terça-feira, 30 de junho de 2009

O mundo anda tão complicado

Pegando gancho em uma linha mais light de escrita (aproveitem porque dura pouco) estive pensando ou tentando entender de onde vem a afinidade. Por que gostamos de alguém ou não gostamos antes mesmo de conhecer.
Na infância e na adolescência todo mundo já viveu aquela história de “não vou com a cara”, seja sendo a pessoa que fala ou a que escuta. Mas porque as amizades que surgem na infância e na adolescência são mais duradoras? Normalmente os grandes amigos que levamos para a vida surgem nessa época, por quê?
Alguns podem dizer que é porque nessa fase da vida que geralmente temos menos responsabilidade, nossa vida se resume a estudar e com isso temos mais tempo livre para interagir. Será só isso? Tenho uma visão diferente, e acho que nessa fase da vida as pessoas são elas mesmas, não usam tantas máscaras, não tem tanto medo ou pudor de se envolver com alguém, elas são mais simples, menos interesseiras, se contentam com pouco ou quase nada.
Pare pra pensar como antes todos se divertiam muito mais com muito menos, as situações não precisavam ser grandiosas para ser especiais. Bastava alguns bons amigos, algumas aventuras e pronto, estava ali uma história para a vida inteira.
Com o tempo tudo fica muito complicado, as coisas têm que ser grandiosas demais para serem legais e as pessoas tem que dar cada vez mais para parecerem interessantes, existe no fundo uma disputa por certas amizades, pessoas acabam sendo quem elas não são, para parecer mais legais pra alguém, triste né?
A afinidade passa a se restringir com quem está perto de você, as opções diminuem, falamos com muitas pessoas, mas não conhecemos ninguém. Temos listas cheias de amigos no MSN e no Orkut e não sabemos nada sobre eles, apenas o superficial e no máximo descobrimos a tão perguntada “boa do fim de semana”.
Pare pra pensar nas últimas pessoas que você conheceu e tem contato, o que sabe sobre ela? Sabe dos pais? Sabe se tem irmãos? Sabe do que faz? Dos Sonhos? De nada adianta saber pra onde foi ou vai, se não sabemos quem cada um realmente é.
O mais engraçado é que às vezes jogamos fora anos de amizade por um simples desentendimento e aquela pessoa que era seu confidente, seu amigo, acaba sendo apenas mais um de uma multidão de pessoas que ficaram pra trás, e depois de um tempo você já nem lembra o porquê.
Mas voltando ao assunto principal, por que escolhemos alguém para ser amigo? Será interesse? Será alguma idéia em comum? Será aparência? Será falta de opção? Eu prefiro acreditar que é destino, pois em um mundo em que temos cada vez mais conhecidos, e menos amigos, é o que me resta acreditar...

domingo, 28 de junho de 2009

O Portão

Em um mundo cada vez mais corrido (toda redação do 2º grau eu começava assim) as relações interpessoais ao vivo (isso é redundante? Acho que não né) ficaram cada vez mais distantes.
Amigos, namorados e afins estão se vendo cada vez menos devido toda a tecnologia de telefones, e-mails, sites de relacionamentos que suprem aparentemente toda essa barreira de tempo. Cada vez mais as palavras, sejam elas escritas ou não, estão mais fortes, e uma dúvida fica no ar: A comunicação só existe com palavras?
Os gestos estão ficando cada vez mais frios e distantes, o MSN até tenta fazer aquelas carinhas, mas é tudo tão confuso, frio e sem sentido. Os olhares apaixonados ou de desprezo para onde foram? A mentira ficou mais fácil de ser dita, o olho no olho já virou uma coisa démodé. Hoje em dia só escrevemos, escrevemos e escrevemos (inclusive esse que vós falas).
Passamos horas de frente para o computador, horas nos telefone e assim achamos que estamos mantendo contato com aqueles que gostamos, e estamos sim, mas é o bastante?
Para onde estão indos os olhares apaixonados? Os pequenos gestos de carinho, aquele momento de silêncio em que dizemos mais do que horas falando pelo telefone, para onde foram?
Estamos cada vez mais “experts” em descrever coisas, em publicar livros, em traduzir tudo o que sentimos para palavras, mas certas coisas não dá para traduzir...
È possível traduzir um olhar? É possível traduzir um sorriso? È possível traduzir um choro de saudade ou uma gargalhada sincera de uma situação realmente engraçada?
Um abraço ou o beijo consegue dizer muito mais coisas do que qualquer pessoa jamais pode contar. As palavras mentem, alguns gestos não. As palavras se perdem, são esquecidas, mas os gestos são eternos. Você pode esquecer o que uma pessoa te disse, mas duvido que esqueça o jeito que ela fez você se sentir, normalmente em momento em que ninguém disse uma palavra...
Felizes são aqueles que vivem intensamente de sentimentos e costumo sempre dizer que pra mim feliz de verdade deve ser o nosso Rei Roberto Carlos que certa vez cantou: “Eu cheguei em frente ao portão, meu cachorro me sorriu latindo...”

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Beat it

Já não me lembro ao certo quando foi a primeira vez que ouvi. Na verdade provavelmente não entendi uma palavra do que ele dizia, mas lembro que desde a infância as músicas de Michael Jackson fizeram parte da minha vida.
Lembro de quando ganhei meu tão sonhado Master System em 89 (sim, eu sou velho), o primeiro jogo que tive foi Moonwalker. Como eu e minha irmã jogamos aquele jogo.
Aí, ontem fico sabendo que Michael Jackson morreu e é estranho eu me chocar de certa forma com isso, até porque eu nem o conhecia ou nem sabia mais nada demais dele nos últimos tempos, mas eu fiquei no mínimo “pensativo” e comecei a refletir.
Quando pensamos em Michael Jackson infelizmente a música é deixada de lado e nos lembramos dos inúmeros escândalos, de suas fases brancas e pretas, de suas inúmeras cirurgias plásticas, suas atitudes extravagantes e estranhas, para só assim pensarmos na música.
Indiscutivelmente a música dele não pode ser criticada ou nem ao mesmo comparada, já que não podemos classificar a música antes e depois de Michael Jackson, mas pessoalmente realmente ele deixou muito a desejar.
Nós (inclusive eu) gostamos de mostrar o pior dos nossos ídolos, acho que porque assim nos sentimos mais próximos, meio que como se disséssemos: “Viu eles também erram, são pessoas como nós...” , procuramos sempre o pior, deixando em segunda mão todos os talentos e os feitos positivos daquela pessoa.
Alguém já parou pra pensar que talvez nós temos nossa parcela de culpa em tudo isso? Será que a histeria por determinado ídolo, a perseguição de veículos de comunicação, a falta de privacidade constante também não ajudam para certo desequilíbrio mental e emocional da pessoa? (mas a questão da pedofilia não tem justificativa)
Tudo bem, alguém pode dizer que isso é a escolha de cada um, sim é, mas no caso do Michael Jackson, será que realmente foi?
Desde criança ele era obrigado pelo pai a ensaiar, cantar e fazer shows não vivendo uma infância normal como toda criança. Sua vida foi totalmente dedicada ao showbizz, e isso sempre tem um preço.
Depois de um tempo fica muito difícil voltar atrás, o sucesso é um caminho sem volta para quem o alcança em proporções gigantescas e depois dele o que vem não tem nada de glamour.
Posso até me arriscar a concluir que nós podemos até não ser culpados pela morte de Michael Jackson, mas temos sim a nossa parcela de culpa por ele ter morrido sem ao menos saber direito quem ele era, sem ao menos saber mais se era animal, vegetal ou mineral...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

