quarta-feira, 30 de setembro de 2009

É o mal que a água faz quando se afoga...

Novamente me deparei com uma frase de Jose Ortega y Gasset que sempre me fez pensar muito sobre a vida, mas que estava afastada do meu pensamento que é: “Eu sou eu e minhas circunstâncias e se não as salvo, não me salvo” engraçado como isso diz muita coisa pra mim.
Vamos pegar a primeira parte da frase: “Eu sou eu e minhas circunstâncias”. Depois de relembrar desse pequeno detalhe, percebi que independente do que somos ou o que fazemos, a circunstância em que estamos é tão importante quanto o que somos. Tão óbvio, porém tão complexo.
Não adianta alguém ser ou achar que é algo muito bom em determinados momentos, se não circunstância em que ele está isso não faz diferença nenhuma.
A pessoa pode ter vários cursos, ter muito dinheiro, mas na hora que ela vive uma doença terminal, o que ela será? Um doente terminal. Na verdade pra mim a circunstância sempre pesa ainda mais do que nós... Por quê?
Ao pegar a segunda parte de que “Se não as salvo, não me salvo” deixa isso bem claro da importância da circunstância em nossas vidas para assim determinar quem somos e o melhor: A necessidade de não ficarmos estáticos e aceitarmos a condição que vivemos para nós.
Por que estou falando essa merda? As duas pessoas que leem (agora não tem mais ^, não é isso?) meu blog devem estar se perguntando, ou nem perceberam do que eu estou falando, mas falei disso porque as vezes sinto que eu e aposto que outras pessoas também, esquecemos desses detalhes e por hora nos focamos muito em que somos e esquecemos as circunstâncias, ou damos valor demais as circunstâncias esquecemos de quem somos.
Acho que aí entra o eterno equilíbrio de buscarmos a medida certa de cada coisa. Por quantas vezes deixamos de lado quem realmente somos por uma situação chata de tristeza e esquecemos tudo de bom que temos e já construirmos até aqui, seria uma situação responsável pelo rótulo de fracasso eterno? Ou se pensarmos da mesma situação, mas em pontos de vista diferentes, pergunto em quantas vezes também colocamos na cabeça que somos determinadas coisa, somos daquele jeito e não percebemos que em algumas situações temos que nos adaptar a conhecer nossas coisas e saber que as circunstâncias são tão importantes quanto à nossa essência.
Por isso, não devemos sentir vergonha de sermos quem somos ou fazer o que outros não fariam, cada um sabe o peso que carrega em suas escolhas.
Em outras palavras ou em todas as palavras, temos que sempre buscar tentar realmente ser o melhor e agir conforme a circunstância pede, pois como meu grande amigo Hockey disse hoje: “Quanto mais o ídolo se afasta... Mas o fã se aproxima...”

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Família

Hoje, 29 de setembro, poderia sim ser um dia qualquer, mas não é...
Hoje, 29 de setembro é o aniversário de Luiz Eduardo Cunha Furtado de Mendonça, conhecido carinhosamente como meu Pai...
Enfim, não vou ficar aqui listando as qualidades do meu Pai ou fazer aquela declaração pública de tudo que sinto por ele. Mas hoje, por essa data quis demonstrar a importância da família na vida do ser humano.
Nessa discussão de família, claro que sempre entrará a questão índole, aqueles valores que já nascem com a gente e que educação nenhuma vai dar jeito, ou às vezes não... Mas não entrarei nesse mérito.
Normalmente temos a fama de só dar valor as coisas depois que perdemos. A gente só gosta daquele casaco depois que não o acha mais, ou valoriza o ferro depois que ele quebra e temos que sair todo amarrotado, ou só vemos o valor da água quando a gente tem sede... Ou só vemos (ou achamos) que amamos alguém depois que se vai. Infelizmente temos que não ter para dar valor.
No assunto família as coisas funcionam parecidas, nos só damos valor a família quando precisamos. Por quantas vezes deixamos de lado as festinhas chatas de família pra sair com amigos ou por estar com preguiça ou pelo famoso “to sem saco”? Mas aí a vida da aquela revira volta, alguns amigos somem, as pessoas seguem suas vidas, os amigos arrumam pessoas ou outros amigos, se mudam, arrumam empregos, brigas, e tudo mais... E é nesse momento que você percebe o valor de sua família e que de todas as coisas e pessoas do mundo ela é a única “coisa” que nunca irá de abandonar... Sorte é de quem percebe isso a tempo de demonstrar o quanto e de retribuir com atitudes como eles são importantes.
O conceito de família pode ser bem amplo ou reduzido, pode ser um alguém ou várias pessoas, podem ser apenas um pai uma mãe ou um irmão, um tio distante, ou uma mesa gigante de parentes que vem lá do interior de São Paulo e fazem maior zona... Tanto faz, mas é importante que a gente sempre leve isso para o resto da vida.
Sei que existem pessoas que talvez não tenham mais a figura que representa a “família” tão presente quanto antes, talvez porque estão longe ou a vida se encarregou de levá-los pra longe, porém aquela essência, aquele ensinamento, valores, nunca podem faltar e devem ser repassados do mesmo jeito que eles foram passados pra você.
Por isso hoje, fiz um post bem diferente dos anteriores, em que ao invés de reclamar do que a gente ainda não tem e buscar por algo melhor, nesse só tenho o simples e sincera atitude de agradecer a todos os dias pelo que tenho...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Viajo porque preciso, volto porque te amo...

Existem por aí uns ditados bem grosseiros, porém verdadeiros como “Quem não tem... Não faz trato com...” “Cada cão que lamba sua caceta” e o mais clichê e verdadeiro de todos: “Gosto é que nem... Cada um tem um...”
Gosto é uma coisa bem difícil de explicar, entender e aceitar... A gente nunca consegue entender porque alguém gosta de algo que parece absurdo para nós que não gostamos e muito menos explicar porque gostamos de algo que para outros é absurdo.
O que move um determinado gosto? O que move um determinado “desgosto”?
Fatores como conhecer apenas aquilo ou não conhecer não deixam de ser influenciadores, porém o que move aquele gosto que já nasce com cada um?
Falar sobre isso é como discutir o sexo dos anjos, algo que não tem como ser explicado, apenas se compreende ou aceita.
Na verdade eu não tenho a pretensão de acabar com essa magia do “incerto” da eterna surpresa, e mesmo se eu tivesse, eu não faria, pois, gostos distintos são o que dão ao mundo esse ar de equilíbrio, esse ar de “tem louco pra tudo”. Imagine se todos gostassem da mesma cor? Ou se todos gostassem das mesmas coisas? Se gostassem das mesmas pessoas... Como o mundo seria?
Viveríamos em um mundo em que todos sairiam com o mesmo tipo de roupa, da mesma cor, em que todos falariam muito ou seriam todos mudos, gostariam das mesmas coisas, iriam para os mesmos lugares, se apaixonariam apenas pela mesma pessoa... Será que seria divertido viver assim? Cadê aquela coisa do “nossa, você também gosta disso”, ou “eu não sei o que ela (e) viu nele (a)” acabariam as discussões, os pontos de diferenças e paridades, o mundo até mercadologicamente falando, seria chato demais.
Mas por mais que a gente saiba disso e entenda, respeitar certos gostos e valores individuais é realmente muito difícil, assim como aceitar certas coisas que gostamos mesmo no fundo sem querer gostar.
Pensei nisso tudo porque se analisarmos certas atitudes nossas, esse gostar inexplicável no fundo nos move para certas atitudes nada racionais daquelas que depois sentirmos raiva de ter feito, raiva de se deixar levar e de na hora certa não se controlar, como comer o que não se deve comer, falar o que não se deve falar, ir para onde não se deve ir, gostar de quem não se deve gostar...
É como o título de um novo filme que vi e achei bem interessante, pois define muito a eterna briga do: Gostar x racional que é... Viajo porque preciso, volto porque te amo... Dá pra explicar?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Codinome Beija-Flor...

