quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Preto no Branco e Vice e Versa


Não sei bem se você sabe
Mas nunca gostei muito de promessas
Tratos
Combinados
Acordos
E nenhuma outra formalidade
Ainda que verbal
Que me deixasse preso a alguém.
Sempre achei meio injusta
Para não dizer nonsense
Essa nossa necessidade de deixar tudo “certo”
Sem pensar na questão
Dos tantos acasos e probabilidades
Que o amanhã está exposto.
Pra falar a verdade
Chega até ser meio inocente
A gente acreditar que é possível confiar plenamente em alguém
Baseado apenas no que ela diz...
Se as pessoas mudam
Os sentimentos oscilam
E as coisas acontecem
Como poderia eu
Viver assim
A mercê das palavras?
Pra mim a vida sempre foi muito simples:
Quem gosta não promete
Quem quer não combina
Quem sente não espera
Simplesmente faz 
Vive e pronto.
Talvez o meu lado desacreditado seja bem isso
Uma precaução
Um receio
Um medo
Uma defesa
De fazer vários planos
E depois não ser mais capaz de acreditar
Nem em você
Nem em ninguém
Nem em mais nada.
Pra ser bem sincero
Eu queria muito nesse momento
Te falar que tá tudo bem
Que a gente não precisa de promessas
Que cada um vai levando como quer
Confiando no que o outro diz
E no fim
Depois desse tempo determinado
Como as estórias que se prezam
As coisas se acertarão.
Mas não...
Infelizmente
Tem coisas que precisam ser ditas
Ficar as claras
Para só assim
A gente evitar todo aquele mal estar
Aquele desgastante mal entendido
De um dia qualquer
Depois de fazer tantos planos
Eu perceber que entendi tudo errado
E você de dizer
Que não me prometeu nada...

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