Enfim Livre

Nem tem nada com a ver com você
Fui eu que cansei
To com saudade de ser o que era
To sem saco pra essa vida de lei.
Ter regra pra tudo
Compromisso com horário
Usar agenda
Marcar no calendário.
To com saudade de viver
A vida sem compromisso
De não ter ninguém me procurando
Depois de 3 dias de sumiço.
Quero poder sair dia de semana
E ir trabalha virado
Sem ter que ouvir nenhuma pessimista
Dizendo-me: “Cuidado”.
To com saudade das farras
Dos emails com pornografia
Não sei se eu sou errado
Ou a culpa é da monogamia.
Cansei de ser saudável
De ter vida de atleta
Também não quero mais esse romantismo
Não vou mais fingir que sou poeta.
Eu não sou tão bonzinho
Nem te considero uma dama
Isso é tudo parte do show
Só quero te levar pra cama.
Eu preciso ser livre
Nadar pelado em uma piscina
Sem essa coisa de ter modos
Deixa eu limpar meu negócio na cortina!
Quero beber depressa
Engolir a comida.
E se a psicologa achar que é fuga
Então deixa eu fugir com a bebida.
Eu vou jogar o ferro fora
E andar todo amarrotado
Eu não preciso de ninguém pra me fazer comida
A Sadia me salva com os congelados.
Não vou fazer mais a barba
E nem cortar o cabelo
Cansei de andar arrumado
Eu nunca quis ser modelo.
Nem vou fingir que sou sensível
E que me importo com a lua.
Pra falar a verdade eu odeio as músicas que escuto.
Eu vou cantar é pagode na rua.
Sim, sou exibido
E gosto de chamar atenção.
Eu fico sem camisa não é pelo calor
Mas sim porque sou fanfarrão!
Sobre os livros na plateleira
Ter mentindo não me dói.
Eu nunca li nenhum deles
Eu só folheio a playboy.
Você tava certa.
Eu não valho nada e sou mulherengo
Não to nem aí pra porra nenhuma
E só ligo é pro Flamengo.
Mas sou muito simples
E preciso de pouco pra sentir alegria.
Só ter uns amigos, umas mulheres
E a festa já vira orgia.
Mas agora vou voltar a ser quem eu era
E viver aquela vida gostosa
E se eu morrer de tanta farra?
Foda-se! Me creme e jogue as cinzas lá na Vila Mimosa...