segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Em Cartaz...

Infelizmente descobri
Que o mundo não gira em torno de mim
Parece óbvio
Mas no fundo nunca é.
Na verdade ele gira em torno do que fazemos
E Saber que cada um dos mais dos seis bilhões do mundo
São protagonistas de suas próprias vidas
É no mínimo estranho.
Saber que eu sou figurante
Que sou um número
Uma estatística
Um simples ponto em uma mapa
Na vida de tantos bilhões de OUTRAS pessoas
Que também são assim pra mim
É no mínimo... Curioso...
Saber que uma pessoa em Paris
Ou no Camboja se sente exatamente como eu
No que diz respeito a percepção de vida
É assustador...
Nesse momento que a gente vê
O antagonismo da vida
Que ao mesmo tempo é tão pessoal e narcisista
Quando falamos de dentro
E tão descartável quando vemos de fora
Como um filme de guerra
Que mesmo sendo pra gente sempre o "Mocinho"
Pra outros somos apenas aqueles que explodem nas bombas
Que nem crédito no final ganha.
E vendo por esse lado
O que faz alguém ser melhor ou pior que alguém?
Quais fatores definem isso?
O que temos?
O que fazemos?
Como nos aparentamos?
A nossa cor?
Nossa religião?
Nada!
E mesmo assim
Tem gente que cai nesse erro
Seria uma vida mais importante que a outra?
Já é triste descobrir
Que certas vezes não somos nem importante
Para quem é importante pra gente
Que não é porque se pensa em alguém
Que pensam em nós
Que não é porque você fez algo para aquela pessoa
Necessariamente ela estará fazendo pra você
Ou por você
Sim!
Cada um tem o coadjuvante que quiser
Tem sua testemunha
E não podemos fazer nada por isso
Do mesmo jeito que somos de tantas outras pessoas
Que também não queremos
E assim é a vida
Em que cada um assume pra si
E pro mundo
O papel que lhe é de direito
Até porque somos protagonistas
Roteiristas
Figurinistas
Diretores
Continuistas
Enfim
Somos tudo de nossa própria história
Assim como todos os outros
Os outros tantos bilhões
que pra gente servem apenas para
"Compor o elenco"
São da deles...
É...
Por isso Acho
Que nessa peça chamada: “Vida”
Tem papel pra todo mundo...

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