segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tempo

Mas a vida é tão curta
E ao mesmo tão longa
Que determinado espaço de tempo
Pode ser ao mesmo tempo
Rápido ou eterno
Dependendo de quem vive
Dependendo de quem sente.
Normalmente os dias de tristezas são mais demorados
Acho que a dor é algo mais intenso
Mais melancólico
Passa devagar
Como uma câmera lenta de última geração
Que faz com que um dia
Um segundo
Um momento
Demore uma vida inteira pra passar
E seja quase impossível de se esquecer
Até porque toda dor é superável
Para quem não sente...
Engraçado é depois que esse momento passa
E quando a gente analisa a verdade
Percebe que aquele período negro
Durou muito pouco, uma insignificância de tempo
Quando comparado com o restante da vida.
Mas tem o outro lado
O lado da alegria
A felicidade de um momento
De um período
Que por mais que seja eterno nas lembranças
Sempre tera a sensação de:
“Quando eu percebi, já tinha acabado.”
Sei lá
Acho que isso acontece quando a gente não se importa muito com o tempo
O tempo só importa no fim das contas
Quando a gente tem prazo
Quando a gente tem limite
Quando o “tempo ta passando”
Na alegria
Não existe limite para aquilo mudar
A gente não tem pressa para mais nada acontecer
As coisas acontecem
E o tempo...
O tempo passa a ser um mero figurante
Um marcador de datas
Estações
Carnês
Comemorações
E tudo mais que a gente precisar.
Não sei
Mas acho que a vida poderia
E deveria ser o contrário
Acho que os sofrimentos
Tristezas
E dores
Deveriam não ter esse vínculo com o tempo
Não deveriam ter essa importancia
Acho que teria que ser algo bem do tipo:
“Quando acabar acabou”
Já a felicidade...
Essa sim deveria ser controlada
Cronometrada os segundos
Para a gente sempre perceber o quanto é feliz
E principalmente no final da vida
A gente perceber
Que tudo...
Ou alias, que nada...
Nada foi em vão....

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