segunda-feira, 9 de maio de 2011

Frente

Resolvi encarar as coisas de frente
Dançar conforme a música
Jogar com as cartas que tenho
Aceitar o que não pode ser mudado
E mais tantos outros ditados por ai.
Parei de fugir
De me esconder
E principalmente de evitar
Evitar não serve de nada
Evitar é se enganar.
Sim,
O que não é visto não é lembrado
Mas o que não é lembrado
Aparece
Volta a ser visto
É quando é
Um passado fictício vem
Em que coisas grandiosas que nunca aconteceram
Passam a ser a razão única da existência
Músicas que nunca se ouviu agora tocam
Filmes inéditos fazem chorar
Livros, outdoors, chaveiros, e toda e qualquer outra
“Besteira” passa a ser romântico
Pelo simples fato
De por um determinado momento
A coisa não ter sido encarada
E cada sofrimento
Frustração
Ou dor
Não ter sido vivida
Com seu tamanho real.
E é assim
Nesse jogo de esconde-esconde
Que nós
Meio que sem querer
Criamos um fantasma
Quase insuportável
E Mal resolvido
Chamado passado
Simplesmente porque em um determinado momento
Não soubemos agüentar
A frustração passageira
E na maioria das vezes
Insignificante
Que seria presente.

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