terça-feira, 29 de novembro de 2011

No Dos Outros é Refresco

Todo mundo procura sinceridade
Odeia gente falsa
E presa por ser verdadeiro.
Todo mundo é bem sincero
Não aceita que nada seja escondido
E não suporta viver com mentiras.
Resumindo: Todo mundo quer isso do outro!
Eu não consigo entender a nossa intolerância com mentiras, omissões e falsidades
Se em determinados momentos da vida também somos assim.
Deve ser porque ao contrário de nós
A gente sempre acha que a outra parte agüenta:
“Nunca vai descobrir”
“Nem vai ligar”
“Não é nada demais”
Não sei desde quando a gente desenvolveu esse dom de sentir o que alguém está sentindo...
"Mas é diferente..." Diríamos
Até porque:
O outro é sempre falso
A gente não foi sincero por motivo.
O outro é sempre mentiroso
A gente só não contou certas coisas.
O outro nunca é verdadeiro
A gente só não acha necessário que tudo seja dito...
O que a gente faz é aceitável.
Justificável.
Tem propósito.
Tem justificativa.
O outro não.
O outro é falta de caráter mesmo...
Não sei porque ainda não entendemos que:
Mentir sempre será mentir.
Omitir sempre será omitir
Independente da situação.
Ou você acha que o verbo muda de significado
Só porque você omitiu um fato
Ao invés de um cadáver?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Enxugando Gelo Para Não Molhar a Mão

Até agora ainda não entendi
Porque continuo tentando.
Tanto tempo já passou
Tanta coisa aconteceu
Eu mudei muito
Você mudou tanto.
Que estamos longe de sermos os mesmos lá de trás.
Hoje em dia
Até acho que a gente poderia ter sido tudo:
Amigos, conhecidos, colegas
Parentes, inimigos ou nada...
Mesmo com tantas opções
A gente insistiu em ser amor...
Até aí tudo bem
Não deu certo.
Errar fazer parte
Mesmo tantas vezes como as que nós erramos.
O inacreditável sou eu continuar tentando.
Burrice mesmo.
Como se eu enxugasse uma pedra de gelo
Só pra não molhar a mão...
Mesmo depois de tanta coisa
Mesmo depois de tantas tentativas, conselhos, provas, conclusões e sinais
Que quase gritam na minha cara com um:
“Deixa isso pra lá,
Esquece isso,
Parte pra outra,
Vocês não nasceram pra ficar juntos!”
Eu continuo me manipulando
E fingindo que escuto uma voz
Bem suave (que não existe)
Sussurrando lá no fundo e me dizendo:
“Vai,
Tenta de novo,
Ela mudou,
Dessa vez vai dar certo...”

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Às Vezes Prefiro...

Às vezes eu prefiro achar que você viajou.
Foi pra bem longe
Só por um tempo
Mas que daqui a pouco ta de volta...
Às vezes eu prefiro achar que a gente só tá brigado.
Uma discussão por causa de uma bobeira qualquer
A bagunça na cozinha ou algo assim
Mas que daqui a pouco a gente faz as pazes...
Às vezes prefiro que você só ta tempo demais no banheiro do restaurante.
Retocando a maquiagem
Fofocamdp com uma amiga
Mas que daqui a pouco vem com aquela cara de: “você não sabe o que eu descobri”...
Às vezes eu prefiro achar que você só ta demorando a descer.
Como sempre demorou pra se arrumar
Atrasou-se toda
Mas que daqui a pouco aparece com aquele sorriso sem graça e as mesmas desculpas de sempre...
Às vezes eu prefiro achar que você só ta Off-line.
Ta com a internet ruim em casa
Ocupada no trabalho, sei lá...
Mas daqui a pouco aparece mandando aquele “oi” junto com um emoticon...
Às vezes eu prefiro achar que você apenas saiu sozinha hoje.
Foi em um encontro com as amigas
Em um chá de panela, alguma coisa assim
Mas que daqui a pouco ta me ligando para eu ir te buscar...
Mas na maioria das vezes eu prefiro acreditar que você nem existiu.
Que foi tudo invenção da minha cabeça
Parte de um sonho bonito
Mas que daqui a pouco eu acordo, esse sofrimento acaba e enfim tudo vai ficar bem...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Melhor

Mando-te flores
Aprendo estórias
Faço poemas.
Divido as dores
Uso a memória
Te levo ao cinema.
Escrevo cartão
Peço desculpas
Quero seu bem.
Perco a razão
Assumo a culpa
Me torno refém.
Tiro fotos
Mando recados
Aproveito o tempo.
Faço mil votos
Não saio do lado
Eterno é o momento.
Sou bem sincero
Nem sempre estou perto
Mas nunca se sinta só...
Porque às vezes eu erro
Às vezes acerto
Mas é tentando o melhor...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

E Uma Hora A Gente Cansa

Cansei de frases prontas
Sorrisos forçados
Abraços vazios.

