segunda-feira, 30 de novembro de 2009

As flores de plástico não morrem

Nós sempre nos orgulhamos de sermos seres únicos. Orgulhamos-nos de termos jeitos diferentes de todos, aparências inconfundíveis, exaltamos personalidades únicas e deixamos bem claro o tão famoso “nosso jeito”, declaramos ditados de gostos diferentes, preferências... Mas no fim das contas a gente nunca entende essa diferença no outro.
Acho que isso já vem da nossa dificuldade de lidarmos com momentos de sacrifícios, momentos de adversidades e tudo que vai contra o que achamos que tem que ser.
A sociedade moderna perdeu um pouco o “tato” de lidar com a indiferença de pessoas já que tudo agora é resolvido online, através de emails, e problemas de discordância se resolve às vezes com tiros, porradas e guerras... Nunca se entendendo
Partindo do geral para o particular, hoje em dia não temos mais a “paciência” ou habilidade de lidar com aquela pessoa “chata”, aquela pessoa que não nos agrada, que não vamos com a cara, que o santo não bate, entre outras coisas. Ao invés de tentarmos resolver, dar uma chance quem sabe, entendermos que as pessoas realmente são diferentes... Não, a gente simplesmente fecha a cara, foge, se afasta, deixa de sair com amigos porque não gostamos ou simplesmente não vamos com a cara de determinada pessoa... Alguém pode realmente acabar com nosso ambiente? Alguma pessoa pode ser capaz de tirar o brilho de tantas outras que podemos encontrar? E será essa pessoa mesmo errada? Será o que aconteceu já não passou?
Enfim... Por que não nós não nos espelhamos nas flores? Que todas têm suas cores, seus jeitos, seus formatos e perfumes. E mesmo umas sendo bem raras e outras dando em qualquer lugar no fim das contas para nós, todas sempre terão seu espaço e valor...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Valor de um sonho

O que é valor? Em marketing essa questão é respondida facilmente como a percepção que a pessoa tem de quanto custa este ou determinado produto ou serviço.
Se continuarmos pensando na relação entre marcas, serviços e produtos percebemos o quanto essa relação beira a injustiça, pois enquanto se paga fortuna por algumas coisas entrando em prestações, passando por verdadeiros “sufocos” financeiros para adquirimos aquilo pra alguma dessas coisas não passamos de mais uma numeração no cadastro... Contraditório né?
E quando se trata de ser humanos? O que é valor? Até onde “vale” o valor de alguma pessoa pra alguém?
A balança de valores pra ser humano também é meio desproporcional por enquanto se da muito valor pra alguém a recíproca nem sempre é verdadeira. Às vezes se coloca sonhos e se faz sonhos baseado naquele valor e quando ele não volta de maneira igualitária tudo acaba... Alguém pode ter o poder de destruir nossos sonhos?
Os sonhos são destruídos mais facilmente que construídos, mas realmente é justo construir um sonho em cima de alguém? Alguém pode carregar o peso de ser responsáveis por nossos sonhos?
Isso não acontece apenas em relacionamentos propriamente ditos, mas quando falamos uma verdade para alguém como do tipo: “Ele não gosta de você...” Pronto, naquele momento mais um sonho é destruído... Mas por quê?
Normalmente nós temos a necessidade de apoiar alguns de nossos sonhos que são sempre abstratos em algo concreto como alguém, a opinião de alguém, algum aspecto financeiro e assim não damos o real sentido da palavra sonho que é simplesmente o de sonhar...
Mas voltando ao valor ou a falta dele eu não acho que se deve realmente medir o quanto alguém vale para nós, mas sim até onde alguém vale pra nós, o importante de tudo é sempre criarmos um limite que vai ou que acaba quando começamos dar valor pra alguém, mais do que damos pra nós... Simples né

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Garrafa vazia

Sem pensar
Às vezes inconseqüência
Às vezes dom
Tudo depende do que acontece depois
É fácil falar do guarda chuva depois que choveu
E antes?
Vale à pena carregar o peso pelo o que ainda não aconteceu?
E pode nem acontecer?
Ai tem gente que fala
Mas não diz nada...
E eu peço:
Fala algo pelo menos
Reclama comigo
Fala mal de mim
Reclama que to largado
Fala que to barbudo
Que ando sem foco
Que falo com gente estranha
Que bebo demais
Que odeia o roda moinho do meu cabelo
Mas mostra que ainda se importa
Nem precisa chegar perto não
Fala de longe
Até porque de longe
Tudo é sempre mais belo
De perto
A gente vê defeito
Vê falhas
Vê detalhes...
E de detalhes eu to fora
Os detalhes são nada
Mas às vezes são tudo
Por um detalhe
É que nada acontece
É um detalhe que tudo muda
Uma coisa tão pequena tem o direito de fazer diferença?
To meio cansado de ser o que sou
De fazer o que faço
De buscar o que busco
To cheio de garrafa vazia espalhada por ai
E quando mais acaba
Mais sede eu tenho
E quando mais vazia
Mais eu bebo
Mas já ta na hora
Já passou da hora
De parar de esvaziar
E também começar e encher
O que eu bebi...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Percepção

