quinta-feira, 3 de junho de 2010

Embasado

Tudo que entra na minha vida
Sai como poesia
Por que isso seria diferente?
Não precisa ser importante:
É um filme que vejo
Uma música que escuto
Um lugar que vou
Algo que me dizem
Uma história que pego sem querer
Um ponto de vista
Alguém que vejo
Alguém que não que não quer me ver.
A vida é um círculo
E um ciclo
Que só incomoda quando recebemos
O que volta do que fazemos
E o que fazemos?
Não incomoda?
Sim... Sempre incomoda alguém.
Não acredito na morte
Acho que as coisas na verdade não morrem
Morrem, mas não se apagam
Pra alguém sempre existe aquilo
Uma espécie de cemitérios de lembranças vivas
Que fica ali
Recebendo flores
Cantos
E orações de arrependimento, tristeza ou raiva.
Alimentando as ações como animais em uma jaula
Jaula que a gente coloca
Tranca
Joga a chave
Não vai visitar
Mas alimenta
Ou deixa alguém alimentar...
É chato quando descobrimos a verdade
A vida poderia ser uma eterna história de Platão
Daquelas que o mundo finge que nos engana
E a gente finge que acredita acreditando
E assim vive mais feliz
Acreditando em tudo aquilo que quer
Ou que deve
Como:
Em “Papai Noel”
Em “Coelhinho da Páscoa”
Em “Amanhã eu te ligo...”
E “Você é muito especial”

Nenhum comentário: