porém, medidas como essas soam como algo bem apocalíptico e irreversível... Realmente eu não sei em que lado me colocar...
A parte engraçada nisso tudo é a preocupação que temos, mas não porque temos, mas porque nos fazem ter, e a gripe suína é um exemplo disso, pois como eu li em algum lugar, menos de 2000 mil pessoas morreram e todo mundo quer usar máscara, milhões de pessoas morrem de AIDS em todo mundo, e muita gente se recusa a usar camisinha... Vai entender...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Quem? Eu?

Todo mundo pelo menos alguma vez na vida já teve um ídolo em que em alguns momentos já quis ser. Normalmente crianças gostam de tentar se vestir igual, falar igual, e principalmente serem iguais aos seus ídolos. Quem nunca comeu espinafre pra ficar igual ao Popeye? Eu mesmo confesso que furei as duas orelhas porque queria me parecer com o Dado Villa-Lobos (Um grande abraço, Dado). Bons tempos aquele em que o que bastava era algo para se acreditar.
Hoje em dia não necessariamente queremos ser nossos ídolos, mas sim, queremos ser alguém que está em uma situação melhor que a nossa...se pudéssemos ser um pouquinho de cada um já estava valendo.
Na verdade, em certos momentos não queremos ser ninguém, apenas não queremos ser nós mesmos. Quem em uma situação de dificuldade já não falou: “Nossa, como eu não queria ser eu”, e seriamos o quê? Nada? Tem gente que vive a vida inteira assim e se diz feliz.
Tem pessoas em que o grau de deficiência mental é tão grande que por momentos queria ser um objeto ou um animal, mas aí eu pergunto ser outra pessoa ou outra coisa em momentos bons é bom, mas você seria essa pessoa também nos momentos ruins?
Todo ser humano por melhor ou pior que seja tem seus momentos íntimos de glória e frustração. Se alguém quisesse ser o Romário em 94, o grande nome do Tetra, agora teria que pagar pensão, teria que perder carros e até o apartamento devido a um negócio totalmente mal planejado de Pirâmide. Querer ser um campeão Olímpico em uma Olimpíada deve ser fenomenal, porém amargar a derrota para um concorrente não deve ser tão bom assim...Ser o Ronaldo dos gols deve ser maravilhoso, mas viver como ele (sem duplo sentido) sendo piada de viúvo de travesti não é mole.
Caetano Veloso em uma música diz que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, mas eu discordo (desculpa, Caetano). Acho que todo mundo sabe muito bem reclamar da dor de ser quem é, mas a delícia, sei lá... Tem muita gente que ainda acha ela amarga...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Talento ou Sorte?

Segundo especialistas todos nos temos um dom (tudo bem, nunca vi especialistas falarem isso, mas eles falam tantas coisas que devem ter falado isso também).
Eu sempre persegui o meu dom em esportes e descobri que ele nunca existiu, porém sempre tive uma grande facilidade com jogos eletrônicos, coisa de NERD né, mas a vida sempre nos compensa em alguma coisa... Enfim a questão é quantas pessoas tem o dom, mas não sabem que tem o dom porque nunca tiveram a chance de mostrá-lo...
Confuso, né? vou explicar melhor. Quantas pessoas poderiam ser melhor do que os que existem por aí, porém não tiveram a chance de ter contato com determinada coisa e assim, viveram e morreram no anonimato.
Será que não existe ninguém no mundo melhor que o Phelps, porém vive em uma comunidade carente e nunca aprendeu a nadar? Será que o Ronaldo seria o Ronaldo se nascesse em algum país da Europa e jogasse apenas Polo? Quantas poderiam ganhar um Grand Slam, porém nunca seguraram em uma raquete de tênis? Ou quantos Brasileiros poderiam ser astros do Baseball, mas nunca viram nem uma bola de perto.
Essa questão não se resume somente no esporte, mas em profissões em geral. Quantos publicitários não poderiam ter sido bons médicos? (inclusive eu acho que seria... rs), quantos dentistas não seriam excelentes engenheiros? Ou quantos advogados poderiam salvar ao invés de presos, baleias, se tivessem sido Biólogos Marinho?
Enfim, é engraçado pensarmos que para termos sucesso em algo, acima de ter talento e dedicação precisamos da sorte de ter contato com determinada situação que nos mostre que caminho seguir, e devido a isso eu vou morrer achando que eu seria um excelente jogador de Cricket, mas nunca tive a oportunidade de jogar...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Baader Meinhof Blues

Confesso estar muito ansioso para assistir um filme alemão chamado “O Grupo Baader Meinhof". Na verdade não sei se esse filme vai chegar a passar nos grandes cinemas ou se vou ter que procurar um dos alternativos para ver, enfim...
Para quem não conhece o grupo Baader Meinhof foi como ficou conhecido a Facção do Exército Vermelho Alemão; uma organização guerrilheira e terrorista alemã de extrema-esquerda da década de 70 na antiga Alemanha Ocidental.
Então, esse filme deve ser bem interessante, pois na minha visão esse grupo é um exemplo de como violência realmente gera violência.
Iniciado no movimento estudantil, ao perceber que o único jeito de conseguir acabar com a violência no mundo era aderindo à mesma, é dado assim início a uma onda de violência e terror. Vale a pena conferir.
Mas o que quero dizer é que a violência sempre existiu na humanidade e desde os seus primórdios existem vários tipos e categorias de violência. Guerras gigantescas foram travadas, pessoas foram queimadas injustiçadas, até Cristo foi cruficicado, pessoas foram mortas e torturadas por terem um ideal, enfim, não é de hoje que a violência sempre existiu.
Mas se analisarmos a evolução da humanidade e o aumento da violência, elas deveriam ser inversamente proporcionais, pois nos primórdios da humanidade os homens faziam guerras para resolver questões políticas. Hoje nós temos líderes para resolver essas questões. Se antes existiam pessoas queimadas em praças públicas, hoje nós temos cadeias e tribunais para decidir isso e se antes pessoas eram mortas sem motivo qualquer, hoje temos conscientização de que uma vida sempre será uma vida.
Mas porque a violência continua grande? Será culpa de quem? Da má distribuição de renda? Da índole de cada um? Da sociedade? Da natureza autodestrutiva humana? Vai saber...
Eu acho muito triste vivermos totalmente expostos a “sorte” de sermos ou não assaltados, de sermos ou não vítimas de sequestros relâmpagos, vítimas de brigas em estádios de futebol, de agressões verbais sem qualquer motivo aparente (sim, isso também é um tipo de violência). Temos que nos policiar com quem vamos debater ou discutir, pois essa pessoa pode sem mais nem menos agir com uma violência pra cima de nós. Alguém percebe o quanto isso tudo é surreal?
Quem realmente tem culpa nisso tudo, eu me pergunto. Acabar com o tráfico de drogas seria possível se eles quiserem? E isso acabaria com a violência? Fazer um desarmamento da população acabaria com a violência? E seria isso suficiente?
Pra mim, essas questões têm que vir da base, o mundo em si tem que ensinar as pessoas a terem valores morais. Na educação temos que mostrar que a violência em qualquer de suas formas não leva ninguém a lugar nenhum. E só a teoria não adianta. Do que adianta consciência que não devemos causar violência, se a nossa vida nos mandar agir como tal? Temos que dar emprego, estrutura, alimentação, enfim dar escolhas para as pessoas não terem que entrar no mundo do crime e ser mais uma nessa triste estatística.
E a lição não se resume somente a sociedade.É fundamental que os pais ensinem seus filhos valores para serem pessoas de bem.
Outro ponto importante é que poderia ser feito também uma maior rigidez na lei em cima de qualquer tipo de violência. Por que alguém que não paga pensão é preso e alguém que agride alguém não é? Por que alguém que tomou um chopp e dirigiu é tratado como um marginal ou como um criminoso, mas alguém que briga em uma boate não é?
Enfim, de nada adianta participar de passeatas pela morte injusta de alguém e chegar em casa e gritar com um empregado... Faça sua parte!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Caminho

Vejo o caminho
Mas canto e disfarço
Se ele fosse tão certo por que tem tanta gente voltando?
Outra música toca
Lembrei-me de algo que se foi
Nem tudo que nasce
Acaba do jeito que é
Sinais vêm de onde menos espero
Viajo para longe
Para um novo mundo no mesmo lugar
Ele chega a ser tão perto do distante que dá até preguiça de voltar
Lá eu vejo uma nova verdade
Cheia de erros e novidades passadas
Tem novas pessoas conhecidas
Elas dizem oi
Dão-me a mão
Eu não preciso da mão de ninguém
Na verdade eu só finjo que não preciso
Dizem que o tempo resolve tudo
Na verdade o tempo não resolve nada
É só uma desculpa para o que não aconteceu
Continuo no caminho
Mas não sei se vou ou volto
Tudo me parece igual
Para no meio do caminho
Olho em volta
Não tem pedras
Nem é belo
Não tem mato
Nem tem gente
Não tem mais música
Nem som
E só assim eu percebo
Que o caminho nunca é solução
O caminho é só um caminho e nada mais...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lixo nosso de cada dia

Tanto se fala de meio ambiente e do futuro do mundo, muito se fala da Camada de Ozônio, do racionamento de água, desmatamento e etc.
Mas será que realmente chega para nós uma coisa realmente concreta de como mudar tudo isso?
Eu vejo sim, um bastante interesse de todos em criticar a sociedade e o caminho em que o mundo está. Pessoas famosas dando lições de moral e um pensamento totalmente catastrófico sobre o que pode nos acontecer. Algo realmente é feito para mudar isso?
Vamos pegar como exemplo a nossa coleta de lixo e a tão falada reciclagem. Nós, os leigos (ou pelo menos eu, o leigo) temos um real acesso a reciclagem? Sabemos realmente que passo dar para separar o lixo? Normalmente isso só é ensinado em uma daquelas visitais de ação global que é registrado pelo RJTV, mas a sociedade em si, sabe muito pouco sobre o assunto.
Quando as notícias e informações precisam chegar ao conhecimento de todos, a mídia consegue facilmente. Todo mundo sabe quando o marido da Suzana Vieira morreu em um motel com a namorada ou que o Ronaldo pegou Travesti lá na Barra; No entanto, por que a gente nunca sabe como reciclar corretamente um lixo?
Eu não sei exatamente que tipo de lixo pode ser reciclado ou como se faz separação, pois as informações nunca chegaram e eu também por total desinteresse, nunca fui atrás delas.
Não vou culpar somente quem não me diz sobre a reciclagem, talvez eu também tenha culpa de não querer ficar sabendo, mas acho que essa é a questão. Por que para determinados assuntos não temos um interesse nem de informar e nem de ficar sabendo e apenas de criticar?
Será que existe algum interesse em não haver conhecimento geral sobre reciclagem? Será que as informações sempre estiveram ali e eu que nunca quis ver? Dúvidas como essas sempre vão existir enquanto eu não me preocupar em aprender e nem eles se preocuparem de me ensinar... Vai entender.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Negócio de fé

O número de seitas, encontros espirituais, igrejas e afins vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos. Quanto mais aumenta o desespero das pessoas com problemas pessoais e problemas financeiros, mais existe a necessidade de se ter fé... Afinal, todos precisam de algo para acreditar.
Essa questão da fé sempre existiu e sempre vai existir. Porém vi uma notícia esse dia que me deixou um tanto quanto curioso a respeito desse assunto.
A esposa do jogador Kaká vai abrir uma “filial” da igreja Renascer na Espanha, com o argumento que se Deus deu dinheiro para o Real Madrid contratar o Kaká mesmo em tempos de crise que o mundo vive, ela deve retribuir de alguma forma. E qual a melhor forma de dar algo para o mundo? Abrir uma filial da igreja Renascer...Isso é piada, né?
Primeiramente, uma igreja no meu ponto de vista não poderia ter uma “filial”. Por acaso as idéias de Deus, os ensinamentos da fé viraram negócios desde quando para existir filiais espalhadas por aí? Acho que esse nome filial demonstra realmente o intuito por trás de tudo isso.
Segundo, se ela acha que Deus os ajudou a ter mais dinheiro, porque não investir isso em obras sociais, fazer um centro para a melhoria na educação, enfim, ajudar todos que precisam e não tentar através disso ganhar ainda mais dinheiro.
Ofendi alguém? Espero que não... Pois acho que ninguém é inocente o suficiente para não saber que esse tipo de “fundação” ou no caso “filial” é algo meramente mercadológico e entre outras palavras é para ganhar dinheiro.
Essas igrejas são boas para algumas pessoas? São. Elas ajudam quem precisa? Sim.
Mas a questão é que eu não aceito explorar o desejo de fé de outras pessoas, a casa de Deus não é feita pra isso. Enfim, lugares no céu não podem ser comprados.
Eu não sei por que algumas igrejas tentam sempre tirar o tão falado Satanás do corpo dos seus fiéis gerando certo controle sobre ele por meio de privações e dízimos. Para mim Deus fez as pessoas para serem livres e felizes e no meu ponto de vista quem tem Satanás no corpo são aqueles que mesmo se aproveitando da fé alheia conseguem dormir tranquilamente todas as noites... Amém!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Equilíbrio

Mais um dia que chega ou mais um dia que foi?
Acho que isso depende do meu humor
O dia é mais belo
Vejo coisas bonitas
Coisas diferentes
Mas que no fim servem para a mesma coisa
O que me derrubava agora me eleva
E vice e versa
Ando sem medo
Ando distraído e desatento
Penso demais ainda
Mas meus pensamentos já não me incomodam
Olho no espelho
Confesso que sinto saudade de uma parte
Mas só de uma parte
Os dias não são lentos nem rápidos
São apenas dias
A dúvida ainda existe
Se é o acaso que decide
Ou se ta tudo programado
Na verdade tanto faz
O passo agora é diferente
Não é mais longo nem curto
É do jeito que tem que ser
Busco equilíbrio
Busco um eterno bom senso
Não quero mais nada demais
Mas o pouco também não interessa
Quero o que é meu
O que tem que ser meu
O que eu nasci pra ter
E para não fugir da parte do que tenho que ser
Todos os dias de manhã
Me lembro esquecendo
E toda noite, durmo pra lembrar

Celebration

Teve gente que achou uma bobeira fazer tanta homenagem aos 50 anos de carreira do Roberto Carlos.
Falaram mal da Globo como sempre, que era besteira fazer um Globo Repórter especial, um show daquele no maracanã, enfim... Diziam que uma grande festa não era necessária.
Pra variar, eu discordo (novidade né). Eu acho sim que uma homenagem tinha que ser feita pro Roberto Carlos, e não só para o Roberto Carlos, mas sim para todos os artistas enquanto eles ainda estão vivos.
Homenagens depois de mortos são boas? São, são bem legais sim porque demonstra respeito e agradecimento por tudo que a pessoa já fez, mas de que adianta, por exemplo, o Simonal morrer totalmente desconhecido e depois fazer um filme “Ninguém sabe o duro que dei” (além de tudo ainda queimaram o filme do cara com esse nome he he he he ). Será que ele não seria mais feliz se tivesse recebido essa homenagem em vida?
Pra mim isso não se resume apenas no meio artístico, mas em todas as situações. Normalmente as pessoas só se encontram em velórios, enterros, nunca em aniversários (inclusive eu). Temos a mania de achar que a nossa presença não é tão importante assim. Deixamos de ligar, falar, visitar, perguntar como está, enfim...Deixamos de celebrar a vida, mas quando a pessoa morre, deixamos de lado tudo que estamos fazendo para ir dar uma palavra de consolo, um último adeus. Isso é meio contraditório, pois se tínhamos tanta consideração pela pessoa, porque não oferecemos uma homenagem em vida? Porque não mandamos flores para mostrar o quanto ela é especial? Vamos sempre ter que esperar o velório para fazer isso?
Por várias vezes me peguei imaginando meu enterro, e confesso que em algumas situações da vida pude sentir realmente como seria e quem iria chorar sinceramente por mim. E analisando tudo isso eu posso falar e garantir com todas as letras, que eu prefiro mil vezes que a minha vida e minhas comemorações sejam muito mais cheias do que o meu enterro... Vamos celebrar a vida...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O acaso do caso

E se cada passo fosse dado diferente? E se naquele dia você não tivesse saído de casa? E se não tivesse faltado àquela aula, aquele aniversário, aquela festa? E se não tivesse tido preguiça e tivesse saído? E se tivesse dito sim? Ou se tivesse dito não?
Esses inúmeros questionamentos chatos e sem nexos são apenas ilustrativos para mostrar que em certos momentos todo andamento de nossa vida depende de uma pequena decisão que passa despercebida por nós.
Alguém já parou para pensar que se talvez cada mínima decisão fosse outra, muita coisa em volta seria diferente?
Para cada dia que você corta o cabelo ou não, uma progressão geométrica de possibilidades é feita em sua vida. A decisão não precisa ser necessariamente grande para afetar de maneira drástica ou não, ela só precisa existir.
Quantos amores não achamos por termos tomados pequenas decisões? Quantas paixões não deixamos de conhecer por temos ido estudar em determinada faculdade? Quantas pessoas perdemos por não termos ido a uma simples festa?
Não sei se funciona para todos, mas para mim é assustador vermos o quanto é frágil é o nosso destino, e que ficamos apenas a mercê do acaso e da sorte. Bom senso é necessário assim como cautela e precaução, mas será isso o suficiente para evitarmos o que já está programado por entre os caminhos de possibilidades existentes?
Estranho né, ainda mais se pensarmos que cada decisão por menor que seja pode mudar toda a nossa vida. E a pergunta fica no ar, devemos tomá-las achando que aquilo muda a nossa vida ou nem ligar pra nada e deixar que o acaso responder por nós? A escolha é sua.