quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Saco Cheio

Sim, eu sei... Eu estou ficando repetitivo. Na verdade "verdadeira" eu sei que sou repetitivo, mas cada dia que passa essa porra maldita de Lei Seca me enoja mais ainda.
O Rio está em guerra, locais na Zona Norte estão quase que em estado de calamidade pública e enquanto isso na Barra da Tijuca e Zona Sul (porque nesses locias tem ainda mais graça, pois sempre aparecem um artistas de quebra para mostrar: "Nossa essa Lei funciona mesmo") mega operações são montadas para pegar o motorista que sai embriagado, que bebeu apenas um copo ou o que tem IPVA atrasado. Tudo isso para manter viva a indústria das multas com a desculpa de respeito e preocupação com a vida do cidadão... Que respeito? Respeito é o caralho. Eles falam de números, de diminuição no número de acidentes, querem falar de números? Vamos falar de números...
Será que o trânsito mata tanto mais assim do que a violência? E em certas situações o acidente de trânsito não existe apenas pelo consumido de álcool... Já a violência sim vem única e exclusivamente dela mesmo. Por que não fazer algo contra isso, que no meu ponto de vista é muito mais tángivel e eficaz.
Digo isso tudo porque acho um absurdo alguém ser parado em um mega blitz daquelas com câmeras de TV doidas para pegar algum artista, alguém da mídia que bebeu ou que tenha o IPVA atrasado, mas não revistam ninguém, não dão uma geral no carro, não pedem para abrir a mala do carro nem nada. Então quer dizer que eu posso andar com 100 kg de cocaína no carro, mas beber duas cervejas é um absurdo? Poupe-me Brasil!
Continuo batendo na tecla que isso tudo é uma palhaçada gigante, visto pelo circo armado fim de semana na Barra da Tijuca, em que todas as pistas de todos os caminhos estavam com blitz... Isso é pra que? Proteger o cidadão? Se fosse porque não revistam os carros, vejam se tem armas, se são procurados, etc.
Por que não montar essas blitz na porta de favela, em diversos trechos da linha vermelha, linha amarela, etc.
Eu nem sei porque reclamo tanto disso, até porque de um país com valores totalmente distorcidos em que Big Brothers e Bruna Surfistinha´s da vida viram ídolos e exemplos de algo, isso já deveria ser totalmente esperado...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Falta pouco

Sei lá, hoje to meio sem inspiração, mas quis escrever sobre um tema bem complexo. Isso talvez faça parte da minha mania de só sossegar quando faço algo que acho que tenho que fazer... Mas minha vida pessoal não interessa muito a ninguém
Aí me peguei pensando sobre sentimentos e quão solitário cada um deles é. Desde a alegria a tristeza tudo é muito egoísta, porém no meio desse egoísmo sentimental existe um sentimento que nunca está sozinho... A saudade
Na música Angra dos Reis, Renato Russo (sempre ele) falou: “Se fosse só sentir saudade, mas tem sempre algo mais” e pra mim a saudade realmente nunca vem sozinha...
Sempre quando sentimos saudades ela vem com tristeza, raiva, compaixão, arrependimento, frustração, entre outros, como em um daqueles açaís do subúrbio em que se coloca de tudo... Todas as combinações são possíveis.
Podemos sentir raiva de ter saudade, tristeza de ter saudade, até aquela gostosa alegria de ter saudade... Mas nunca é “só” saudade...
Normalmente o sentimento existe porque nós temos a “síndrome do Faustão” de achar que tudo é grandioso demais naquele momento e temos a visão romântica de que tudo que passa era melhor. Sim... Tem gente que sente saudade até de sentir dor.
Segundo especialistas em saudades (entende-se especialistas por sofredores) existem saudades de todo o tipo e para todos os gostos. Saudade de alguma situação, saudade de alguém, saudade de ter saudade e até saudade do que nunca viu. Tem saudade para tudo. Normalmente as saudades das pequenas coisas são as piores, como a falta do email, do telefone, da conversa, do olhar, da Cia, dos conselhos, das brigas e das pazes... A saudade do detalhe em geral.
Em minha opinião as saudades das pequenas coisas são piores porque são mais difíceis de serem compensadas, de serem refeitas e pra mim isso virou até uma desculpa muito comum para se lamentar e não buscar nossas esperanças, se agarrar naquilo às vezes é mais fácil mesmo que seguir em frente. Até porque para alguns o que vale buscar novas coisas para depois sentir falta também, pra quê né?
O problema nisso tudo é quando deixamos que a saudade guie a nossa vida e assim acabamos por ter a percepção de que nada de novo que aparece tem tanta graça como o que se foi... Triste né? Mas não! A vida sempre continua e sempre continuará com suas inúmeras voltas por mais doloroso que seja, por mais forte que seja aquela dor, ela tem que seguir sozinha e nos deixar retomar nossa vida. Sentir saudade sim, ela pode existir pra sempre, é saudável, dá humildade em quem precisa, ensina a não repetimos erros, cair em ciladas antigas, mas nunca podemos esquecer o que ainda está por vir, pois... Para quem não sabe aonde vai, qualquer ônibus serve... E será isso é o bastante?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sonho nosso?

