sexta-feira, 31 de julho de 2009

Teatro

A falta de memória não é minha
Mas me afeta
Me baseio pelos outros
Mas nem sempre outros são os certos
Espero por meses
Que ainda não chegaram
E nem vão chegar
Como em um filme que passou
E eu não vi
Sei lá por que...
Espero algo me levar
Levar-me pra onde tenho que ir
Não tenho mais controle de tudo
Não do que me interessa
Tudo que se movimenta
Acho que vai me dizer algo
Diz, mas não me interessa
Parece que vivo um teatro
Em que o roteiro
Não foi mais escrito por mim
Mas no fundo eu achava que tinha sido
Então fecho os olhos
Volto para meu palco
Com meu roteiro
Minha cena
E minha direção
Olho em volta não tem ninguém
Não tem ator
Ajudante
Nem platéia
Só uma multidão de vazio
Em que pessoas inexistentes
Fazem papéis que não me interessam
Na verdade, já serviram
Mas já não servem mais
Ontem à noite pela primeira vez eu dormi cedo
Mas mesmo assim perdi a hora...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Vai entender

É só olhar pro lado com um pouco de atenção que a gente logo se depara com alguém com febre, dor de garganta, dor no corpo, moleza, entre outras coisas. Vendo esse quadro sempre tem algum gênio que diz: “Isso deve ser a virose que anda por aí” (engraçado que a virose sempre anda por aí, ela nunca vai embora).
Agora o quadro se agravou, todo resfriado ou tosse que aparece logo tem aquela piadinha: “Olha a gripe suína hein...”
È a nova onda, é a doença da moda que emplacou e desde que surgiu só perdeu espaço na mídia para o acidente do Airbus e da morte do Michael Jackson.
Mesmo depois de tanto tempo a doença ainda continua em evidência, porém ninguém sabe ao certo o que fazer. Dizem que os sintomas são como a da gripe comum (até aí não me disseram nada) e se você ligar para o atendimento sobre a gripe, eles mandam você procurar um posto especializado... Se eles mandam você procurar um posto, por que existe um telefone para você ligar?
Eu também não sei ao certo, mas dizem que certos hospitais você não deve ir, porque se você não tiver a gripe suína você corre o risco de pegar... E agora José?
Algumas medidas que eu não entendi muito bem foram tomadas como a de prolongar as férias, trocar bebedouros por copos descartáveis, tentando assim evitar aglomerações... Mas será isso realmente suficiente e necessário? Será que todas as pessoas que não foram para o colégio tentando evitar o contágio de gripe suína, deixaram de ir para uma boate e ter contato com aglomeração? Ou até cinemas que desligaram escadas rolantes para a pessoa não colocar a mão no corrimão, mas ficam trancadas em uma sala com várias pessoas do mesmo jeito... Eu hein... Parece coisa de Português (brincadeirinha)
O que eu não entendo é que as autoridades pedem para não ser feito alarde, pois dizem que não é necessário, porém, medidas como essas soam como algo bem apocalíptico e irreversível... Realmente eu não sei em que lado me colocar...
A parte engraçada nisso tudo é a preocupação que temos, mas não porque temos, mas porque nos fazem ter, e a gripe suína é um exemplo disso, pois como eu li em algum lugar, menos de 2000 mil pessoas morreram e todo mundo quer usar máscara, milhões de pessoas morrem de AIDS em todo mundo, e muita gente se recusa a usar camisinha... Vai entender...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Quem? Eu?

Todo mundo pelo menos alguma vez na vida já teve um ídolo em que em alguns momentos já quis ser. Normalmente crianças gostam de tentar se vestir igual, falar igual, e principalmente serem iguais aos seus ídolos. Quem nunca comeu espinafre pra ficar igual ao Popeye? Eu mesmo confesso que furei as duas orelhas porque queria me parecer com o Dado Villa-Lobos (Um grande abraço, Dado). Bons tempos aquele em que o que bastava era algo para se acreditar.
Hoje em dia não necessariamente queremos ser nossos ídolos, mas sim, queremos ser alguém que está em uma situação melhor que a nossa...se pudéssemos ser um pouquinho de cada um já estava valendo.
Na verdade, em certos momentos não queremos ser ninguém, apenas não queremos ser nós mesmos. Quem em uma situação de dificuldade já não falou: “Nossa, como eu não queria ser eu”, e seriamos o quê? Nada? Tem gente que vive a vida inteira assim e se diz feliz.
Tem pessoas em que o grau de deficiência mental é tão grande que por momentos queria ser um objeto ou um animal, mas aí eu pergunto ser outra pessoa ou outra coisa em momentos bons é bom, mas você seria essa pessoa também nos momentos ruins?
Todo ser humano por melhor ou pior que seja tem seus momentos íntimos de glória e frustração. Se alguém quisesse ser o Romário em 94, o grande nome do Tetra, agora teria que pagar pensão, teria que perder carros e até o apartamento devido a um negócio totalmente mal planejado de Pirâmide. Querer ser um campeão Olímpico em uma Olimpíada deve ser fenomenal, porém amargar a derrota para um concorrente não deve ser tão bom assim...Ser o Ronaldo dos gols deve ser maravilhoso, mas viver como ele (sem duplo sentido) sendo piada de viúvo de travesti não é mole.
Caetano Veloso em uma música diz que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, mas eu discordo (desculpa, Caetano). Acho que todo mundo sabe muito bem reclamar da dor de ser quem é, mas a delícia, sei lá... Tem muita gente que ainda acha ela amarga...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Talento ou Sorte?

