quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Carrega-dor

Desculpe te ligar essa hora
Sei que é tarde
Quase cedo
Mas teu vigia ta com medo
Ta desconfiado
Com o meu olhar desesperado
Dentro de um carro preto
Ainda aquele
Manda esse cara aí do seu lado
Voltar a dormir e ficar calado
Que o assunto nem é com ele
Desculpa minha voz meio embolada
Sei que é normal, mas hoje ta demais
Tava na noitada
Tava chorando
Andei pensando
Bebendo um pouco mais
Que eu lembro
Dirigi bêbado também
Ah, é dezembro
E nem passei de cem
Eu sei que não devia
Mas ouvi nossa música
Não deu pra segurar
Eu vir pra te contar
A lei seca tentou me parar
Mas quando contei meu caso
Eu fui liberado
E só não fui escoltado
Porque eu tava com pressa
Mas antes fiz a promessa
Que eu devia te contar
Um bando dessas coisas que “eu já”
Mas você não sabe
Ou pelo menos não sabia
Eles me obrigaram a te falar
O velho nada com nada
Que a gente dizia
A vitória do concurso de lambada
O celular de dentro de privada
Ou o dia que fui ao Maraca torcer pro América
É... Nunca soube muito bem o que era ter Ética
Mas você me mudou
E agora me deixou
Quase vazio como essa garrafa
Que praticamente matei de em golada golada
Mas acho que era falsificada
Porque minha cabeça ta doendo
Esse barman anda me fudendo
Mas falando a verdade
Sei que ta tarde
Os vizinhos que saem cedo então me vendo
Eu tava inventando
Minha bateria ta acabando
Não teve música
Não teve nada
Para com essa risada
Deixa-me eu falar
Ir embora
E não mais voltar
Pra esse personagem
Meio triste, meio mole
Vou tomar mais um gole
Pra ganhar coragem
E finalmente realizar
Aquela promessa antiga
Que você inventaria
De um dia a gente voltar
Então vai lá
Pausa pra respirar

Quer Ca
Quer Ca
Quer casar...?
Não desliga
Não desliga
Não desliga...
.....................
Maldita bateria!

Um comentário:

Meu Blog Chegou disse...

Amei, adorei demais!

:)

Sensacional.

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