domingo, 14 de junho de 2009

O Silêncio seria mais barato

São tantas datas economicamente viáveis que fica difícil se lembrar de todas. Dentre elas estão: Natal, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e o grande vilão: o Dia dos Namorados.
Mas antes de entrar nesse quesito vamos pensar o que impulsionam todos a comprar? Essas datas são meramente comerciais e mesmo assim geram em todos nós que não participamos dela um verdadeiro mal estar.
Não dar um presente de natal para uma pessoa querida, não dar um ovo de páscoa, não comprar lembranças para pais, mães e crianças é algo totalmente inaceitável, mas por quê?
Crescemos em uma sociedade consumista em que grande parte do seu lucro vem do comércio e por isso desde criança vivemos um apelo quase fascista em torno de algumas datas comemorativas.
Mas e o dia dos namorados? Ah, essa data é um caso totalmente a parte.
O Dia dos Namorados é talvez a data que gere o maior mal estar dentre todas as citadas acima, até porque nesse caso temos uma possibilidade de variáveis a serem pensadas e estudadas.
Além do caso óbvio da data: namorado/namorada, nesse novo modelo que vivemos de “conhecer”, “affair” e “ficantes”, o Dia dos Namorados se torna ainda mais interessante.
Quando se está ficando com alguém e você acha que é sério, sempre vem àquela dúvida: “E aí, dou ou não alguma coisa?” “Melhor não, não quero que pense que acho que sou namorado” “Mas e se ela me der algo?” “Vou ficar meio sem graça de não ter dado nada...” “E se só eu der algo? Vou ficar sem graça dela ficar sem graça de não ter me dado nada também”, entre outras possibilidades existentes.
O dia dos namorados gera uma cobrança excessiva das pessoas em saber o que vão comprar, o que comprou ,o que ganhou e o porquê não deu ou não ganhou?
O mais engraçado nisso tudo é que por que nós não nos apegamos em outras datas talvez mais importantes para a sobrevivência da humanidade como a Hora do Planeta, por exemplo.
A verdade para mim é que existem mais pessoas dispostas em gastar rios de dinheiros em datas comerciais, do que ser capaz de respeitar 1 minuto de silêncio por alguém que se foi.

4 comentários:

Alline disse...

Vc esqueceu de comentar que só no Brasil o Dia dos Namorados é comemorado em Junho! E sabe por quê? Pra aumentar as vendas do comércio, lógico. A mudança de data [Fev -> Jun] se originou "com uma ação publicitária no ano de 1949. Nesse ano, o publicitário João Dória, ligado à Agência Standard Propaganda, lançaram a pedido da loja Clipper, uma campanha para melhorar as vendas de Junho, o mês mais fraco. A campanha, com o apoio da Confederação do Comércio de São Paulo, consistiu na mudança do dia de São Valentim para o dia 12 de Junho, com o slogan: 'Não é só de beijos que vive o amor'. A moda pegou, as vendas subiram e a Agência Standard ganhou o prémio de agência publicitária do ano."

Aqui em casa nunca fomos ligados nessas datas, preferimos nos dar presentes quando bem entendemos, o que é muito mais lucro! =D Meus maiores presentes me foram dados fora de data, aliás.

Dudu disse...

Obrigado por melhorar ainda mais minha tese... rs

Paulinha disse...

Eu sabia que vc ia escrever sobre esta data meramente comercial e concordo. Como ajudar o próximo e realizar ações em prol do bem comum não dão lucro, pra quê fazer né? A não ser que sejam embutidos c algum valor que ainda não foram descobertos pelo comércio...O bom é que não gastei $ dia 12 hahahaha

Meu Blog Chegou disse...

Concordo, bla bla bla, mas como tbm presenteio fora de data, uso o dia 12 só pra aproveitar ainda mais. Mas concordo.