terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Billy The Kid...

Há exatamente 3 anos atrás um crime, talvez um dos mais bárbaros da história do país foi cometido. Há exatamente 3 anos atrás um jovem, aliás, uma criança com apenas 6 anos de idade foi arrastada por quilômetros por um carro preso em um cinto de segurança. A criança era João Hélio e 3 anos depois o que mudou?
Dos 5 acusados pelo crime, 4 foram julgados em 2008 e 3 pegaram pena de 39 a 45 anos, porém a pena máxima no Brasil é de 30 anos, ainda podendo os mesmos sairem da cadeia cumprindo 1/6 da pena por bom comportamento.
Já acho absurdo, casos desses não terem prisão perpétua ou até a tão aclamada pena de morte, porém não quero entrar aqui em méritos que não me interessam entrar, mas por que dar 45 anos para quem só pode ficar 30?
Mas a questão abordada não é essa e sim a pena dada ao outro meliante que por ser menor de idade na época (16 anos) cumpriu apenas 3 anos em uma prisão sócio educativa e pronto, hoje com 19 anos já está livre e não é só, ele ainda foi inscrito no programa de proteção a menores ameaçados de morte e ganhará uma nova identidade e pode morar até fora do Brasil... Piada? Não... È Brasil mesmo.
A pergunta é: Até quando nossas leis serão tão amarradas e não flexíveis e não teremos um bom senso qualquer de distinguir entre um menino que rouba uma laranja em um supermercado e um marginal que faz uma atrocidade dessa? Será que aos 16 anos, ele é tão inocente assim? Será que nessa idade ele ainda não sabe distinguir o que é certo ou errado? Será que ele dessa idade é surdo e foi incapaz de ouvir os gritos da criança e das pessoas na rua avisando que o garoto estava preso no cinto?
E a dor da família? Será que a dor da família é tão condizente com esses 3 anos de reclusão que esse jovem sofreu? Como será que familiares se sentem sabendo que alguém que causou tamanha dor está livre e solto por aí, e ainda tendo oportunidades de sumir no mundo e deixar todo esse passado para trás.
Eu não estou aqui defendendo que as pessoas não merecem uma segunda chance não, sim... Elas merecem, todo mundo merece, porém tem algo errado aí, pois a dor que foi causada a uma família, e a uma nação, não pode simplesmente ganhar uma nova identidade, novas oportunidades até mesmo maiores do que aqueles que batalham honestamente a vida inteira, só porque na época do crime ele era “jovem demais”...
Tinhamos que mostrar que lei é para ser cumprida e que esse negócio de ser "di menor" já tá velho demais...

Um comentário:

Meu Blog Chegou disse...

Concordo em tudo, pena de morte é um assunto que sempre me questiono sobre se deveria ou não valer aqui no Brasil...