quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Panorâmico

Um “quase”
Como um telefone importante que falta um número
Do que serve?
Vale à pena tentar mais nove vezes?
Dizem que cavalo selado só passa uma vez
Pra mim tanto faz
Não ligo pra cela
E nem sei andar de cavalo
“Fronteira da Vida” deixou de ser um limite
Passou a ser um restaurante a beira da estrada
Com uma comida de merda
Amigos vem e vão
Os bons vem
Os nem tão bons vão
Mas quando voltam são bons
Engraçado como tudo é uma questão de comodidade
O cinza do caminho agora é belo
Cheio de verde
Eu nunca gostei muito de cinza
E Não sabia mas no fundo eu gosto de cores
Gosto porque não tem donos, podem ser de todo mundo
Gosto do que não tem dono...
Ultimamente tenho tocado na minha orquestra
Mas o meu som é tão sozinho
Só tem eu
É baixo e ninguém escuta...
Ando por aí procurando gente
Mas quem?
Será que tem alguém interessado na orquestra do “Eu sozinho”?
To procurando
Mas ta escuro
Cadê a luz?
Cadê a vela?
Serve uma usada mesmo
Eu quero é iluminar
Mas não posso negar
Que até o escuro tem seu lado bom
Só assim não vejo coisas que não queria ver
Até quando?
A vida podia ser um elevador panorâmico
Daqueles que a gente sobe
Ou desce
Olhando tudo que acontece
E quem sabe só desse jeito
Eu saberia
Quem realmente se foi
E quem ainda está me olhando
de longe...

2 comentários:

Meu Blog Chegou disse...

É. Eu tbm me pergunto vez ou outra se tem alguém me olhando de longe - e principalmente pq não vem ver de perto...

Paulinha disse...

Gostei muito da poesia, Dudu! O texto remete os ciclos da vida quanto a história dos amigos que vem e vão o elevador panorãmico...Tb tenho a curiosidade de saber qm está olhando de longe e pq n vem ver de perto.