Segundo especialistas todos nos temos um dom (tudo bem, nunca vi especialistas falarem isso, mas eles falam tantas coisas que devem ter falado isso também).
Eu sempre persegui o meu dom em esportes e descobri que ele nunca existiu, porém sempre tive uma grande facilidade com jogos eletrônicos, coisa de NERD né, mas a vida sempre nos compensa em alguma coisa... Enfim a questão é quantas pessoas tem o dom, mas não sabem que tem o dom porque nunca tiveram a chance de mostrá-lo...
Confuso, né? vou explicar melhor. Quantas pessoas poderiam ser melhor do que os que existem por aí, porém não tiveram a chance de ter contato com determinada coisa e assim, viveram e morreram no anonimato.
Será que não existe ninguém no mundo melhor que o Phelps, porém vive em uma comunidade carente e nunca aprendeu a nadar? Será que o Ronaldo seria o Ronaldo se nascesse em algum país da Europa e jogasse apenas Polo? Quantas poderiam ganhar um Grand Slam, porém nunca seguraram em uma raquete de tênis? Ou quantos Brasileiros poderiam ser astros do Baseball, mas nunca viram nem uma bola de perto.
Essa questão não se resume somente no esporte, mas em profissões em geral. Quantos publicitários não poderiam ter sido bons médicos? (inclusive eu acho que seria... rs), quantos dentistas não seriam excelentes engenheiros? Ou quantos advogados poderiam salvar ao invés de presos, baleias, se tivessem sido Biólogos Marinho?
Enfim, é engraçado pensarmos que para termos sucesso em algo, acima de ter talento e dedicação precisamos da sorte de ter contato com determinada situação que nos mostre que caminho seguir, e devido a isso eu vou morrer achando que eu seria um excelente jogador de Cricket, mas nunca tive a oportunidade de jogar...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Baader Meinhof Blues

Confesso estar muito ansioso para assistir um filme alemão chamado “O Grupo Baader Meinhof". Na verdade não sei se esse filme vai chegar a passar nos grandes cinemas ou se vou ter que procurar um dos alternativos para ver, enfim...
Para quem não conhece o grupo Baader Meinhof foi como ficou conhecido a Facção do Exército Vermelho Alemão; uma organização guerrilheira e terrorista alemã de extrema-esquerda da década de 70 na antiga Alemanha Ocidental.
Então, esse filme deve ser bem interessante, pois na minha visão esse grupo é um exemplo de como violência realmente gera violência.
Iniciado no movimento estudantil, ao perceber que o único jeito de conseguir acabar com a violência no mundo era aderindo à mesma, é dado assim início a uma onda de violência e terror. Vale a pena conferir.
Mas o que quero dizer é que a violência sempre existiu na humanidade e desde os seus primórdios existem vários tipos e categorias de violência. Guerras gigantescas foram travadas, pessoas foram queimadas injustiçadas, até Cristo foi cruficicado, pessoas foram mortas e torturadas por terem um ideal, enfim, não é de hoje que a violência sempre existiu.
Mas se analisarmos a evolução da humanidade e o aumento da violência, elas deveriam ser inversamente proporcionais, pois nos primórdios da humanidade os homens faziam guerras para resolver questões políticas. Hoje nós temos líderes para resolver essas questões. Se antes existiam pessoas queimadas em praças públicas, hoje nós temos cadeias e tribunais para decidir isso e se antes pessoas eram mortas sem motivo qualquer, hoje temos conscientização de que uma vida sempre será uma vida.
Mas porque a violência continua grande? Será culpa de quem? Da má distribuição de renda? Da índole de cada um? Da sociedade? Da natureza autodestrutiva humana? Vai saber...
Eu acho muito triste vivermos totalmente expostos a “sorte” de sermos ou não assaltados, de sermos ou não vítimas de sequestros relâmpagos, vítimas de brigas em estádios de futebol, de agressões verbais sem qualquer motivo aparente (sim, isso também é um tipo de violência). Temos que nos policiar com quem vamos debater ou discutir, pois essa pessoa pode sem mais nem menos agir com uma violência pra cima de nós. Alguém percebe o quanto isso tudo é surreal?
Quem realmente tem culpa nisso tudo, eu me pergunto. Acabar com o tráfico de drogas seria possível se eles quiserem? E isso acabaria com a violência? Fazer um desarmamento da população acabaria com a violência? E seria isso suficiente?
Pra mim, essas questões têm que vir da base, o mundo em si tem que ensinar as pessoas a terem valores morais. Na educação temos que mostrar que a violência em qualquer de suas formas não leva ninguém a lugar nenhum. E só a teoria não adianta. Do que adianta consciência que não devemos causar violência, se a nossa vida nos mandar agir como tal? Temos que dar emprego, estrutura, alimentação, enfim dar escolhas para as pessoas não terem que entrar no mundo do crime e ser mais uma nessa triste estatística.
E a lição não se resume somente a sociedade.É fundamental que os pais ensinem seus filhos valores para serem pessoas de bem.
Outro ponto importante é que poderia ser feito também uma maior rigidez na lei em cima de qualquer tipo de violência. Por que alguém que não paga pensão é preso e alguém que agride alguém não é? Por que alguém que tomou um chopp e dirigiu é tratado como um marginal ou como um criminoso, mas alguém que briga em uma boate não é?
Enfim, de nada adianta participar de passeatas pela morte injusta de alguém e chegar em casa e gritar com um empregado... Faça sua parte!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Caminho

Vejo o caminho
Mas canto e disfarço
Se ele fosse tão certo por que tem tanta gente voltando?
Outra música toca
Lembrei-me de algo que se foi
Nem tudo que nasce
Acaba do jeito que é
Sinais vêm de onde menos espero
Viajo para longe
Para um novo mundo no mesmo lugar
Ele chega a ser tão perto do distante que dá até preguiça de voltar
Lá eu vejo uma nova verdade
Cheia de erros e novidades passadas
Tem novas pessoas conhecidas
Elas dizem oi
Dão-me a mão
Eu não preciso da mão de ninguém
Na verdade eu só finjo que não preciso
Dizem que o tempo resolve tudo
Na verdade o tempo não resolve nada
É só uma desculpa para o que não aconteceu
Continuo no caminho
Mas não sei se vou ou volto
Tudo me parece igual
Para no meio do caminho
Olho em volta
Não tem pedras
Nem é belo
Não tem mato
Nem tem gente
Não tem mais música
Nem som
E só assim eu percebo
Que o caminho nunca é solução
O caminho é só um caminho e nada mais...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lixo nosso de cada dia

Tanto se fala de meio ambiente e do futuro do mundo, muito se fala da Camada de Ozônio, do racionamento de água, desmatamento e etc.
Mas será que realmente chega para nós uma coisa realmente concreta de como mudar tudo isso?
Eu vejo sim, um bastante interesse de todos em criticar a sociedade e o caminho em que o mundo está. Pessoas famosas dando lições de moral e um pensamento totalmente catastrófico sobre o que pode nos acontecer. Algo realmente é feito para mudar isso?
Vamos pegar como exemplo a nossa coleta de lixo e a tão falada reciclagem. Nós, os leigos (ou pelo menos eu, o leigo) temos um real acesso a reciclagem? Sabemos realmente que passo dar para separar o lixo? Normalmente isso só é ensinado em uma daquelas visitais de ação global que é registrado pelo RJTV, mas a sociedade em si, sabe muito pouco sobre o assunto.
Quando as notícias e informações precisam chegar ao conhecimento de todos, a mídia consegue facilmente. Todo mundo sabe quando o marido da Suzana Vieira morreu em um motel com a namorada ou que o Ronaldo pegou Travesti lá na Barra; No entanto, por que a gente nunca sabe como reciclar corretamente um lixo?
Eu não sei exatamente que tipo de lixo pode ser reciclado ou como se faz separação, pois as informações nunca chegaram e eu também por total desinteresse, nunca fui atrás delas.
Não vou culpar somente quem não me diz sobre a reciclagem, talvez eu também tenha culpa de não querer ficar sabendo, mas acho que essa é a questão. Por que para determinados assuntos não temos um interesse nem de informar e nem de ficar sabendo e apenas de criticar?
Será que existe algum interesse em não haver conhecimento geral sobre reciclagem? Será que as informações sempre estiveram ali e eu que nunca quis ver? Dúvidas como essas sempre vão existir enquanto eu não me preocupar em aprender e nem eles se preocuparem de me ensinar... Vai entender.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Negócio de fé

O número de seitas, encontros espirituais, igrejas e afins vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos. Quanto mais aumenta o desespero das pessoas com problemas pessoais e problemas financeiros, mais existe a necessidade de se ter fé... Afinal, todos precisam de algo para acreditar.
Essa questão da fé sempre existiu e sempre vai existir. Porém vi uma notícia esse dia que me deixou um tanto quanto curioso a respeito desse assunto.
A esposa do jogador Kaká vai abrir uma “filial” da igreja Renascer na Espanha, com o argumento que se Deus deu dinheiro para o Real Madrid contratar o Kaká mesmo em tempos de crise que o mundo vive, ela deve retribuir de alguma forma. E qual a melhor forma de dar algo para o mundo? Abrir uma filial da igreja Renascer...Isso é piada, né?
Primeiramente, uma igreja no meu ponto de vista não poderia ter uma “filial”. Por acaso as idéias de Deus, os ensinamentos da fé viraram negócios desde quando para existir filiais espalhadas por aí? Acho que esse nome filial demonstra realmente o intuito por trás de tudo isso.
Segundo, se ela acha que Deus os ajudou a ter mais dinheiro, porque não investir isso em obras sociais, fazer um centro para a melhoria na educação, enfim, ajudar todos que precisam e não tentar através disso ganhar ainda mais dinheiro.
Ofendi alguém? Espero que não... Pois acho que ninguém é inocente o suficiente para não saber que esse tipo de “fundação” ou no caso “filial” é algo meramente mercadológico e entre outras palavras é para ganhar dinheiro.
Essas igrejas são boas para algumas pessoas? São. Elas ajudam quem precisa? Sim.
Mas a questão é que eu não aceito explorar o desejo de fé de outras pessoas, a casa de Deus não é feita pra isso. Enfim, lugares no céu não podem ser comprados.
Eu não sei por que algumas igrejas tentam sempre tirar o tão falado Satanás do corpo dos seus fiéis gerando certo controle sobre ele por meio de privações e dízimos. Para mim Deus fez as pessoas para serem livres e felizes e no meu ponto de vista quem tem Satanás no corpo são aqueles que mesmo se aproveitando da fé alheia conseguem dormir tranquilamente todas as noites... Amém!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Equilíbrio

