terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dilma Não...

Época de eleição chegando aí e a pergunta que não quer calar: Em quem votarás?
Nunca gostei de discutir política, até porque nunca tive muito interesse e conhecimento da causa só que dessa vez tentarei me prontificar.
Tenho acompanhado mesmo que timidamente algumas pesquisas e percebo que a candidata do PT Dilma cada vez mais vem subindo já apontando uma vitória de maneira esmagadora no primeiro turno das eleições.
O que muito me assusta é a fragilidade do povo brasileiro na escolha de seus representantes, pois a gente tem visto por aí muito se falar em candidatos bizarros que vão acabar vencendo como o Tiririca e outros famosos, porém algo que muitos não comentam é que a vitória da Dilma também é uma bizarrice.
Salvo as devidas proporções a vitória da Dilma é tão estranha como a vitória do Tiririca, pois ele será um entre tantos Deputados eleitos, e ela? Comandará todo um país... Será?
O que muito me incomoda nesse caso da Dilma, não é a pessoa em si, até porque a carreira política dela é sem expressividade nenhuma, mas sim por ela ter sido inventada, por ter sido colocada na disputa para garantir o PT (sim, estamos vivendo uma ditadura de esquerda) no poder e assim garantir a todos que são do alto escalão desse partido as mesmas regalias que estão tendo a 8 anos.
Antes de 2002 era muito comum ver aqueles malas estudantes de Filosofia, Ciências Sociais e afins com camisas e broches do PT achando que eles seriam a solução de um pais melhor... Oito anos depois, o que mudou? Cadê a galera do broche? Desistiu ou também foram corrompidos?
O país teve sim a sua evolução, mas qualquer "asno" sabe ou pode enxergar que o Lula não teve nada com isso. Alias, o que pode-se ver nesses anos foi um Lula totalmente inserido e “contaminado” por um poder que ele tanto criticou nos seus longos tempos de proletariado. Um Lula que viajou demais como seu antecessor FHC, um Lula totalmente sem educação quando questionado sobre algo que não o agradava, que se envolvia em assuntos não pertinentes a ele e totalmente obcecado pelo poder tornando o seu governo ou melhor o seu partido, pois agora os dois parecem ser a mesma coisa transformando-o em um líder Fascista como Mussolini...
Mas gosto e visão, é bem peculiar e não estou julgando isso, porém para quem gosta do Lula bem, mas quem disse que a Dilma é a garantia que as obras do Lula consistentes(se é que realmente existem, pois bolsa família não conta) vão seguir. O que o povo não entendeu é que o crescimento econômico brasileiro já vem desde Itamar Franco, passando pelos dois mandatos do FHC e chegando ao Lula, e não surgiu desde agora como o PT tanto afirma e que essas histórias um tanto quanto estranhas envolvendo o partido e tudo mais, não é intriga da oposição, eles realmente acontecem!
Enfim, acho de tamanho mau gosto essa vitória da Dilma (que será inevitável) e se tivesse o poder faria algo para mudar isso, mas não tenho e apenas lamento que enquanto a nossa carga tributária é uma das maiores do mundo, enquanto nossa saúde pública é precária assim como nossa segurança,transporte público, educação e emprego são todos uma merda o PT mesmo sem fazer nada significativo para a nossa nação e com inúmeros escândalos de todos os tipos, cores e tamanhos, sem precedentes até então envolvendo os seus filiados continuará fazendo o que quer, continuará no poder colocando apenas um fantoche de cabeça grande (e antipática que nem o Duda Mendonça daria jeito) para nos representar perante ao mundo.... E ainda queremos ser levados a sério?? Acho que votando no Tiririca teríamos mais sucesso....

