terça-feira, 29 de outubro de 2013

Já Vi De Tudo (Quase)

Já vi óbvio que não deu certo
E o impossível acontecer.
Já vi gente caindo em contradição
Já vi a contradição, levantando tanta gente.
Já vi noites transformarem alegria em choro
E agonia em felicidade.
Já vi gente que não sabia nada aprender muito
E quem sabia muito não aprender nada.
Já vi muito medroso na hora certa criando coragem
E muito corajoso, quando preciso, correndo de medo.
Já vi muita gente mudar sem razão
Vi gente mudando com motivo.
Vi gente sendo o que era                                  
Vi gente que nunca soube bem o que queria ser.
Já vi a moda passar e deixar tudo brega
Vi o brega voltar e fazer parte da moda.
Já vi amizades virarem amores
E muitos amores virarem amigos.
Vi uma briga acabar com tanta coisa
E tanta coisa começar por causa de uma briga.
Já vi gente quase explodindo pra não chorar
Vi gente chorando para não explodir.
Já vi quem era pra ficar indo embora
E quem esperava que fosse correr ficando até o fim.
Já vi o novo ficar velho
E o que era velho, deixando de existir.
Já ouvi música ruim que acostumei e achei boa
E música boa que de tanto ouvir, achei ruim.
Já vi gente que me achava o máximo não gostando mais de mim
E vi gente que nunca teve nem aí, me achando o máximo.
Já vi muita coisa acontecer de onde menos se esperava
E coisa nenhuma acontecer também do mesmo lugar.
Já vi quem era rico ficar pobre
E quem era pobre construir um império.
Já vi gente que foi, voltando
Outros que nunca foram, sem parecer que estavam.
Já vi o amor começar
Depois virar ódio.
Já vi o ódio odiar
Até descobrir como era bom sentir amor...
Já vi a decepção com o que poderia ter sido
Depois vi o que era pra ter sido, enfim sendo.
Porque eu já vi de tudo:
O claro ficar escuro
E o escuro ficar claro.
Manhãs virarem noites
E noites virarem manhãs.
Ate o um rico ficar seco
E depois encher 
Eu já presenciei...
Mas agora
Ver alguma coisa durar pra sempre
Aí sim é lenda.
Isso eu nunca vi
Nem tão pouco fiquei sabendo...

Nenhum comentário: