quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fábricas De Quase

Hoje li no blog do Ricardo Peroni uma matéria pela qual já tinha pensado, porém nunca me “tocado” para expressar aqui, que é sobre uma valorização absurda em cima de alguns jogadores que são tratados em um curto espaço de tempo como estrelas, astros, craques sem ter feito nada realmente de concreto no futebol.
Além de Neymar e Ganso agora surge mais um “novo”, mais um novo Pelé, novo Garrincha, novo Ronaldo, novo Romário, um novo craque... Mas como é possível o Lucas que até janeiro era um total desconhecido no mundo do futebol, hoje ser já visto como craque? Uma promessa, a solução dos nossos problemas...
Eu não estou dizendo que eles não têm talento para ser alguém no futebol, nem prevendo nada, mas existe uma carência tão grande de ídolos que a gente acabar por colocar qualquer um nesse patamar.
Esse é o grande problema. Como disse bem o Ricardo, estamos criando monstros, monstros adolescentes porque uma criança com 18 anos, 19, 20, ainda não sabe nada sobre a vida e não tem condições de ter discernimento. E depois, de uma maneira covarde a mesma pessoa que diz que esse garoto é Deus, é o novo algo, é a mesma que diz que eles estão mascarados, com marras, exagerando nas festas e gandais... Seriam eles (os jogadores) os verdadeiros culpados, ou quem os coloca nesse patamar, os dá milhões, multas rescisórias absurdas e dizem que eles são “os caras”?
Quantas promessas como eles nós já vimos por aí, mas que no fim das contas tiveram apenas uma carreira “regular” como Robinhos, Denilson´s, Savio´s, etc. Quantos realmente viraram um “Pelé”? Alguém lembra como o Pato era tratado a 4 anos atrás, e hoje em dia, após um tempo de reserva na Europa, ele enfim vem tendo oportunidades e se firmando no time principal. Trabalho parecido foi feito com Kaká, Adriano entre outros. Lá o trabalho é bem feito, o jogador começa por baixo, vai treinando e se tiver que ficar no banco ele ficará, tenha custado quanto custou ao clube.
Agora por que no Brasil, após 3 atuações brilhantes, alguns jogadores já são cobrados pela torcida para uma solução. Concordo com Dunga que Ganso e Neymar não tinham condições nem maturidade para serem salvadores do Brasil, e o tempo mostrou isso, enfim...
A seleção deixou de ser o topo de algo e passou a ser uma passagem apenas para o agora tão sonhado sucesso na Europa. Primeiro ele joga bem aqui, vai pra seleção e depois Europa... Essa ordem tá certa?
Enfim, espero mesmo que esse trabalho seja revisto, porque só assim poderemos ser uma fábrica de craques ao invés de continuar sendo uma fábricas de monstro ou uma eterna fábrica de “quases”...

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