Do nada
Como quem chega a uma festa sem ser convidado
É assim
Desse jeito irritante e abusado
Que você aparece no meu sonho
Parece um livro de Dostoiévski
Com aquelas tramas bem insanas
Que não tem muita lógica
Mas nem por isso vou dizer que é ruim...
Com parte do rosto coberto
Fica mais fácil encarar a vida
Tem muita coisa que você precisa saber
Na verdade
De interessante
Só tem algo que você precisa saber
Mas nunca dá pra te dizer...
Tentei colocar no letreiro
Mas ele foi apagado
Tentei gritar pro mundo
Mas o mundo é um mundo
E assim
Todo mundo ia ouvir
Não tem problema se alguém contar na minha frente não
Até porque nem precisa ser da minha boca
É simples
É fácil
Você vai entender
Todo mundo já entendeu
Acho que só você não entendeu
Ou percebeu
Que as histórias sempre são boas
A noite é sempre o melhor
Mas ainda vou te falar
Só não descobrir como
Ainda vou te pedir
Nem que seja com jeitinho
Para pelo menos um dia...
Ou no caso uma noite
Deixe meu sono em paz

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O que somos?

Poucos dias após a euforia de sermos Cidade Olímpica, nós cariocas passamos a viver uma guerra urbana, não que isso seja muito fora do nosso dia a dia, mas ultimamente o bicho ta pegando mesmo...
A imprensa mundial e até mesmo nacional está falando com tom de ironia sobre como a nova Cidade Olímpica está em uma verdadeira guerra com o tráfico de drogas... Estão eles totalmente errado?
Sempre nesses momentos de tensão, milhares de críticas são feitas a polícia e ao governo... E aos bandidos?
Não estou defendendo bandeira de nada, até porque graças a Deus eu nem vivo fortemente esse dia a dia de terror, porém, não vejo moradores de favela falando mal de traficantes, para eles o errado sempre é a Polícia. Será medo? Talvez... Mas certas situações são demais.
No caso da morte daqueles quatro jovens que chegavam em casa de madrugada e foram mortos por traficantes, a família ficou indignada com a Polícia que disse que eles eram bandidos... Mas e quem os mataram? Não tem culpa?
Outra coisa no mínimo engraçada é que pra mim usuário de droga é tão bandido como um traficante ou policial corrupto, pois eles de uma maneira direta e às vezes indireta fornecem dinheiro e dão condições para o tráfico comprar armas e depois em uma esquina qualquer dessas ai acabar com a vida de algum familiar... E depois que isso acontece à culpa é governo? A culpa é da Polícia? Não porra, a culpa é você que gosta de um beckzinho, que gosta de um teco... Mesmo que seja “Só de vez em quando”.
E nós que não somos usuários, porém olhamos em nossa volta toda a pobreza e violência dessa cidade e não fazemos nada para mudar... Também não temos culpa?
No caso da violência no Rio a solução é todos agirmos em conjunto, nós fazendo nossa parte de buscar soluções e ajudas, a porra do viciado parando de ser viciado, os moradores parando de acobertar traficantes, a policia deixando de ser corrupta, o governo deixando de pensar em dinheiro e o bandido... Ah e o bandido morrendo sei lá... E aí sim poderemos nos definir, se somos Cidade Olímpica ou Cidade Desespero???

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pedras não... Aerólitos...

Mais uma vez estava vendo um filme que passava na TV sem pretensão, e mais uma vez um filme me levou a escrever algo que não tem muito a ver com o filme... Acontece.
O filme era sobre o grande Ilusionista Houdini que nasceu, viveu, fez algo legal durante a vida e morreram como quase todos que ganham um filme...
Aí fiquei pensando no ilusionismo, no circo e em como a fantasia está cada vez mais distante. Não estou falando de mim ou da minha geração, até porque não quero pessoas com 20 e poucos anos ainda acreditando no Papai Noel e sendo fãs do Mickey, mas to falando da infância em geral, da geração 100% internet.
Eu, um ser totalmente preguiçoso sem internet hoje em dia não faço nada, porém acompanhei bem a “transição” da geração do conteúdo x a geração da informação. Sim, com a internet hoje temos muita informação, porém temos muito pouco conteúdo e informação demais por incrível que pareça, às vezes atrapalha.
As crianças hoje em dia são muito aceleradas com os acontecimentos, descobrem hoje coisas muito mais rápidas do que descobríamos. Se antes queríamos saber sobre algo, tínhamos que perguntar para pais, tios, avós, professores e se não devíamos saber sobre aquilo, éramos enganados... Errado? Acho que não. Realmente tudo tem sua época. Hoje a criança digita sobre o assunto no Google... Pronto, ta tudo lá. Se queríamos descobrir o que significava determinada palavra era foda. Tínhamos que pegar aquele Aurélio todo empoeirado com as folhas amareladas e a capa meio rasgada e procurar folha por folha, ou então se perguntássemos para alguma professora de português, fudeu... Aprendíamos prefixo, sufixo e o “ixo” a quatro... Mas era legal. Hoje não, o Google se tornou o novo Pai dos Burros (sim o Aurélio foi traído) e tem feito de tudo ultimamente, até filho daqui a pouco o Google vai fazer...
Aí, pensei em transportar toda esse acesso fácil de informação para os “nossos tempos”, será que teríamos sido tão inocentes com a internet como fomos sem ela? Acho que não, porque talvez com ela teríamos descoberto que a Xuxa fez um filme pornô com uma criança, que a Mara Maravilha era maluca e viciada, que o Sergio Malandro espancava as Malandrinhas, que uma galera do Chaves já tinha morrido, que o Bozo era viciado em cocaína e que o Zacharias era Homossexual e morreu de AIDS...
É, acho que foi bom do jeito que foi mesmo... A ignorância realmente era uma dádiva, e foi muito feliz viver em uma infância em que nem precisávamos saber muita coisa pra ser feliz, talvez a simples diferença entre Pedras e Aerólitos...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Metas

Tem épocas que a gente vive meio que “assim”, vivendo um dia de cada vez, achando que o futuro é algo que irá se resolver sozinho e o presente acontece porque tem que acontecer.
São nesses dias que a vida fica meio sem sentido, que você não sabe muito bem o que quer, afasta pessoas boas de perto de você e atrai todo tipo de insanidade a sua frente.
Vive meio que um daqueles filmes dos anos 70, cheio de drogas, bebidas e saídas (não necessariamente usando isso tudo) em que você não sabe muito bem onde acorda e muito menos porque acorda... Tudo fica confuso
Dramatismo e exageros a parte, claro que todas as referências acima são um pouco catastróficas ou extremistas, porém acho que todos entenderam muito bem o que eu quis dizer.
Nesse momento que tudo está “meio confuso”, em que as horas não dizem muita coisa, que o calendário passa e nada concreto acontece é que precisamos dar uma guinada. Porém ao contrário do que é lógico, não fazemos nada, simplesmente esperamos aquela mudança grandiosa, aquela solução mágica que vai cair do céu, e nunca cai...
Aí por algum motivo, ou por motivo nenhum, a gente começa a enxergar tudo mais claro e todo aquele embaçado em nossa frente, passa a ser um caminho a ser seguido e começamos a ver que o mais importante do que esperarmos algo grandioso acontecer e darmos valor as pequenas coisas que acontecem, os pequenos gestos e as pequenas coisas que ouvimos.
Vemos que o futuro é reflexo do nosso presente e não o contrário
Entre outras palavras, muito melhor do que vivermos simplesmente porque estamos vivo, é estarmos vivos simplesmente pra viver...

(É auto ajuda mas tá valendo)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

01:03 A.M

Cadê você?
Eu me pergunto assustado
Isso nunca aconteceu
Se tava de saco cheio falava
Agora sumir assim é covardia
Ta esperando o quê?
Quer que eu fale por você?
Quer que eu faça todo o trabalho sujo?
Ta bom, eu faço
Mas cadê você
Pelo menos aparece
Nem precisa ser pessoalmente não
Pode ser de longe
Pelo menos liga
Manda um e-mail
Manda alguém me avisar
Fala que ta com uma doença terminal
Ou que quer simplesmente aproveitar a vida
Mas pelo menos assume que não quer mais
Dê-me aquelas desculpas idiotas
De “Quem sabe um dia”
“É só por enquanto”
“O que tem de ser será”
Vai
Coloca a culpa em Deus
No destino
Eles estão acostumados
Nem vão reclamar
Fala que é o meu jeito
Que não confia em mim
E que eu nunca vou mudar
Planta alguma prova no meu carro
Coloca um sutiã
Diz que alguém me viu por ai
Fala tudo que você quiser
Mas meu Deus, por favor...
Diga-me algo...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Picolé Boneca

Acomodado
Seja na vida
Ou da vida
Já cansei de ouvir isso por aí
Dizer é fácil...
Mas e só quem diz?
Também não é acomodado?
Resolvo e acho a solução dos meus problemas na vida de outros
Na verdade nunca resolvo nem acho solução de nada
Nem dos outros
Nem dos meus
Não resolvo nem o que vestir
Quanto mais o que fazer
Vivo perguntando se o vermelho combina com verde
Mas tem momentos que relaxo e esqueço um pouco da vida
Às vezes até demais...
Quem é cuidadoso
Acaba se fudendo do mesmo jeito que eu
Que não sou
Por que eu perderia tempo sendo então?
Ando conhecendo muita gente
De outras tribos, da mesma tribo
Todas gente em geral
Na verdade
Já não tenho mais memória pra colocar tanta gente diferente
Será que vou ter que apagar alguns antigos?
Ou deixo tudo anotado no papel?
Tanto faz, eles que lembrem de mim...
Se não lembrem também que se dane
Só quero saber do que interessa
E de quem me interessa
Perdi muito tempo já por ai
Ouvindo contos da carochinha
E conversa pra boi dormir
Não quero mais esse joguinho de pega vareta
No qual quem mexe ta fora
Será que demonstrar impulsos é errar?
Na verdade
Não vou mentir e falar pra você
Que eu não gosto mais de disputas
Não é isso...
A disputa me move
Me fascina
Mas talvez por hora
Eu esteja um pouco cansado de competir...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Partido Alto

A vida é realmente engraçada e muito louca. Nela a gente vive a eterna roda gigante da em que estamos em cima, estamos em baixo (qualquer semelhança com pornografia é mera coincidência). As vezes a roda quebra e ficamos mais tempo em determinada posição. Quando quebra em cima ninguém nunca percebe, mas quando quebra em baixo que é o problema... Uns dias são eternos, meses são uma vida e assim por diante.
Então, é nesse momento que a roda quebra que sempre aparece aquela mão amiga, aquela pessoa que vai lá e por algum motivo ou sem motivo nenhum conserta a roda gigante e faz com que ela continue subindo. Por essa pessoa, seja quem for ou porque o fez é que sentimos o sentimento chamado de gratidão...
Muito pode se discutir em torno disso, mas pagar simplesmente da mesma maneira consegue realmente retribuir o que a pessoa fez por você?
Vamos pensar de maneira prática. Se você está necessitado, precisando de um prato de comida, por exemplo, simplesmente pagar uma pessoa com o mesmo prato de comida é capaz de compensar o que ela fez por você? No caso da gratidão o fator circunstância é totalmente relevante e fundamental, pois dar um prato de comida a quem realmente precisa não pode ser pago com outro prato de comida. Na verdade, acho que não pode ser pago.
Os pais que pagam toda a educação dos filhos dão comida, alimentação, cursos e etc... Será capaz de se fazer um levantamento desses gastos com reajustes e simplesmente quitar toda a dívida? Onde fica o aspecto emocional? Você só é capaz de pagar aquilo tudo porque teve todo o suporte para chegar aonde chegou e isso não se paga.
A gratidão é um sentimento de eterna dívida com alguém que nunca poderá ser paga, apenas retribuída, porém nunca poderá ser simplesmente quitada.
O estranho nisso tudo é que quando precisamos de algo ou mais necessariamente de alguém, sempre somos humildes o suficiente para aceitar aquela ajuda, mas quando estamos bem esquecemos um pouco que aquela pessoa já nos estendeu a mão e no primeiro “vacilo” que a pessoa dá tudo de bom que foi feito vai por água abaixo... Será mesmo uma coisa ruim capaz de apagar tudo de bom? Acho que não...
Por isso, falando por mim e de mim, confesso que às vezes não demonstro muita gratidão para todas as pessoas que um dia me ajudaram e ainda me ajudam. Seja de qualquer maneira, seja com uma conversa apenas ou com algo ainda mais consistente. No entanto, venho por meio deste deixar claro que se no meio disso tudo eu sumo, não é porque eu esqueci! A vida é meio “complique” mesmo e eu apenas talvez tenha tido que me afastar... Só isso. Mas o mundo sempre dá voltas mesmo, um dia a gente se encontra... Fato.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Teatro dos Vampiros

Mesmo não assumindo, nós seres humanos racionais que só usamos 10% de nossa capacidade cerebral gostamos muito de ver uma desgraça. Alheia é claro.
Tive essa constatação ao me dar conta do engarrafamento que é causado por acidentes de trânsito principalmente os que têm feridos. TODO MUNDO passa devagar olhando, para o carro, coloca a cabeça pra fora do ônibus pelo desespero de achar uma marca de sangue, alguém machucado e quando veem a cena viram o rosto para o lado e dizem: “Aí que nervoso! Não gosto de ver essas coisas” Se tem nervoso por que fez questão de ver o que se passa?
Já pararam pra contar a quantidade de pessoas que forma da multidão que se junta quando alguém passa mal, quando alguém é baleado ou morre na rua? São todos médicos? Todos vão ajudar? Sim o tumulto em si nos atrai.
Outro exemplo é como novelas e programas do estilo do Ratinho e da Luciana Gimenez fazem até certo “sucesso” explorando os dramas humanos. Sempre quando tem um caso absurdo de alguma vida totalmente destruída o índice de audiência vai às alturas.
No colégio ou faculdade ou qualquer coisa do tipo, gostamos de saber a nota do amiguinho... Será só para comparar ou existe aquela pontinha de sentir a desgraça do outro?
Enterros também sempre ficam bem mais cheios que festas de aniversário, batizados, ou encontros com amigos... Será realmente só a última despedida? Sim... Ou temos aquela coisa de amparar quem precisa de nós, pois nesse momento nos sentimos mais fortes na situação de dar colo... Procuramos momentos tristes, queremos ser úteis, fazer o bem procurando o mal. É muito mais fácil incomodar do que ser incomodado...
Pra mim a questão não é ser uma pessoa boa ou ruim, mas sim uma necessidade inconsciente de comparar nossas vidas para mostrar que talvez a nossa nem seja tão ruim assim, que poderia ser pior, ou até mesmo de tirar forças na desgraça de alguém... Sei lá, deve ter uma explicação não tão maléfica de gostarmos da desgraça alheia ou na verdade de ver só uma curiosidade de ver algo diferente. Mas deixa eu ir parando por aqui porque acabei de ouvir um barulho de batida e vou lá ver o que é...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Enquanto isso na liga da justiça...

Não sei vocês, mas eu particularmente não gosto quando as rádios editam as músicas para diminuir o tempo de duração delas. Normalmente eles pegam aquelas partes instrumentais repetidas e cortam, pois acham desnecessárias. Absurdo! Eu acho um desrespeito aos músicos que ficaram ali horas, dias, meses ou anos luz (dependendo da droga que ele usou) para fazer um arranjo bem trabalhado e chega um cara lá na ilha de edição simplesmente corta para não comprometer o horário do novo break.
Ai pensei no trabalho que os caras tem pra fazer uma música. Alguns sim, outros não... Porque a gente sabe que na vida é assim mesmo, enquanto uns trabalham outros dormem ainda mais se viverem em continentes diferentes. Mas aí também tem a galera que trabalha noturnamente que acaba por se igualar por quem trabalhar diurnamente no outro continente. No fim das contas é essa porra mesmo.
Mas assim, deixando um pouco os continentes de lado, as sombras, a vida mansa, o boi pastando no pasto (tem vida mais mansa do que de um boi pastando no pasto?) e é claro as melodias, vamos pensar agora nas letras.
Vários devaneios e alucinações com certeza viraram letras com a desculpa do uso da velha e boa linguagem conotativa. Confissões foram feitas com a desculpa de que: Isso aqui não sou eu, é o tal do “eu poético”. Vou contar hein, esse “eu poético” já foi viado, travesti, já usou drogas, já foi lésbico, já matou, já morreu, já foi preso, já sofreu, já traiu, já amou... Eita sujeito vivido e queimado hein.
Humor sem graça (bem sem graça) a parte, pra mim algumas letras devem ser a chance de colocar no papel todo aquele lampejo de insanidade que vive na cabeça de todos nós pelo menos por um instante... E é nesse momento que saem frases como: “E ela disse: - Lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa”, “Olha só o que eu achei: Cavalos Marinhos” (apesar de achar que essas são obras primas), “Camarão que dorme a onda leva” “Eu cheguei em frente ao Portão, meu cachorro me sorriu latindo” entre outras milhares que tentei me lembrar mais não me lembrei...
Antes de continuar quero deixar claro que gosto muito de todas as músicas citadas a cima e não quero discutir a qualidade das mesmas, mas sim é um comparativo que vem logo abaixo.
Aí eu pergunto qual a diferença de letras “insanas” (algumas sim são poéticas e de muita inteligência) para insanos que dizem coisas na rua como esses profetas e pensadores que a criançada adora a jogar pedras e colocar apelidos pejorativos como “Pé de Pano”, “Velho do saco”, entre outros... Por que em um caso é poesia e o outro maluquice?
Eu confesso que não sei a resposta dessa pergunta, mas algo que eu descobri e que quem sabe vai me servir de algo é que para algo fazer sentido, ele tem que ter apenas um compromisso com a lógica que é o de não ter lógica...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A descoberta

Sabe aqueles dias que você acorda mais louco que o normal e começa a pensar as coisas da vida com mais clareza ou pelo menos questionar coisas que nunca tinha questionado? Acho que esse é um dia meu... Ou alias, é mais um dia meu...
Nós sempre estamos nos gabando de nossa tecnologia, de como tudo evolui o tempo inteiro, de como a ciência está buscando cada vez novas fórmulas, novos produtos para melhoria de vida e tal... É um trabalho e tanto, mas hoje com a tecnologia que temos os cientistas têm uma vida facilitada em relação a outras épocas em que se descobriam coisas sem recursos e o melhor: Se descobriam as coisas meio que do nada...
Fiquei pensando quem foi o cara que descobriu coisas que hoje em dia são óbvias para nós como o café. Nos dias atuais é mole pensarmos em café e suas máquinas grandiosas que agora existem e fazem café até com feijão fradinho se você quiser, mas pergunto alguém já parou pra pensar quem foi a primeira pessoa que viu a planta lá e pensou: “Vou colocar isso na água e vai ficar bom”, o cara devia ser muito louco ou não ter nada pra fazer.
Pesquisando sobre a história vi que um cara lá viu as Cabras dele comendo a folha de café e quis comer também porque reparou que elas ficaram mais agitadas, o cara era muito louco ou não era? E se as cabram comecem cocô? Ele comeria também?
Ou ainda, a maconha, de onde o cara tirou da idéia de pensarr: “Ah, acho que vou fumar essa porra aqui” O que levaria alguém a fumar uma planta? Por que logo a maconha? Será que já tentaram fumar folha de amêndoa? De manga? Babosa? Será que ela foi na maconha de primeira ou passou a fumar muita coisa até chegar na maconha?
Quem descobriu que o leite da vaca era bom? Será que pegaram leite do porco? Do cachorro? Do Morcego? Sei lá...
Quantas coisas ainda não foram descobertas? Quem sabe talvez comer pedra moída com arroz pode ser bom, ou fazer suco com aqueles bichos de luz, agora parece absurdo, mas daqui a alguns anos poderia ser a coisa mais genial de todos os tempos... Quem sabe eu não ganho um Nobel...
Será que a pessoa que descobriu essas coisas, era gênio? Louco? Sortudo? Vai saber...
Mas pensando nisso tudo confesso que hoje eu até fiquei mais animado com a vida, porque às vezes fico desanimado com o rumo que minha vida leva, e em alguns momentos acho que não aprendi nada com ela, no resto eu tenho certeza... Mas a questão é, acho que um das duas uma, ou eu descubro algo muito grande pra humanidade ou chega alguém e descobre que eu sirvo pra alguma coisa... Vamos esperar. Pensamento positivo...