quarta-feira, 13 de março de 2013

Ordem Natural

Apesar de ansioso
Sempre fui conformado com a ordem natural das coisas.
Não que eu não sentisse
Ligasse
Ou quisesse que tudo fosse diferente.
Não
Pelo contrário...
Já me incomodei muito com o rumo que algumas coisas tiveram
Já reclamei
Perguntei um sonoro: “Por que?”
Mas depois de tudo
Eu apenas tentava
No meio do caos
Acreditar que ainda que aquilo parecesse um fim
Nada era definitivo.
Também nunca fui de entregar nada na mão do destino
Sempre batalhei muito pelo o que acreditei.
Nunca soube jogar
Fazer tipo
Dizer não quando na verdade era sim
Eu apenas sempre entendi
Até onde poderia ir
E pronto.
Também nunca fui ausente
De deixar de fazer e entregar na mão do acaso
Sempre achei que a minha sorte era eu que fazia
Eu que buscava
Mas no fundo
Respeitei as coisas
Como elas deveriam ser.
Porque a vida da voltas
Muita coisa vai e vem
Mas o que é de verdade é assim
Não tem vento que apague
Frio que esfrie
Dificuldade que faça parar
O que vale a pena vai
Anda
Roda
Mas volta
O que está escrito se perde
Quase se apaga
Muda de linha
Mas se acha
Porque com a certeza de que o amanhã vai acontecer
Eu sei
Que o que tiver que ser
Vai dar sempre um jeitinho de acontecer
E em relação a isso sim
Apesar da angústia do desconhecido
E o medo da gente se perder no meio do caminho me causa
Eu mantenho a fé...

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