terça-feira, 6 de outubro de 2009

Enquanto isso na liga da justiça...

Não sei vocês, mas eu particularmente não gosto quando as rádios editam as músicas para diminuir o tempo de duração delas. Normalmente eles pegam aquelas partes instrumentais repetidas e cortam, pois acham desnecessárias. Absurdo! Eu acho um desrespeito aos músicos que ficaram ali horas, dias, meses ou anos luz (dependendo da droga que ele usou) para fazer um arranjo bem trabalhado e chega um cara lá na ilha de edição simplesmente corta para não comprometer o horário do novo break.
Ai pensei no trabalho que os caras tem pra fazer uma música. Alguns sim, outros não... Porque a gente sabe que na vida é assim mesmo, enquanto uns trabalham outros dormem ainda mais se viverem em continentes diferentes. Mas aí também tem a galera que trabalha noturnamente que acaba por se igualar por quem trabalhar diurnamente no outro continente. No fim das contas é essa porra mesmo.
Mas assim, deixando um pouco os continentes de lado, as sombras, a vida mansa, o boi pastando no pasto (tem vida mais mansa do que de um boi pastando no pasto?) e é claro as melodias, vamos pensar agora nas letras.
Vários devaneios e alucinações com certeza viraram letras com a desculpa do uso da velha e boa linguagem conotativa. Confissões foram feitas com a desculpa de que: Isso aqui não sou eu, é o tal do “eu poético”. Vou contar hein, esse “eu poético” já foi viado, travesti, já usou drogas, já foi lésbico, já matou, já morreu, já foi preso, já sofreu, já traiu, já amou... Eita sujeito vivido e queimado hein.
Humor sem graça (bem sem graça) a parte, pra mim algumas letras devem ser a chance de colocar no papel todo aquele lampejo de insanidade que vive na cabeça de todos nós pelo menos por um instante... E é nesse momento que saem frases como: “E ela disse: - Lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa”, “Olha só o que eu achei: Cavalos Marinhos” (apesar de achar que essas são obras primas), “Camarão que dorme a onda leva” “Eu cheguei em frente ao Portão, meu cachorro me sorriu latindo” entre outras milhares que tentei me lembrar mais não me lembrei...
Antes de continuar quero deixar claro que gosto muito de todas as músicas citadas a cima e não quero discutir a qualidade das mesmas, mas sim é um comparativo que vem logo abaixo.
Aí eu pergunto qual a diferença de letras “insanas” (algumas sim são poéticas e de muita inteligência) para insanos que dizem coisas na rua como esses profetas e pensadores que a criançada adora a jogar pedras e colocar apelidos pejorativos como “Pé de Pano”, “Velho do saco”, entre outros... Por que em um caso é poesia e o outro maluquice?
Eu confesso que não sei a resposta dessa pergunta, mas algo que eu descobri e que quem sabe vai me servir de algo é que para algo fazer sentido, ele tem que ter apenas um compromisso com a lógica que é o de não ter lógica...

Um comentário:

Meu Blog Chegou disse...

Hahahaha! Caraca, eu meto mto essa... 'Nina, pensou em quem nesse texto?' 'Sei lá, saí escrevendo.'

Deixas as pessoas continuarem achando..