segunda-feira, 9 de junho de 2008

Uma noite, talvez duas...

Sabe aquelas histórias que acontecem como as de filme? Assim aconteceu também com nosso amigo.
Amanheceu e Mario Puentes abre o olho sentindo que aquele dia seria diferente dos outros, porém mal sabia que aquele dia, marcaria uma nova etapa na sua vida.
Mario levanta cedo para ir trabalhar, toma seu café correndo, vai para garagem, pega seu carro e sai de casa. No caminho meio que distraído falando no celular não se da conta do que acontece ao seu redor, até que em um sinal enquanto canta "Sitting, Wishing, Waiting" do Jack Johnson que acaba de tocar na rádio, percebe que tem uma moça que não para de olhar para ele.
Puentes, como é chamado por seu amigos, mal acredita no que acontece. Mal acredita que tem uma moça linda que olhando para ele. Puentes disfarça e começar a olhar pra frente esperando que o sinal abra pois acho que aquilo não é com ele, mas ele mal acredita quando vê a moça ao seu lado debruçada na porta do carro, e antes de Puentes falar qualquer coisa a moça diz:
- Tem um trocado aí Tio???
Pronto, é como um banho de água fria sobre Puentes que não sabe o que dizer, mas pega sua carteira e como uma maneira de impressionar pega uma nota de 50 e diz:
-Tenho, mas antes tenho que saber o seu nome???
-Isabel. Diz a moça
-Você tem um belo nome, sabia???
E Isabel sem falsa modesta diz...
- Sabia. E vira as costas para Puentes que de uma maneira meio que institiva diz:
-Espera, como faço para te encontrar novamente???
-Eu estou sempre por aqui.
E Puentes durante semanas ficou passando sempre pelo mesmo lugar, no mesmo horário em busca de Isabel (Bel como ela costumava a chamar), e sempre deixava 50 reias de ajuda para moça.
Puentes estava fascinatemente intrigado de como uma moça tão bela e bonita estaria pedindo dinheiro todos os dias na rua e enquanto mais ele pensava nela, mais apaixonado ele ficava, até no papel de parede de seu computador do trabalho já tinha uma montagem escrita "Puentes e Bel", mais ainda faltava algo... A coragem de chamá-la pra sair...
Depois de semanas de espera, finalmente Puentes a chama para sair. O convite? Ir ao show do cantor Belo do qual Bel dizia ser muito fã, ele a chama e ela sem fazer muito charme aceita o convite na hora.
Puentes está super ansioso, pois já esperava por esse momento tinha tempos. Eles ficam no show em clima de romance, dançam juntos, trocam carícias e no fim entre uma música e outra eles se beijam. Pronto... ele estava realizado.
Puentes mal chega em casa e já quer marcar outro encontro com Bel, que diz que não sabe se deve se envolver com ele, mas Puentes consegue convencê-la de que é um homem de bem e tem boas intencões com ela, e o romance continua (dizem que na verdade ele ofereceu 50 reais diários pra ela).
Várias saídas acontecem entre os dois, que passam a namorar oficialmente, mas ainda faltava um detalhe... A grande noite ainda não tinha chegado para Puentes.
Praticamente tudo que tinha que acontecer para Puentes aconteceu, ela sentia dor de cabeça, enjôo, cólica, sono, fome, nausea, menos o que Puentes tanto queria que ela sentisse... Tesão.
Até que um dia em um momento que já não aguentava mais o acúmulo de esperamatozóides em sua região escrotal, Puentes fala:
-Bel, eu não aguento mais... Eu to doindo, to subindo pelas paredes e você nada???? Assim não vai dar mais pra nós... E enquanto ele ainda falava, é que ela com sua voz grossa diz:
-Tá bom, mas tem que ser por trás que eu estou naqueles dias...
E puentes meio que sem esperar a resposta diz...
-Não, não... Eu não ligo, eu não ligo, vamos assim mesmo...
- Não, tem q ser desse jeito que eu quero.
E ele, meio que sem opção aceita o que propõe Bel, porque para ele antes era aquilo do que nada...
E assim eles começam os "trabalhos" e Puentes fica louco com o desempenho de Bel, e tenta dar uma de espertinho e mudar de lugar e... Não acha nada, apenas algo grande e volumoso parecido com o que tem. Ele para na hora, começar a andar para um lado e pro outro sem saber o que fazer, enquanto isso Bel (que na verdade se chama Israel) olha para ele como um cão que caiu de um caminhão de mudança, e vendo aquela cena o tempo para na cabeça de Puentes que de uma maneira mais natural do mundo pega Bel pelo cabelo, faz cara de mal e diz:
- Eu até deixo tu me comer, mas se tu contar pra alguém pode esquecer os 50 reias, ouviu?? Pode esquecer...
E assim eles viveram felizes, Puentes com novas experiências e Bel com 50 reais por dia...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Uma vida imaginária

Angelo Acetta era um rapaz um tanto quanto problemático, desde a sua infância era perseguido por seus amigos de classe que o chamavam de bolinha devido ao seu peso elevado em relação a sua idade e altura, e também o chamavam de maluco devido a sua aparência um tanto quanto “diferente” e suas manias e neuroses um tanto quanto extravagantes.
Tudo isso ficou muito evidência na aula de educação física que durante uma das rotineiras partidas de Handball oferecidas pelo professor José Carlos, Angelo ao perder um gol, começa a morder todos os seus colegas de time e a arrancar todos os seus cabelos (corte de cabelo que ele optou pelo resto de sua vida) e a dizer a frase que dali por diante viraria seu lema: “Eu quero me internar, eu quero me internar”... Pronto, ali surgia um slogan...
O tempo foi passando e o jovem Angelo foi cada vez se isolando mais, não quase nenhum amigo real, (real porque angelo chegou a fazer festas para mais de 200 pessoas apenas com amigos imaginários que ele conserva até hoje, e, além disso, é até padrinho dos filhos de alguns) na escola ele só tinha dois amigos, um estudante Palestino que não conhecia nada de seu idioma e um menino mudo e surdo com o qual Angelo passava horas de seu dia conversando.
Mas o tempo de escola acabou e Angelo como outros jovens de sua idade foi buscar tentar mudar um pouco a humanidade e tentando obter um pouco mais de respeito de seus “companheiros” (como ele mesmo gostava de chamar todos os que passavam por sua vida) decidiu entrar para a Polícia.
Logo em seu primeiro ano como policial, Acetta, como era conhecido por seus amigos de PM, descobre que a sua vida lá não seria tão fácil. Sendo obrigado a fazer coisas que não queria e que era contra os ensinamentos do seu então mentor Padre Pedro, ele se vê em uma encruzilhada quando é obrigado a transar com uma prostituta Vietnamita, porque seus amigos descobrem que Angelo aos 27 anos ainda era virgem.
Pronto, dali em diante a vida de Angelo nunca mais foi à mesma. Depois de sentir o peso de sua masculinidade, seus sonhos com homens pelados logo sumiram e ele se convenceu que nasceu para ser homem.
Convencido disso Angelo, tentando buscar um pouco mais incentivo contra a sua timidez, começa a entrar no mundo do álcool, aí sim... Pode ser considerado como o princípio do fim. Depois de vários porres espetaculares e o uso contínuo de algumas drogas entre elas o crack e a cocaína. Acetta perde totalmente o controle de si, já que tudo isso misturado com os medicamentos que ele tomava desde sua infância no episodio em que mordeu todos os companheiros, virava um coquetel letal.
Devido a isso o grande sonho de Angelo acontece, e ele passa um período internado no hospital da Policia em um quarto sem moveis trancado por grades e preso por uma focinheira e uma camisa de força (até comentam que Hannibal Lecter dos silêncios dos inocentes foi inspirado nesse episódio) em que continha um anúncio na porta: “Perigo, proibido alimentar”.
Durante 3 anos Angelo passou por esse período de reabilitação, sem sucesso, mas tendo visto que seu caso não tinha jeito o doutor o libera do hospital dizendo a seguinte frase: “Seja feliz enquanto você ainda pode”, essa frase nunca saiu da cabeça de Angelo que buscou a felicidade o tempo todo.
Ele passou a viver uma vida auto-destrutiva, entre porres memoráveis, acidentes de motos e transas com travestis sem nenhuma proteção, até que um dia, enquanto dormia em um banco de praça angelo acorda com um jornal na sua frente e o seguinte anuncio o chama atenção: “Procura-se, profissional para área de MKT, não é necessário ser inteligente ou entender do assunto, basta ser esforçado ou ser Dj”; Angelo não era Dj, porém era esforçado e com isso ele foi procurar dar um novo rumo em sua vida.
Mas Angelo não sabia que depois desse emprego a sua vida nunca mais seria a mesma, ou talvez ele nem tivesse mais vida depois de aquilo.
Porém no início Angelo se dá muito bem com seus novos companheiros, especialmente Fabio Santos, com quem Acetta tem bastante empatia desde a primeira vez em que eles se encontraram, e logo no inicio passavam tardes e mais tardes vendo peitos caídos das amigas de Angelo na internet, era uma coisa linda.
Mas como na vida tudo que é bom dura pouco, a amizade dos 2 começa a rachar, quando Angelo leva a mulher de Santos para o dito e feito. Fabio não gosta, porém dá mais uma chance pra Angelo que Poe tudo a perder quando fica de muito papo com Cíntia funcionária nova com quem Fabio Santos queria ter um caso.
A amizade dos 2 antes inabalável, agora teve um fim, e Fabio que tinha um cargo de superioridade na empresa, começa uma perseguição implacável sobre Angelo.
Angelo não agüenta mais a pressão que Fabio Poe sobre ele e como uma válvula de escape começa a sentir uma verdadeira compulsão por ar condicionado e quer sempre ter um ligado ao seu lado o tempo inteiro.
Mas Angelo não resiste à pressão e Fabio vendo que ele levantava em média de 378 vezes por dia para ir fumar, o demite da empresa de que Angelo tanto gostava.
Ele estava perdido na vida, já não tinha mais rumo, nem o que fazer da vida, decide dar fim aquele sofrimento, lembra das palavras de seu médico, abandona seus medicamentos e decide por um fim em sua vida, para seu carro na ponte Rio - Niterói e no momento do salto ele encontra Alice, uma amiga imaginária de infância que o convence a não pular e a seguir a vida. Angelo a obedece, e dali em diante eles nunca mais se desgrudam, (salvo no dia em que Angelo toma seus medicamentos e não consegue mais a ver) e decidem se casar.
Desde aquele dia da Ponte nunca mais se ouviu falar de Angelo, porém uns dizem que eles se casaram, Fabio Santos até o perdoou e foi o padrinho da cerimônia, tiveram filhos imaginários, foram morar em uma casa com muitos ar condicionados, que não são imaginários...) As mais línguas até dizem que ele foi corno, mas Angelo fala que isso é coisa da imaginação deles...