segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

E você acha que é quem?

E você acha que é quem?
Pra falar comigo quando quiser
Pra responder quando bem quer
Uma hora dizer que é minha mulher
E na outra não saber o que é

E você acha que é quem?
Pra sumir assim do nada
Encantar-me com sua risada
Rir da minha piada
E depois fazer essa palhaçada.

E você acha que é quem?
Pra me dar a mão enquanto me levanto
Tratar-me como se fosse um santo
Mudar tudo e me deixar quase em prantos
E ainda falar que: “nem é pra tanto”

E você acha que é quem?
Pra ser assim tão carinhosa
Parecer uma mulher maravilhosa
Depois mostrar que é teimosa
E no fundo até maldosa...

E você acha que é quem?
Pra descurtir meus comentários
Gastar todo meu salário
Me fazendo de otário
Com nosso “relacionamento” imaginário

E você acha que é quem?
Pra jogar o seu feitiço
Fazer-me submisso
Causar todo um reboliço
E depois falar que “não foi nada disso”

E você acha que é quem?
Pra vir do jeito que vem
Fazer-me de refém
Pra depois chegar cheia de “porém”
Na, boa...
Você ta achando que é quem?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Choros e Sorrisos

A gente nasce
Mesmo sem saber muito bem o que é
Já sentindo amor.
Primeiro a gente ama quem nos deu a vida
Mesmo essa merecendo ou não
Depois a gente continua amando
Quem nos dá amor... Ou não!
Aí começa o eterno carma...
Mas a gente cresce
E surge a busca por pares
Não mais os pares para brincadeiras, jogos e futebol
Mas sim seres semelhantes ou completamente diferentes
Que vão ser cúmplices
Testemunhas de nossas vidas
Todo mundo precisa de alguém para testemunhar os nossos grandes feitos...
E é nessa
Que aparece o primeiro grande amor
“O amor de nossas vidas”
Aquele que a gente não vai viver sem
Vai morrer se for embora
Vai querer pra sempre
E mesmo sem nem conseguir se sustentar
Ainda...
Já pensa nos netos que um dia terão
Algumas pessoas têm sim a sorte de realizar esse sonho
Mas para a grande maioria
Eis que vem a vida
Mostrando que nem tudo é fácil assim.
É nesse momento que aparece o lado ruim do amor
E vemos que entre o amor e a dor
Existem muito mais semelhanças que uma rima
A fossa vem
Para alguns vai embora
Para outros demora
Assim como a sensação que a vida sim continua
Mas o engraçado é que a partir daí
Do primeiro amor vivido
Da primeira sensação de gostar de alguém
Percebemos que ser solteiro
Estar sozinho
Passa a ser tornar uma condição momentânea
Que o certo
É sim
Termos alguém
É sim dividirmos tudo
É de sermos pares
Essa coisa de estar sozinho
Passa a ser apenas passageira
E a gente vai aproveitando pra fazer um monte de coisas
Ir “vivendo a vida”
Mas sempre olhando pro lado
Sempre procurando
Sinais do destino e do acaso
Como um jogo em que vamos rodando
Rodando
Até esbarrar com a aquela pessoa
Que será...
O "grande amor da nossa vida"
As vezes a gente até inventa
Se convencendo que é
Só para não continuar “sozinho”
Afinal pra tudo mundo por aí
Ser sozinho é ser triste
E daí
A gente abre mão de uma porrada de coisas
Por esse medo de não ter amor
Abre mão às vezes de amigos
De ser quem somos
De continuar rodando no jogo da vida
E talvez quem sabe
Até achar algum outro “amor da vida”
Só pelo medo do domingo
Do dia de chuva
Do final de ano
Do dia dos namorados
Ou dos momentos de carência
Aceitando o que vier
Agradecendo o que vem
Dando graças a Deus por termos uma “pessoa boa”
Que covardia essa que fazemos com a “pessoa boa”
De não sermos sinceros pelo medo de...
Ficarmos sozinhos!
Que medo é esse desesperador que sentimos da solidão
Não estar sem algum amor, é realmente estar na solidão?
Vale a pena não sermos realmente completos e felizes
Apenas por mais um período sozinho?
Sim... Um período
Estar sozinho é sim uma situação momentânea
Que vivemos por um tempo
Às vezes por muito tempo
Várias vezes na vida...
Pois, nascemos sim para vivermos em pares
Por mais dependente que isso pareça
É nossa natureza...
Mas a gente cai no erro
De não respeitar a natureza
Inventando coisas que não somos
Naturezas que não temos
Para conquistar um par
Que talvez nem fosse para ser nosso
Pois se tivemos que mudar quem somos por alguém
É que aquele não era o nosso par
Não era compatível
E quando isso fica perceptível
Talvez seja até tarde demais
Por isso
Talvez na vida
Sermos sinceros com o outro
E com a gente
Seja o jeito mais fácil
De convencermos alguém
Que ele é realmente o "grande amor da nossa vida..."

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Confusão

Ahhh mas eu já...
Como já fui confundido...
Com a foto de um algum crachá
E o “Procura-se” de algum bandido
Já fui confundido com cantor
Artista de TV
Com a voz de um locutor
VJ da MTV
Fui confundido com uma pessoa boa
Uma pessoa má
Um filho que foi a toa
Um marido que não vai voltar
Com parente
Empresário
Indigente
Com Bancário
Confundido com Fanfarrão
Cara sério
Barão
Alguém cheio de mistério
Certa vez com idiota
Outra com Superdotado
Algumas com Agiota
Alguém que pegou dinheiro emprestado
Fui confundido com Médico
Advogado
Enciclopédico
Mal humorado
Com Estudante
Professor
Ajudante
E até Mentor
Com rico
Pobre
Com um tal de “Tico”
Com uma pessoa esnobe
Com pai
Filho
Samurai
Com empecilho
Mas mesmo com tudo que faço
Tem um “eu” que só você viu
(Porque já fui confundido com tudo)
Mas com palhaço
Só você me confundiu

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Free, Uruguaiana, Free

Todo verão o Rio tem que ter um vilão... Isso poderia até ser poema, mas não é... Depois de proibir o velho e bom Mate um ano aí, prender quem faz xixi na rua, agora a Uruguaiana é o grande problema do Estado...
Eu não sou contra nem a favor da pirataria, muito pelo contrário... rs Mas sou sim contra as mega operações feitas para coisas que não são, no meu ponto de vista, assim tão relevantes.
Pegando o ponto da pirataria em si é uma coisa ilegal, tem que ser punida, mas precisa de todo esse escarcéu como tudo que é feito pelo governo?
Pra mim, aliás, a pirataria é muito mais uma questão cultural, do que propriamente uma ação de polícia, é muito mais uma questão tributária devido aos impostos altíssimos que o governo cobra para produção e importação de produtos do que uma mega operações da Polícia Federal, é muito mais uma questão de sobrevivência ou qualidade de vida melhor tanto de quem vende como de quem compra do que uma inteligência policial, aliás, nesse caso, chega até ser engraçado ler que agentes federais se infiltraram por 7 meses para descobrir a rotina, descobrir como funciona, todo o “esquema” de lá... Piada!
A Uruguaiana funciona desde que eu me entendo por gente e vai continuar funcionando, até porque como eu disse, é uma questão cultural, até por que quem nunca comprou um óculos na praia, ou gravou um CD de MP3 do carro, copiou um DVD de alguém, levou em algum camelô para dar uma olhadinha e trocar a bateria daquele relógio, colocar uma peça nova naquele vídeo game, comprou aquele jogo, desbloqueou aquele vídeo game, quem é que compra programas de computadores originais e coisas do tipo? Quer saber uma novidade? Você também fez parte da pirataria! Acho difícil até na casa do Sérgio Cabral todos os filhos terem todos os programas de PC originais. A Uruguaiana é só onde se concentra a pirataria e não ela em si. E ainda vai além, mesmo pirataria, ilegal, a Uruguaiana movimenta empregos, famílias que sem aquilo vão passar a viver de quê? Serão mais gente para se juntar aos “sem tetos” criados pela nossa UPP? E por falar em UPP, por que toda essa inteligência da nossa Polícia Federal não é usada para acabar de vez com o tráfico e a violência no Rio, porque as Blitz de Lei Seca não revistam ninguém? Eu não posso beber nem andar com IPVA atrasado, agora andar com 5kg de pó no carro ou 15 fuzis é tranqüilo, já que ninguém revista mesmo... Que palhaçada!
Mas é bem por aí, pelo menos espero que os itens recolhidos, na pior das hipóteses sejam feitos para ajudar as famílias de Petrópolis que precisam, e não para irem para casa dos nossos agentes bem treinados e íntegros da inteligentíssima Polícia Federal... Afinal, vender não pode né, já que é pirata...
E analisando friamente e com base até em dados históricos, acho essa operação ainda mais uma perda de tempo, porque sabemos que daqui a algum tempo a Uruguaiana continuará lá, com seus vendedores, compradores, jogos, relógios, bonés, camisas do Flamengo, óculos da China e tudo mais... Mas por enquanto ainda é verão e o governo precisa inventar vilão!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Meu Número da Sorte

