quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pedras não... Aerólitos...

Mais uma vez estava vendo um filme que passava na TV sem pretensão, e mais uma vez um filme me levou a escrever algo que não tem muito a ver com o filme... Acontece.
O filme era sobre o grande Ilusionista Houdini que nasceu, viveu, fez algo legal durante a vida e morreram como quase todos que ganham um filme...
Aí fiquei pensando no ilusionismo, no circo e em como a fantasia está cada vez mais distante. Não estou falando de mim ou da minha geração, até porque não quero pessoas com 20 e poucos anos ainda acreditando no Papai Noel e sendo fãs do Mickey, mas to falando da infância em geral, da geração 100% internet.
Eu, um ser totalmente preguiçoso sem internet hoje em dia não faço nada, porém acompanhei bem a “transição” da geração do conteúdo x a geração da informação. Sim, com a internet hoje temos muita informação, porém temos muito pouco conteúdo e informação demais por incrível que pareça, às vezes atrapalha.
As crianças hoje em dia são muito aceleradas com os acontecimentos, descobrem hoje coisas muito mais rápidas do que descobríamos. Se antes queríamos saber sobre algo, tínhamos que perguntar para pais, tios, avós, professores e se não devíamos saber sobre aquilo, éramos enganados... Errado? Acho que não. Realmente tudo tem sua época. Hoje a criança digita sobre o assunto no Google... Pronto, ta tudo lá. Se queríamos descobrir o que significava determinada palavra era foda. Tínhamos que pegar aquele Aurélio todo empoeirado com as folhas amareladas e a capa meio rasgada e procurar folha por folha, ou então se perguntássemos para alguma professora de português, fudeu... Aprendíamos prefixo, sufixo e o “ixo” a quatro... Mas era legal. Hoje não, o Google se tornou o novo Pai dos Burros (sim o Aurélio foi traído) e tem feito de tudo ultimamente, até filho daqui a pouco o Google vai fazer...
Aí, pensei em transportar toda esse acesso fácil de informação para os “nossos tempos”, será que teríamos sido tão inocentes com a internet como fomos sem ela? Acho que não, porque talvez com ela teríamos descoberto que a Xuxa fez um filme pornô com uma criança, que a Mara Maravilha era maluca e viciada, que o Sergio Malandro espancava as Malandrinhas, que uma galera do Chaves já tinha morrido, que o Bozo era viciado em cocaína e que o Zacharias era Homossexual e morreu de AIDS...
É, acho que foi bom do jeito que foi mesmo... A ignorância realmente era uma dádiva, e foi muito feliz viver em uma infância em que nem precisávamos saber muita coisa pra ser feliz, talvez a simples diferença entre Pedras e Aerólitos...

Um comentário:

Paulinha disse...

E o melhor de tudo é o fato de ter que perguntar aos pais ou a outras pessoas o que significava determinada coisa envolvia também uma relação de aprendizado e respeito! Outro dia estava pensando sobre o circo. Quantas crianças atualmente vão ou almejam ir a algum?
Tb prefiro ter zoado jogando taco, pique-esconde e pique-bandeira a warcraft, The sim e etc.