segunda-feira, 8 de junho de 2009

Lagoa Azul

Todo casamento é sempre a mesma coisa, alguns mudam em detalhes, mas em si é a mesma coisa...
Primeiro sempre tem aquela cerimônia chata que sempre demora a começar. Aí começa e você tem que ficar maior tempão esperando todo mundo passar desfilando. Os padrinhos, dama de honra, etc... Vem a noiva que pode ser a mais feia do planeta que todas as mulheres suspiram e dizem sussurrando: “Amiga, você ta linda...”
Pronto, chega a hora de sentar e esperar o sermão antes do fim (antes disso se levanta e senta milhões de vezes)
Acaba... E chega a festa, hora mais importante de um casamento, tem sempre uns malandros que chegam na hora que ele já começou e diz “Desculpa, tive um contratempo”... Ou então, “vamos sentar logo, que ninguém percebe que a gente só chegou agora”.
Quando ela começa, todo mundo até esquece porque está ali. Sempre tem umas comidas meio exóticas de ameixa que ninguém come(mas sempre fazem porque acham que é chique) e uns bobozinhos de camarão minúsculos que nem tem camarão (mas que todo mundo come mesmo assim).
As músicas são sempre as mesmas, principalmente a sequência flashback que anima todas as tias mais soltas com “YMCA”, “It´s rainning man”, “I will Survive”, "Macho Man" e um repertório vasto de anos 70.
Para expulsar a galera mais chata que cisma em não ir embora começa aqueles funks bem antigos,” Princesa”, “Rap da Felicidade”, “Rap do Festival” (em que todo mundo erra a parte do sangue-areia) entre outros.
A festa chega o fim, e é certo que alguém vai criticar e falar: ”Não gostei da azeitona da empada”, “O croquete tava frio”, “Achei tudo muito pobre.”
Quem nunca foi a um casamento assim? Quem foi em algum casamento que não foi assim?
A questão é, para que se faz uma festa dessas? Dizem que é para sermos testemunhas do amor de um pelo outro. Mas e quando se divorciam? Alguém já foi testemunha de algum divórcio? Se eu testemunhei o início, porque não testemunhar o fim?? Todo o divórcio também teria que ter festa, música, salgadinho, bobó de camarão, igualzinho... Isso sim seria justo.
Mas o ponto não é porque elas se casam, mas sim porque se divorciam? O divorcio para mim não porque alguém não agüenta mais o outro, mas sim porque eles querem achar algo melhor do que eles já tem...
Se o casal fosse o último sobrevivente do mundo, eles se divorciariam??? Vejo no caso do grande filme “A Lagoa a azul” ou acho que o “De volta a Lagoa Azul”... Eles são bem e felizes, até porque não existe ninguém lá, só os dois... Agora quando aparece mais gente, pronto... Eles quase se separam...
Por isso que eu digo: Felizes são eles da Lagoa Azul, que não se casam, não se divorciam, e nem vão a festas de casamento.

4 comentários:

Meu Blog Chegou disse...

Muito bom o texto e a comparação. Eu penso como vc. Claro q eles devem brigar na Logoa Azul, mas que escolha? Têm que aprender. São as pessoas mais pacientes do mundo, na minha opinião. Né?

Ah, e sobre a parte do 'sangue areia', não é na Nosso Sonho... É em outro funk antigo qualquer... Hehehe...

Paulinha disse...

Hahahaha...Faz sentido a história da Lagoa Azul. Há um tempo li sobre o lance de festa para celebrar o divórcio no jornal. Uma mulher fez e tinha gente dizendo que era um absurdo celebrar a separação, mas a mulher estava super feliz e fez a festa! A moda ainda não pegou, mas não duvido muito que dê uma alavancada hihihi

Alline disse...

Eu sou contra a festa de casamento, acho um tremendo desperdício, ainda mais se considerar a taxa de divórcios... Sem contar que as Bridezilas costumam tranformar a vida das madrinhas num verdadeiro inferno... Aff!
O casal da Lagoa Azul realmente só deu certo pq não tinha ning por perto, e tinham todo o tempo do mundo! No nosso mundo corrido, estamos sempre atrás dos melhores espécimes com quem dividir nosso precioso tempo =D

Complementando o Tiger disse, as festas de dívórcio já viraram moda e muitas vezes a festa é dado por AMBOS os descasados. Incrível o nível de civilidade a que nós [seres humanos] chegamos!

Dudu disse...

Já consertei... Obrigado