Meu destino passou longe de ser comum
Por isso mesmo nunca soube porque insisti tanto no 21
Anos se passaram e mudava não
Achando que o 21 era a minha solução
Para não me assustar e me arrepender depois
Eu fui de pouquinho em pouquinho mudar pro 22
Mas não era o que queria, e como nada idolatro
Sem preconceito algum, escolhi o 24
Como nessa troca não obtive resultado algum
Eu fui mais ousado, e escolhi o 41
O erro é algo que todo mundo comete
Novamente me equivoquei e apostei no 47
Tentando sem menos afoito
Aumentei só um e fui pro 48
Mas como nesse lance de sorte não existe leis
Resolvi voltar mais atrás e fui pro 16
Como tantos outros, de um só número não passou
Comecei achar que o 21, era sim o salvador
Até que tive uma sorte como uma magia de Oxum
Daquelas clássicas pintadas em bronze
E percebi que a solução era o 71
Mas descobri que na verdade o 71
Ah o 71 era um 11...

Queima Língua

Eu como a comida do jeito que chegar
Pode doer o dente
Pode estar quente
Eu não sei esperar!

Não quero saber se faz mal
Se queimo a língua
Se vai dar íngua
Tanto faz, é tudo igual

Ai você chega
Com a mesma cara que foi
Comprando-me com um simples “oi”
E o que quer que isso seja...

Deixando-me confuso com seu ar prolixo
Com esse jeito inconstante
Seria eu mesmo interessante
Ou apenas mais um capricho?

Você não diz o que foi, nem muito menos o que era
Não diz nada
Só da risada
E me deixa na espera

Olha que contradição
A situação que me retrato
Eu que não espero nem a comida esfriar no prato
Estou esperando a sua decisão...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Gente Sempre Volta...

A gente sempre volta
Pra casa
Pra vida
Pra alguém
A gente sempre volta
Atrás
Pro trabalho
De carro, avião, ônibus ou trem
A gente sempre volta
A escrever
Uma atitude
Pra um sonho
A gente sempre volta
Na esperança
Pra realidade
A ser risonho
A gente sempre volta
Na lembrança
No momento
Na preocupação
A gente sempre volta
Pra quem gosta
Pra quem ama
Só você que não...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Desperdício

É no meio de problemas que a gente enxerga realmente a vida... Se essa frase já existe, eu não sei, mas provavelmente seu conceito já foi dito de diferentes formas, por diferentes pessoas, em diferentes momentos, por diferentes razões.
Analisando a atual situação da cidade do Rio de Janeiro e principalmente na região Serrana, essa frase passa a ter ainda mais sentido, já que apenas nos damos conta dos problemas, temos surtos de solidariedade ou passamos a repensar a estrutura do Estado ou do País, em momentos como esse.
Mesmo no meio desse caos a solidariedade da população principalmente a parcela jovem da sociedade, antes alheia a esse tipo de problema, foi um ponto positivo. Ver a mobilização de todos, através de redes sociais ou de atitudes concretas de doação, é sim algo legal no meio do caos... Mas a questão é: Precisaria mesmo chegar a esse ponto?
Eu sei que as vezes tragédias naturais acontecem mesmo, já que não podemos prever ou fazer nada contra chuvas, tremores, vendavais ou coisas do tipo, porém nesse caso específico da região Serrana, acho que muita coisa poderia ser feita.
A população vem se mostrado cada vez mais inserida e preparada no que diz respeito a solidariedade, porém a população também, ou grande parcela dela, tem esse espírito imediatista, que amanhã vai parar de chover e tudo voltará ao normal, e todas as casas condenadas, ou áreas de riscos podem voltar a serem ocupadas.
Será que essa tragédia não deixará lições como tantas outras não deixaram? Será que a morte de tanta gente por um motivo tão banal ainda não é o suficiente para mudarmos de vez a nossa postura?
Mesmo assim, ainda acho que a população tem uma parcela pequena nessa história, já que não tendo estrutura, não tendo para onde ir, não tendo muito o que fazer. O Governo é sim o grande culpado na história, pois ele também tem essa postura imediatista que amanhã, daqui a uma semana ficará tudo bem e isso que ocorreu não acontecerá de novo. O Governo pode culpar a chuva? Ele pode culpar a população? Não... Ele poderia fazer obras ou desocupar famílias de inúmeras áreas de riscos e se achar que a população voltaria mesmo assim, porque não sinalizar ou colocar fiscalização para isso, será que operação Lei Seca é tão mais importante assim do que as inúmeras famílias que vivem em áreas de riscos? Por que não usar todo esse esforço para evitar que casos como esses aconteçam? Aposto que com um trabalho bem feito de conscientização, obras e principalmente fiscalização o número de óbitos teria sido bem abaixo do que vem acontecendo nesses casos de chuva.
Nós da sociedade e principalmente membros do governo temos que entender que nesse tipo de caso um raio cai sim, literalmente, mais de duas vezes no mesmo local e se não estivermos preparados, sofreremos as conseqüências disso novamente, novamente e novamente. Eu não quero que isso aconteça e preferiria que a solidariedade da sociedade fosse voltada apenas para casos que não podemos evitar... Porque esse podemos...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Eu Sou Pra Casar

Eu sou pra casar
Porque dou casa, comida e roupa lavada
Pra sair da rotina a gente usa a escada
Se alguém aparecer a gente diz que não é nada
E volta pra casa pra terminar
Eu sou pra casar
Pra você eu levo café na cama
Nem interessa de qual apelido você me chama
Ou ligo pro seu mal humor
Te beijo, te mordo, te dou amor
E mais tudo que precisar
Eu sou pra casar
Vou lembrar de todas as datas
Te juro que nunca deixarei em pé a tampa da privada
E na TV a gente vê o que você quiser
Porque eu vou adorar esses programas de mulher
O importante é do seu lado ficar
Eu sou pra casar
Quando quiser te busco no trabalho
E te levo, em qualquer horário
Ou fica em casa se quiser
Falo pra tudo mundo que é minha mulher
E se preferir nem precisa trabalhar
Porque eu sou pra casar
Na igreja, no sitio ou na praia
Fico pra sempre a não ser que me traia
Se quiser passo a odiar as mesmas coisas que você
Já vou pensando em te ver
Eu vou te completar
É, eu sou pra casar
Porque é assim que sou quando me apaixono
Vejo filme, novela, me emociono
Penso em filhos, vida, faço o almoço
Tanto faz se ainda sou moço
Prometo que vou te alegrar
Eu sou pra casar
Fim de semana a gente janta com seus pais
Se sua família for grande, tudo bem chama mais
Amigos, primos, colegas
A casa não é grande mas a gente se aperta
Se faltar cadeira eu mando comprar
Eu sou pra casar
Vou te ouvir, conversar, ser companheiro
Pra tudo que for contar, quero ser o primeiro
Seu confidente seu melhor amigo
Tudo que quiser, você conta comigo
De todos os planos vou participar
Eu sou pra casar
Ter filhos, bichos e contas
Mas no fundo isso amedronta
E eu nunca vou te decepcionar
Porque eu até sou pra casar
Mas não agora...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Meu Bem