So se for alcalina...

Achei maravilhoso (no sentido irônico da coisa) ver que Maria da Graça “Xuxa” Meneghel processou a rede Bandeirantes de Televisão a pagar 4 milhões por mostrar suas fotos nua, da época que a mesma posou nua é claro, em algum programa lá do Leão Lobo, algo assim.
Deixo bem claro que não gosto do Leão Lobo e muito menos da Xuxa, mas isso eu acho uma palhaçada.
Por que ela tem essa mania de querer esconder de Deus e do mundo o que ela fez? Para o juiz ela alegou que sua filha Sasha (tinha que ser Xaxa o nome, mas esse povo não entende de Marketing)ficou sabendo do passado da mãe através da televisão. Por que ela não contou para filha que posou nua? Por que não contou que fez filmes eróticos com crianças? Por que não contou que namorou com o Pelé? (essa sim eu acho a maior derrota de todas).
Sem discutir a Xuxa apresentadora (da qual eu não gosto, porém sei que tem milhares de pessoas que amam), todos sabem quais os meios utilizados por ela para chegar aonde chegou, mas isso é outra história. Eu não a critico e não a julgo, só que me irrita profundamente ela querer posar a imagem de santa para todos como se ninguém com mais de 40 anos olhasse pra ela e falasse: “Já toquei muito pra ela...”
A Luciana Gimenez é ainda mais cara de pau, pois quer apagar um passado ainda mais recente. Eu não agüento quando ela faz aquela cara de chocada quando escuta uma letra de Funk, ou vê alguém falando de filme pornô... Será que o que ela fez ficou muito longe disso?
Aí eu entro na questão: Até onde as pessoas realmente mudam? Será que elas nunca foram o que foram, e sim sempre foram o que são, ou sempre foram o que foram e continuam sendo o que eram? Confuso né?
Engraçado também é que o povo tem memória curta para umas coisas e para outras não... Ou acho que fingem que não. Enquanto a vida da Xuxa sempre é atormentada com o passado no mínimo interessante dela; o Collor, Sarney e Maluf continuam na política até hoje, dá pra entender? Será que todos merecem uma segunda chance? Até onde existe realmente algum “ex” convicto? Dá para ser ex de alguma coisa que está no seu íntimo? Existe ex viado? Eu não consigo pensar em um ex viado, pois eu não conseguiria não gostar mulher. Por exemplo, mesmo se alguém falasse que isso era errado, ta dentro de mim, sou eu.
Com isso eu entro na fabula do escorpião que pica o Sapo, mesmo este o tendo ajudado e diz que aquilo é a sua natureza... Até onde conseguimos fugir de nossa natureza?
Pensando tudo isso, em todas as pessoas que até tentam de alguma forma negar a sua origem, mas no final não conseguem, eu criei a síndrome chamada “Rafael Ilha”, o nosso grande amigo ex Polegar (pelo menos ele conseguiu realmente ser ex alguma coisa) que pode se enquadrar em vários casos, todos em suas devidas proporções é claro, e consiste em a pessoa ter uma chance de mudar tudo que já foi e com isso começa a ir a igreja (o nome da igreja teria que ser fábrica de ex), ajuda os próximos criando ONG´s (o nome de algumas ONG´s tinha que ser “Me perdoe pelo que eu já fiz”), ficam bonzinhos, que chega dá até pena, e ajudam tudo e todos, mas um belo dia eles tem uma recaída (aí entra a história da natureza) e toda a bondade acaba, eles voltam a fazer o que faziam, deixam para trás todos os ensinamentos e são pegos de madrugada na maior cara de pau, doidos pra caralho, engolindo pilhas...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Pegue o Pombo, pegue o Pombo (lá lá lá lá lá lá)

Essas lendas que aparecem de quando em quando são engraçadas. Vire e mexe surge uma história de um amigo de um amigo (nunca ninguém é amigo direto, é sempre de alguém) que foi levado para um motel com uma mulher linda e acordou em uma banheira cheia de gelo com uma cicatriz nas costas e quando viram estava sem algum órgão (o órgão variava de história para história). Tinha também a história do cinema da agulha contaminada em que a pessoa pegava AIDS. Sempre tem a história de algum maluco que agarra as pessoas e tudo mais.
Essas histórias apavoram as pessoas demais e faz com que elas se esqueçam de coisas muito mais importantes e perigosas que existem por aí.
Por exemplo, os pombos. Todo mundo só sabe falar mal dos bichinhos. Falam que eles causam doenças e tudo mais. Pobre coitado do Pombo; tão bonito, o símbolo da paz, esperto, dificilmente se deixam ser pego ou atropelado, não picam ninguém, são doces, embelezam a cidade e tanta coisa mais. Tá certo, a coisa ruim no pombo é o cocô, o cocô do pombo é uma desgraça, mas tirando isso eu não vejo malefício nenhum no pobre bichinho, mas mesmo assim existem inúmeras pessoas que se preocupam mais com o pobre do Pombo do que com a higiene do corpo, se preocupam mais com o Pombo do que com a saúde, se preocupam mais com o Pombo do que em fazer atividade física, se Preocupam mais com o Pombo do que com a própria segurança. É minha gente vamos nos preocupar com coisas realmente importantes, pois conheço muito mais gente que morreu com ataque cardíaco, bala perdida, do que de doença de Pombo.

Justo, muito justo, justíssimo...

Estive lendo ontem (sim eu leio!) que uma eleição para vereador no Estado do Arizona foi decidida por meio de um jogo de baralho. Não, eu não estou fazendo nenhuma piada de duplo sentindo ou algum tipo de título pra chamar a pessoa pra ler, mas que na verdade não se trata daquilo. Pasmem, foi isso mesmo que aconteceu! Em uma cidade do Arizona a eleição terminou empatada e o desempate foi decidido no jogo de cartas já que a constituição da cidade permitia que o desempate fosse feito através de um jogo de azar e o vencedor foi o que tirou um rei de copas.
Agora vamos pensar friamente nisso, imagina você viver em uma cidade em que o futuro da política é decidido através de um jogo de azar. Imagina se a moda pega? Imagina se a nossa política tão bem estruturada também funcionasse assim? Estou até vendo mesas de pôquer sendo montadas, com bebidas, mulheres, charutos e pessoas falando: “O vencedor da próxima rodada leva a prefeitura” ou “Vou apostar meu Governo contra o Senado de vocês”, meio surreal né... Mas se existir essa possibilidade é isso que iria acontecer.
Eu teria uma solução melhor, em minha opinião as eleições aqui teriam que ser decididas através de um jogo de azar sim, através de um jogo de roleta russa, o que sobrar no final tem direito a se eleger. Justo não? Acho que só assim, no fim de tudo, poucos candidatos sobrariam para o próximo ano e duvido que dos que ganhassem iriam tentar a reeleição.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sonho meu

Uma música, uma platéia, um homem de meia idade me chama no palco eu vou sorridente, ele é engraçado, cativante e do seu microfone preso no pescoço pergunta: “De qual caravana você é?” E eu digo: “Parque Analândia” (a platéia vai à loucura). Esse durante anos foi um dos meus grandes sonhos da minha vida, ir ao programa do Silvio Santos e falar o nome da minha caravana. Quantos sonhos não perdemos ao longo da vida?
Quando somos crianças temos sonhos mais sinceros, mais puros e mais fantasiosos. Alguns a gente leva para a vida toda, outros não. Que menina nunca quis ser Paquita? Que menino nunca quis ser jogador de futebol? Confesso que até hoje tenho um sonho frustrado de não conseguir jogar uma Copa do Mundo, mas são coisas da vida.
Depois de certo tempo grande parte de nossos sonhos passam a ser ligados em aspectos financeiros, só o dinheiro movimenta o mundo? E as fantasias? Foram deixadas de lado?
A realização pessoal como fazer algo para realmente ser feliz já quase não existe, o que existe é uma verdadeira luta para se fazer o que dá dinheiro. Quantas pessoas quando vão escolher a carreira sempre tem a dúvida de: Fazer o que gosta ou fazer o que dá dinheiro? Não sou uma pessoa bondosa ou sem pretensões financeiras, mas porque vivemos em um modelo social em que nossos sonhos sempre ficam atrás ou depois do dinheiro?
Claro que precisamos de dinheiro para viver, precisamos viver bem, com conforto, mas porque não utilizamos uma parte de toda a ganância que temos, de toda vontade e insatisfação em querer sempre mais para realizarmos um sonho de alguém que precisa.
Certas pessoas têm um sonho apenas de uma refeição diária enquanto nós queremos um helicóptero... Mas isso aí é outra história.
Voltando aos sonhos verdadeiros e não os materiais. Por que nos distanciamos dos nossos sonhos de infância? Será apenas maturidade e falta de talento para determinado sonho? Ou será que aprendemos durante que quem sonha demais deixa a vida passar. Um dia espero que a vida seja muito mais levada pela vontade do que pela necessidade, alias sonhar não custa nada...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

La garantia soy Yo...

“Beira Mar é Beira Mar e o Parque é o Parque...” Essa poesia do Funk retrata bem o conceito de algo obvio, não é? Mas existem coisas que podem ter pontos de vistas diferentes como: um copo cheio é um copo cheio sempre, isso é uma verdade e não pode ser mudada, mas aí entra a questão do ponto de vista, um copo cheio pode estar um pouco vazio ao invés de cheio e voltamos àquela baboseira de sempre.
Outras verdades são absolutas como: precisamos de ar para respirar, precisamos de água para sobreviver, e o Flamengo é o melhor time do Brasil (tinha que provocar né).
Mas a questão aqui não é a verdade, pois ela não me interessa tanto, mas sim a mentira. O que é mentira? Tudo que não é verdade é mentira? Todos que não falam a verdade são mentirosos? Tentarei ser mais claro...
Existem pessoas que quando bebem se acham ricos, fortes e bonitos, se eles realmente não forem isso tudo, isso é uma mentira? Isso os torna mentirosos? Quem sou eu pra julgar se eles são isso tudo? Se eles acham, eles são... A bebida, na minha opinião, é a maior formadora de pessoas semi-honestas do mundo, pois tudo que é dito sobre o efeito dela, para a pessoa, é verdade... Logo não é mentira.
Um louco que vê coisas e acha que tem um chip em sua cabeça (um abraço para todos os Tarsos desse meu Brasil) pode ser considerado um mentiroso?
A mesma coisa eu acho sobre o modelo de algumas provas em que professores corrigem suas idéias. A mesma prova pode ter notas completamente diferentes dependendo de quem a corrige. Quem é quem para julgar idéias de alguém? E eu que nunca tive pensamentos convencionais sofri muito por ser incompreendido (aqui entraria uma carinha triste)
Mas volto pra mentira e digo que ao contrário da verdade que é verdade, a mentira nem sempre é mentira. A mentira pode ser considerada apenas mentira quando sabemos que aquilo que estamos falando não é verdade, caso contrário pode ser engano, equívoco, maluquice, mas nunca mentira. E a tese que isso tudo gera e que causa grande furor em pessoas honestas e puras (entende-se honestas e puras por chatas) é formada para ajudar todos aqueles que precisam de um motivo para falar algo um tanto quanto inverossímil que é: se eu acredito, não é mentira..

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Há tempos

Quem já não quis se teletransportar para algum lugar, pois estava sem saco e queria que todo o tempo do trajeto passasse logo. Quem nunca quis ter um algo para paralisar o tempo para que aquele minuto durasse uma eternidade? Isso tudo é um clichê poético daqueles bem baratos, mas todos passaram por isso...
Em que está ligada a nossa percepção de tempo? Por que algumas coisas passam rápido demais enquanto outras demoram a acabar? A gente sempre acha que o tempo está contra nós, por quê? Será só uma questão de estarmos distraídos? Por que uma aula chata demora tanto a passar? Por que em um jogo de futebol quando o time está ganhando demora, quando perde o tempo voa? Em que está ligado tudo isso?
Os dias às vezes passam lento, se arrastam e sempre alguém solta aquela “Dá nove, mas não dá seis...”, mas mesmo assim depois fala: “Nossa esse ano voou...”. Será que o ano realmente voou ou foi a nossa não realização de certas coisas que faz parecer que o ano passou e não realizamos nada? Contraposto tudo isso existe dias em que fazemos tantas coisas e é por isso achamos que o dia passou rápido... O tempo tem regra?
A angústia da espera é longa assim como uma noite mal dormida de sono. Já os cinco minutos há mais na cama parece meros dois segundos.
Não sei ao certo, mas a percepção de tempo pode estar ligada com a própria preocupação com ele, quando esquecemos que o tempo existe, ele passa a não existir realmente. Já quando nos importamos com ele, olhamos para o relógio mil vezes e nada muda.
Quem dera se pudéssemos ter um controle remoto como aquele do filme “Click” em que coisas chatas das nossas vidas pudessem passar voando e segundos que a gente sempre quis relembrar pudessem voltar a qualquer momento.
Mas na realidade essa é a graça da vida; saber que o tempo que a gente gasta é uma vez só, seja rápido, lento ou normal... Ele não pode voltar...

Vai um pedaço aí?

Desculpe a todos os leitores desse blog por não ter postado nada ontem (entende-se todos por Pai e Mãe), mas foi porque estava sem saco. Mas hoje estive pensando...
A obesidade no Brasil e no mundo está tomando proporções assustadoras e está indo totalmente contra o fluxo de melhora de qualidade de vida e distribuição de renda. Mas por que quanto melhores informados ficamos, quanto mais dinheiro temos, quanto mais expectativa de vida é criada pior comemos?
E quando eu falo de problemas com alimentação não falo somente de obesidade, pois existem pessoas magras com anemia, desnutrição e etc.
Com a correria do dia a dia e a melhoria na renda, alimentos como biscoitos, conservas, congelados, enlatados e tudo sem valor nutritivo fazem mais parte ainda da nossa refeição diária. Mas já que o governo se mete em tudo, por que não faz algo para isso também? Por que não incentiva o consumo de alimentos mais saudáveis? Em um futuro não muito distante ele também terá que arcar com o problema causado por má alimentação, assim como ocorre com o cigarro, bebida e etc.
Outra barreira encontrada para quem pensa em se alimentar bem são as festas. Se você não está em um meio de pessoas naturais, tenta não beber refrigerante ou cerveja em uma festa e vai beber o quê? Água... E comer, vai comer o quê? Existe em festas um tremendo descaso com pessoas que querem se alimentar bem, porque se você não come salgadinhos, doces e coisas do tipo é melhor levar um lanche de casa, pois sua situação está braba.
Por mais que a gente ache que é conversa, um dia pagaremos por problemas que nós estamos causando a nossa saúde com uma falta de alimentação adequada, pois como dizem os nutricionistas, a gente é o que come... Ou ultimamente, o que não come.
E não aguento quando vejo mulheres conversando... "Nossa essa calça me engorda tanto", parafraseando meu pai eu digo... A calça não engorda, o que engorda são as porcarias que você come...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sorria você se f...

Confesso que fiquei feliz em conhecer o conceito de cooperatividade e com ele descobrir que existem modelos de jogos em que todos ganham... Por que a nossa vida toda não poderia ser assim?
É meio chato saber que para você ganhar muitos tem que perder, e quando você perde na maioria das vezes alguém ganha ou vai acabar ganhando...
Alguém já parou pra pensar que para toda vitória obtida quase sempre tem uma derrota?
Para cada primeiro lugar existem tantos que ficaram para trás, para cada urso de pelúcia que é pego na máquina quantos já não conseguiram? Quantas moedas são gastas nas máquinas de caça-níqueis para enfim alguém ganhar? Em filmes, seriados, novelas e afins quando o mocinho ganha um guerra sozinho (tipo Rambo ou Bradock) quantas pessoas não morrem por isso? Para alguém se livrar de perseguições quantos não são atropelados? Em explosões, quantos não se ferem?
Podem não parecer, mas cada pessoa daquela é uma vida (figurantes em caso de filme, mas uma vida) e estamos tão acostumados com esse modelo perde/ganha que nem nos damos conta de toda a dor daqueles que perdem ou daqueles que se dão mal mesmo não tendo nada a ver com a história. Vencer está acima e tudo, custe o que custar (viva Maquiavel).
Já que não se pode mudar muito do que existe, pelo menos todas essas relações poderiam ser mais sinceras e para cada palito de picolé premiado que fosse ganho poderiam existir 10000 escritos: “Que pena você se fudeu...”

segunda-feira, 15 de junho de 2009

E depois do fim?

Não, esse texto não é sobre reencarnação, espiritismo ou qualquer outra religião.
Alguém já parou para pensar o que acontece depois do fim? Continua vaga essa pergunta, mas em filmes novelas, seriados e afins, alguém já parou para pensar no que acontece depois do fim?
Será que depois daquele último capítulo, da última cena, de quando os créditos aparecem na tela... Não existe mais nada?
Será que aquele casamento tão esperado e atrapalhado pela vilã foi perfeito? Será que eles não brigaram por nada? Nem pela pasta de dente? E TPM? Ela não teve?
Será que aquela última conversa em que cada um vai para o lado é definitiva? Eles nem se ligam uma vez que seja para tentar resolver o que ficou pra trás?
Sempre fico me perguntando nessas obras fictícias o que acontece depois. A vida não pode terminar ali. E se devido a algum daqueles ferimentos ele morrer depois? Será que ele será preso por roubar algum carro em momentos de perseguição? Será que ele foi perdoado de todos os crimes que cometeu? E a nova vida que começa depois dali? E o vilão que foi preso, será que foi realmente condenado? Nunca mais saiu da cadeia? E o cara que saiu com a cunhada, nunca mais teve uma queda pela irmã dela? O amor é descoberto para sempre de uma vez só? Aquela que voltou para casa depois de um fim de semana e pediu para ele não mais a incomodar, nunca voltou? Ele nunca incomodou?
Os finais geralmente amarram todo o contexto da história, mas depois daquilo há tantas possibilidades que sempre me faz pensar no depois e talvez por isso goste tanto continuações, mas o depois sempre gera o depois, e o depois e etc...
Gosto dos filmes que falam do que acontece ao longo da vida (poucos), que falam do personagem e que aconteceu isso ou aquilo com ele, que ele fez tal coisa no ano, se separou, casou de novo, entre outras coisas.
Deve ser por isso que eu gosto tanto quando os personagens principais morrem no final. Só assim eu sei o que acontece depois, e guardo minha imaginação para coisas mais úteis...

domingo, 14 de junho de 2009

Não é o que não pode ser que não é...

Um feixe de luz entrando pela brecha de uma janela de um quarto totalmente escuro pode ser interpretado como o quê? Eu interpretarei como algo, você como outra coisa e mais alguém talvez como nada...
Existem respostas exatas para certas interpretações? O que leva interpretarmos de maneiras diferentes a mesma coisa? Vivências? Conhecimento? Sensibilidade?
Acho que a resposta para isso é muito complexa e na verdade não me interessa saber. O problema é o que realmente definimos como culto ou não?
Certos artistas renomados falaram coisas de difícil entendimento e todos acharam o máximo (inclusive eu), mas se outra pessoa não tão renomada dissesse as mesmas coisas?
Se um poema de Drummond fosse escrito por um mendigo, seria considerado belo? Se as letras do Chico Buarque fossem escritas por um MC, seriam tão bonitas? E um quadro de da Vinci seria tão arte se fosse pintando com o pé de um deficiente físico no centro da cidade?
O que é considerado cultura? Será que a cultura seria realmente cultura se uma grande parcela da população tivesse acesso?
A cultura como nós conhecemos (não a cultura de um povo), mas a cultura intelectualmente falando é considerado cultura porque é restrito, e por ser restrito, o seu valor de retorno é alto (pense no absurdo de ingressos de teatro). Não existe um interesse para o que é considerável cultural chegue ao conhecimento popular, porque desde o momento que ela chega aos grandes meios de massa ela passa a não ser mais um produto cultural.
Será que se tudo isso chegasse à massa, não faria sucesso?
Voltando ao assunto música, a letra “Fico Assim Sem Você” da dupla de Funk Claudinho e Bochecha era apenas mais uma de Funk, mas quando a Adriana Calcanhoto grava e muda a melodia passam a achar a música poética, ela toca em rádios de “elite”, e tudo mais... Será que só a melodia fez a diferença nesse caso? Ou será que criamos estereotipo em artistas que só fazem um tipo de música popular e tudo que eles irão fazer daqui para frente será sempre popular e sem valor cultural?
Entre outras palavras o que pode se constatar é que o valor da obra não está na obra em si, mas sim em quem a faz, para quem é feito e lamentavelmente porque razão se fez...

O Silêncio seria mais barato

São tantas datas economicamente viáveis que fica difícil se lembrar de todas. Dentre elas estão: Natal, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e o grande vilão: o Dia dos Namorados.
Mas antes de entrar nesse quesito vamos pensar o que impulsionam todos a comprar? Essas datas são meramente comerciais e mesmo assim geram em todos nós que não participamos dela um verdadeiro mal estar.
Não dar um presente de natal para uma pessoa querida, não dar um ovo de páscoa, não comprar lembranças para pais, mães e crianças é algo totalmente inaceitável, mas por quê?
Crescemos em uma sociedade consumista em que grande parte do seu lucro vem do comércio e por isso desde criança vivemos um apelo quase fascista em torno de algumas datas comemorativas.
Mas e o dia dos namorados? Ah, essa data é um caso totalmente a parte.
O Dia dos Namorados é talvez a data que gere o maior mal estar dentre todas as citadas acima, até porque nesse caso temos uma possibilidade de variáveis a serem pensadas e estudadas.
Além do caso óbvio da data: namorado/namorada, nesse novo modelo que vivemos de “conhecer”, “affair” e “ficantes”, o Dia dos Namorados se torna ainda mais interessante.
Quando se está ficando com alguém e você acha que é sério, sempre vem àquela dúvida: “E aí, dou ou não alguma coisa?” “Melhor não, não quero que pense que acho que sou namorado” “Mas e se ela me der algo?” “Vou ficar meio sem graça de não ter dado nada...” “E se só eu der algo? Vou ficar sem graça dela ficar sem graça de não ter me dado nada também”, entre outras possibilidades existentes.
O dia dos namorados gera uma cobrança excessiva das pessoas em saber o que vão comprar, o que comprou ,o que ganhou e o porquê não deu ou não ganhou?
O mais engraçado nisso tudo é que por que nós não nos apegamos em outras datas talvez mais importantes para a sobrevivência da humanidade como a Hora do Planeta, por exemplo.
A verdade para mim é que existem mais pessoas dispostas em gastar rios de dinheiros em datas comerciais, do que ser capaz de respeitar 1 minuto de silêncio por alguém que se foi.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Quem precisa?

Preferencial é uma preferência, certo? Mas por que lugares ou filas preferenciais são obrigatórios?
Já experimentou parar em alguma fila preferencial e algum idoso ficar atrás de você? Eles ficam resmungando, falando e reclamando como se o fato de você se encontrar naquela fila fosse um crime.
Outra coisa que pode ser observado ou no caso melhorado é que para essas filas, vagas, assentos, estacionamentos e o caralho a quatro preferencial, poderiam existir um critério, e não somente ser porque é.
Poderia haver um bom senso, já que acredito que não é porque o senhor ou senhora tem 65 anos, que ele não pode ficar na fila mais tempo que um jovem de 18 que esteja enfermo, por exemplo. Existem senhores tão necessitados que correm, fazem cooper, se exercitam e alguns visitam casas de massagens, mas na hora de uma fila eles fazem aquela aparência de frágil com cara de chateado igual ao do Gugu quando conta noticia triste e se acham no direito de ser o primeiro que você. Apenas a idade dá essa vantagem ao ser humano? Ou pessoas que levam filhos para o banco só para ficar menos tempo e não porque realmente não tem com quem deixar os filhos?
A cota de deficiente é um pouco mais completa, pois existem certos tipos de deficiência como um homem que não fala ou que não tem um dedo, que faz tudo normalmente e poderia ter uma vida normal e ficar na fila normal como qualquer outro.
Assentos preferenciais para alguns casos também é desnecessário, por que um obeso tem que ter um assento preferencial? Tendo benefícios, alguns obesos (tirando aqueles que têm algum distúrbio), continuaram a não emagrecer, já que assim está dando um suporte (benefícios) para que eles continuem acima do peso.
O que falta nisso tudo e confesso que em mim também é a falta de bom senso para sabermos realmente quando e em qual situação devemos realmente usar ou não certos benefícios, pois se todo mundo que estivesse debilitado realmente ou que merecesse uma atenção especial tiver uma fila privativa, em um mundo não muito sem nexo do que esse que vivemos, existiriam mais filas do que pessoas.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A minoria de maiores ou vice versa

O assunto cotas nas universidades foi um assunto que me deixou um pouco irritado quando surgiu (até porque era meu ano de vestibular né). Hoje em dia confesso que por desatualização e desinteresse sei pouco sobre esse assunto, mas o que sei é o suficiente para mostrar que não sou a favor (novidade eu não ser a favor de algo...rs).
Acho que as cotas feitas pelo governo foram para tentar acabar com o problema que existe na base, assim é muito mais fácil. Ao invés de consertar a educação do ensino público, você abre vagas para pessoas que não tem reais condições acadêmicas para cursar uma universidade (não todas as pessoas), ao invés de melhorar o ensino no desde o começo e fazer com que todos os estudantes cheguem de maneira a brigar por de uma maneira justa como qualquer outro estudante da rede particular.
Isso é para ilustrar que em minha opinião certos benefícios são totalmente discriminatórios. O Governo fazendo cota de vagas está dando um atestado totalmente errado de que esses estudantes são incapacitados e precisam de alguma ajuda.
Outros exemplos que podemos inserir são certas datas comemorativas unilaterais que existem, como o dia da mulher, por que não existe também o dia do homem??? O dia da consciência negra? Por que não existe o dia da consciência branca??? Ou o dia do orgulho gay, por que não existe o dia do orgulho Hetero?
Essa distinção não deveria ser feita, pois antes de tudo, todos somos seres humanos iguais e devemos ser respeitados como tal.
Essas datas são uma maneira de você expor uma fraqueza às vezes não existentes de certas classes (se assim posso chamar), e essa exposição tem o efeito contrário já que ao invés de fazer com que todos sejamos iguais, mostra um lado da diferenciação como se determinada classe ainda precisasse de ajuda.
Se a sociedade e o Governo continuarem a tampar o sol com a peneira desse jeito, em breve teremos um feriado que é o dia do desempregado de 60 anos, moreno, que tem diabetes.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Lagoa Azul

Todo casamento é sempre a mesma coisa, alguns mudam em detalhes, mas em si é a mesma coisa...
Primeiro sempre tem aquela cerimônia chata que sempre demora a começar. Aí começa e você tem que ficar maior tempão esperando todo mundo passar desfilando. Os padrinhos, dama de honra, etc... Vem a noiva que pode ser a mais feia do planeta que todas as mulheres suspiram e dizem sussurrando: “Amiga, você ta linda...”
Pronto, chega a hora de sentar e esperar o sermão antes do fim (antes disso se levanta e senta milhões de vezes)
Acaba... E chega a festa, hora mais importante de um casamento, tem sempre uns malandros que chegam na hora que ele já começou e diz “Desculpa, tive um contratempo”... Ou então, “vamos sentar logo, que ninguém percebe que a gente só chegou agora”.
Quando ela começa, todo mundo até esquece porque está ali. Sempre tem umas comidas meio exóticas de ameixa que ninguém come(mas sempre fazem porque acham que é chique) e uns bobozinhos de camarão minúsculos que nem tem camarão (mas que todo mundo come mesmo assim).
As músicas são sempre as mesmas, principalmente a sequência flashback que anima todas as tias mais soltas com “YMCA”, “It´s rainning man”, “I will Survive”, "Macho Man" e um repertório vasto de anos 70.
Para expulsar a galera mais chata que cisma em não ir embora começa aqueles funks bem antigos,” Princesa”, “Rap da Felicidade”, “Rap do Festival” (em que todo mundo erra a parte do sangue-areia) entre outros.
A festa chega o fim, e é certo que alguém vai criticar e falar: ”Não gostei da azeitona da empada”, “O croquete tava frio”, “Achei tudo muito pobre.”
Quem nunca foi a um casamento assim? Quem foi em algum casamento que não foi assim?
A questão é, para que se faz uma festa dessas? Dizem que é para sermos testemunhas do amor de um pelo outro. Mas e quando se divorciam? Alguém já foi testemunha de algum divórcio? Se eu testemunhei o início, porque não testemunhar o fim?? Todo o divórcio também teria que ter festa, música, salgadinho, bobó de camarão, igualzinho... Isso sim seria justo.
Mas o ponto não é porque elas se casam, mas sim porque se divorciam? O divorcio para mim não porque alguém não agüenta mais o outro, mas sim porque eles querem achar algo melhor do que eles já tem...
Se o casal fosse o último sobrevivente do mundo, eles se divorciariam??? Vejo no caso do grande filme “A Lagoa a azul” ou acho que o “De volta a Lagoa Azul”... Eles são bem e felizes, até porque não existe ninguém lá, só os dois... Agora quando aparece mais gente, pronto... Eles quase se separam...
Por isso que eu digo: Felizes são eles da Lagoa Azul, que não se casam, não se divorciam, e nem vão a festas de casamento.

Um morto muito louco

Morrer não é nem um pouco engraçado, ainda mais para quem fica... Mas vamos concordar que até existem modos engraçados de morrer.

Tirando todo o lado mórbido que o assunto causa é sempre hilário quando alguém morre em assuntos ligados a sexo.

Todo mundo solta aquela risada de canto de boca quando descobrem que aquele empresário de 97 anos morreu enquanto tinha relações sexuais com sua namorada de 18, ou que uma senhora morreu enquanto tinha orgasmos com o marido 20 anos mais jovem, cai entre nós, todas são ótimas maneiras de se morrer. (Viva o Viagra)

Mas o que me deixou assustado foi o caso do ator David Carradine que morreu enquanto se masturbava, assim como dizem ter ocorrido com Michael Hutchence (vocalista do INXS). O curioso era que ele estava dentro de um armário, nu (pelo menos algo de tradicional) se enforcando... Meio estranho né?

Não sei se eu queria morrer desse jeito (na verdade eu não queria morrer, queria ser uma espécie de Highlander, mas como não tem jeito), até porque é bem diferente você morrer como um garanhão pegador, do que como um punheteiro exótico...

Mas enfim, confesso que a primeira instante que me toquei nisso tudo, só pude pensar em uma coisa... "Meu Deus, punheta mata..."

domingo, 7 de junho de 2009

E se fosse...?

Esses acidentes aéreos e mortes trágicas são sempre muito chocantes. Sempre a sociedade absorve o luto e a dor dos parentes que nela se encontram, missas são feitas, organizações não governamentais sem fins lucrativos são feitas, tudo muito doloroso e intenso, mas e quando é diferente?
Não estou aqui para julgar a dor de vítimas de parentes, se uma dor é maior que a outra, pois como dizia Frejat: “Todo mundo é parecido quando sente dor” e realmente é, mas porque a sociedade não se sente tão chocada e vitimizada quando outros tipos de acidentes acontecem?
Acho que o que nos assusta nesse tipo de acidente, o que é comovente é a sensação de que estamos imunes ao acaso do destino, de que qualquer coisa realmente pode acontecer a qualquer pessoa.
Porque quando existe uma rebelião em um presídio, não nos choca tanto?? Porque não procuramos tantas respostas? Porque quando um caminhão rola de alguma ribanceira com centenas de romeiros, merece apenas um destaque de 15 seg no telejornal local? Moradores de rua sofrem chacinas e todos dizem que é um absurdo e só...
O afastamento de determinadas situações, fazem com que inconscientemente nos não nos importemos com elas, mesmo que uma vida perdida ou tirada, tenha a mesma dor e perda para todo mundo.
No caso do airbus 447 que caiu e deixou mais de 200 vítimas é muito triste, a nossa busca por corpos por destroços é diária, é constante, o amparo que a mídia e a sociedade dão para os parentes é muito forte, comovente e realmente necessária. Mas agora eu pergunto... E se fosse um caminhão de bóia fria???

sábado, 6 de junho de 2009

Depois da do papagaio...

Sei que sou suspeito para falar, mas realmente acho essa lei seca uma palhaçada.
Primeiro, ela não existe para proteger os cidadãos contra acidentes de trânsitos, atropelamentos e imprudência em geral, mas sim para proteger o governo contra gastos com hospitais, reconstituição de rodovias, postes, etc...
Não sou realmente a favor de o cara sair bebendo e dirigir (apesar de ser adepto dessa filosofia de vida) e realmente acho que o governo não pode ficar gastando parte de seu orçamento que seria para melhorar o bem estar da população e não para arcar com merdas que alguns fazem por aí.
O ponto que tenho para criticar essa lei seca, primeiramente é o seu método de medição para saber se o indivíduo esta ou não apto para beber, pois existem pessoas que com 1 copo(a grande maioria) está em totais condições, e mesmo assim corre o risco de por fazer um brinde, ser tratado como um criminoso... Lamentável
O outro ponto, talvez o mais importante, é a falta de estrutura que a nossa sociedade nos dá para transportes alternativos, principalmente no horário da noite. A falta de segurança não precisa ser comentada assim como a falta de transportes públicos na madrugada. Por isso, acho engraçado quando leio aqueles adesivos nos ônibus “Bebeu, vá de ônibus”, alguém já tentou pegar um ônibus de madrugada? Existem ônibus da madrugada? Os que existem, são seguros???.
Ah, você pode dizer que existem táxis disponíveis 24 horas do dia. Sim, existem, mas será que toda a parcela da população pode arcar com táxis em todas as ocasiões que estejam procurando uma distração?
O que está acontecendo, é que o direito de algumas pessoas de beber e dirigir estão sendo tirados, e nada é feito para substituir isso, nenhuma solução foi dada nem nada.
Pessoas estão sendo presas e marginalizadas por operações gigantescas acompanhadas por veículos de comunicação que tratam trabalhadores que procuram um tipo de diversão em verdadeiros vilões, sem que nenhum tipo de defesa seja dado.
Não estou aqui para criticar a campanha de lei seca, ou se é certo ou não beber, mas sim a falta de estrutura que é dado para a pessoa que trabalha a semana inteira e quer no fim de semana, sair e beber talvez duas cervejas com os amigos.
Enfim, em um futuro não muito distante, quando eu comprar uma dessas revistas de piadas, logo após as dos portugueses e do papagaio, virá a da lei seca...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Super Marketing

Não, esse artigo, ou seja lá o que for isso, não é sobre marketing. Ah, também não é sobre aquele programa de supermercado em que as pessoas saiam comprando as coisas no carinho e enchendo, sempre tive um sonho de fazer aquilo.
Eu também adianto que nem sou aquele tipo de pessoa radical, que odeia tudo e todos, que tudo critica que tudo acha feio e um absurdo. Sou bem tranqüilo, daqueles que acha tudo bem legal... Mas... Sempre tem um, mas... (adoro reticências)
È impressionante o valor que a mídia dá para os filhos recém nascidos de celebridades e transforma mães comuns em Super Mães com o discurso: “Nossa, ela fez show e ainda amamentou o filho...” “Ela faz novela e ainda tem tempo de ser mãe...” O que isso tem demais? Porque o fantástico tem que passar uma matéria da Claudia Leitte no trio na Bahia levando o leite para o pequeno Davi. A parada para levar Leiite, parecia visita de chefe de Estado, com policiais, enfermeiros, helicópteros e tudo.... Surreal!
Ela não poderia ficar alguns meses sem fazer show??? Isso sim seria ser Super Mãe, abrir mão de todo o dinheiro por algum tempo para se dedicar ao filho. A superexposição não causa danos a mãe, mas causa para a criança que com meses de idade já é celebridade e se vê obrigado a viajar todo o país atrás de turnês, fotos, capas de revistas, feiras agropecuárias (sim podem acreditar).
Desculpe a sinceridade, mas me espanta que uma criança dessas tenha tipo apenas Meningite.
O que a mídia faz é dar um grande mau exemplo para a sociedade (já que tudo é mau exemplo, porque isso também não seria?), mostrando o lado fácil de ser mãe, pois com 5 babás, 15 enfermeiras, 4 cozinheiras e 57 empregados tudo fica muito mais fácil e romântico. O filho nasce e a vida continua, as vezes elas tem que até que pegar o filho no colo, colocar pra dormir e posar para uma foto ou documentário... Tudo em nome da arte.
Mas podem dizer o que for, pois pra mim, Super Mãe é aquela que acorda cedo para levar o filho a escola, que fica horas na fila do médico, aquela que tem amor, que tem que trabalhar, cuidar de filhos, da casa, e ainda ser feliz no final do dia.
Ser mãe não tem nada de romântico e lindo, por isso que para mim essa nova geração pode até ser super... Mas mãe não...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Arco Íris

