sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Estranho Mesmo


Nem se eu viver por mais 200 anos
Eu vou me acostumar com a estranheza de algumas pessoas.
Sei muito bem que existem dias e dias
Momentos e momentos
Situações e situações
E tantas outras variáveis
Que nos fazem agir de um modo diferente do habitual.
O ser humano é variável
É único
E o que ele sente hoje
Não necessariamente será a mesma coisa de amanhã.
Até aí tudo bem
Ninguém quer que alguém seja a mesma pessoa todo dia.
O problema é quando o habitual é ter a falta de constância
E o dia a dia passa a ser caminhar entre os extremos
Que faz a pessoa sorrir em um dia
E no outro nem olhar pra você.
Em momentos ser doce como mel
No outro é rabugento com um velho.
Às vezes falar demais
No outro criar um silêncio incômodo.
Nós seres humanos
Somos egocêntricos por natureza
E mesmo tendo a certeza que o problema é do outro
É inevitável de pensarmos em algum momento:
 “Será que eu fiz algo errado?”.
Continuo achando que alguns impulsos podem ser controlados
Promessas podem não ser feitas
Coisas não precisam ser ditas
Enfim
Mágoas poderiam ser evitadas
Com o simples pensamento de quê:
“Vou devagar, me conheço, amanhã tudo muda...”.
Essas variáveis também vão muito pela conveniência e falta de consideração.
Nunca vi uma pessoa ter esses surtos de personalidade tão extremistas
Quando precisava muito não ter.
Quando precisamos ser de um jeito
Damos o jeito
E somos!
Porque depois que inventaram essa coisa de bipolar
Esse tipo de gente até conseguiu uma desculpa pra sociedade
Mas eu...
Vou continuar chamando de estranho mesmo...

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