Sei que sempre venho aqui pregar mudanças significativas na sociedade, pregar cada que cada um faça sua parte para que possamos ter um resultado no coletivo, falo de uma conscientização popular para uma melhora significativa em nossa qualidade de vida, porém hoje... Confesso que fui meio que contra o que prego
Ultimamente eu sempre venho trabalhar de ônibus, nem vou falar que é por uma questão de poluentes, mas sim é por preguiça de dirigir e pra economizar dinheiro, mas aí... Hoje que é o dia mundial sem carro, eu vim para o trabalho de carro...
Juro que não foi proposital, algo como ser “do contra” ou vou me dar bem já que todos não vão de carro. Claro que sei que também isso não mudaria muita coisa na poluição mundial, porém não deixa de ser uma atitude importante mostrar o mínimo de preocupação com a nossa sociedade.
Mas um ponto curioso nisso tudo, é que não sei se foi por impressão minha ou se foi porque foi mesmo, o trânsito hoje de CARROS, no dia mundial SEM CARROS estava bem maior que o normal. Não sei se foi por causa da chuva de ontem ou se foi um surto coletivo da Lei de Gerson (lei da vantagem) em que todos pensaram... Ah, ninguém vai de carro e eu vou de carro... Prefiro ainda acreditar que nem todo mundo é assim...
O grande problema de hoje, no qual eu me incluo por completo é que cada dia mais estamos mais pra Gerson e menos para Beija-Flor. Sim, Beija-Flor daquela fábula em que a floresta pega fogo e o Beija Flor mesmo sabendo que não pode apagar o fogo sozinho, começa a carregar água de um lado para o outro para fazer sua parte. Bela história né, pena que é só na teoria.
O que ficou bem claro é que a gente gosta mesmo é de reclamar das coisas, gosta de pregar por mudanças radicais, por revoluções, mas quando isso afeta um pouco o nosso dia-a-dia, quando isso tem que gerar um sacrifício por mínimo que seja, a coisa já muda de figura e todo o sentimento de mudança dá lugar ao... “Não vai ser isso que vai mudar nada”...
Confesso que eu já quis ser muita coisa grandiosa na vida, mas hoje percebo que ser um Beija-Flor já seria bom...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças

Fazendo um apanhado geral sobre coisas que não tem muito sentido, mas são importantes, eu descobri que quando a gente esquece de algo a gente não pensa mais naquilo, mas e quando a gente não pensa mais naquilo... Quer dizer que a gente esqueceu?
Acho que é meio óbvio que quando realmente esquecemos determinada coisa, como o nome, um número, um lugar, alguém... A gente não pensa mais naquilo, é como se nosso cérebro tivesse pegado (eu achei pegado estranho, mas o Word disse que era assim, to confiando) aquilo e tivesse jogado fora igual um lixo na porta de casa, daqueles que a gente nunca mais vê... Mas e o contrário, e quando o nosso cérebro ainda lembra-se de tudo, mas faz a gente não pensar mais... Podemos considerar que a gente esqueceu só pelo simples fato de não lembrar?
Certas coisas da vida realmente a gente sabe, mas não lembra toda hora, como nomes, rostos, tarefas e números. Já imaginou alguém o tempo todo se lembrando de senhas, números e contas? Vai ser mais um pra englobar a clínica do Dr. Castanho.
Mas e quando se trata de “alguém”? Quando a gente não lembra mais de determinada pessoa, significa mesmo que a gente esqueceu?
Acho que quando se trata de sentimentos o lado racional de jogar fora não tem tanto poder assim, engraçado né, o que realmente a pessoa quer esquecer ela não consegue e quando chega à fila do banco diz... Qual era a senha mesmo?
A nossa memória poderia ser totalmente seletiva como a memória de um computador e pode selecionar o que serve e jogar fora ou fazer backup do que não serve mais, ou melhor, poderia existir algum método científico como no filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” em que poderíamos apagar certas lembranças desagradáveis da nossa mente. Mas pensando bem, acho que assim a vida seria fácil demais, iríamos cometer o mesmo erro diversas vezes, por esquecer que ele aconteceu, não existiria crescimento ou aprendizagem... Deixa assim mesmo como está.
Voltas à parte, a questão principal pra mim é que tem muita gente preocupada em não se lembrar do que já fez e tem que fazer e acabando por esquecer quem realmente é...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Acho que sou Paranóico...