Mais um dia que chega ou mais um dia que foi?
Acho que isso depende do meu humor
O dia é mais belo
Vejo coisas bonitas
Coisas diferentes
Mas que no fim servem para a mesma coisa
O que me derrubava agora me eleva
E vice e versa
Ando sem medo
Ando distraído e desatento
Penso demais ainda
Mas meus pensamentos já não me incomodam
Olho no espelho
Confesso que sinto saudade de uma parte
Mas só de uma parte
Os dias não são lentos nem rápidos
São apenas dias
A dúvida ainda existe
Se é o acaso que decide
Ou se ta tudo programado
Na verdade tanto faz
O passo agora é diferente
Não é mais longo nem curto
É do jeito que tem que ser
Busco equilíbrio
Busco um eterno bom senso
Não quero mais nada demais
Mas o pouco também não interessa
Quero o que é meu
O que tem que ser meu
O que eu nasci pra ter
E para não fugir da parte do que tenho que ser
Todos os dias de manhã
Me lembro esquecendo
E toda noite, durmo pra lembrar

Celebration

Teve gente que achou uma bobeira fazer tanta homenagem aos 50 anos de carreira do Roberto Carlos.
Falaram mal da Globo como sempre, que era besteira fazer um Globo Repórter especial, um show daquele no maracanã, enfim... Diziam que uma grande festa não era necessária.
Pra variar, eu discordo (novidade né). Eu acho sim que uma homenagem tinha que ser feita pro Roberto Carlos, e não só para o Roberto Carlos, mas sim para todos os artistas enquanto eles ainda estão vivos.
Homenagens depois de mortos são boas? São, são bem legais sim porque demonstra respeito e agradecimento por tudo que a pessoa já fez, mas de que adianta, por exemplo, o Simonal morrer totalmente desconhecido e depois fazer um filme “Ninguém sabe o duro que dei” (além de tudo ainda queimaram o filme do cara com esse nome he he he he ). Será que ele não seria mais feliz se tivesse recebido essa homenagem em vida?
Pra mim isso não se resume apenas no meio artístico, mas em todas as situações. Normalmente as pessoas só se encontram em velórios, enterros, nunca em aniversários (inclusive eu). Temos a mania de achar que a nossa presença não é tão importante assim. Deixamos de ligar, falar, visitar, perguntar como está, enfim...Deixamos de celebrar a vida, mas quando a pessoa morre, deixamos de lado tudo que estamos fazendo para ir dar uma palavra de consolo, um último adeus. Isso é meio contraditório, pois se tínhamos tanta consideração pela pessoa, porque não oferecemos uma homenagem em vida? Porque não mandamos flores para mostrar o quanto ela é especial? Vamos sempre ter que esperar o velório para fazer isso?
Por várias vezes me peguei imaginando meu enterro, e confesso que em algumas situações da vida pude sentir realmente como seria e quem iria chorar sinceramente por mim. E analisando tudo isso eu posso falar e garantir com todas as letras, que eu prefiro mil vezes que a minha vida e minhas comemorações sejam muito mais cheias do que o meu enterro... Vamos celebrar a vida...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O acaso do caso

E se cada passo fosse dado diferente? E se naquele dia você não tivesse saído de casa? E se não tivesse faltado àquela aula, aquele aniversário, aquela festa? E se não tivesse tido preguiça e tivesse saído? E se tivesse dito sim? Ou se tivesse dito não?
Esses inúmeros questionamentos chatos e sem nexos são apenas ilustrativos para mostrar que em certos momentos todo andamento de nossa vida depende de uma pequena decisão que passa despercebida por nós.
Alguém já parou para pensar que se talvez cada mínima decisão fosse outra, muita coisa em volta seria diferente?
Para cada dia que você corta o cabelo ou não, uma progressão geométrica de possibilidades é feita em sua vida. A decisão não precisa ser necessariamente grande para afetar de maneira drástica ou não, ela só precisa existir.
Quantos amores não achamos por termos tomados pequenas decisões? Quantas paixões não deixamos de conhecer por temos ido estudar em determinada faculdade? Quantas pessoas perdemos por não termos ido a uma simples festa?
Não sei se funciona para todos, mas para mim é assustador vermos o quanto é frágil é o nosso destino, e que ficamos apenas a mercê do acaso e da sorte. Bom senso é necessário assim como cautela e precaução, mas será isso o suficiente para evitarmos o que já está programado por entre os caminhos de possibilidades existentes?
Estranho né, ainda mais se pensarmos que cada decisão por menor que seja pode mudar toda a nossa vida. E a pergunta fica no ar, devemos tomá-las achando que aquilo muda a nossa vida ou nem ligar pra nada e deixar que o acaso responder por nós? A escolha é sua.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quem não é não se esconde...

É muito comum sermos todos amigos de todos, termos amigos que amamos e que estão acima de qualquer coisa, aquela amizade linda de confidências, declarações, até que um lindo dia daqueles de sol, os interesses passam a se chocar e o que era belo talvez nem seja mais.
Acusações são trocadas e os melhores amigos passam a chamar um ao outro de egoísta... Quem nunca viveu isso?
Egoísmo segundo o Wikipédia (o novo pai dos burros) é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos e necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona, entre outras palavras, é o oposto do altruísmo.
Pensando dessa maneira, quem não for altruísta pode ser considerado egoísta? Quem não colocar o bem do outro a sua frente, é realmente egoísta?
Geralmente somos chamados de egoístas e egocentristas por defender nossos interesses e pontos de vista sobre determinado assunto. Mas o quê deveríamos fazer? Acho que a palavra egoísta ficou muito “pop” assim como “TPM” e “Stress” e passou a caracterizar toda pessoa que não pensa como alguém quer que ela pense.
Quando se pensa em dinheiro, tudo fica ainda mais claro Quem não quer ganhar mais que o outro ou quem vai abrir mão para que o outro ganhe mais que você? Se a solução for metade/metade, seriam os dois altruístas, pois dariam a metade do seu dinheiro para o outro ou egoístas, pois pegaram a metade do dinheiro do outro?
Tudo depende de um ponto de vista. Em situações de vida ou morte, quando escolhemos um outro para morrer e não nós, seriamos egoístas? Ou seriamos racionais?
Pensando em todo esse conceito, a nossa sociedade em si seria totalmente egoísta, pois em algum momento deixamos de comer para dar comida para alguém? Em algum momento deixamos de pagar nossas contas para dividir o dinheiro com alguém? Em algum momento deixamos de ser felizes para deixar alguém mais feliz?
Então, pra mim, egoísta não é aquele que pensa em si nos momentos em que precisa pensar, mas sim aquele que pensa, mas que mesmo assim critica o outro por pensar...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Desconstrução

Na caminhada para recuperar o que ainda não se foi
A lama na água me faz ver que nem tudo mais é tão bonito
O que antes nunca foi de ninguém acho que agora tem dono
As cores não são mais as mesmas
O verde é amarelo e vice-versa
E a beleza passou a existir apenas no olho de quem vê
Manchas estão por toda parte
Nada mais tem sentido
Eu não faço sentido...
Buracos estão em todos os lugares
De todos os tipos, tamanhos e gostos
Algo tem que ser feito
Algo precisa ser feito
Mas seriam os tijolos suficientes?
Placas indicam vários caminhos
Mas é tudo confuso
Os caminhos sempre são confusos...
Pelo menos o Sol ainda é o mesmo
E compensa o frio que fez a noite
Aí, que saudade da simplicidade!
Da época em que nada era do jeito que é
E tudo era do jeito que tinha que ser
O mundo mudou
O meu mundo mudou
Mas o mundo sempre muda
Nada está mais no lugar de antes
Os tempos se misturam
As estações se confundem
As pessoas já não se olham
Ando em uma rua lotada e pareço andar sozinho
E isso me fez perceber que preciso desconstruir para só assim poder construir...
Não quero que pense que sou maluco, mesmo até eu tendo essa dúvida
Porém sei que ainda não é época, mas hoje vi folhas caídas no chão...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Vou dormir hein...

Quem não se sensibiliza com a dor alheia? Quem não sente pena em ver alguém passando necessidades, pedindo um prato de comida? A realidade socioeconômica mundial é muito dura, e eu não estou aqui para discuti-la até porque não tenho conhecimento aprofundado do assunto.
Eu entendo que nem todos têm condições, eu entendo que algumas pessoas necessitam pedir para sobreviver, mas só eu que acho certos “pedintes” chatos?
Algumas pessoas que pedem na rua parecem estudar friamente o comportamento humano. Eles sabem o que nos causa constrangimento ou comoção.
Quando estamos comendo e alguém pede um dinheiro pra comprar comida é uma situação muito chata, estamos pagando a conta e alguém pede: “Tio, me da um dinheiro pra comprar algo pra mim comer”(mesmo se o dinheiro for pra comprar cachaça) e você diz: “To quebrado” e a pessoa sabe que você tem dinheiro... É muito chato, como se pensasse "Po, eu comi, por que ele não pode também?".
Quando alguém aparece com um filho no colo e pede um dinheiro para comprar um remédio ou um leite, quem não fica comovido?
Quem também não se comove com alguém com algum tipo de deficiência física vendendo algo no sinal?
Eu não quero parecer insensível, preconceituoso ou algo do tipo. Nunca vivi, mas imagino da necessidade que cada um passa, sei dos problemas, sei que deve ser difícil não ter o que comer e tudo mais, porém acho que certos casos são exageros e precisam de limites.
Já que o governo gosta de regulamentar tudo, por que não regularizam os pedintes também? Deixe apenas na sociedade os que realmente precisam já que pedir para ajudá-los seria demais. Iindique momentos e lugares para fazerem seus pedidos, ensine-os a não apelar tanto, não usarem crianças se realmente não for necessário, não usarem alguma deficiência física de alguém, e nunca mentir sobre o real fundamento do dinheiro.
Pedir na rua é muito mais fácil de correr atrás (já disse, existem casos e casos), morar na rua realmente deve ser muito mais “legal” do que em dezenas de abrigos que existem por aí.
Na verdade acho que em alguns momentos nos somos pressionados a dar algo pra alguém porque assim achamos que estamos evitando que mais um criminoso surja na “praça”, mas confesso que o discurso do “Eu poderia estar matando, poderia estar roubando” não me convence não, até porque eu também poderia estar dormindo, mas estou aqui escrevendo no blog e não ameaço ninguém com isso...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Disciplina é liberdade

Será que alguma vez na vida já fomos realmente livres?
Sempre falamos de liberdade, sempre almejamos a liberdade, mas nunca conseguimos explicar o que é... Alguém já tentou?
Se não, a pergunta fica no ar: Como podemos querer algo que não sabemos explicar?
Filosoficamente liberdade de maneira negativa é considerada como ausência de submissão e de servidão e de maneira positiva liberdade é a autonomia e a espontaneidade do indivíduo. Mas a liberdade pode ser considerada apenas esses fatores? Se estes estiverem bem estabelecidos em nossas vidas poderemos nos considerar pessoas livres?
A própria sociedade nos aprisiona em normas de condutas e regulamentos que faz a gente perder um pouco desse conceito padrão de liberdade, que é fazer o que quiser, da maneira que quiser e quando quiser (para todos livres são os loucos). Pensando nisso a numeração de documentos, números em bancos, universidades, enfim todo sistema de controle é aprisionador.
Quanto mais evoluímos nesse sentido, menos liberdade passamos a ter. Somos o tempo todo vigiados e acabamos por fazer coisas simplesmente porque devem ser feitas. Seguimos o tempo todo o que a sociedade nos dita, o que é certo ou errado, estamos perdendo cada vez mais o conceito de escolha que se resume a escolher entre opções pré-determinadas por alguém. Isso pode ser considerado liberdade?
A liberdade está diretamente ligada ao nosso bem-estar e não a nenhum tipo de obediência ou aprisionamento. Não está ligado ao fato de estarmos ou não sozinho, de sermos subordinados ou não a alguém, mas sim estar em um caminho único em que queremos estar, é não ter dúvidas entre opções.
Em outras palavras, liberdade pra mim é a certeza de que não existe nada mais certo do que a decisão que estamos seguindo, independente se tem alguém vendo, controlando, vigiando, se gosto de música ou torço pro Flamengo...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Tesouro perdido

Quando era criança sempre tive um verdadeiro pavor de me perder dos meus pais, lembro-me até de episódios em que me desesperei com essa possibilidade. O tempo passa a gente cresce (pelo menos no tamanho), as coisas mudam, e continuamos com medo de nos perder, mas por que a gente diz que nos perdemos?
Hoje em dia é muito comum a gente ouvir alguém dizer: “Fulano está perdido”, “Eu estou perdido”, estamos perdidos de quem? E por quê?
Normalmente quando estamos “perdidos”, é uma analogia para explicar que não sabemos que caminho seguir em determinada situação da vida. Geralmente na fase adulta tudo é mais doloroso, porque além de perdemos pessoas, acabamos-nos “perdendo” de nós mesmos.
A situação fica insustentável e a necessidade de respostas é constante, um oceano de incertezas se instala e cada vez a gente se afoga mais nele. Daí começamos a fazer coisas que nunca fizemos, experimentar coisas que nunca experimentamos (tem gente que até exagera), procurar dons que nunca tivemos e quando falhamos nisso tudo, dúvidas sobre o futuro são constantes, insatisfação com o presente, medo, angústia e pressão, tudo ao mesmo tempo.
Nesse momento de total caos sempre surge um aspirante a gênio com o clichê: “Você só vai se achar dentro de você mesmo”, quem nunca ouviu essa conclusão? E quem alguma vez a seguiu e conseguiu resolver o problema? Como assim me encontrar dentro de mim mesmo? Acho isso obvio demais e não resolve muito o “nosso”problema.
Estar perdido, para mim, é quando algo não sai como foi planejado é quando algo saí do nosso controle. Estar perdido é quando realizamos menos do que queríamos, quando perdemos mais do que podíamos perder, ou em certos casos, quando temos mais que merecíamos ter...
Entre outras palavras estar perdido é na verdade a nossa vontade de reviver um passado em que achamos que fomos bem mais felizes, pois se achamos que agora estamos perdidos é porque em algum momento já nos sentimos “achados”...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Declare Guerra

O trânsito daqui é meio louco, se bem que o de São Paulo é bem pior, mas todos nós do Rio de Janeiro sabemos muito o que é estar de carro e a dificuldade em certos lugares de se conseguir uma vaga. Você roda, roda e roda mais um pouquinho aí acha uma vaga horrorosa, depois de suar muito e lembrar que a auto-escola não serviu de porra nenhuma, já que você gravou a baliza e não aprendeu a fazer. Aí quando você consegue parar e desliga a chave você vê um ser lá no fundo com uma pochete presa no peito e correndo igual a um Queniano na Maratona de São Silvestre que grita de longe: “Hei chefe, ta comigo”... Entre outras palavras eis que surge um flanelinha.
Os Flanelinhas são iguais aos gremelins (não sei se escreve assim),eles saem de todo lugar, não param de crescer (estudos demonstram que em breve será a profissão com mais pessoas no mundo) e quando chove então é que eles aparecem em maior número.
Eles são malandros porque não tomam conta de carro algum, nunca estão lá quando você volta e mesmo assim exigem o pagamento... Por acaso a rua é deles?
Se pararmos pra pensar o que eles fazem é praticamente um assalto, já que a grande maioria não impediria roubo algum. Damos dinheiro porque ficamos com medo deles roubarem o nosso carro, e mesmo assim, mesmo pagando isso acontece.
Quem para o carro na rua e dá às vezes até 10 reais para o Flanelinha não deixa de ficar preocupado, pois sei de vários casos de quando a pessoa voltou encontrou o carro estava arrombado, sem rádio e até cagado... (um dia conto esse episódio melhor... he he he he)
Moral da história: você no fundo paga o Flanelinha ou porque fica com medo ou porque tem pena, mas porra, a vaga não é deles, às vezes da vontade de falar: “Vou parar aqui e acabou”, mas aí posso ficar sem carro quando voltar e com a polícia que temos não é... Fica difícil se garantir já que dizem (esse dizem é tão fácil né, Quem falou??? Ah me disseram... Mole, mole) que alguns policiais são os verdadeiros donos das vagas. Alguns Flanelinhas até têm um ótimo padrão de vida devido a vagas que eles se apropriaram e que são públicas, ou da prefeitura sei lá, mas não devíamos pagar por isso. Nada contra eles terem dinheiro, mas pera lá né.
Nós pagamos nossos impostos, pagamos IPVA caro demais, pagamos passagem com impostos, por que temos que pagar estacionamento na rua? Por que temos que pagar Flanelinhas?
Por que a prefeitura, ou seja, lá quem for, ao invés de ficar fazendo essa PALHAÇADA de operação lei seca, também não fiscaliza isso? Mas não, nosso querido Prefeito colocou ainda mais reboques na rua acabando assim ainda mais com vagas e as que sobram passam a valer ainda mais na mão dos Flanelinhas citados no texto. Ou melhor, inspirado no Nepal, poderíamos tirar de circulação todas as flanelas do mercado, e assim sem flanelas eles não poderiam trabalhar, pois Flanelinha que se preze tem que ter um flanela daquelas amarelas sujas de graxa.
Eu queria mesmo era ser capaz de poder mobilizar a população para um boicote geral aos Flanelinhas, mas com o número de leitores que tenho aqui, talvez só meus pais façam isso. É triste não ser famoso....Se fosse o blog do Luciano Huck todo mundo ajudaria...
Então o jeito é me conformar e começar a acreditar que isso nem é tão absurdo assim, já que vivemos em um país em que pagamos pelo o que não usamos, nada mais aceitável do que pagar pelo menos pelo que usei... Até quando?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Pop não poupa ninguém

Na minha humilde concepção, moda pode ter duas interpretações.
A primeira vem de fazer moda, estilistas, modelos, desfiles, enfim, todo o mundo da moda em si. A segunda, que eu prefiro chamar depressivamente de modinha é a de seguir a moda, que entre outras palavras é todo mundo tentar ser igual a todo mundo.
Certa vez eu ouvi que tendência é a uma desculpa criada para justificar a arte de imitar os outros e a achei muito pertinente. Agora vejo que minha mãe estava certa quando dizia que eu só me espelhava nas coisas “ruins” dos outros, só pegava manias ruins (podemos pensar que mania pode ser considerado uma moda) geralmente a gente nunca pega o melhor de alguém (a moda de ajudar o próximo nunca pegou).
Desculpe a todos os freqüentadores, quem for muito sensível a críticas pode até parar de ler isso agora (eu aprendi muito vendo João Kleber), mas rave é simplesmente uma moda meio escrota. Vou explicar. Posso falar disso tudo com conhecimento de causa e afirmo que talvez apenas 10% das pessoas realmente gostam de música eletrônica. O resto vai porque é moda. A prova disso é a roupa vestida, o cabelo, os óculos escuros e as drogas. Quem gosta, vai por que gosta, vai para sentir a música, a tão falada “vibe” (acho ridículo esse termo), e não para fazerem parte de um grupo. Quem vai, vai para curtir, e para curtir não precisa se vestir igual a todo mundo.
É mais engraçado ainda se pensarmos que o cara da rave de hoje foi o da micareta de ontem. O amor dele por Asa de águia e Chiclete com Banana acabou? E os adesivos com a patinha do Nana colados nos carros? Sumiram? Por quê?
Uma paixão não pode acabar simplesmente porque a festa chegou ao povão e segundo eles passou a ser mal freqüentada e a Rave está indo pelo mesmo caminho... Qual será a próxima? Samba de raiz?
A micareta sim foi deixada de lado pela grande maioria que a curtiu no seu primórdio e foi trocada por Dj´s internacionais que não sabem o nome, mas que todos fingem adorar. A estrutura tem semelhanças e a disputa ainda existe, mas ao invés de ser quem beijou mais boca é a de quem fica até mais tarde, no dia seguinte sempre rola a pergunta: “E aí, ficou até que horas? Só até as 10h? Você é muito fraco”.
Como eu sei disso tudo? Simples eu também era um dos idiotas que seguiam essa moda.
Eu acho que a moda é uma necessidade que temos de fazer parte de um todo, como se toda a necessidade de status que temos (é eu estudei Maslow também) fosse suprida quando nos sentimos parte de algo. A novela nos mostra isso, e hoje em dia, quantas coisas indianas não vemos por aí? É ruim? Não é ruim...Realmente é bom termos contatos com coisas novas, culturas novas, experiências novas, mas temos que fazer isso porque realmente gostamos ou nos identificamos e não para sermos mais um na multidão.
E se um dia a moda de cheirar merda dos outros pegar, vai ter até gente disputando quem tem a merda mais fedida (peguei pesado nessa né)
Acho que o grande legal de ser quem somos é o de sermos únicos, e mesmo assim tem muita gente querendo ser igual a todo mundo... Vai entender...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Era uma vez um Político chamado cotó...

