sábado, 25 de dezembro de 2010

A Volta do Cão Arrependido

Pisando em ovos
Passo a passo
Tentando o melhor
É meu destino

E por mais que provo
Tudo que faço
Parece menor
Eterno menino...

Não existe coisa eterna
Mas queria ter paz
Dormir e acordar
Sem ter o que incomoda

Ou sem essa inconstância que alterna
De que o sim é menor que o nunca mais
Logo agora que voltei a andar
Ainda tenho que ser dependente da cadeira de rodas?

Pegou mal não ter atendido
Pegou mal eu ficar falando sozinho
Um detalhe tem tanto peso?
Como um maldito pacto com o diabo

E por mais que não tenha recebido
E eu estivesse no caminho
Fiquei meio surpreso
Por não ter respondido meu recado

E volta a eterna frustração
De querer voltar atrás nos detalhe
Que eu nem sei se fiz
Mas tudo muda

Como é ruim viver nessa condição
De que cada palavra que se fale
Cada momento que se quis
Seja mais um que se iluda

E os livros que li?
A música que gosto?
A comida que deixo no prato?
A qualidade que procuro?

E os filmes que vi?
As situações que aposto?
O apelido de chato?
As coisas que aturo?

Como isso fica perdido
No meio de atitudes
Que valem de nada
Mas parecem definir pra você "o que é a sintonia"

É volta "O Cão Arrependido"
A velha virtude
Que não percebe que nem só a risada
É fundamental pra alegria

O problema é que nem sempre se acredita
Que as coisas realmente podem ser
E os defeitos só não existiam em tudo que é meu
Porque você não encontrava


E por mais que eu não admita
Talvez só naquele amanhecer
Você percebeu
Que eu sou apenas humano, e não o príncipe que você procurava...

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