Impressionante como gostam de fazer tudo para fuder o trânsito do Rio.
Eu, cidadão que também ando de ônibus como a grande maioria da população carioca hoje demorei muito mais tempo no trajeto do meu trabalho do que outros dias por causa de um esquema super mal feito no trânsito na Linha Amarela, não dá pra entender.
Eu não digo só de hoje, andando pelo Rio o que você mais vê são obras inacabadas, obras fantasmas (aquelas que têm cavaletes, sinalizações, tudo... Menos funcionários trabalhando), desvio no trânsito em plena hora do Rush e pra mim o pior de tudo: BLITZ!
É inegável que no Rio de Janeiro, multas viraram uma arrecadação forte de dinheiro, tanto que os jornais da semana passada davam até essa notícia que em sete meses Eduardo Paes aplicou mais multas do que César Maia em um ano. Seria isso motivo de orgulho para ele? Ou uma ação totalmente desesperadora e covarde de tirar vantagem da população com a desculpa de “restaurar a ordem”?
Eu sou suspeito para falar, pois como todos sabem acho essa lei seca a maior idiotice que inventaram desde Teletubbies e Pânico na TV, mas se quer fazer Blitz faça, porém não precisa ser em pleno horário de rush para atrapalhar mais ainda aqueles que não têm arrecadação de multas para sobreviver.
Se pensarmos de maneira esquizofrênica baseado na constante teoria da conspiração em que tudo que é, é por algum motivo, esses empecilhos no trânsito são propositais para as pessoas chegarem tarde a seus empregos e assim serem demitidas e não terem dinheiro para pagar IPVA e quando forem pegos em Blitz, pronto... Mais dinheiros de multas para o governo e para retirarem seus carros vão ter que pagar ainda mais multas, taxas, o IPVA e tudo mais... É eu sei, eu sou doente...
Mas na verdade, conspirações a parte, eu estou muito preocupado onde tudo isso vai parar, pois me deixa bem puto da vida (gostava dessa música do Dominó) saber que enquanto mega operações são montadas para arrecadar multas, pessoas estão levando pedradas na Linha Amarela...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Panorâmico

Um “quase”
Como um telefone importante que falta um número
Do que serve?
Vale à pena tentar mais nove vezes?
Dizem que cavalo selado só passa uma vez
Pra mim tanto faz
Não ligo pra cela
E nem sei andar de cavalo
“Fronteira da Vida” deixou de ser um limite
Passou a ser um restaurante a beira da estrada
Com uma comida de merda
Amigos vem e vão
Os bons vem
Os nem tão bons vão
Mas quando voltam são bons
Engraçado como tudo é uma questão de comodidade
O cinza do caminho agora é belo
Cheio de verde
Eu nunca gostei muito de cinza
E Não sabia mas no fundo eu gosto de cores
Gosto porque não tem donos, podem ser de todo mundo
Gosto do que não tem dono...
Ultimamente tenho tocado na minha orquestra
Mas o meu som é tão sozinho
Só tem eu
É baixo e ninguém escuta...
Ando por aí procurando gente
Mas quem?
Será que tem alguém interessado na orquestra do “Eu sozinho”?
To procurando
Mas ta escuro
Cadê a luz?
Cadê a vela?
Serve uma usada mesmo
Eu quero é iluminar
Mas não posso negar
Que até o escuro tem seu lado bom
Só assim não vejo coisas que não queria ver
Até quando?
A vida podia ser um elevador panorâmico
Daqueles que a gente sobe
Ou desce
Olhando tudo que acontece
E quem sabe só desse jeito
Eu saberia
Quem realmente se foi
E quem ainda está me olhando
de longe...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A mochila é assim mesmo...

Normalmente as pessoas são muito repetitivas, eu mesmo em certos momentos sou repetitivo, a mídia é repetitiva, o governo é repetitivo, até as palavras sempre são repetidas de certa forma...
Pensando nessa repetição acabo de me convencer que no dia a dia nós não não passamos a acreditar, aceitar ou até mesmo gostar de algo como uma vontade própria, mas sim acabamos por ser convencido disso.
Quantas vezes aquela música era horrível em sua primeira vez, e depois de um tempo a gente até cantarola toda vez que ela toca na rádio, ou aquela pessoa que a gente acha feia, mas de tanto falarem que não é... Acaba pensando, é até que nem é tão ruim assim.
A maioria de nós somos seres totalmente influenciáveis que passamos a acreditar em tudo que é mais simples acreditar, é mais cômodo gostar. Seguir a massa é muito mais fácil do que ir no contra fluxo do popular, e normalmente quando fazemos acabamos sendo taxados de malucos, velhos, “do contra”, tudo... Menos de uma pessoa que simplesmente não gosta do que todos gostam, isso é algum problema?
Mas assumo que tenho que dar o braço a torcer e dizer que a segmentação hoje é muito mais abrangente que antes, acho que as empresas e produtos em gerais perceberam que não dá para englobar todo mundo dentro das mesmas coisas, as peculiaridades ficaram cada vez maiores. No caso de TV, por exemplo, não dá mais para se fazer o que fazia antes e colocar o Chaves e deixar crianças de 3 a 15 anos vendo... Hoje em dia isso é impensável, até porque 15 anos nem é mais criança como antes...
Voltando ao assunto da repetição seria mesmo a unanimidade burra? Mas quem tem coragem de ir contra ela?
Quantas vezes você já não trocou de roupa, mesmo achando que estava bem, só porque alguém disse que não estava bom? Ter peito para assumir o próprio gosto sozinho é muito difícil.
Até mesmo aqueles Punks, Emo´s e coisas do tipo que saem na rua daquele jeito precisam da aprovação de pessoas do seu ambiente para falar se o Piercing ta combinando com o rosa do cabelo, enfim... É tudo uma questão de acreditar no que é dito, mas do que realmente sentir que é.
Falando um pouco de mim, quem me conhece sabe que tenho uma mochila que é aberta no meio e serve para colocar algo que não sei o que é... Talvez notebook, raquete de Tênis, taco de Hockey, Pipocas Frank, Ah sei lá... Mas a questão é que todo dia eu não agüento mais desconhecido falarem: “Sua mochila ta aberta” e eu respondo com uma paciência peculiar: “Ela é assim mesmo”. Até ai tudo bem, mas o foda é que de tanto eu ouvir isso eu já pensei em comprar outra mochila, porque acho que no fundo eles devem estar certos e minha mochila deve estar rasgada ou quem sabe até aberta mesmo...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Factory Girl

Essa semana vi um filme bem interessante chamado Factory Girl, que é a história da modelo Edie Segwick que foi um ícone da geração artística dos anos 60/70 de Nova York e uma das musas de Andy Warhol (que no filme parecia uma versão melhorada do nosso Gugu Liberato).
O filme relata todo o sucesso que esse movimento fez e em especial Edie Segwick que se envolve com um homem que é o Bob Dylan, mas que no fundo ele aparece com outro nome, e depois disso sua vida vira um caos, o sucesso acaba, a fama acaba e ela morre de overdose aos 28 anos... Vale a pena conferir
No filme várias questões são discutidas, dentre elas o conflito entre um pseudo Bob Dylan e Andy Warhol (ou Gugu) sobre a Pop arte, se aquilo que ele fazia era realmente considerado arte ou não... Questões que podemos deixar para outra hora (não sei por que falo como se alguém estivesse lendo isso)
A questão que eu queria pegar desse filme é o que levou Edie a morte, alguns dizem que foi devido a sua briga com Andy Warhol e com isso sua imagem ficou desgastada e ela viveu do “sucesso a lama” (gosto dessa frase) e até dizem sobre o fim do seu romance com Bob Dylan, mas será realmente alguém responsável pelo fracasso de alguém?
Quantas pessoas já não vimos por aí que deixam suas vidas se acabarem devido a um relacionamento, seja pelo termino dele, seja por se envolver com uma pessoa que te leva para o buraco. Mas será que alguém tem tamanho poder de destruir a vida de alguém?
Acho que o que acontece na verdade é que nos seres humanos somos carentes por natureza e colocamos todas as nossas aspirações nessas relações achando que não dá pra ser feliz sozinho, que aquela pessoa é a pessoa, é a única... E assim, quando tudo dá errado nós nos sentimos tão triste, sozinhos, desprezados, rejeitados e toda aquela baboseira das músicas sertanejas e deixamos, ou melhor, culpamos aquilo por todo o nosso fracasso...
A pessoa foi realmente responsável pelo nosso fracasso ou no final nunca enxergamos o homem por trás da idéia, aquele algo mais que nos diz tudo. Ou melhor, será que o problema era mesmo da pessoa ou era nosso?...
Pra mim, no fim das contas é como se pegássemos uma caneta que não escreve na folha de papel, e a gente rabisca, rabisca, rabisca até rasgar a folha... Aí só depois disso a gente repara que o problema nunca foi da caneta, o problema... Era da Folha!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sinceridade?

Sempre gostei muito da música “Maior Abandonado” do Cazuza, talvez pela batida e ritmo, talvez pelo título que em certos momentos me identifico com ele, mas tem uma frase que sempre citam e recitam por aí: “Mentiras sinceras me interessam”, que na verdade muito me fascina e fica a questão: pode realmente existir uma mentira sincera?
Por quantas vezes na vida já não nos decepcionamos com alguém que nos disse mundos e fundos, nos prometeu coisas impossíveis e improváveis e depois nada foi feito e você disse: “Que FDP mentiroso (a)...” Podemos considerar isso como um exemplo de mentira sincera?
Será que tudo que a pessoa falou era necessariamente mentira? Poderia não ser... Mas será que era tudo verdade??? Também poderia não ser... Meio confuso isso tudo né?
A questão é que sinceridade não está diretamente relacionado a uma verdade ou mentira propriamente dita mas sim a um estado de espírito.
Mas dá pra ser sincero falando uma mentira? Talvez...
Quando falamos pra alguém alguma não verdade, tem como ela ser sincera? Sim... Acho que sim, principalmente quando falamos de sentimento.
Podemos não gostar de alguém do jeito que a gente diz, porém achamos que gostamos ou na verdade queremos gostar e isso acaba se tornando uma “mentira” sincera, pois como dizem muitos por aí, o que vale é a intenção, é o que fazemos para mudar isso.
Como eu já disse em um dos post´s anteriores a mentira sincera poderia ser todas aquelas mentiras que são mentiras, mas que por determinados motivos sejam eles de ordem social, psiquiátrica ou até mesmo por falta de discernimento achamos que não é...
Mas a questão a ser focada não é a mentira ou a verdade mas sim se um mentiroso sincero pode ser considerado culpado? Na minha opinião sim, pois se em algum momento aquilo que ele diz é uma mentira, mesmo sendo sincera, é porque ele sabe que não é uma verdade e isso o tornará culpado.
A intenção ou a vontade perdoa todos os pecados? Brincar com o sentimento de alguém de uma forma “sincera” é perdoável?
Para mim todos são culpados, pois não existe muito esse papo de mais ou menos, de meio termo das coisas, ou você é ou não é, ou sente ou não sente, ou gosta ou não gosta... Ou mente... Ou fala a verdade... Se quer ser sincero melhor começar ficando quieto...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Prefiria ter visto o filme do Pelé...

