terça-feira, 14 de junho de 2011

Sentimentos

Ta aí
Uma coisa que eu nunca conseguir fazer
Guardar meus sentimentos pra depois.
Não que eu não tenha tentado
Tentei
E muito
Muito mesmo
Acho que se alguém tivesse que conseguir
Teria que ser eu
Só por insistência
Mas nesse caso
Nem o trabalho levou-me ao sucesso.
Acho que os sentimentos
Tem alguma coisa peculiar
Como aqueles doces finos de supermercados
Eles tem que ser consumidos
Vividos
E aproveitados
Apenas naquele dia
Nem um pouco depois
Porque senão estraga.
Na verdade
Tentar guardar sentimentos
É no mínimo um ato de burrice
Porque em todas às vezes
Que a gente tenta guardar
Deixar ele quietinho ali
Seja por achar que não é a hora
Ou por não ter segurança de sentir
Em ambos os casos
Ele será mais doloroso do se a gente deixasse "rolar".
Quando se vive o sentimento
Dá pra gente saber como foi
Por mais que doa
Que as lembranças irritem
Nada vai tirar a glória de ter tido a coragem de tentar ser feliz
De ser sincero
De arriscar
De tentar
E tudo mais que implique o "sentir".
Já quando se guarda
E o pior
Quando percebe-se que não dá pra guardar
A sensação de arrependimento
De querer voltar atrás
De perceber que o nosso tempo não é o tempo do mundo
De se sentir covarde
Sempre será muito maior
Sempre!
Sentimento não da pra ser deixado pra depois
Não dá pra ser guardado
Não dá pra ser ignorado
Sentimento não é razão
Não é ato
É sentir...
Do mesmo jeito que não temos como não sentir dor ao se machucar
Como não sentir amor por alguém, quando simplesmente sentimos, sem querer...
Talvez seja isso que eu tenha aprendido nessa batalha travada com os sentimentos
Que a hora certa de se deixar sentir
É quando se sente
E se não for nada disso?
A gente se sente mal
Mas depois...
Novamente na hora certa:
A gente sente tudo de novo...

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