E desde quando classe social é parâmetro para futebol???
Meio estranha essa pergunta né, mas o que sempre escuto quando falo sobre futebol com todo tricolor carioca que conheço é: “Mas a nossa torcida é a mais bonita..” E agora pergunto... E daí???
Engraçado como enchem a boca para falar do cheiro, da torcida, dos fogos, daquela coisa escrota do pó de arroz, se o futebol é jogado ali no campo...
O mais engraçado é pensarmos que vivemos em um mundo em que a renda é muito mal dividida (não precisa ser nenhum gênio da geopolítica para saber disso) e como um time com a grande maioria da torcida do Estado e do Brasil, não seria formado pela massa??? E como uma massa pode ser formada por apenas por classe A?
Mas vamos voltar a toda a classe tricolor de grandes doutores, pensadores, e formadores de opiniões que torcem e ficam suados da mesma maneira que todos os “favelados”, que choram como todos os “ladrões” e que ficam felizes como todos os “sem dentes”...
No futebol pouco importa se você é médico ou ex presidiário... O jogo que se vê é o mesmo.
Curioso é que como ter uma torcida linda, cheirosa e poderosa (salve, salve a vidaaaaaa) não livrou o time de jogar a humilhante série C em que ingressos eram vendidos a R$1,00... Mas não seria isso preço de favelado???
Ter uma torcida de “classe” como dizem, não os livra de derrotas, não os livra de estádios vazios (quase sempre), não os livra de salários atrasados, não os livra de tremer em jogos importantes... Futebol é feito dentro de campo, com amor, raça e principalmente com títulos (coisa que nem preciso comentar que o fluminense da classe, está atrás flamengo do povo).
Por isso a minha visão, de um apaixonado pelo time que torce e da torcida que tenho, sobre o Fluminense vem mudando de um tempo pra cá... Antes via o fluminense como um Tricolor de cores estranhas, time pequeno de torcida medíocre... Hoje, a coisa tem mudado um pouco, hoje o Fluminense pra mim já até deixou de ser tricolor e virou apenas um Arco-Íris meio sem graça...

Meus não Ídolos

Ta bem, tudo bem que nosso país é carente de ídolos, mas tem hora que forçamos a barra né?
Hoje em dia, basta qualquer um receber uma grande atenção da mídia, que pronto... Nasce um novo salvador da nossa nação...Viva “Sasá Mutema”
Eu não tenho nada contra os grandes meio de massa e sua tão discuta cultura de massa (a galera da comunicação social que o diga), mas nunca entendi muito bem porque um Big Brother que fica duas semanas dentro da casa já sair com um fã clube armado com mais de 10000 membros, uma dançarina qualquer, tipo essas do Faustão que nem se sabe o nome, ser exemplo pra alguém, ou um tal de Jesus que namora a Madona ficar conhecido mundialmente, quem é Jesus??? O que ele fez? Tem gente que já namorou mais que ele e você nunca ficou sabendo não é? O único que deveria realmente ser falado é o Cristo...
Mas isso é o lado ruim da tão idolatrada globalização e seu principal aliado a internet. Antes o cara pra fazer sucesso com musica, tinha que compor, produzir, gravar, pelar saco de gravadora, pelar saco de rádio, dar sorte, para ai sim, pensar em sucesso. Hoje em dia é fácil, pluga o vilão, toma um chá de fita cassete (disseram que em Denver isso é o maior sucesso), canta umas coisas nada a ver e pronto... Nasce uma estrela... Eu ouvi Malu Magalhães?
Ah que saudade dos tempos que eu não vivi, que ídolos eram os Chacrinhas da vida, Os Pelés e Garrinchas, as Elises Reginas, os Robertos, pessoas que realmente, seja da maneira que for, tinha algo para ser admirado... Ah que saudade de um tempo sem pânico na TV e que a nossa grande preocupação era se o horário do chaves tinha sido alterado...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ônibus

Semana passada, voltando para casa após o trabalho, peguei um ônibus sentido Zona Sul do Rio de Janeiro. Extremamente cheio, notei que existiam apenas 2 (dois) lugares no final do carro. Chegando lá, percebo que no lado esquerdo havia um torcedor do Flamengo (nada contra, também compartilho do mesmo gosto), com a camisa da década de 90 e na outra extremidade do ônibus um sujeito que na minha primeira avaliação tinha algum tipo de desordem.
Não precisei de muito tempo pra ter certeza realmente que era uma desordem, mas causada esta por psicotrópicos. Percebi ao longo do caminho que o cara repetia sempre os mesmos movimentos 3 (três) vezes. Cabeça para fora da janela, olhava pela janela traseira do ônibus, e mexia o braço, justamente pro meu lado.
De inicio pensei em ficar em pé mais a frente. Mas comecei a imaginar se não seria melhor continuar no meu lugar, porque se ele fosse assaltar o ônibus junto com seu amigo flamenguista, pelo menos eles pensariam que fui o único a achá-los completamente normais apesar dos repetidos movimentos em minha direção. Se ficasse em pé e o assalto se inciasse eles iriam de cara pensar que tive medo, ou que achei que iriam assaltar, e que estavam drogados, e aí sim, aí sim eu teria o desprazer de ser o primeiro a ser assaltado.
Fiquei na minha lá, fingi até dormir em certos momentos pra demonstrar total tranquilidade com os 3kg de pó cheirados…
Saltei, nada aconteceu, e acho que até hoje devem falar entre eles: “Pô, maluco responsa!“