Fiquei sabendo que no Nepal as autoridades vão obrigar os funcionários do Aeroporto Internacional de Katmandu, o principal do país, a usarem as calças da farda sem bolsos para tentar acabar com a prática de subornos no local.
A medida foi anunciada pela Comissão para Investigação de Abuso de Autoridade do país após o primeiro-ministro ter afirmado que a corrupção está a prejudicar a imagem do aeroporto. A Comissão baseou a sua decisão num número cada vez maior de reclamações contra os funcionários. Além de acusados de aceitar subornos, eles são suspeitos de roubos de objectos da bagagem de alguns passageiros (essa parte de cima eu copiei porque fiquei com preguiça de escrever tudo de novo)
Isso é engraçado, mas é meio triste. Não sei como as coisas funcionam lá no Nepal, apesar de sempre achar esse nome maneiro, Nepal... Dá a idéia de algo longe, meio louco, enfim... Parece que eles acharam a solução para todos os problemas do mundo, é só tirar o bolso da calça, porque sem lugar para guardar o dinheiro, eles não irão roubar... Sensacional!!!! Por que não pensei nisso antes?
Brincadeiras a parte, ou o Nepal a parte, sempre achei um absurdo do tamanho do Nepal (será que o Nepal é grande?), que as coisas em aeroportos fossem furtadas. Será que só eu acho absurdo as malas simplesmente serem abertas? Coisas enviadas serem extraviadas e ficar por isso mesmo?
Hoje em dia todos deixam de comprar diversas coisas no exterior, deixando de movimentar ainda mais a economia mundial (sim, eu sou dramático), porque tem medo de simplesmente não chegar... Coisas grandes como Notebooks, videogames, Bluerays entre outros são impossíveis de ser compradas, simplesmente, porque algum safado vai abrir a sua caixa e vai subtrair o que te pertence e você nunca vai saber quem realmente foi... Só eu que acho isso um absurdo?
Achei a medida tomada no Nepal (gostei de falar isso) meio no sense, porém pior ainda é não ser tomada medida nenhuma.
Mas acho que tenho uma sugestão (se aqui tivesse som, entraria agora uma risada maquiavélica), por que não nos baseamos em alguns países árabes que cortam a mão de todo desgraçado que rouba algo de alguém. Seria interessante ver em aeroportos, correios, vários funcionários com um cotoquinho (desculpem me o pessoal dos direitos humanos). E digo mais: essa solução poderia se aplicar em vários casos principalmente na política e especialmente em Brasília, pois pra mim pior do que roubar alguém que você nunca viu é roubar alguém que um dia já confiou em você...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Viver e não ter a vergonha de ser feliz...

Alguém já viveu aquele sentimento de: “Por que eu não pensei antes?”
Essa pergunta dentro de nós é horrível e muito comum, não vai confessar que nunca depois que você fez suas necessidades no banheiro (desculpem, mas tive que usar esse exemplo, afinal é universal) reparou que estava sem papel, ou que depois de tomar banho viu que a toalha estava molhada e pensou: “Que merda, que idiota que sou...”
Momentos como esses nos deixam bastante irritados com o desejo de querer voltar no tempo por algum segundo e fazer cada detalhe diferente, porém situações como essas não são tão constrangedoras, por quê?
Geralmente o constrangimento é um conceito que temos sobre nós na visão de alguém. Exemplo, cair é sempre ruim, mas quando alguém vê o tombo é bem pior. Não tem nada pior que aquele tombo fenomenal na rua e você olha pra trás e tem alguém te olhando com aquele sorriso de canto de boca e ainda pergunta: “Machucou?”. Na boa a pergunta irrita mais do que o tombo em si, porque no fundo a gente sabe que a pessoa está se mordendo para não rir. Existe algo mais divertido do que aquele tombo acrobático? Tem dias chatos que eu daria tudo para ver um tombinho que fosse. Dependendo me contentaria até com uma escorregadinha de nada.
Não temos vergonha de ficar bêbado, mas sim de quem nos viu bêbado (em alguns casos). Não ficamos confrangidos daquela foto estranha, mas sim de alguém ver aquela foto estranha.
A vergonha é sempre nossa vergonha, porém, de certa forma é um sentimento mais altruísta que existe, pois sempre, ou quase sempre, dependemos de alguém para que ele aconteça. Nesse caso o outro sempre vem a frente.
Dificilmente sentimos constrangimentos quando estamos sozinhos e podemos até nos arrepender, sentir culpa, mas nunca teremos um sentimento escancarado de vergonha que temos na frente de alguém.
Na minha visão utópica de mundo perfeito, um dia a humanidade terá um retrocesso e as coisas serão tão simples que não existirá mais vergonha de tudo e o único tipo de constrangimento que importará é o de não fazer realmente tudo que a gente quer e o de ser feliz.