segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pares



Porque ainda que não explícito
A vida tenta ser justa
Não dando nem demais
Nem de menos
Salvando tudo que é ímpar
Equilibrando-os em pares com seus antônimos. 
E daí:
Para cada choro
Um sorriso.
Para cada não
Um sim.
Para cada despedida
Um olá.
Para cada decepção
Uma alegria.
Para cada cada rejeição
Uma conquista.
Para cada mentira
Uma verdade.
Para cada tristeza
A felicidade.
Para cada traição
A confiança.
Para cada pressa
O saboreio das coisas.
Para cada descaso 
Uma consideração.
Para cada silêncio
Uma canção.
Para cada dose de azar
Um pouco de sorte.
Para cada dia de chuva
Outro de sol.
Para cada percalço no caminho
A força do tem que ser. 
E para tudo que foi feito
O troco!
Mas o que ainda assim
De alguma maneira
Tenta contrariar a lei da vida
E insiste em continuar sendo ímpar por opção
Morre aos poucos
Ou termina sozinho
Assim como o número 1
Ou um resto qualquer que sobra…

Nenhum comentário: