quinta-feira, 30 de junho de 2011

É Mais Que Uma Cidade...

Vencer é continuar
É recomeçar do zero quando a meta principal já foi perdida
É conseguir ter forças pra se levantar após cada tombo
É entender que sempre haverá um novo amanhã

Vencer é ultrapassar os próprios limites
É lutar, ir atrás, independente do resultado que será alcançado
É tentar, mesmo quando se é o único que acredita
É dar a volta por cima após cada “não”

Vencer é aceitar que perder faz parte da vida
É continuar querendo mais, mesmo quando achar que já tem de tudo
É em certos momentos esperar para dar o tal “um passo de cada vez”
É tirar coisas boas, até nos piores momentos

Vencer é conseguir competir de novo
É sacrificar-se por um sonho, mesmo que este não aconteça
É mover-se quando tudo te faz ficar parado
É ter a sabedoria de às vezes não lutar

Vencer é pelo menos ir atrás de ser
É entender que ninguém ganha nada sozinho
É saber que a derrota maior é se sentir derrotado
E perceber que ter forças pra começar e recomeçar, sempre será a maior de nossas vitórias.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não

Fiquei sabendo do seu casamento com outra
Que conseguiu ser
Mas eu... Não
Que estranho é ver você casar
Ser feliz
Já eu... Não
Me disseram que o que sinto é bobeira
Que em breve isso passa, mas eu
Sei... Não
O sentimento é horrível
Dizem que é posse, mas a lágrima diz
Que... Não
É fácil me dizer que sou jovem
Que em breve virá alguém melhor, quando eu nem vejo
Isso... Não
Acho que só eu sei o que isso foi pra mim
Pois pelo visto nem você
Sabe... Não
Será que ela sabe o que me falava?
Que ia morrer comigo, mas eu ainda
Morri... Não
E a velhice, os filhos e netos?
Que eu quis, mas
Você... Não
Perderei dias, quem sabe meses e anos
Tentando entender o que ela tem
E eu... Não
Fantasiei que me mandou uma declaração de amor no convite
Mas que provavelmente por culpa dos correios
Chegou... Não
Que melancólico eu no quarto chorando
E você aposto que já nem lembra de
Mim... Não
É triste pensar que pra tudo ela tem sim
Enquanto eu só
Tive...Não
E que a vida de negação
Só foi feita pra mim
Porque na hora do altar
(Onde era pra eu estar)
Você me matou
Dizendo... Sim...

terça-feira, 28 de junho de 2011

Não Importa

Pra todo mundo a gente não “casa”
Igual um par de palmilhas
Cada qual fica com seu sapato

Dizem que juntos nossa vida só atrasa
Vamos ser vazios como tantas ilhas
“Pro futuro só ficarão os retratos”

Engraçado quando tudo parece ser do contra
Se e difícil sair o tal jantar
O que mais pode ser real?

Se até o destino amigo às vezes apronta
Em que mais tem pra gente acreditar?
Sair correndo, até que seria normal...

Mas ai vem à parte boa:
A conversa, o sorriso, o “fazer bem”
Sentir saudade sem saber de quê

Ninguém entra na vida de ninguém a toa
Se estamos aqui, é porque aí algo tem
Só o tempo vai deixar a gente ver...

Pois não me importa se serei o maior
Não me importa se nem sou o segundo
Não me importa se será de verdade

Porque dá muito orgulho olhar ao redor
Perceber que mesmo sendo contra o “resto do mundo”
O que continua vencendo é a nossa vontade...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Só Um Lado da História...

E te falaram que eu era todo errado
E você acreditou
E te contaram que eu era trapalhão e atrapalhado
E você acreditou

E te disseram que eu falava o que queria ouvir
E você acreditou
E te convenceram que depois que eu conseguisse eu iria sumir
E você acreditou

E te avisaram que eu era assim com todo mundo
E você acreditou
E te cochicharam que eu só me "fazia" de profundo
E você acreditou

E te alertaram que eu nem era quem dizia que era
E você acreditou
E te estragaram com o papo que seria só mais uma de uma “galera”
E você acreditou

Mas de tudo que você ouviu de mim
Sobre nada perguntou
Mesmo assim eu te falei que eu realmente estava afim
Mas aí... Mas ai sim você não acreditou

quarta-feira, 22 de junho de 2011

... E a Saudade é...

Saudade é sentimento inacabado
É sensação de história sem fim
Admiração de um passado
Falta do que não se tem mais

Saudade é carinho vazio
Angústia por um novo tempo
Ver o futuro sem cor
É pintar o quadro “do que foi” de perfeito

Saudade é não aceitar que as coisas mudaram
É querer sentir o gosto das coisas e não conseguir
É o incomodo do tempo passar
Ter medo da distância

Saudade é desespero de nunca mais
É todo dia ter que pensar que aquilo vai passar
É se acostumar com uma parte que falta
É querer ser o “eu” de antes

Saudade é a âncora que deixa estagnado
É ficar preso a si mesmo, a uma época ou alguém
É nunca entender "por quê"
É querer “apenas” voltar...

Saudade é pedir mais uma chance
É não aceitar que as coisas são como tem de ser
É chorar só por falta de um sorriso
É ter uma nova oportunidade de ser e continuar não sendo

Saudade é folhear os diários antigos da mente
É achar que nunca aproveitou o suficiente daquilo
É sofrer e ao mesmo tempo se culpar
Por não aceitar que certas coisas na vida
Simplesmente vão...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Saco Cheio de Mim

Até eu estou de saco cheio de mim
Dos sentimentos
Das frases
Lições e aprendizados

Até eu estou de saco cheio de mim
Dos sofrimentos
Dos “quases”
Ilusões sem significados

Até eu estou de saco cheio de mim
Das canções
Lembranças
Nostalgia de um comovido

Até eu estou de saco cheio de mim
Das ações
Da ignorância
Rebeldia sem sentindo

Até eu estou de saco cheio de mim
De todo o otimismo
Da espera do sim
De tanto querer

Mas no fundo é chato ser assim
Um ser cheio de cinismo
E se até eu estou de saco cheio de mim
Imagino o quanto não está você...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tempo

Mas a vida é tão curta
E ao mesmo tão longa
Que determinado espaço de tempo
Pode ser ao mesmo tempo
Rápido ou eterno
Dependendo de quem vive
Dependendo de quem sente.
Normalmente os dias de tristezas são mais demorados
Acho que a dor é algo mais intenso
Mais melancólico
Passa devagar
Como uma câmera lenta de última geração
Que faz com que um dia
Um segundo
Um momento
Demore uma vida inteira pra passar
E seja quase impossível de se esquecer
Até porque toda dor é superável
Para quem não sente...
Engraçado é depois que esse momento passa
E quando a gente analisa a verdade
Percebe que aquele período negro
Durou muito pouco, uma insignificância de tempo
Quando comparado com o restante da vida.
Mas tem o outro lado
O lado da alegria
A felicidade de um momento
De um período
Que por mais que seja eterno nas lembranças
Sempre tera a sensação de:
“Quando eu percebi, já tinha acabado.”
Sei lá
Acho que isso acontece quando a gente não se importa muito com o tempo
O tempo só importa no fim das contas
Quando a gente tem prazo
Quando a gente tem limite
Quando o “tempo ta passando”
Na alegria
Não existe limite para aquilo mudar
A gente não tem pressa para mais nada acontecer
As coisas acontecem
E o tempo...
O tempo passa a ser um mero figurante
Um marcador de datas
Estações
Carnês
Comemorações
E tudo mais que a gente precisar.
Não sei
Mas acho que a vida poderia
E deveria ser o contrário
Acho que os sofrimentos
Tristezas
E dores
Deveriam não ter esse vínculo com o tempo
Não deveriam ter essa importancia
Acho que teria que ser algo bem do tipo:
“Quando acabar acabou”
Já a felicidade...
Essa sim deveria ser controlada
Cronometrada os segundos
Para a gente sempre perceber o quanto é feliz
E principalmente no final da vida
A gente perceber
Que tudo...
Ou alias, que nada...
Nada foi em vão....

