Eu sou a
impulsividade do “vamos”
Você é o “espera”
e sua razão.
Eu o “nós”
do somos
Você o “eu”
de um não.
Sou o solo
da guitarra
Você a
batida de um pandeiro.
Me incomoda
a sua metade
Te assusta
o meu inteiro.
Sou a parte
engraçada da verdade
Você a
sinceridade sem noção.
Eu a hipérbole numa figura de linguagem
Você um
ponto de interrogação.
Eu deixo
tudo nas entrelinhas
Você prefere
fazer piada.
Eu digo uma
gracinha
Você quase
morre de gargalhada.
Eu não
acredito em rezas
Você no gênero
masculino.
Você fala
que eu caí de para quedas.
Enquanto eu
acho que foi o destino.
Eu digo que
te espero
Você insiste
que convenço.
Você diz
que eu exagero
Mas apenas
sou intenso.
Eu sou a
emoção
Você todo o
resto.
Eu tenho
pouca expressão
Você é
cheia de gestos.
E eu te chamo
pra fugir
Mas você é
cheia de porém
Porque eu
sempre fui isso aqui.
Já você:
Sabe-se lá
quem.
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