Cansei de Histórias de faz de conta
Sonhos inventados
Amores sozinhos.

Cansei de dias perdidos
Festas populares
Pessoas que dizem nada.

Cansei de Interesses fingidos
Solidão nos luares
Amizades forçadas.

Cansei de desculpas fajutas
Gente que se acha
Confundir o que é.

Cansei de vitória sem luta
Título sem faixa
Querer sem ter fé.

Cansei de falsas lembranças
Fotos posadas
Toda essa espera...

Cansei de Festa sem dança
Gente sendo usada
De ser o que era...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Gianecchini X Cazuza

Não, o título não faz nenhuma alusão aos boatos da opção sexual do Gianecchini, nem muito menos traça uma linha conspiratória insinuando que sua doença seja o HIV e não o Câncer. Esse texto também, antes de tudo, não tem nem um pouco de humor ou sarcasmo com um assunto tão delicado e triste como esse, mas sim mostra a minha torcida pela melhora de nosso ator nessa batalha e principalmente minha preocupação sobre esse assunto.
Não sei se mais alguém percebeu, mas essa luta do Gianecchini contra o câncer está muito além de ser só dele e passou a ser de uma sociedade inteira que através disso está colocando toda a sua esperança de cura, seja de alguém bem próximo, seja de um parente, seja dela mesmo no ator.
Quando uma pessoa jovem, bonita, com dinheiro, enfim, uma referência aos padrões de saúde e bem estar tem uma doença tão grave como essa, é normal que a sociedade se abale, e veja que o problema está mais próximo do que se imagina. Pior ainda é quando essa “batalha” é travada perante todos, de uma maneira exposta, em que se pode acompanhar cada passo do tratamento, cada dia de quimioterapia, cada dor, cada esperança, como um reality show detalhado dos acontecimentos.
Tracei um paralelo com o Cazuza, porque meu medo caso o Giannechini não vença essa batalha é que o efeito seja parecido com que o HIV teve com o mesmo na década de 90. Ele era jovem, tinha recursos, era famoso, era adorado, travou sua batalha publicamente, expos sua aparência fragilizada (que é lembrada até hoje como a fase final da doença) e infelizmente veio a falecer naquelas condições, dando a senso comum na época, que a doença não tinha cura. Tudo bem que de certa forma a exposição do Cazuza teve um aspecto positivo no que diz respeito à prevenção da doença, pois o medo talvez tenha feito as pessoas ficarem mais conscientes, porém, depois daquela luta pela sobrevivência tão exposta, tão midiática, quantas pessoas infectadas durante os anos que seguiram, não viveram com a sensação que estavam fadados a morte? E o câncer tem um agravante, pois diferentemente do HIV, ainda não existe um meio de ele ser evitado.
Tudo bem que muitos publicamente já venceram o câncer, assim como muitos publicamente vivem há mais de 20 anos com o HIV, porém, infelizmente uma derrota assim tão acompanhada de perto pode ser um divisor de águas e ter conseqüências desastrosas no que diz respeito ao fator mais importante de todos: A Fé.
Não estou criticando a mídia nem ao Giannechini por essa exposição, acredito sim que uma dor dividida normalmente dói menos, que ouvir palavras de apoio e conforto tem uma parcela grande na recuperação e talvez por isso eu esteja desejando ao Giannechini uma boa recuperação com toda força do mundo, porque pra mim, desde que ele divulgou o acontecido, ele deixou de lutar só por ele...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E Mesmo Sem Te Ver

