segunda-feira, 14 de julho de 2014

Depois da Copa


E depois da Copa:


13h volta ser horário de almoço e só
Feriado é marcado com antecedência no calendário.
A seleção não joga mais pelo direito de sair mais um dia cedo do trabalho.
Dependendo do seu time ver jogo de futebol agora é sofrimento.
Mulher volta a preferir novela.
Globo.com volta a ter mais notícias em laranja do que em verde.
A voz do Galvão é esquecida.
A camisa do Brasil fica perdida no armário.
O Olodum não faz show em lugar nenhum.
Sente-se desespero por perceber que carnaval é só em fevereiro.
Convites para o cinema voltam a ser uma coisa normal.
O fígado volta a ter outras funções menos desgastantes.
A palavra festa perde sua relação com a palavra jogo.
O Instagram volta a ter fotos de pôr do sol.
O Facebook volta a citar Caio Fernando de Abreu.
A logomarca do Google volta ao normal.
Ainda há esperanças de festas Julinas para recuperar o tempo perdido.
Bolão volta a ser apenas um apelido de gordo.
Ninguém joga mais pelo Neymar.
A polícia volta a ficar mais escassa.
Bandeiras do Brasil somem.
Hino nacional volta a ser sinônimo de reunião chata.
Choque de realidade por cair em si que terça feira 15h não é hora de beber.
O Thiago Leifert volta a ser coisa de paulista.
Sair de casa de verde e amarelo a gente deixa pro Tiririca.
O RJ TV volta a falar de buracos, enchentes e afins.
"Alemão" volta a ser vacilão.
Acabaram a desculpas pra não malhar e comer besteira.
A frase “imagina na Copa” vai dar lugar a “Imagina nas Olimpíadas”.
A gente já se pega calculando com quantos anos estaremos daqui a 4 anos.
E acaba com essa coisa de morrer 5 anos a cada jogo do Brasil...

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