quinta-feira, 11 de abril de 2013

Saudade Da Outra (Aquela do Diário)

Não tem um momento
Que eu não pense
Como seria a minha vida
Se eu tivesse escolhido você.
Às vezes eu me pego rindo sozinho sabe?
Pensando em tudo que falamos
Fizemos
E prometemos.
Será que nossos sonhos se realizariam
Ou seriamos corrompidos pela calmaria do tempo?
A paixão se manteria viva por um bom tempo
Ou meus dias seriam  mornos
Exatamente como são agora?
Sim
Eu sei
No fundo
(Talvez nem tão fundo assim)
Que eu queria que você ficasse e pronto.
Mas por vários motivos
Inclusive a falta de coragem
Eu escolhi o que parecia mais fácil pra mim.
Na verdade eu não entendo
Por que agora foi diferente.
Já fiz isso tantas vezes
Já entrei e saí de vidas como quem passa por portas
Já disse tanto tchau
Até logo
Adeus
E qualquer outro tipo de palavra
Que caracterizasse um simples“então é isso”
Em várias e várias ocasiões
Porque dessa vez
Logo dessa vez
Tinha que doer tanto?
É triste dizer isso
Mas não existe uma única vez sequer
Que eu não olhe pra ela que ficou
Não lembre de você que se foi
E não me questione:
Por que foi mesmo que eu fiz isso?
Culpa minha!
Me responde orgulhosa a razão
Que mais uma vez
Devido a suas ideologias
Metas
Hora certa
Trauma
Cautela
Planos
E medo
De tudo que pudesse tirar minha paz
Opta
Por não entender
Que certas oportunidades na vida
Não precisam de explicação
Acontecem
E pronto.
O pior de tudo
É que enquanto a razão
Orgulha-se de deixar minha vida no “rumo certo”
O coração fica aqui
Despedaçado
Sentindo a dor da sua partida
Que só existe por alguns dias
Mas que ele
Cheio de saudades
E exagerado como sempre
Já é capaz de se imaginar sentindo pela eternidade...

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