Você já foi "meu bem"
Hoje você ta bem
Bem mais pro nada
Bem mais pra uma piada
Sem graça e mal contada
Que eu costumava rir
Você já foi demais
Hoje você ta mais
Mais pra porra nenhuma
E mesmo que já não assuma
Já fiz de tudo para você vir
Você já foi meu amor
Mas daquilo nada sobrou
Só seu nome
No meu telefone
Em letras mortas
Que às vezes toca
Quem sabe por aposta
Que você fez com alguém
Você já foi tudo
Por você mudei o mundo
Pra viver esse seu amor imundo
E quase que nele me afundo
Mas hoje
Ah... Mas hoje eu to bem...

A Vodka Pune

Carro quebrado
Alguém do lado
E você nem sabe quem é
O corpo machucado
O dedo cortado
Telefone de mulher
A cabeça que dói
O organismo que corrói
A secura na boca
O pensamento de ter sido super herói
O relacionamento que destrói
O bom e velho "me perdoa"
A sede de refrigerante
O enjôo constante
A vontade de nada
O pensamento viajante
Pro fígado um transplante
A moral que fala
Flashes do que aconteceu
Dinheiro que se perdeu
Como cheguei em casa?
Um rosto de peça de museu
No espelho esse não sou eu
Maldita ressaca
Corpo atropelado por um caminhão
Enjôo até na mão
Derrota que não se assume
Se isso influenciar sua decisão
Na próxima vez tente dizer que não
Porque a vodka pune

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

941..

Não era novembro, mas era doce
E mesmo se fosse
Ainda seria tão bom.
Eu não esperava, mas a vida me trouxe
Esse sabor agridoce
Embrulhado em crepom.
Poderia ter vindo mais de perto
Se chamar Roberto
Ou quem sabe João.
Só assim eu ia achar tudo mais certo
E do carma me liberto
Do maldito avião.
Mas você não veio só
Pra minha garganta trouxe um nó
E o prendeu em mim.
O meu passado transformou em pó
E se não pudesse ficar pior
Ainda me deixou assim:
Obcecada por calendários
Contando os horários
Brigando com a hora.
Se pudesse te fazia presidiário
Te trancava dentro do armário
Pra nunca mais ir embora.
Mas você se vai, com a promessa que volta
Te dou a chave da porta
Pra vir me visitar.
Talvez é o que me causa revolta
Eu não ter uma escolta
E manda ir te buscar.
Foi você que me ensinou a ser louca
Trazendo a saudade na bolsa
E a sensação do quero mais que é horrível.
Se precisasse ficava rouca
Pois só loucura pra mim é pouca
Pra quem gosta tudo é possível.
E não sei se é o medo da dor
Se é o seu cheio de flor
Ou o futuro que espera.
Não sei bem o que se passou
Mas só sei que amor
Ah... Amor, Isso era...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Porém

Faltava só um cachorro pra você ser insuportável
Porém
Eu gosto de cachorro
Faltava só mais uma frase para eu me sentir descartável
Porém
Desse mal eu não mais morro
Faltava só mais algum tempo para eu colocar tudo a perder
Porém
Nasceu o imprevisto
Faltava só mais alguns dias para eu te esquecer
Porém
No erro eu persisto
Faltava só mais alguns anos para eu te abandonar
Porém
Nunca soube o porquê
Faltava só mais alguns minutos pra te odiar
Porém
Eu gosto de você
Faltava só mais detalhes para eu ter certeza
Porém
Nunca te entendo muito bem
Faltava só mais algum silêncio para acabar com a tristeza
Porém
A vida é cheia de “porém”

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Uma merda

Eu não entendo subjetividade
Só as que eu faço
Não coloco a culpa em fatalidade
Dessa desculpa eu passo

Nem no maior romance
Desculparia o seu sumiço
Ficar bem e te dar a chance
De falar que não é nada disso

Não vou correr o risco
De deixar acontecer de novo
E não é com seu rabisco
Que com sua inconstância me comovo

Não invente assuntos
Eles já foram ditos
Se inventar eu te pergunto
Você acha mesmo que acredito?

Se for pra se aproximar
Não precisa ser tão formal
Diga que quer recomeçar
Ou assume que sou só legal

Se me chamar pra conversar
Mas não diga nada não
Se por mim nada sentiu
Deixa eu no que quiser pensar
Porque no meio da multidão
Qualquer um pode ser psiu...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Guerra e Paz

Odeio despedidas
Términos e fins
Mesmo quando é necessário
Odeio idéias não usadas
Frases não ditas
Lembranças de qualquer aniversário
Eu me declaro culpado
Por tudo fiz
E principalmente pelo o que deixei de fazer
Culpo-me também
Por certas vezes não ter realmente vivido
Dando graças a deus por apenas sobreviver
Disse coisas que não era
Coisas que não foram
Coisas que ninguém viu
Afinal no fundo
A gente é quem quiser ser
Não necessariamente o que ficou é o mesmo de quando saiu
A gente não se via
A gente não se falava
E mesmo assim aconteceu
Eu disse que não queria
Insinuei que não prestava
Mesmo assim você cedeu
São por essas e outras
Que conto pra todo mundo
Que você sempre será “a demais”
Porque eu declarei a guerra
E mesmo assim
Você que veio propôs paz

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

To Be Continued...

Hoje, dia 03, é aniversário de uma das pessoas mais especiais pra mim, mas tirando isso, hoje dia 03 também é especial por se tratar de uma segunda, a primeira de 2011 que praticamente é quando o “tudo” começa, quando o ano se inicia cheio de esperanças, promessas, contos, metas e todos os desejos de um ano sempre melhor do que passou.
A cada final de ano, a gente faz aquele apanhado geral de como foi, como poderia ter sido, quem chegou, quem se foi, quem apareceu, quem sumiu, o que conquistamos, ganhamos, perdemos, enfim... Quase uma retrospectiva detalhada, detalhista e racional do que vivemos e sentimos... Seria mesmo alguma retrospectiva capaz de nos demonstrar como sentimos naquele momento único?
É sim importante fazermos um balanço do ano, de nossas vidas, com erros e acertos para tentarmos entender em que rumo estamos indo, mas acho que só isso não é fundamental. Acho que o importante é a gente aprender a levar o que ficou e usar toda essa retrospectiva não apenas para constar no arquivo pessoal de nossas vidas como parte do que passou, mas sim usar como aprendizado para o resto dos anos que virão.
Em cada começo de ano fazemos promessas grandiosas, metas mirabolantes ou queremos dar aquela mudada radical na vida, mas porque ao invés disso, não encaramos que a vida está apenas continuando e um novo ano apenas nos da à chance para sermos mais fortes, mas não o direito de esquecer ou deixar pra trás todo passado vivido, seja ele bom ou ruim.
Acho que o segredo é meio por aí, a gente encarar sim o novo ano que chega de forma esperançosa, pois ter fé nunca fez mal a ninguém. E de quebra podemos aproveitar o novo ano também para sermos mais resilientes e mais otimistas, por que não? Porém sempre lembrando que ele sozinho não faz milagres e que se não levarmos toda a bagagem de tudo que passou, esse eterno ciclo vicioso de esperar o próximo ano chegar para tudo melhorar será parte permanente da infelicidade que se tornará nossas vidas.
Enfim, por mais que a gente não queira ou não aceita, a nossa vida está continuando sim no novo ano que chega, as datas serão sempre as mesmas, os dias terão 24 horas e as semanas 7 dias como foram todos os outros anos até aqui, agora cabe a nós com base em que aprendemos e trouxemos para cá, esquecer datas antigas, criar as novas, usar bem as 24 horas diárias, aprender novas lições e só assim, quase sem querer, CONTINUAR... A reescrever nossa história...
Boa Sorte a todos!