segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Primeiro amor

Há 17 anos, lembro vagamente de um domingo não tão qualquer como o de ontem, em que um moço simpático de cabelos grisalhos comandava o meu time de coração e o levava para ser campeão. Alguns anos depois descobri que aquele moço era o Júnior um dos melhores laterais de todos os tempos, e aquele título era o Brasileiro de 92... Anos se passaram, frustrações aconteceram e 17 anos depois pude ver tudo àquilo bem de perto.
Hoje, dia 07 de dezembro é praticamente feriado no Rio de Janeiro e no Brasil, é um dia em que todo o amor inexplicável que se sente realmente é recompensado, toda a falta de lógica é deixada de lado e somos recompensados por amar algo que aprendemos a amar desde que nascemos e que não recebemos nada em troca.
Um amor de um flamenguista não liga pra dinheiro, bens ou posses. É um amor sincero, quase de mãe para um filho que no caso é mais velho que nós, mas tratamos como criança e só queremos o sucesso.
Somos odiados por todo o resto que existe, mas é claro, ninguém gosta de ver a festa que fazemos, a alegria que temos, mesmo quando perdemos é nossa foto que sai no jornal e como um amor bandido quando perdemos, somos zoados, nos choramos, xingamos, dizemos que Flamengo nunca mais... Mas é só ter mais uma vitória que voltamos como se nada tivesse acontecido e torcemos, gritamos e como uma mãe que perdoa um filho que fez besteira enchemos novamente a “nossa casa”, que dizem ser de todos, mas ninguém se encaixa lá melhor
“Eles são ricos e você ta aí” sempre ouvimos isso, e sim sabemos que é uma verdade, mas dane-se o amor é pelo time e não para quem está lá, até porque quem está tem que saber que ele quando coloca aquela camisa, quando veste o manto está jogando por 35 milhões de apaixonados que queriam estar ali, mas infelizmente não podem, e se não agüentam essa pressão é melhor mesmo que sumam que mudem de clube mesmo e só fiquem se for pra honrar nós torcedores que não recebemos, só damos e merecemos respeito e consideração como pagamento.
A vitória é boa, o título também, mas vivemos anos de jejum e verdadeira conflitos de amor e ódio em que exageramos e as vezes somos "exagerados",mas juramos que é sempre tudo por amor, um amor que não se explica um amor que não morre e só cresce e crescerá ainda mais, pois hoje, todo o nosso amor foi recompensado e eu que já deu tanto, hoje só posso agradecer... Obrigado Flamengo por existir.

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