terça-feira, 29 de maio de 2012

Fuga

A verdade é uma só:
Sim...
Eu sinto culpa por tudo que eu já fiz.
Mas se um dia
Perante a alguém
Eu pudesse me justificar
Eu diria que eu sou inocente
Das minhas atitudes
Até mesmo daquelas
Que eu tenho certeza que cometi...
Parece confuso
Pra quem olha de fora
Mas tudo acontece aqui dentro.
É fácil julgar quando não se sente
Mas aqui comigo
Tem todo esse turbilhão de coisas
Tem toda essa impulsividade pulsando
Tem essa natureza incontrolável
Que às vezes cega
E quando eu vejo
Eu fiz errado
Eu já fiz de novo...
Acredite
Não é muito fácil ser assim.
Todas as noites eu peço perdão
Peço para ser diferente
Esbravejo por não ter nascido outro
Mas no dia seguinte
Com a certeza do amanhã
Tudo acontece igual
De novo e de novo...
E por mais que eu lute
Por mais que tente mudar
E buscar uma paz pela qual eu não fui abençoado
Eu acordo sendo o mesmo
Com essa impulsividade incontrolável
Que me leva a virar
O que nunca quis
O que sempre abominei
Aquilo que sempre fugi de ser:
Eu mesmo...

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