quinta-feira, 29 de julho de 2010

Confissões

Você é minha droga
E minha reabilitação
É a minha Yoga
E minha confusão

É a verdade mais pura
A mentira que quero esquecer
A vacina que cura
A doença que faz morrer

Confusão que eu não sei
A resposta pra tudo
A alegria que um dia terei
O meu ódio do mundo

O serviço que foi feito
A barba que ficou por fazer
Um ambulatório sem leito
O altruísmo de dar sem receber

A forma que me molda
A peneira que me espalha
O laço feito com solda
A insegurança feita de palha

O motivo que eu procuro
O óbvio que me confronta
A brincadeira no escuro
A parte verdadeira do “faz de conta”

A notícia anunciada
Tudo que não foi dito
A página do livro arrancada
O diário que não foi escrito

A dor do que não passa
A esperança do “vai melhorar”
A tentativa que fracassa
O próximo que vai acertar

O oxigênio que existe
O respirar do mergulho
O silêncio que insiste
O vazio do barulho

O sorriso que me emociona
A vontade que eu tenho que sumas
Às vezes coisa pra caramba
Na maioria... Porra nenhuma

Um comentário:

Maria e Edu disse...

o que dizer? é impressionante como vc tem o dom para isso, tá perfeito!