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Stestí

A busca pela felicidade
Aonde encontrar?
Em tudo!
Ou em nada...
Quem sabe?
A felicidade é um momento
Não um estado.
Pode ser um sorriso que se dá
Ou um que se nega só pra fazer charme
Uma música que toca
Uma festa que se vai
Um trabalho que se termina
E um amor que começa.
A felicidade não é um tesouro escondido
Que tem que cavar muito para achar
Não é universal
Nem única
Cada um acha onde quer
Se quiser.
Nem sempre precisa ser de só de coisas boas
Como nos filmes
Sim, vamos ser honestos
A felicidade pode ser egoísta
De só a ter pra você
Pode ser vingativa
De se vingar de quem tanto te fez mal.
Pode ser invejosa
Querendo viver a felicidade alheia.
Pode ser de tanta coisa!
A felicidade é fazer o que te faz bem
É abrir mão de coisas agora pra ganhar depois
É passar longos meses infelizes
Para assim dar valor a uma conquista.
É ficar sem dormir estudando
É ficar sem comer trabalhando
É ver todo mundo sair e você, por qualquer motivo não
É ter uma segunda chance, mesmo sem merecer nem a primeira
É conhecer alguém especial
É aprender a viver bem com você mesmo
É lembrar
É saber esquecer
É realizar um sonho
E descobrir outro completamente novo
É ter uma ajuda de onde menos se espera
É provar que alguém estava errado sobre você
É dar orgulho para quem nunca saiu ao seu lado
É reatar as pazes com alguém que você gosta
É saber ajudar quem precisa
É saber seguir sem arrependimentos
Se orgulhar de suas escolhas erradas
É ter forças pra seguir
Encarar tudo como “aprendizado”
É ter um time que ganha
E ter alguém pra dividir a vitória
É acordar com motivo
E dormir já doido para acordar
Ser feliz é não ter regras...
Porque não existe regra pra felicidade
E sabe-se dela
Que apesar do que dizem
A felicidade é sim
Um bem pleno
E altruísta
Sem preconceito algum
Que não julga ninguém
E que deixa até quem nunca a conheceu
Encontra - lá
Mesmo que apenas
Por um só momento
Que dali por diante
Será eterno...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Coitada

Se eu não vou para onde você foi
Não quer dizer que eu seja pior
Se eu não tenho os mesmos valores que você
Não quer dizer que você seja melhor

Se eu gosto de dinheiro
Não quer dizer eu que seja ruim
Se você não gosta dele
Dá o seu todo pra mim

Digo que a vida pra mim não é bela
Isso eu posso assumir
Pelo menos eu sigo em frete
Você não vai me ver desistir

E mudar de idéia como quem muda de roupa
Uma hora querer e depois não querer mais
Tudo que busca é fugir de você
Só assim, acha que terá paz

E pisando em todo mundo
Só importando suas vontades
No fundo nem gosta de ninguém
Vive aventuras só por vaidade

E faz com quem não merece
Nem estou me fazendo de coitado
Mas você sabe que errou
Eu não merecia ser enganado

Depois de tudo que fui
Tudo que não merecia era uma ferida
Se você no fundo não queria nada
Me deixava quieto na minha vida

Não me levava pra sua vazia
Procurando motivos para continuar
Ainda diz que eu sou incostante
Quem é você pra me julgar?

Quem é você pra me dar conselho
Sobre procurar a felicidade?
Ta com um cara que no fundo não gosta
Porque ele te dá comodidade

E não sei porque ainda me importo
Já que eu nunca fui assim
Quer saber então a verdade?
Foda-se o que você pensa de mim

Almost´s King

Mesmo tendo nascido no dia do “mais ou menos”
Certas coisas gosto bem feitas
Até demais...
Esse talvez seja um problema
De por qualquer besteira que aconteça
Pra mim parece sempre que é mais

Acho que é pessoal
Que eu fui errado
E falhei
Mesmo sem ter feito nada
Sem ter sido o culpado
Penso logo que errei

Porque sempre que chego perto
Acho que conseguirei
Mas na realidade, não consigo não
Quem sabe essa é minha sina
De nunca conseguir as coisas
E estar andando na contramão

Como um Step
Sentindo-me a segunda opção de fruta
Em uma compra feita na feira
Às vezes me animo
Vendo por um lado positivo
Que ser a segunda é melhor que ser a terceira

Mas coisas só mudam de figura
Elas vem acontecendo
E por mais que o tempo passe
Acho que nunca saberei
Se eu que me cobro demais
Ou realmente sou o Rei do Quase

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O filho perdido

Raimundo dos Santos. Está aí um brasileiro legítimo! Batalhador; desde novo foi obrigado a trabalhar e ajudar a família em casa. Mais uma história típica, dentre tantas do nosso Nordeste Brasileiro.
Não tinha muita coisa, mas considerava seu nome e sua palavra dois dos maiores bens que poderia possuir, por isso fazia de tudo para não desonrá-los, fato esse que muita gente aproveitava. Devido a sua inocência e certa fixação pelo seu nome e palavra, pessoas se aproveitavam para tirar coisas no nome de Raimundo e não pagar, sabendo que o mesmo pagaria para não ter seu nome sujo, ou até mesmo lhe pedindo coisas difíceis, em momentos que Raimundo não saberia dizer não.
Foi em um desses momentos que Adalberto, um senhor bem velho, vizinho de anos de Raimundo, já na sua cama em fase terminal, pediu que chamasse Raimundo, e o mesmo o foi, com a mesma boa vontade de todos aqueles anos. Ele foi e escutou o que Adalberto tinha pra dizer. Segurando uma carta em sua mão, ele disse:
- Raimundo... Há tempos atrás eu e Maria, que Deus a tenha, entregamos um jovem menino para uma família rica de São Paulo. Ela já se foi, agora eu to indo... E não queria ir assim, sem contar para ele, porque nós fizemos isso... E não confio em mais ninguém para isso, você entrega isso pra ele?
E Raimundo ainda meio atordoado pergunta:
-Eu, seu Adalberto?
-Sim, você Raimundo... Não confiaria isso a mais ninguém, você me promete?
E Raimundo sem saber o que fazer nem como o fazer, enfia uma faca em si mesmo e diz:
-Sim, eu prometo.
Como em um filme ou final de novela da Globo, Adalberto sorri, vira para o lado e ali obtém a paz eterna...
Raimundo ficou durante alguns minutos estático, pensando no que acabara de lhe acontecer, até que olha para Adalberto, vai para a casa e perante sua mulher e seus dois filhos, diz:
- To indo pra São Paulo.
Assustada, sua mulher diz:
-Tá maluco, homi? Vai fazer o que lá? Endoidou, foi?
Sabendo que não poderia falar a verdade, pois ela não o apoiaria, ele disse:
-Quero dar uma vida melhor pra você.
E do mesmo jeito que entrou, saiu com sua mochila rumo à rodoviária, saindo do Nordeste para a grande capital, deixando o trabalho do campo pelo sonho de uma vida melhor. Era isso o que ele dizia para todos.
Chegando a São Paulo, com fome e pouco dinheiro, ele sabia que não seria fácil a sua missão, já que ele só tinha um nome: Dalton. Esse era o nome do menino que agora já teria mais que sua idade e até conseguir essa façanha, teria que se sustentar e ainda mandar um pouco de dinheiro para casa.
Finalmente, depois de dias dormindo ao relento e se alimentando de restos, ele encontra um emprego em um restaurante no qual ele trabalharia com a limpeza e carregamento de materiais, descarregando caminhão e coisas do tipo. Tudo estava indo bem, ele tinha conseguido alugar um quartinho barato em uma pensão, comia algumas coisas no restaurante e tinha tido grandes avanços na procura de Dalton, o filho perdido de Adalberto, porém tinha um problema: seu patrão, o senhor Silveira...
Era insuportável. Sempre que podia, ele gritava com Raimundo, chamando-o de ‘nordestino’ (mesmo tendo alguns traços também) e sempre que podia o ameaçava e a todos os funcionários de qualquer maneira. Uma pessoa totalmente insuportável, que ele e todos os outros eram obrigados a aceitar assim mesmo.
A humilhação sofrida era demais, apelidos pejorativos, brincadeiras desnecessárias entre outras coisas eram constantes. Raimundo só aceitava aquilo porque estava perto, e como um detetive uma espécie de Macgayver dos novos tempos, ele conhece o endereço de Dalton e assim que sai do trabalho, vai para lá cumprir sua missão.
Ele encontra o endereço, pergunta a porteiro pelo morador e o mesmo diz que Dalton ainda não chegou, então ele decide esperar. Espera por horas, mas espera feliz, sabendo que vai cumprir sua promessa, até que um carro bonito e importado vem de longe e o porteiro diz:
- Está aí, está chegando quem você procura...
Raimundo se levanta, se ajeita e espera pelo encontro, até que ainda de longe, ele vê quem é o morador... O morador é o Silveira. Dalton tinha sido adotado por pais ricos, Os Silveira, donos de inúmeras cadeias de restaurante e aquele que ele tanto procurava, era um dos que mais odiava.
Naquele momento, sem ser visto, Raimundo corre sem que o porteiro entenda nada e, meio ofegante, vai falando sozinho:
-Não pode ser, não pode ser... Não pode ser , não pode ser...
E vai para o seu quarto deitar.
No dia seguinte, logo que encontra Silveira, ou melhor, Dalton, ele decide entregar e acabar logo com aquilo, mas muda de idéia quando o mesmo o diz:
- Ta me olhando assim por que seu abestado? Vai trabalhar, porra.
Essa rotina de dizer ou não, acompanha Raimundo por dias, pois de um lado ele tinha a promessa, do outro tinha Dalton, ou Silveira, que não merecia saber de nada e provavelmente nem iria querer saber... Ele não sabia mais como agir.
Até que um dia, enquanto carregava nas costas uma caixa, acaba pisando no pé de Silveira sem querer, que diz:
-Olha por onde anda seu idiota
Nesse momento, Raimundo explode, um filme passa em sua cabeça de tudo que viveu até ali. Ele olha para Silveira, saca rapidamente a carta do bolso e diz:
-Toma aqui senhor, para limpar seu sapato...
E Segue, sem olhar para trás, sabendo que tirou um peso das costas e mesmo, que de sua maneira, a carta foi entregue, sim, a Dalton

Amores Inventados

O grande problema dos amores inventados, é que geralmente... Só um lado inventa...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O que uma noite de sonho não faz...