Por quê?
Por que não vem falar comigo?
Por que fica nesse joguinho de ver quem fala primeiro?
É...
Talvez nem tenha jogo nenhum
Talvez você não esteja a fim de falar comigo mesmo
Fazer o quê?
Nem sempre tudo é como deveria ser
Mas não tem problema
Eu te chamo mais uma vez
Falo as mesmas piadas de sempre
Aquelas mesmas que você costumava rir
E você ri...
Tudo bem...
É um riso sem vontade
Uma coisa meio forçada
Puro golpe da educação
Ta doida pra chatice acabar
Mas eu não ligo
Alias
No fundo eu ligo
Mas finjo que não
E continuo falando das coisas
Das mesmas coisas de sempre
Tudo que costumava te interessar
Mas já não interessa
E como quem foge de um mendigo na rua
Você se vai
Com a velha pressa que tinha
De me ver...
Mas ai eu vou
E você vai
Cada um pra um lado
Cada um de um jeito
Cada um com uma percepção
Eu suspirando e achando que você ainda é o máximo
E você resmungando e reclamando dizendo
“Nossa, como ele ta chato...”

Vestido famoso

Impressionante a velocidade que surgem novas celebridades no Brasil, e impressionante como essas pessoas aceitam ser novas celebridades.
O assunto do momento é a gordinha lá da Uniban com cara de atriz pornô que usou um vestido curto demais...
Coitadinha dela sofreu tanto, se sentiu humilhada, triste, chateada, mas agora... Dá entrevistas, colocou Mega Hair, tem empresário, recebeu propostas de posar nua, vai a eventos, talvez estudar agora fique em segundo plano.
Aí vejo hoje que não satisfeita com todo o ocorrido, ela ainda vai leiloar o vestido pela internet... Tem cabimento isso? Eu já acho um absurdo alguém comprar peças íntimas de artistas, compras lenços, roupas, guimbas de cigarro, luvas, de gente como Michael Jackson, Elvis, Lennon, imagine comprar uma roupa da gordinha da Uniban, que piada de mau gosto hein Brasil. Quem comprar esse vestido tem que tomar uma coça e ainda de brinde ser internado junto com ela e o Rafael Ilha (ex Polegar) em uma clinica psiquiátrica...
Por que construímos essas celebridades do nada? Por que temos a necessidade de ocuparmos o espaço na mídia com coisas que não agregam valor nenhum. Ela foi expulsa lá? Sim... Isso é notícia? Sim é... Mas apenas isso... Agora elevar essa pessoa ao status de “alguém” já é demais?
O que ela fez? O que ela acrescenta? Deve ter fã clube já, o vestido deve estar vendendo muito por quê? Simplesmente por ter tido um espaço na mídia.
Sim, tenho que concordar que Andy Warhol estava certo com sua previsão sobre 15 minutos de fama, mas acho que ele nunca previu que talvez esses 15 minutos fossem um pouco mais e chamaria a atenção de muito mais gente...
Mas o que posso fazer??? Só ter paciência e esperar o próximo... Falta pouco, Big Brother já vem aí...

domingo, 15 de novembro de 2009

As dores do mundo

Testar
A nova moda do momento
Até onde vai o seu limite?
É o que todo mundo te pergunta...
Culpado
Culpa por algo que não se faz
Culpa por fazer o que se acha certo
E todo mundo te pergunta mesmo assim
Por que você não fez isso?
No caminho de casa
O mar era tão belo
A areia era tão salgada
Que quase esqueci da sujeira que ela fazia
Ah que saudade dos dias perfeitos
Daquele em que eu quase nunca dormia
E sempre acordava
Com um sorriso
Ou com “O” Sorriso...
Mas hoje
Os dias são outros
Não tenho mais sorrisos
Nem insônias prazerosas
Só noticias
De todos os lados
Em todos os meios
Boas
Ruins
Já nem sei
Só noticias que me lembram
Como eu era
E me mostram como eu sou
Que me lembram
Do que você me trazia
E me mostram
O vazio que me tornei
Sem você...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dois mil e .....?

O Brasil ficou as escuras! Esse assunto já deu né... Mas o engraçado nisso, foi as inúmeras teorias que surgiram; falaram que foi culpa do Osama, falaram que foi culpa do Michael Jackson, que era jogada de MKT, que foram Hackers e a mais intrigante: Que era o fim do mundo.
Aí, falando em fim do mundo, essa semana estréia mais um filme catastrófico chamado 2012 que por ser dos mesmos diretores de Independence Day e o Dia Depois de Amanhã deve ser uma merda grande onde apenas os efeitos especiais salvarão... Vamos aguardar.
Mas hoje não estou aqui pra falar de cinema, nem de teoria das conspirações mas sim de Fim do Mundo... Estive pensando... Será que realmente um dia o mundo que nos conhecemos vai acabar? Sim, cientistas afirmam que o Sol, a água, entre outras coisas irão acabar ou ficar bastante escassas e com isso a raça humana não sobreviveria, mas a questão que pergunto é... Será a primeira vez que isso acontecerá?
Será que em alguns bilhões de anos atrás já não foi formada uma civilização como a nossa ou até mesmo mais evoluída, porém por algum motivo acabou?
Será que essa civilização não nos deixou algo como registros histórias ou coisas do tipo, mas que talvez por um subdesenvolvimento tecnológico nosso não fomos capazes de perceber o legado que não foi deixado.
Quantos papeis ou CD`S, DVD´s ou algum outro tipo de mídia que ainda não foi e nem será inventada talvez não tenha sido deixado em algum lugar, mas os homens na idade pré-histórica quebraram ou jogaram no fogo, como iremos saber?
Talvez o erro da outra, ou de outras humanidades existentes tenha sido o mesmo da nossa: O de se achar superior. Pois sim, nos achamos muito bons tecnologicamente porque inventamos um celular que faz de tudo, mas ainda somos dependentes de um único modelo de geração de energia, nos achamos superiores porque fazemos robôs ou filmes em 3D, mas que ainda não descobrimos a cura pro câncer...
Mas não vamos ter esse sentimento de inferioridade minha gente para com outras civilizações que já existiram, pois com certeza nossa geração deve se destacar em algo, nem que seja no quesito de destruir o mundo em menos tempo... Teremos um novo recorde?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Malhação 2010

“O destino é cruel”, “Deus não existe”, “Eu não tenho sorte”. Quem nunca ouviu isso por ai? É muito comum pessoas se fazerem de coitadas, de vítimas e colocarem a culpa no destino, no lugar onde nasceram, na família que vivem, nos amigos que tem... Será que a porra da culpa nunca é da própria pessoa?
Analisando bem as situações e a humanidade em modo geral, vejo que o fator sorte é importante sim, mas o fator “querer” é muito mais. Quantas pessoas que nascem na favela têm tudo para ser mais um número na estatística como diz Mano Brown, mas conseguem trabalhar, estudar, constituir família e deixar toda aquela história triste para trás. Do mesmo jeito, quantos rapazes de classe média que tem de tudo na vida para serem pessoas de bem, mas não querem, preferem não buscar nada, e jogam tudo fora na vida.
Vamos passar o tempo para algo mais “Malhação”, sim essa mesmo do seriado adolescente que dura anos. Tive que usar esse exemplo porque idependente da idade, esse tipo de atitude é bem adolescente, mas voltando... Quantas pessoas não vemos sofrer no meio de intrigas, de brigas, de fofocas, mas que aceitam aquilo tudo e sempre continuam ali se fazendo de coitada, será que essa pessoa é mesmo vítima de tudo aquilo, ou ela é tudo aquilo, porém não agüenta as conseqüências? Se é tudo tão ruim e injusto? Por que continuar naquele mundo?
Quantas vezes já não nos enganamos com discursos puritanos de vítimas oprimidas que se dizem totalmente discretas, que odeia falar mal de pessoas, mas é a primeira a contar a sua vida e a de outros para todo mundo, depois dizendo... Odeio fofoca, eles não me deixam em paz... Piada né?
Por isso, sempre desconfiem bem de quem é muito bonzinho e sorridente, mas vive no meio de sujeira, pois como diria Rousseau o "homem é fruto do meio que vive", e sigo o passos de outro Russo, só que agora o Renato que diz: “Comparamos nossas vidas, e mesmo assim... Não tenho pena de ninguém”
Baseando na frase do “Sucesso a Lama”. Será que um dia esse tipo de gente terá sucesso??? Ta na hora né porque a lama... Já tem de sobra... Vai gostar de chiqueiro assim no inferno...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mundo meu

O vazio está maior
Maior que o que foi quando era
As frases são confusas
As músicas não rotineiras
E a ficção come solta aqui
E lá...
Sim, lá também quis assim...
Futuro angustia
O passado pressiona
Cadê todo mundo?
Ando esperando demais
Ando pensando demais
Bem que eu queria ser um daqueles
Um daqueles personagens dos meus filmes prediletos
Que vivem
Que Não correm
Não lembram
Que erram
Que caem
Que fazem tudo que querem
E no fim tudo dá certo
Que saudade do barulho
Cinema mudo pra mim não rola
Confusão...
Nunca falta pra ninguém
Muito menos pra mim
Produção...
Anda faltando por ai
E aqui no meu mundo
Ta bem escasso
Alias
Ultimamente
Aqui no meu mundo falta de tudo
Desde as coisas mais complicadas
Até as mais simples de se ter...