terça-feira, 1 de junho de 2010

Minha Cama de Zinco

Estive vendo outro filme chamado Minha Cama de Zinco. Como muitos filmes na minha vida esse é mais um filme que eu vejo sem ver, sim... Daqueles que passam várias vezes e eu fico vendo e fazendo algo, vendo e fazendo algo, infelizmente não dei atenção que o filme necessitava, mas como eu tenho o dom de fazer mil coisas ao mesmo tempo (viu meninas, só ligar) pude acompanhar um pouco da história.
O filme narra a história de um escritor que é alcoólatra e totalmente dependente do seu vício para trabalhar e acaba por tentar se reabilitar e conhece a mulher do seu chefe também viciada e nela vive um romance no mínimo estranho e confuso.
No fim do filme eles não ficam juntos, o marido morre em um acidente de carro embriagado (o destino tem dessas coincidências) e as letras sobem com a sensação de que... Não sei, só fica a sensação.
Pra falar a verdade acho que a sensação é uma sensação de identificação com o personagem, já que me identifico com personagens assim: viciados, alcoólatras, etc... Não porque sofro um desses males (é, do alcoolismo não estou longe), mas porque vejo neles um estado meio perdido, mas ao mesmo tempo uma forma para continuar.
No filme, a presença dela o fazia se sentir bem, mas ele só encontrou a verdadeira cura (cura não, porque como ele mesmo diz que a cura é o fim do desejo e ninguém quer deixar de sentir desejo) sozinha, pois por mais que a presença dela o faça se sentir bem e feliz tudo que ele precisa é de estabilidade.
Estranho, não? Como essa história no fundo é comum a todos nós, que às vezes somos obrigados a abrir mão de algo ou às vezes somos algo de quem abre a mão, simplesmente porque daquele jeito não dá, porque não temos segurança e achamos que merecemos coisa melhor, ou que as coisas têm que melhorar, e aí... Talvez e aí a “grande chance” que a gente sempre busca... Passou...
Mas será realmente isso a solução? Será que seguir sozinho quando achamos alguém com quem a gente quer ficar, é a melhor coisa? Até onde vale tentar? Onde fica o limite entre amor e amor próprio? Entre felicidade e burrice? Entre gostar e teimosia? Quer saber? Acho que ninguém, nem eu mesmo nunca saberemos responder isso, mas pelo menos vou morrer tentando descobrir até onde eu conseguir... Mesmo que eu seja um monte de coisa aí de cima...

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