Achei uma foto que não devia
Nela eu ainda era feliz
Tempos que não voltam mais
Ultimamente descobri coisas que não queria
Coisas que infelizmente eu fiz
“O triste” é não poder voltar atrás

Pra mudar aquele momento
Fazer uma viagem “do nada”
Provar que era sim especial
Não viveria nesse lamento
Não teria tanta mágoa
Nem me sentiria tão mal

Queria ainda te ver
E mesmo que discreto
De longe olhar seu sorriso
Nos sonhos vejo você
Falo tudo que quero
E quanto mais falo, de mais eu preciso

Pra falar da saudade que sinto
De você se preocupando comigo
Pedindo-me pra trocar de blusa e levar um casaco também
Queria te contar que na verdade eu minto
Quando digo dos meus novos amigos
E do quanto estou bem.

Queria comentar sobre a minha saúde
Que evito tudo novamente
E dessa vez, pretendo continuar assim
Fico puto, sabendo que fiz o melhor que pude
Mas tu não sai da minha mente
E você? Ainda pensa em mim?

Não sei o que andam dizendo
Mas de você não pergunto pra ninguém
Afinal, você pode escolher a vida que quis...
Mas dos meus planos você também não ta sabendo
Já deu meu apelido pra alguém?
Finalmente você é feliz?

Se não é... Nem desiste
Lembra que ainda to aqui pra te amar
Ainda temos tempo pra viver
Tudo é triste
Que mesmo sem tempo até pra chorar
Sempre arrumo um pra pensar em você

Resolvi parar de esquecer
Pois descobrir que querer te matar dentro de mim
É quase me fazer de morto
Por isso nem ligo em te dizer
Que em cada dia que tenho acordado sem você assim
Eu to morrendo aos poucos...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Maldade

Lazaro era um cidadão comum morador de uma periferia do Rio de Janeiro e como tantos, drobava um “bocado” para sobreviver.
Lazinho como era conhecido, muito divertido, cheio de amigos, sempre bricalhão, porém... Sem muita sorte.
Depois de ser demitido do seu último emprego como carregador, Lazinho que morava com sua mãe, padrasto, avó e dois irmãos mais novos, era quem ajudava em grande parte na conta de casa.
A situação ficou ainda mais triste para Lazinho em um dia que cortaram sua luz por falta de pagamento, ela não achava sua carteira de trabalho, a água da sua casa tinha acabado e uma briga o fez brigar com sua namorada. De saco cheio daquela situação, resolveu procurar uma ajuda do “Além”
Lazinho, na busca por respostas rápidas e certas foi procurar Mãe Calu, como era conhecida a Dona Maria do Carmo, uma mãe de Santo que tinha um terreiro em sua rua. Chegando lá ela disse:
- Lazinho, quanto tempo
- É né mãe... Tudo bem com a senhora?
- Sim meu filho, Oxalá me abençoa sempre, e você? Como está?
- Ah, mãe... Ta tudo dando tão errado, to sem sorte... Uma merda...
- Ih, meu filho... Vamos perguntar isso aos Búzios, eles não mentem
Nesse momento Mãe Kalu jogou os Búzios e disse:
- Olha meu filho... Os Búzios estão meio furiosos com você e estão dizendo que você tem que fazer um sacrifício...
-Sacrifício? Que tipo?
-Ah... Eles não dizem, mas faz uma maldadizinha boba... Que acho que vai melhorar
-Maldade Mãe?
-É... Mas nada muito grande não
Lazinho saiu do centro mais atordoado do que quando e resolveu dar uma volta para espairecer a cabeça. Decidiu ir ao centro, mas dessa vez ao centro da cidade e como não tinha dinheiro de passagem resolveu dar o velho e bom “calote” no ônibus.
Como já esperado, a maré não estava mesmo boa para Lazinho, já que o cobrador era um grande desafeto seu e ele teve que descer no ponto final bem longe de ondele esperava ir, pois só lá alguém abriu a porta traseira do ônibus. Aquele estava realmente sendo um dia bem difícil.
Enquanto andava na passarela para pegar um ônibus de volta, Lazinho pensa no que a Mãe Kalu te disse, avista um vendedor de Chumbinho que vendia seu produto na Praça da Matriz (uma praça que fica em baixo do viaduto sobre o qual ele passava) e resolve tentar, pois no momento opção melhor não tinha. Na hora em que decide tentar, Lazinho pega uma pedra que encontra no chão e taca em direção ao vendedor de Chumbinho. Ele nem espera para ver onde pega a pedra, só percebe que surge um tumulto e sai correndo em direção ao ponto.
Ainda um pouco afoito pela corrida, Lazinho percebe que sua sorte começa a mudar quando vê que agora o cobrador do ônibus que chega é seu amigo e o deixa passar. No caminho para casa, vai pensando no que fez... Mas como ele mesmo disse em voz alta:
- Já fiz ta feito. E tenta cochilar...
Ele chega em casa e percebe que sim, a sua sorte mudou... A luz assim como o problema de falta d’água tinham sido resolvidos, a sua carteira de trabalho tinha sido achada e sua namorada o estava esperando na sala para fazer as pazes. Sim, tinha tudo dado certo.
Ele quer sair para comemorar dessa vez, e pede para sua namorada aguardar um pouco enquanto ele aproveita a volta de luz e água para tomar um banho.
Enquanto está cantando e contente no chuveiro ele escuta a voz do seu amigo Thómas gritando no portão de maneira repetitiva e rápida
-Lazinho, Lazinho, Lazinho.
-Lazinho, Lazinho, Lazinho
O mesmo, preocupado sai de toalha ao encontro do amigo e diz;
- Que foi Mané?
Thomás suado e meio que gaguejando diz
-Lazinho, tacaram uma pedra na sua mãe lá na Praça da Matriz. Vem comigo, coloca uma roupa que o cara do Chumbinho viu quem foi e a gente vai pegar ele na porrada.

Medley quadrinhos e afins

Quando quero amar
Idealizo-te como a única
Que queria todo dia
Penso em você como tal
Como a perfeita
Minha Mulher Maravilha
Mas lembro de tudo
Lembro do que não é
Do que não tenho mais
E do mesmo jeito que veio
Do mesmo jeito que foi
Como um The Flash você se vai
Dominando meu sonho
Minha mente
Me vidrando em você
Como o Vingador, ou um daqueles vilões clássicos
Talvez um dos mais malvados
Não deixa eu te esquecer
E sofro
De um jeito sombrio
Que só o Batman entenderia
Logo eu?
Que mesmo sem escalar parades como o Homem Aranha
Por você, praticamente tudo faria
Mas você não me deixa
E como um Super Homem com Criptonita
Eu fico totalmente inutilizado
Será mesmo
Que era tudo pra ser assim
Ou nosso final feliz foi arrancado?
E me deixa assim
Querendo ser um Aquaman com uma roupa impermeável
Para que meu choro não a molhe
Pois quando quero te ver
Tudo é tão complicado, tudo é tão difícil
Que pra mim você está mais para Wally

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O dom de recomeçar

Na vida sempre esbarramos com um novo começo, o velho e tão falado nos texto de auto-ajuda... Recomeço
Normalmente o recomeço vem acompanhado de uma idéia de desafio, pois você recomeçar algo seja lá o que for, ou seja lá onde parou, ou porque acabou, não é fácil.
Sempre que vamos recomeçar algo nos deparamos com aquele sentimento de Déjà vu, de que já vimos aquilo tudo e não vamos passar por tudo de novo. Já antecipamos problemas, enxergamos barreiras e só lembramos de dificuldades. Dá até preguiça de pensar...
Mas e quando o recomeço é obrigatório? E Quando não temos como escolher se vamos recomeçar ou não? Quando nos vemos em uma situação de que a vida continua, sem se importar se você ainda tem força ou não e ou você vai com ela e recomeça ou você para e ela passa por cima de você.
Mas é aí que ta... Às vezes estamos tão preocupados com o passado, com aquela velha lembrança do que já foi ruim que não percebemos que cada recomeço tem uma peculiaridade, tem algo novo, um novo detalhe, nada é exatamente como foi.
Em um novo começo, você normalmente é uma nova pessoa, pois durante esse período que o fez recomeçar, você aprendeu bastante coisa, você conheceu bastante gente ou teve que esquecer outras...
Reclamamos tanto e evitamos ter um recomeço em nossas vidas sim. Mas por que não vemos por outra perspectiva? Por que não pensamos que o recomeço é uma dádiva ao invés de algo ruim? Vamos tentar imaginar como seria cruel se não tivéssemos esse benefício, se não tivéssemos o direito de recomeçar, se cada decisão ou acontecimento em nossas vidas por mais simples que seja fosse eterno e teríamos que viver com ele pelo resto da vida. Teríamos que sempre estudar a mesma coisa? Andar com as mesmas pessoas? Trabalhar sempre no mesmo lugar, mesmo que insatisfeito? Estar em um relacionamento infeliz? Amar alguém que já não te ama pelo resto da vida? Continuar sendo sempre o mesmo de sempre, simplesmente porque começou assim e assim terá que ser?
Pois bem, não tem que ser assim, a vida sempre dá a chance de um novo recomeço para todo mundo, pois mais doloroso e cansativo que seja, lembranças ficam para trás, mas não são esquecidas, assim como pessoas e atitudes... Somente é preciso recomeçar. Por isso, ao invés de pedir para que tudo dessa vez dê certo, prefiro pedir forças para conseguir recomeçar sempre que for preciso...

Bombeiro

O sonho de Antônio Lucas era entrar para o corpo de bombeiros, desde criança, ainda bem menino quando perguntavam o que queria ser quando crescesse essa era a resposta. Carrinhos, roupas, aparatos, enfim... Tudo na vida de Antônio era sobre bombeiros, até em inúmeras festas de aniversário, esse foi o tema. O tempo foi passando e essa tendência foi aumentando cada vez mais.
Filho único, depois do falecimento do seu pai, Antônio se viu obrigado a tomar a frente da família que nesse momento se reduzia apenas a sua mãe, e decidiu que agora sim faria tudo para realizar o seu grande sonho: O de ser um Bombeiro, o melhor de todos.
Antônio sempre imaginou que seria Bombeiro, sem nunca pensar no caminho árduo que teria que seguir para realizar o seu sonho. Provas, testes físicos e um batalhão de exames estariam entre ele e o seu sonho. Agora sim, vinha a realidade.
Depois de inúmeros cursos, treinamentos e dietas rigorosas, Antônio a cada ano que passava não entrava por algum motivo ao Corpo de Bombeiros. Alguma vez era uma classificação que não vinha, uns dois pontos que faltaram, até a gota d’água que foi quando todo o resto deu certo, mas ficou pelo exame de vista. Aquilo sim era o fim de um sonho.
Como um amor que o trai, Antônio se sentiu traído pelo Bombeiros que não o aceitou, logo ele que seria em sua visão, o funcionário mais dedicado de todos, o combatente mais corajoso, e jurou, pela alma do seu pai vingança... Só não sabia como... Mas sabia que aconteceria, que um dia quem o rejeitou ainda precisaria dele, ah sim, eles precisariam...
O tempo foi passando, e Antônio seguindo sua vida. Como era de se esperar conseguiu um emprego em uma loja e continuou vivendo e mantendo o plano de cuidar de sua mãe, até que um dia... O Corpo de Bombeiros cruza novamente o caminho de Antônio.
Em um dia que Antônio estava de folga dormindo em sua casa juntamente com sua mãe, uma fiação mal feita acaba por colocar fogo em seu apartamento e infelizmente os dois só percebem quando o Bombeiros já estavam cuidando e tentando apagar o fogo de todo prédio que agora está em chamas. Antônio que tinha um sono bem pesado acorda assustado e percebe que sua mãe também está dormindo, Olha para janela enquanto um Bombeiro diz:
-Saia enquanto é tempo, tem mais alguém aí com você?
-Sim, minha mãe
-Então a traga com você.
Antônio fica estático, o tempo para, ele não sabe bem o que faz... Mas faz...
E nesse momento se vê Antônio saindo do prédio, meio que correndo e tossindo da fumaça... Porém, sozinho.
Sim... Sua mãe infelizmente faleceu, pois ficou no apartamento que agora já foi tomado pelo fogo, e Antônio, esse sim ficou vivo e feliz, pois perdeu sua mãe, mas se sentia bem ao cumprir sua promessa de se vingar dos Bombeiros não os ajudando e deixando sua mãe lá pra morrer...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Diário de um fã

Jorge Ignácio era um adolescente como outro qualquer de sua idade. Adorava curtir, sair com os amigos, não dava muita bola para os estudos e era fã, muito fã de um cantor famoso.
O cantor em questão era Roberto Farias, um artista jovem que com suas canções românticas embalava multidões em seu shows, e com Jorge não era diferente.
Jorge acompanhava Roberto desde o começo da carreira, fundando com seus amigos até um fã clube intitulado Roberto F.F (Farias Forever).
A paixão de Jorge por Roberto, como há de ser uma paixão, ultrapassou todos os limites de sanidade, quando Jorge decide que ser fã apenas não basta, que ele merecia mais pelo tempo que tem dedicado de sua vida a Roberto e decide então que quer conhecer o mesmo pessoalmente, e ouvir uma canção exclusiva para ele.
No começo, amigos e parentes acharam a idéia engraçada e até entraram na brincadeira, porém começaram a dar conselhos para ele “esquecer” essa idéia maluca, depois que percebem que isso foi um pouco além dos limites.
Jorge passou a correr atrás de agenda do cantor, horários de hospedagem de hotel, freqüentar restaurantes, pontes áreas, tudo que pudesse dar uma dica de onde estaria Roberto... Porém nada acontece.
Jorge vai ficando cada vez mais interessado nesse encontro, e como uma obsessão que não se sacia, passa a dedicar o seu tempo integralmente a isso. Nessa altura do campeonato, têm faltado às aulas, está distante dos amigos, tem integralmente sua vida voltada ao plano de encontrá-lo e ouvir uma canção só para ele.
Até que uma chance pra Jorge aparece, Roberto está ali, na sua cidade, próximo dele para fazer um super show para milhares de pessoas, Jorge sabe que aquela é a sua chance e não quer desperdiçar. Ele mapeia tudo, mapeia todos os passos de Roberto tentando achar um brecha, descobre o hotel que ele vai ficar, porém não o vê. Vai à porta da rádio que ele daria entrevista, porém o mesmo não aparece, fica na porta do restaurante que ele costuma jantar, porém nada de Roberto... Jorge vai para casa desolado.
Mas é noite de show e Jorge mesmo triste, vai ao encontro do seu ídolo com mais uma multidão que o espera. Junto com os outros jovens da sua idade ele vai para porta do show, canta as músicas de Roberto à espera para entrar no evento, até que... O ônibus de Roberto é avistado e a multidão fica ensandecida na busca de uma foto, de um tchau de um aceno qualquer do ídolo.
É um empurra-empurra, é uma briga uma histeria até que o silêncio toma conta do local, tudo para... Uma pessoa é pisoteada, atropelada e acaba falecendo... Era Jorge...
No dia seguinte, vários amigos vão prestar a última homenagem a ele, vestindo camisas do Roberto Farias e cantando suas canções todos saldam Jorge que está de caixão aberto participando de tudo do seu jeito, do jeito que agora é possível. Sua aparência serena e frustrada, dita bem em que condições ele se foi. Até que um silêncio toma conta de novamente, o mesmo silêncio que se despediu de Jorge, agora saúda Roberto que vem dar Adeus ao seu fã desconhecido e como uma forma singela de homenagem canta ali, a capela, um de seus grandes sucessos, especialmente para Jorge. A emoção toma conta de Roberto, e a tristeza dos amigos... Enquanto isso quase se pode ver um esboço de um sorriso ainda que tímido no rosto de Jorge, em saber que seu plano friamente calculado deu certo e sua morte programada, sim, a sua morte programa... Não foi em vão...

Rampa da discórdia

“As curitibanas virão”
Ele disse animado
Preparou-se como sempre
Para perder parte do salário

Entre saídas e almoços
Ele viu tudo, até jogo de basket
Para não ficar por fora da moda
Emprestado queria a internet

Aproveitou o sol como se fosse um príncipe
Mas nunca deixou para trás seu espírito de guia
Sempre arrumava algo pra fazer
Altas horas da noite, ou no raiar do dia

Ele foi pra praia e pro samba
Até o carro no maracanã ele deixou
E quando no domingo caiu a noite
Ele quis curtir a Via Show

No seu trabalho apareceu
De graça quis entrar
Para fazer um agrado com as meninas
Pela rampa ele quis colocar

“Entra por aqui” ele disse
“No nome de quem” perguntaram
“Coloca no do Dudu” ele retrucou
“Aquilo é mesmo um otário”

Entrou pela rampa como se fosse um máximo
Disse pra todo mundo que ali ele que mandava
Esqueceu tudo que já aconteceu com aquela rampa
O amanhã pra ele não importava

Mas o dia seguinte chegou
E o otário da rampa ficou sabendo
Ligou pro financeiro avisando
“Ele agora aqui está devendo”

E assim acabou-se a alegria
Ele apareceu no trabalho pernoitado
No fim das contas as meninas de Curitiba voltaram bem
E meu amigo com salário descontado...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Futuro

Ultimamente a tecnologia tem crescido com uma velocidade espantosa que deixaria até Bolt com inveja. Muitos vão dizer que a tecnologia sempre existiu e cresceu. Sim... Porém dessa vez, algo tem chamado minha atenção: O acesso que ela está tendo em diversas classes da sociedade, inclusive as mais baixas.
A internet hoje em dia virou algo essencial, assim como o celular, a TV e tudo mais. Devido a isso, é muito comum vermos que uma grande parcela da população tem consumido essa tecnologia que está inserida em celulares com internet, MP´s vários números, computadores minúsculos de todos os tipos, se trancando cada vez mais em um mundo em que os mesmos lhe proporcionam.
Se repararmos de um tempo pra cá, ficou ainda maior o número de pessoas que vemos em locais públicos ou no meio de pessoas, mexendo em celulares, com fones nos ouvidos ou preocupados com uma forma virtual de interação.
As redes sociais são um grande exemplo disso, estamos cada vez mais dependentes delas para fazer um contato com as pessoas. Às vezes pessoas que estão próximas, ao nosso lado, ou que uma simples visita ou telefone resolveria, optamos por deixar um “recado” regredindo ou avançando (depende do ponto de vista) em um nível de comunicação sem interação em que falamos somente o necessário e não queremos nos envolver demais, o número de pessoas com quem se relaciona passa a importar muito mais do que o conteúdo da relação. Até o revolucionário Messenger ou Bate Papo tem ficado para trás, prejudicando ainda mais a interação entre pessoas que não tem mais “saco” para esse tipo de conversar. Para deixar isso mais claro, basta pensarmos no número de pessoas que falamos virtualmente, porém não tivemos nenhum contato físico.
O contato virtual, ele é viciante, porque ele é muito mais fácil, nele podemos pensar o que iremos falar como iremos nos portar e acabamos por anular alguns impulsos dos quais somos vítimas e que nos define como seres humanos.
Mas, a falta de contato pessoal, de interações também poderá gerar certa dificuldade de relacionamento de pessoas no campo pessoal e até profissional, pois alguém que não está acostumado com esse tipo de relacionamento terá dificuldades em diversos fatores, principalmente o do pensamento rápido ou do improviso.
Infelizmente, para esse processo não consigo ver um “freio” imediato, mas espero que uma nova geração de pais (inclusive eu em breve) coloque seus filhos para brincarem mais na rua de brincadeiras saudáveis ao invés de ficar jogando PS3 online, cada um de sua causa, cada um de um lado do planeta, pois se continuarmos dessa maneira, em breve um almoço de família será de todos sentados na mesma mesa, porém se falando por Messenger do celular ou de algo mais que inventarem. E sabe qual é o mais triste? É saber que eu também estarei lá...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Lembranças (ainda) de outra vida

Lembranças de outra vida
É o que agora pareço ter
Lembranças de uma vida “diferente”
Uma vida que tinha você

Cada vez as coisas são mais distantes
Os momentos já nem sei mesmo se existiram
A esperança de tudo se acertar
Assim como seus telefonemas do nada sumiram

Cada vez o pensamento diminui
Assim como a culpa de ter deixado você ir
Te tranquei na gaveta com as fotos e cartas
E ultimamente você nem tem tentado sair

Mas ainda invade meu sonho
Com aquele jeito mal que ele me faz
Nele prefiro acreditar que eu que sumi
Melhor do que pensar que você que não quis mais

Pensar ainda dói um pouco
Mesmo sabendo que a cada dia dói menos
Tenho a esperança dessa mágoa toda acabar
E chegar pra você e falar que “te entendo”

Entendo que não quis mais
Porque talvez já não te fazia mais rir
Todo mundo já viu que você se foi
Mas no fundo parece que eu que não deixo você ir

Mas ta indo aos poucos...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Véspera de feriado

Um não
Às vezes machuca
Outras vezes “não”
Um sim
Às vezes reluta
Outras vezes
Não...
Uma busca
Às vezes alivia
Outras vezes apavora
Uma esperança
Às vezes vem logo
Em outras demora
A saudade
Ás vezes é gostosa
Em outras vezes pertuba
O amor
Que às vezes acontece
Em outras se procura
A rima
Que às vezes é inspiração
Em outras se pena pra achar
Um telefonema
Às vezes facilita a vida
Em outras é difícil de dar
A conversa
Que às vezes se termina
Em outras se espera
Meu diálogo
Que as vezes sai algo produtivo
Na grande maioria só merda