terça-feira, 12 de março de 2013

Paris - Rio e Vice e Versa

Eu já fui tantas vezes sem ter ido
Deixei tantos pedaços meus com você naquele momento horrível que você se vai
Que pelas minhas contas
Já deixei de ser eu mesma há tempos.
Pra ser sincera

Eu não sei bem se eu nunca fui eu
Ou se só passei a ser depois que te conheci.
Mas confesso que dói
Como dói
Te ver partindo com aquelas malas
Levando todas as cores dos meus dias
A alegria das minhas coisas.
Chega até ser ridículo
Eu te querer tanto só pra mim
Dessa maneira intensa
Tão pra sempre
Que não entendo
Por que esse mundo com tanta gente
Eu ter cismado só com você
E pronto...
Ah... Mas quando volta eu não me pergunto nada
Eu não ligo para o que é ridículo
Eu até esqueço que o tempo passou
Parece que você sempre esteve ali
Que tudo foi só um sonho ruim
Um momento triste
Mas que passa
Com você me acordando
Com o mesmo sorriso de sempre
Me falando daquele jeito apaixonante
Que agora sim tá tudo bem...
A verdade é que nesse momento
Você sabe que pode falar o que você quiser
Qualquer frase
Um eu te amo em qualquer idioma
Que eu entendo
A gente tem nossa própria língua
Nosso dialeto
Nosso toque
Nosso sabor
Nosso jeito
Nossas promessas
Nosso mundo...
Engraçado é que mesmo depois de tanto tempo
Eu ainda não me acostumei com a distância
Nem com a brincadeira do tempo
Que faz tudo demorar sem você
E o resto voar quando está por perto.
Mas eu sou otimista sabe
Eu acredito demais nisso
Provavelmente desde aquela primeira vez que te vi
Eu guardo pra mim
Aqui dentro
O que eu sinto
O que eu quero
E o que eu sei que vai acontecer.
Pra ser sincera
Não exista nenhum dia sequer
Que eu não pense em você
Em nós
E não peça para Deus antes de dormir
Pra que cada uma dessas tão dolorosas despedidas
Não seja um tchau
Muito menos adeus
Mas um simples até logo
Daqueles bem breves
Que dura um piscar de olhos

Alguns milésimos de segundos
E olhe lá...

Um comentário:

Aprendiz de Jornalista disse...

O melhor texto do mundo. <3 O único leitor da almas do mundo. :-)