quinta-feira, 11 de março de 2010

Nenhum homem é uma ilha...

Nenhum homem é uma ilha... Essa frase, que já virou até verso já foi citada e recitada inúmeras vezes. No meu ponto de vista ela fala que ninguém pode se isolar, ninguém pode viver inerte aos acontecimentos em sua volta e deixar de se envolver com os problemas dos outros... Sim, concordo, nenhum homem consegue viver assim por muito tempo, mas será mesmo que o fato de vivermos em contato com outras pessoas, quer dizer que realmente vivendo em conjunto?
O problema não é de hoje ou da sociedade atual, pessoas se isolarem no meio de uma multidão é normal, até mesmo para os que têm demais. Casos recentes como do Adriano e do ator Corey Haim que mesmo com fama e sucesso acabam buscando a solução para o vazio de suas vidas em algo extra são cada vez mais comuns, e quando entra esse algo extra é que está o perigo.
Mas nem só com casos famosos que existe esse isolamento interno, a busca pelo excesso de privacidade em mecanismos que não se deve ter privacidade ajuda um pouco nessa tendência de colocarmos uma seleção de mais amigos dentro de amigos e que a gente só aperta um botão e pronto... Exclui o “ser humano” total da sua vida. Será que alguém pode ser considerado apenas um email ou um número de telefone?Vou explicar melhor...
Os “reservados” de plantão que me perdoem, mas porque você dentro do Orkut onde todos os seus amigos, teoricamente são seus amigos, você pode criar um álbum em que possa selecionar as pessoas que possam ver... Pra mim isso é meio insano, pois se não quer que aquela pessoa veja sua foto, ou não coloca ou não aceita ela como seu amigo.
O que acontece é que hoje em dia buscamos conveniência e nos acostumamos a viver e a conviver com pessoas quando nos interessa falar ou quando precisamos de algo e normalmente não estamos mais tão dispostos a ouvir e trocar experiências, ou porque achamos que aquela pessoa se aproxima de nós por algum motivo, ou não achamos interessante por algum motivo falar com ela... Sim, ficamos mal acostumados com a capacidade que a rede de relacionamentos nos dá de deixar alguém entrar e sair em nossa vida (ou rede) como um toque de mágica e com isso eu até concordo que nenhum homem é uma ilha... Mas talvez um prisioneiro dentro da sua própria casa cheio de cadeados e sistemas de segurança, ah isso sim.

Nenhum comentário: