sexta-feira, 5 de junho de 2009

Super Marketing

Não, esse artigo, ou seja lá o que for isso, não é sobre marketing. Ah, também não é sobre aquele programa de supermercado em que as pessoas saiam comprando as coisas no carinho e enchendo, sempre tive um sonho de fazer aquilo.
Eu também adianto que nem sou aquele tipo de pessoa radical, que odeia tudo e todos, que tudo critica que tudo acha feio e um absurdo. Sou bem tranqüilo, daqueles que acha tudo bem legal... Mas... Sempre tem um, mas... (adoro reticências)
È impressionante o valor que a mídia dá para os filhos recém nascidos de celebridades e transforma mães comuns em Super Mães com o discurso: “Nossa, ela fez show e ainda amamentou o filho...” “Ela faz novela e ainda tem tempo de ser mãe...” O que isso tem demais? Porque o fantástico tem que passar uma matéria da Claudia Leitte no trio na Bahia levando o leite para o pequeno Davi. A parada para levar Leiite, parecia visita de chefe de Estado, com policiais, enfermeiros, helicópteros e tudo.... Surreal!
Ela não poderia ficar alguns meses sem fazer show??? Isso sim seria ser Super Mãe, abrir mão de todo o dinheiro por algum tempo para se dedicar ao filho. A superexposição não causa danos a mãe, mas causa para a criança que com meses de idade já é celebridade e se vê obrigado a viajar todo o país atrás de turnês, fotos, capas de revistas, feiras agropecuárias (sim podem acreditar).
Desculpe a sinceridade, mas me espanta que uma criança dessas tenha tipo apenas Meningite.
O que a mídia faz é dar um grande mau exemplo para a sociedade (já que tudo é mau exemplo, porque isso também não seria?), mostrando o lado fácil de ser mãe, pois com 5 babás, 15 enfermeiras, 4 cozinheiras e 57 empregados tudo fica muito mais fácil e romântico. O filho nasce e a vida continua, as vezes elas tem que até que pegar o filho no colo, colocar pra dormir e posar para uma foto ou documentário... Tudo em nome da arte.
Mas podem dizer o que for, pois pra mim, Super Mãe é aquela que acorda cedo para levar o filho a escola, que fica horas na fila do médico, aquela que tem amor, que tem que trabalhar, cuidar de filhos, da casa, e ainda ser feliz no final do dia.
Ser mãe não tem nada de romântico e lindo, por isso que para mim essa nova geração pode até ser super... Mas mãe não...

3 comentários:

Paulinha disse...

A mídia não busca caminhos alternativos para atrair o bom público sem apelar ou levar matérias interessantes sem ser com o ator galã do momento ou a cantora que é mãe, baiana e super star porreta dos trios...A massa tá viciada, manipulada e perdida mesmo!
Enquanto rola o Fantástico, a Record tá com o programa especial do Cabrini (não sei pq gosto tanto de programas sobre investigação e violência)

Meu Blog Chegou disse...

Muito bom, e totalmente verdadeiro!

Unknown disse...

Nesta sociedade capitalista que vivemos, o dinheiro, a fama, está acima da família