segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sonho meu

Uma música, uma platéia, um homem de meia idade me chama no palco eu vou sorridente, ele é engraçado, cativante e do seu microfone preso no pescoço pergunta: “De qual caravana você é?” E eu digo: “Parque Analândia” (a platéia vai à loucura). Esse durante anos foi um dos meus grandes sonhos da minha vida, ir ao programa do Silvio Santos e falar o nome da minha caravana. Quantos sonhos não perdemos ao longo da vida?
Quando somos crianças temos sonhos mais sinceros, mais puros e mais fantasiosos. Alguns a gente leva para a vida toda, outros não. Que menina nunca quis ser Paquita? Que menino nunca quis ser jogador de futebol? Confesso que até hoje tenho um sonho frustrado de não conseguir jogar uma Copa do Mundo, mas são coisas da vida.
Depois de certo tempo grande parte de nossos sonhos passam a ser ligados em aspectos financeiros, só o dinheiro movimenta o mundo? E as fantasias? Foram deixadas de lado?
A realização pessoal como fazer algo para realmente ser feliz já quase não existe, o que existe é uma verdadeira luta para se fazer o que dá dinheiro. Quantas pessoas quando vão escolher a carreira sempre tem a dúvida de: Fazer o que gosta ou fazer o que dá dinheiro? Não sou uma pessoa bondosa ou sem pretensões financeiras, mas porque vivemos em um modelo social em que nossos sonhos sempre ficam atrás ou depois do dinheiro?
Claro que precisamos de dinheiro para viver, precisamos viver bem, com conforto, mas porque não utilizamos uma parte de toda a ganância que temos, de toda vontade e insatisfação em querer sempre mais para realizarmos um sonho de alguém que precisa.
Certas pessoas têm um sonho apenas de uma refeição diária enquanto nós queremos um helicóptero... Mas isso aí é outra história.
Voltando aos sonhos verdadeiros e não os materiais. Por que nos distanciamos dos nossos sonhos de infância? Será apenas maturidade e falta de talento para determinado sonho? Ou será que aprendemos durante que quem sonha demais deixa a vida passar. Um dia espero que a vida seja muito mais levada pela vontade do que pela necessidade, alias sonhar não custa nada...

Um comentário:

Meu Blog Chegou disse...

Eu SEMPRE sonhei ir num programa do Silvio Santos. Ainda dá tempo, mas tbm deixou de ser sonho. Como vc disse, era coisa de criança...

Nunca quis ser paquita, mas se fosse homem, queria jogar futebol. Outra coisa q tbm é verdade, é o fato dos pais realizarem pelos filhos seus sonhos antigos: meu filho COM CERTEZA vai ser jogador de futebol... Hehehe...

Mas é verdade, tudo verdade. Escolhi jornalista pelo mercado (e tbm pelo dinheiro, ou vc conhece milhares de poetas famosos/ricos?!) e não Letras pelo sonho...

Acho que até hoje me arrependo.