segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Primos...

Tudo resolvido
Exato como a conta egoísta de dividir
Sem resto
Sem zero que sobra
Sem vírgula
Parece que alguns números nasceram mesmo pra serem dividos
Tipo o quatro
Ou o dois...
Normalmente os defeitos dos números
Sobrepõe sobre a qualidade deles
Que mundo imperfeito este, não?
Onde os números primos
São solitários
São sempre deixados de lado
Tão frágeis
Tão figurantes da existência
Por se se dividirem
Por eles mesmo
E quando sobram, sobra o Um...
Mas o um não é melhor que nada?
E ainda tem essa cobrança
E a parte boa dos números?
Vai para onde?
E imagina eu
Que não sou número
Não me divido
Nem sozinho
Nem por mim
Nem por ninguém
E só escrevo
Às vezes o que é
Às vezes como foi
Não faço conta
Mas só escrevo
O que vivo
O que queria viver
Ou o que nunca foi
E às vezes até faço diferente
Do que faria
Do que fazia
Nunca sou exato
Sempre tem zero que sobra
Virgulas e coisas soltas
Como os ditados
Que agora são feitos para serem aprendidos
Não só falados
Essa coisa de:
"Faça o que eu digo, não faça o que faço”
Não tá com nada
Somos exemplos de nossos atos
E é disso que o mundo precisa
Para o que for feito ser deixado aí
A vida é em si é um trampolim pro final
Enquanto isso eu vou aproveitando
E aprendendo com os números
Que eu não preciso ser dividido
E nem de fita do senhor do Bonfim
Pra ser feliz

Um comentário:

Meu Blog Chegou disse...

Nada como a sensação de paz, né?

:)

Bom te ler, sempre.

Beijos.