Por muitas vezes já quis perguntar como você estava , sabe?
Saber da família
Do trabalho
Dos amigos.
Relembrar alguns fatos.
Ser amigável.
Saber o que se passa.
Jogar aquela conversa fora.
Afinal
Já tem tanto tempo
A gente cresceu
E adultos fazem isso...
Vivemos tantas coisas juntos
Que agora
É até injusto
Eu ficar de fora dos acontecimentos
Sem nunca saber se enfim sua alergia melhorou
Ou se seu emprego ainda é o mesmo.
Mas não fico sabendo
Culpa minha, óbvio.
Não sei bem se por amor, egoísmo ou ego
Mas confesso que vai doer um pouco saber
Que a sua vida sem mim
Até que ta indo bem...
(Prefiro continuar acreditando que ainda sofre)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Conselho da Madrugada

Não tenha pressa
Não se desespere.
Por mais óbvio que pareça
Até o tempo também tem seu tempo...
Se o passado é só o que você possui no momento
Não perca as esperanças
Aceite
Experimente
E tente...
Começar o novo realmente não é fácil
E comparar o começo de algo
Com o auge de outro
É no mínimo crueldade.
Lembre-se que até o maior dos amores
Não começou de um dia para o outro
Ele foi construído da incoerência de um oi
Da inocência de um olhar...
Aceite!
Não é só porque o ideal ainda não apareceu
Que você precisa passar a vida inteira
Contentando-se com o que há tempos
Já cansou de ser mais ou menos...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Brega

Hoje
Seria até engraçado
Usar o nosso vocabulário
Cheio de frases melosas
Apelidos bregas
E brincadeiras que ninguém mais entenderia.
Afinal
A gente já nem ta mais junto
E a separação foi tão dolorosa
Que o tempo fez eu ficar com vergonha das coisas que eu te dizia
Como se fosse um erro
Ter me entregado daquele jeito
Ficar tão apaixonado...
Daí
(Talvez por culpa ou por raiva)
Por muito tempo
Cheguei achar
Que o amor
E a paixão eram bregas.
Que o jeito que cada um olha
Brinca
Ou chama aquele que ama
Eram irritantes
Fossem uma verdadeira palhaçada.
Mas na verdade não...
Talvez só agora
Lembrando de tudo
Que percebo que eu
Ou nós
Já éramos bregas por natureza
Assim como todo mundo.
E o amor
No fundo
Só deixou com que a gente
Perdesse esse filtro irracional de se importar
Com o que os outros iriam pensar.
Já podíamos ser nós mesmos...
Afinal
Naquele momento
Depois de tanto amor
O que mais importava na vida
Além do que sentíamos um pelo outro?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tá Tudo Bem

Eu já fui seu ”Mala”
Hoje a gente nem se fala
Mas ta tudo certo...
Já namoramos na sala
Já fomos em baile de gala
Agora não me quer perto...
Eu já fui seu amor
Hoje não tenho valor
Dizem que isso faz parte
Já falei da minha dor.
Dividimos um cobertor
Não aceito que me descarte...
Hoje você nem lembra
Dos fins de semana na fazenda
Mas eu guardei com carinho as fotos.
Um dia já fiz uma falta tremenda
Hoje sou o passado na sua agenda
Que infelizmente nem anoto.
O filho que um dia teríamos teve até nome
Resolvemos a ordem dos sobrenomes
Mas no fundo você nunca quis...
A menina continuou sendo só um pronome
Afinal só combinamos o nome do homem
Por ser filha da gente, ela seria feliz...
Mas já fomos felizes gritando: "Mengo"
Hoje não te faço nem dengo
Ainda tem graça torcer?
Putz...Agora me dei conta que já é Novembro
E de nós dois eu ainda lembro
Mas tudo bem, quem perdeu foi você...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Uma Tal de Saudade

Tem dores que são feitas apenas pra sofrer
Não servem mais pra nada
Nem como aprendizado.
E das dores
Talvez a mais cruel
Seja a saudade...
Porque talvez diferentemente das outras
Ela torna se tangível
Em tudo que é possível.
E com isso
A saudade é capaz de ser vista
Em forma de:
Foto
Filme
Ou música
Pessoa
Palavra
Ou lugar
Uma espécie de “Quem Sou Eu”
Que eu nunca quis jogar...
Como se em um domingo qualquer
Fossemos capazes de ir a um jogo de futebol
De mãos dadas com a saudade
Vestindo a blusa da saudade
E torcendo para um gol da saudade
Tudo ao mesmo tempo.
E o pior!
Certas dores
Tipo uma tal de saudade
São tão fortes e cruéis
Que não servem pra mais nada
Além de fazer sofrer e deixar agonizado.
São tão ruins
Que nem pra matar servem...

Entenda Que Sou Assim

Não é porque eu não ligo
Que eu não queira falar
Não é porque eu não choro
Que eu não sinta tristeza
Não é porque eu não procuro
Que eu não sinta falta
Não é porque eu sorrio
Que eu esteja feliz
Não é porque eu saio
Que eu não queira ficar
Não é porque fico quieto
Que eu não queira dizer
Não é porque sou nem aí
Que eu não morra de saudade
Não é porque pareço frio
Que eu não esteja desesperado
Não é porque eu não reclamo
Que eu não sinta dor
Não é porque fico calado
Que eu não queira gritar por aí
Não é porque está sol
Que meu dia não pode estar sendo cinza
Não é porque eu não reclamo
Que eu não esteja decepcionado
Não é porque não me viu
Que eu não procurei
Não é porque pareço bem
Que eu não esteja sofrendo
Não é porque eu estou vivo por fora
Que eu não posso estar morrendo por dentro...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Menos Que Palavras

Não sei muito bem "por que"
Temos a necessidade de ouvir certas coisas.
Com tantas atitudes
Dicas
Deixas
Insinuações
Enfim...
Um festival de entrelinhas...
Mesmo assim
Em certos casos a gente exige uma resposta:
“Eu quero ouvir isso da boca dele”
“Quero ver falar isso olhando dos meus olhos”
Como se o fato
De em determinado momento
A fala não ser uma cópia fiel de suas atitudes
Fosse mudar o fato de ela realmente achar ou sentir aquilo.
Como se nesse caso
Contrariando o maior dos clichês
As palavras valessem mais que as atitudes...
Certas coisas não precisam ser ditas
Elas falam por si só...
Tem gente que diz praticamente tudo com o silêncio
E mesmo assim a gente continua nessa sede de ouvir palavras...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Quando Eu Digo Não é Não...

Quando eu digo não é não.
Não ligo
Não procuro
Não dou atenção.
Quando eu digo não é não.
Não fico
Não aturo
Não abro exceção.
Quando eu digo não é não.
Não chamo
Não conto
Não caio em tentação.
Quando eu digo não é não
Não amo
Não do desconto
Não escuto o coração.
Quando eu digo não é não.
Não choro
Não volto
Não mudo a decisão.
Quando eu digo não é não
Não adoro
Não me solto.
Não tenho educação.
Quando eu digo não é não.
Não sinto saudade
Não fico afim
Não pego a sua mão.
Quando eu digo não é não.
E mesmo que eu morra de vontade
Que queira dizer sim
Entenda de uma vez por todas que quando eu digo não... É não!

Tô Fora

Acho engraçado
O tempo que a gente perde
Achando que o que sentimos por outro é recíproco.
Que é só porque nesse exato momento estamos pensando em alguém
Quer dizer que esse alguém também em algum momento pensou em nós.
Que é só porque o coração vai a mil só de ver
Que o da pessoa no mínimo foi a cem...
Não...
Doce ilusão
Achar que os sentimentos têm de ser correspondidos.
Sentimentos não são interesseiros
Eles precisam ser cativados
Mas normalmente não pedem nada em troca.
Talvez por isso a gente se engane
Com essa teoria conspiratória que o lado de lá sente igual.
Nesse desconstrutivismo de atitudes
Se pegando nos detalhes mais aleatórios
Como se esse fosse o nosso pagamento
A nossa justificativa pra continuar a sentir.
Agora pensando no outro lado da coisa.
Imagina que cruel
Seria eu ter a obrigação de sentir algo por todo mundo que também sente por mim
E assim
Viver meio que nessa obrigação
De ter de sentir algo de volta
Por todo ser carente
Que um dia
Seja lá por que motivo foi
Se encantou com meu sorriso.
E ter que viver em um mundo digno de Disney
Feito de pares certos e escolhas eternas
"Até que a morte nos separe..."
Tudo bem que só assim
Eu nunca mais iria sentir o vazio que é o de amar sozinho.
Mas eu ter que por isso
Perder o gostinho de um dia olhar pra alguém
E falar: "To com outra pessoa..."
Ah não, não vale...
Se for assim
Prefiro por hora
Continuar me magoando...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um Dia

Então
Ta tudo aí
Roupas
Sapatos
Retratos
O disco do Legião
Pode conferir.
Olha tudo agora
Aproveita
Demora
Que to com tempo.
Não quero ter que voltar
Na porra desse apartamento.
O cachorro
Meu amigo
Fica comigo
Nem tenta
Negociar.
Nunca vi você fazer um carinho
Nem mesmo
Levar pra passear.
Esse relógio eu levo
Com tudo que é meu.
A geladeira fica pra você
Afinal foi o seu pai que deu.
Agora não sei porque
Ta insistindo tanto
Em ficar com esse fogão.
Vai me deixar sem comida?
Não bastar eu ter que dormir no chão?
Você come aqueles congelados
Que sua mãe sempre mandou
O fogão sempre eu que usava
Você nunca cozinhou
Enfim...
Nossas pendências
Nem precisa do advogado.
Depois de tanta convivência
Podemos pelo menos ser educados.
Dividindo
Nessas caixas velhas
A nossa história.
Cadê a galera da mudança
Já ta passando da hora.
Também queria que te pedir
Antes de aparecer com alguém
Vê se me preserva um pouco
Deixa eu ficar bem.
Apesar de não ter dado certo
O que a gente passou
Foi muito bonito.
Até porque pra ser marcante
Não precisava ser infinito.
Mas sei lá
Não dá mais....
O chato nisso tudo
É eu ter que colocar umas caixas
Na casa dos pais.
O ap novo que eu arrumei
É Muito pequeno
Ta foda de grana
To precisando de um aumento
O dinheiro mal da pra semana.
Mas sei que é uma fase
E isso vai passar.
Você me conhece
Eu to caído
Mas eu vou levantar.
E um dia venho aqui
Colocar a conversa em dia
E fazer a velha e boa massa.
Sei que vamos rir de tudo
Mas ainda não acho graça.
Quem sabe só aí
Depois de um tempo longe
Você perceba meu valor
E com o jeito meigo
Se insunue pra voltar
E eu enfim
Fale que passou...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ah Tá

Esse peito não é seu
Você comprou!
Essa barriga não é sua
Você pagou!
Esses cílios não são seus
Você encomendou!
Esse cabelo não é seu
Você alisou!
Tudo que tem na vida
Teve que fabricar!
O que te faltou
Teve que comprar!
Será que consegue olhar no espelho
E ainda se enxergar?
Ainda tem a cara de pau de me chamar de falso?
...
...
Ah tá...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Disfarço Bem

Eu quero que siga sua vida
Pra eu não te enxergar quando olhar pra trás.
Quero que acabe com as minhas recaídas
Gritando na minha cara que não quer mais.
Eu quero que seja fria
E assuma que nunca houve amor entre a gente.
Eu quero tirar essa roupa de nostalgia
E passar a me vestir de presente.
Eu quero que tenha uma paz fenomenal
E o que sobrar, por favor passe pra mim.
Eu quero que organize nosso funeral
E que enfim Deus decrete que foi o fim.
Eu quero que se complete toda
Que um dia realmente encontre alguém.
(Mas cá entre nós, eu quero mesmo é que você se foda)
Mas eu finjo pros outros que quero seu bem...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Bem Que Você Podia

Bem que você podia me fazer uma surpresa
E acabar com essa tristeza
Que pelo visto é só minha.
Bem que você podia me dar a certeza
De que no fundo ainda é minha princesa
E que sumiu de “brincadeirinha”.
Bem que você podia dizer que ainda pensa
Que sente uma saudade imensa
Mas que em breve ta de volta.
Bem que você podia causar uma desavença
E sem ao menos pedir licença
Simplesmente aparecer em minha porta.
Bem que você podia fazer uma declaração
Tanto faz se for no jornal, na televisão
Ou em uma barraca de feira.
Bem que você podia me mandar um cartão
De preferência escrito a mão
Pra coisa parecer mais verdadeira.
Bem que você podia ao menos pegar o telefone
Dizer que sempre fui o seu homem
E terminar com um “me espera”
Bem que você podia me gritar pelo nome
E me implorar: “Porra não some”
Ou ao menos voltar a ser o que era...