Então... Eu andava meio sumido mesmo, mas devido a vários pedidos (entende-se vários apenas pela Michelle) resolvi escrever novamente, não sei se apenas esse ou vários outros, sem planos...
Confesso que fiquei um pouco frustrado em não ver nenhuma mobilização popular dizendo “Volta Copo de Cachaça”, sempre ficava olhando para baixo do meu prédio esperando ver cartazes, carros de som, receber telefonemas, campanhas no Orkut e Twitter, alguém vir falar comigo no MSN, mais nada aconteceu, nem meus pais perceberam que eu não atualizava essa joça (é assim que se escreve?), decepcionante...
Dramas a parte e continuando a falar do assunto “EU”, na verdade eu não paro de escrever, talvez eu pare de postar, no fundo acho que sou artista e gosto de viver fases como Pablo Picasso, por exemplo. Mas quando chegará meu período rosa? Não saio do azul e nem agüento mais pintar Guernicas por aí... (Para os que não entenderam existe o novo pai dos burros o “Google”).
Aí vi algo que valeria a pena falar que é a nossa gloriosa Bienal do Livro...
A Bienal pra mim é mais uma das propostas que são propostas, porém que não seguem o que foi proposto... Vou explicar melhor, ou na verdade tentar...
A proposta inicial da Bienal é a de levar o interesse pela cultura dos livros a uma parcela da população que não tem acesso a tal cultura, mas é isso que acontece??
O que é visto na Bienal é uma verdadeira festa que promove de tudo, menos a leitura em si, já que os preços dos livros são caros para uma população menos favorecida e quem acaba comprando os livros?? Os mesmos de sempre.
O problema da leitura pra mim vem do colégio que obriga os alunos a ler todos aqueles livros super chatos do século passado como “A Senhora”, “A Moreninha” “Dom Casmurro” entre outros, eles podem ser clássicos?? Sim... E tenho muito respeito por todos, mas vamos concordar que para uma criança de 12 anos, todos são um saco...
A falta de interesse pela leitura começa aí, em que livros chatos são forçados a serem lidos para satisfazer aquela professora meio velha que da aula de Português e vai passar um pequeno teste sobre o livro, não existe um prazer pela leitura... Mas sim obrigação.
Aí chega a Bienal que para o aluno de colégio é uma grande festa, é um dia sem aula ou praticamente um passeio, em que você vai pra zoar e pegar aquela garota que você é doido pra ficar no ônibus do colégio...
Aí você acha que eles vão para lá para ler algo?? Vão economizar o dinheiro do joelho pra comprar um daqueles livros de preços absurdos? No máximo que eles fazem é quando os pais dão um dinheiro para tentar “incentivar” esse hábito, eles comprarem uma merda lá qualquer só para voltar pra casa e mostrar a família um certo interesse, e pronto... Já garantiram pelo menos mais um mês de mesada...E o livro se enche de pó na estante de casa... Junto com as enciclopédias da Barça
A verdade é que quem a Bienal realmente quer atingir sai de lá do mesmo jeito que entrou: Cagando para os livros...
Aí pergunto, vale a pena esperar dois anos pela Bienal??? Eu prefiro muito mais esperar quatro pela Copa do Mundo