sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Por você

Hoje é um dia bem legal pra mim e pra minha família. Em 05 de fevereiro de 1977 meus pais estavam se casando, e hoje faz 33 anos desse dia tão especial. Eles me contam da dificuldade que foi na época casar ou quem sabe da simplicidade que era, pois antes as pessoas se casavam e construíam uma vida juntas, faziam uma da outras como cúmplices e testemunhas de seus atos, porém hoje em dia, por que cada vez mais esperamos certo sucesso profissional ou uma maturidade para casar e ter filhos? E é fato que mesmo com essa espera não se fazem mais casamentos como antigamente (pareço aqueles senhores sentados no banco de uma praça jogando dama com outros senhores da mesma faixa etária falando)
Não colocarei a culpa só na evolução e no número de ofertas e procuras, mas sim na nossa percepção de vida e de prioridades... Estamos cada vez mais exigentes, antes acho que as pessoas se envolviam muito mais por ser quem elas eram simplesmente e não pelo que tem ou o que poderão ter. Bons partidos eram pessoas de boas famílias que eram educadas para serem pessoas de bem e criar seus filhos como gente de bem, e hoje? O que é um bom partido? È ter um carro? É ser fisicamente atrativo? Os conceitos variam...
Por que hoje somos tão exigentes? Foi à educação que nos fez assim? Acho que sim. São poucas as pessoas que abrem mão do conforto do lar, da segurança dos pais para descobrir algo novo, viver algo novo com alguém.
E não é só, também tem o ponto de não agüentarmos mais tantas coisas, de não sabermos ceder, é muito mais fácil abandonarmos tudo e todos do que tentar conviver com esse defeito: “Quero ele (a) longe de mim”... “Não depende dele (a) pra nada”, até porque o isolamento aberto é cada vez maior. Sim, nos isolamos das pessoas, de conhecermos e conversamos sobre problemas, temos cada vez mais amigos superficiais e colocamos fotos superficiais para pessoas superficiais lerem.
Não estou pregando aqui o que é melhor ou pior, se ontem a mulher submissa era melhor do que a mulher independente de hoje, se antes agir por impulso é melhor do que planejar uma boa carreira antes (mesmo que o tempo passe), mas algo temos que concordar que quando o Padre falava o: “Até que a morte os separe” de antes era bem mais o sincero do que o de hoje em dia...
Um dia ainda “quero ouvir uma canção de amor, que fale da minha situação de quem deixou a segurança do seu mundo, por amor... Por amor”... Né?

Um comentário:

Meu Blog Chegou disse...

Concordo plenamente com vc, e devo confessar q não é o q tenho feito e dito pras pessoas. Acho q tenho vergonha de demonstrar a mulher pouco "moderna" que sou... A verdade é essa. Ufa. Que alívio falar disso!

:)

Adorei o texto, um dos melhores q li aqui.

Parabéns!

PS: não sabia q vc pensava assim!