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fala Com a Minha Mão

Sem essa de ser amigo
Sem essa de esquecer o passado
Isso não cola comigo
Cada um vai para um lado.

Se pra você não foi nada
Eu tô é muito puto
Se você já faz piada
Eu ainda to de luto

Não da pra me ver na rua
E sermos amiguinhos ao meu contragosto
Porra, eu já cansei de te ver nua
Você quer vir com beijinho no rosto?

Não consigo nem esquecer o nosso fracasso
Muito menos dar a “tal” risada
Nem perca seu tempo me pedindo um abraço
Para não ouvir um: “Sinta-se abraçada”

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Construção

E eu...
Já dancei como quem dançava Tango
Já cantei como quem cantava Ópera
Já corri como quem disputava uma Maratona
Já amei como se fosse altruísta
Já fugi como quem foge do Holocausto
Já sorri como quem conhece a graça
Já odiei como quem nunca viu o amor
Já lutei como quem tentava um cinturão
Já aconselhei como quem fosse sábio
Já me perdi como quem não enxergava
Já senti como quem sente o mundo
Já chorei como quem perdia a família
Já tive esperança como se só me restasse isso
Já fiquei quieto como se fosse mudo
Já me apressei como se o mundo fosse acabar
Já falei como se só tivesse uma chance dizer
Já menti como se acreditasse no que contava
Já escrevi como quem escrevia um livro
Já bebi como quem tentava afogar alguém
Já errei como quem não sabe somar
Já julguei como se fosse Deus
Já perdoei como se fosse um Santo
Já sonhei como se fosse criança
E já esperei como se fosse eterno.
Talvez esse seja o grande problema:
De tanto o tão pouco ter sido tudo
Eu fiquei mal acostumado...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sentimentos

Ta aí
Uma coisa que eu nunca conseguir fazer
Guardar meus sentimentos pra depois.
Não que eu não tenha tentado
Tentei
E muito
Muito mesmo
Acho que se alguém tivesse que conseguir
Teria que ser eu
Só por insistência
Mas nesse caso
Nem o trabalho levou-me ao sucesso.
Acho que os sentimentos
Tem alguma coisa peculiar
Como aqueles doces finos de supermercados
Eles tem que ser consumidos
Vividos
E aproveitados
Apenas naquele dia
Nem um pouco depois
Porque senão estraga.
Na verdade
Tentar guardar sentimentos
É no mínimo um ato de burrice
Porque em todas às vezes
Que a gente tenta guardar
Deixar ele quietinho ali
Seja por achar que não é a hora
Ou por não ter segurança de sentir
Em ambos os casos
Ele será mais doloroso do se a gente deixasse "rolar".
Quando se vive o sentimento
Dá pra gente saber como foi
Por mais que doa
Que as lembranças irritem
Nada vai tirar a glória de ter tido a coragem de tentar ser feliz
De ser sincero
De arriscar
De tentar
E tudo mais que implique o "sentir".
Já quando se guarda
E o pior
Quando percebe-se que não dá pra guardar
A sensação de arrependimento
De querer voltar atrás
De perceber que o nosso tempo não é o tempo do mundo
De se sentir covarde
Sempre será muito maior
Sempre!
Sentimento não da pra ser deixado pra depois
Não dá pra ser guardado
Não dá pra ser ignorado
Sentimento não é razão
Não é ato
É sentir...
Do mesmo jeito que não temos como não sentir dor ao se machucar
Como não sentir amor por alguém, quando simplesmente sentimos, sem querer...
Talvez seja isso que eu tenha aprendido nessa batalha travada com os sentimentos
Que a hora certa de se deixar sentir
É quando se sente
E se não for nada disso?
A gente se sente mal
Mas depois...
Novamente na hora certa:
A gente sente tudo de novo...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

E agora? O Que é Que a Gente Faz?

E agora
O que a gente faz?
Cada um vai para um lado
E não se fala nunca mais?
Tem como eu pelo menos ser educado
E me despedir dos seus pais?

E agora
O que a gente faz?
Sei que ta decidida
Pra mim até demais
Mas pra que me tirar da sua vida
Não podemos ser cordiais?

E agora
O que a gente faz?
Deixamos essa vazio aqui no meio?
Esquecemos as coisas legais?
Me manda pelo menos email
Nunca lidei bem com finais

E agora
O que a gente faz?
Ta batendo desespero
As dores são pontuais
Você acha que é exagero
Eu acho que são sinais

Mas e agora?
O que a gente faz?
Quando a cabeça não pensa
Os dias são sentimentais
A dor é tão imensa
E as tristezas antes fossem fatais

E agora
Só me diz o que a gente faz
Se é mesmo como dizem:
“Isso é normal entre os casais”
Que pra mim você decide:
E agora? O que é que a gente faz?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Última (Será?) Que Morre

Esperança é algo tão bom
Que deveria entrar na constituição com uma daquelas frases bonitas:
“Todo mundo tem o direito e dever de ter esperança quando precisar”
Ou melhor
Ela poderia ser vendida no mercado
Ser dada nos postos de saúde
Ser prometida em campanhas eleitorais
Ser distribuídas em festas
Se entregue em casa
Ou de qualquer outra forma que cada um preferir.
A esperança na verdade nem precisaria chegar
Porque ela nunca deveria nem ir
Ela teria que ficar
Só pra lembrar que sempre haverá um amanhã.
Mas pensando bem
Melhor não
Vamos deixar a esperança ser sempre a esperança
(Até porque a gente só valoriza o que não tem)
Ser aquele empurrão
Aquele “vamos lá”
Aquele “vai dar tudo certo”
Que às vezes ta na cara, mas precisamos tanto ouvir.
Na verdade
Pra mim, a esperança
É o mais incrível dos sentimentos
Ou das dádivas
Ou do que for
Pois é a única que consegue mudar qualquer situação de uma hora pra outra
Apenas com o simples recado
Que aquilo tem conserto
Que aquilo
Pode e vai melhorar.
Imagina que triste seria uma vida sem esperança
Na primeira topada todos pararíamos
"Continuar pra quê?"
Seria indagado
Mas não...
Ela existe
Vem de todos os lados
De todas as formas
Só pra gente entender que tudo na vida é passageiro
Até aquilo que a gente acha que ficará pra sempre
E não fica
Nada fica
Acho que no fundo só a esperança
Essa sim fica
Permanece ali
Mesmo quando a gente não vê
Quando a gente não quer
Porque ela é teimosa
Ela fica até o fim
Até no leito de morte
Eu já a vi
Afinal
Como dizem por aí....
Ela é a ultima que morre
Mas eu... Sei não...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Estive Lá... Mas Não Lembrei de Você...

Hoje pra mim tanto faz
O que fez ou deixa de fazer
Hoje eu nem me importo mais
Em porra nenhuma que tem pra dizer

Pra onde tem ido
Deixou de ser problema meu
Quem tem te comido?
Sei não, só sei que não sou eu

Tanto faz se seu “atual” nem é do Rio
E vocês sempre terminam
Fiquei sabendo que ele é vazio
Ainda bem que combinam

Nem me interesso sobre quem conheceu
Muito menos quem estava por perto
Já disse que pra mim você morreu
E morto não fala, correto?

E se por acaso te encontrar e ignorar-te toda
Nem perca seu tempo me perguntando o porquê
Pois se eu que me amo, às vezes quero que eu me Foda
Imagina você...

terça-feira, 7 de junho de 2011

E Foi Só...

Só depois que você não me quis
Eu descobri o que era dor
Só depois que você não me quis
Eu vi o que era sofrer
Só depois que você não me quis
Eu percebi o que passou
Só depois que você não me quis
Que eu passei a te entender
Só depois que você não me quis
Que eu vi que estava só
Só depois que você não me quis
Que eu vi que me perdi
Só depois que você não me quis
O meu peito deu um nó
Só depois que você não me quis
Que eu parei de mentir
Só depois que você não me quis
Que passei a perceber o que sentia
Só depois que você não me quis
Que eu percebi o que fiz
Só depois que você não me quis
Que eu vi o quanto te queria
Mas foi só depois que você não me quis
Só depois que você não me quis

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Faz Falta

Bem que você poderia aparecer
Com aquela velha desculpa
De: “só pra saber como está”

Adianto que a gente pode esquecer
A discussão sobre de quem é a culpa
Deixa dividida, é mais fácil de agüentar

Bem que você poderia dizer um “oi”
Mesmo daquele jeito, meio de longe, que não encara
Acho que me faria bem

Ou me explicar bem o que a gente foi
Porque tem horas que acho que fui o cara
Já em outras penso que fui ninguém

Bem que você poderia ser como antes
Falar as coisas de sempre
Sem se importar com o que eu vou pensar

Por que estamos tão distantes?
Por que esse tempo todo ausente?
Uma conversinha nem vai te matar

Bem que você poderia esquecer o que eu te disse
Quando eu te falei que não
É porque achei que era o certo a ser dito

Sei que pra você, tudo pode soar como idiotice
Mas quando o assunto é perdão
Nem é em tudo que dizem que acredito

Bem que você poderia pelo menos dar sinal de vida
Nem que seja encontrar comigo
Só pra devolver e pegar aquilo que deixou

E quando chegar, nem fique constrangida
Se eu fizer cara de poucos amigos
Não leve a mal, eu to morrendo de saudades, é tudo parte do meu show.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Gente

Tem gente com quem falo demais
Com outras economizo palavras
Pra umas construo uma lavra
Outras algumas linhas e nada mais.

Tem gente de quem eu sinto saudade
De outras nem me lembro
De algumas do fã clube sou membro
Com outras não tenho afinidade

Tem gente com quem sonho
Já outras se perderam no tempo
Enquanto essas foram um Passatempo
Tem gente com quem ainda me indisponho

Tem gente que já me fez sorri
Com outras nem ao menos franzi a testa
Teve gente que eu quis desfilar na festa
Com outras quando fui me escondi

Tem “gente” que eu nunca sei o que quer
Outras nunca me preocupei em saber
Mas nem sei se isso se enquadra em você
Porque gente... Ainda tenho as minhas dúvidas se é...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

E Isso De Ser...

Eu já fui o que me diziam que eu era
Bom, ruim , chato, interessante
E mais tantos outros adjetivos do tipo.
Na verdade
Eu era uma verdadeira coleção deles
Cada dia mais criativos e carinhosos
Ao mesmo tempo pejorativos e esdrúxulos.
Até aí tudo bem
Todo mundo tem o direito de achar o que quiser
Mas o problema era eu acreditar no que me diziam
Minha avaliação passava a ser
A visão que o outro achava de mim
Veja que desleal eu era
Com quem eu não poderia ser
Logo comigo
Deixando que outras pessoas
Com outros valores
Crenças, culturas, que tiveram um dia ruim
Que nunca me entenderam bem
Julgassem o que eu era
Dessem o meu valor.
Tão patético eu já fui
Com aquele discurso de que não queria agradar ninguém
Que não precisava provar nada pro mundo
Só porque no fundo
Eu achava que eu não conseguia
Daí fugia de ser quem eu era
Na verdade mesmo sem saber quem era
Eu queria ser o inverso de ser aquele que me diziam que era.
Confundiam-me
Eu me confundia
Nessa hora
Eu já tinha crise de personalidade
Nem sabia muito bem
Se minha cor favorita
Ou o meu hobby
Era meu mesmo
Ou era o que alguém me disse que era
Daí cansei
Como um ator que cansa de um personagem
De ter essa busca incessante por aprovação
E resolvi me ser
E aceitar que se falavam
Que se eu era isso tudo
Ou só isso
Era muito mais uma questão de quem me via
Do que de quem eu realmente era
E assim
O meu valor deixou de ser propriedade do outro
E passou a ser meu
Eu passei a ditar se era bom ou ruim
Com a liberdade de quem conseguiu a ir além
Só porque aprendeu a não se julgar por ser exatamente aquilo que é
Resumindo
Veja só que simples:
Eu não parei de prestar atenção na opinião dos outros
Elas continuam importantes
Elas continuam necessárias
Elas continuam interessantes
Mas diferente de antes
Elas continuam sendo só opiniões...
Já não me definem mais...