terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sabe-se Lá

Eu sou a impulsividade do “vamos”
Você é o “espera” e sua razão.
Eu o “nós” do somos
Você o “eu” de um não.
Sou o solo da guitarra
Você a batida de um pandeiro.
Me incomoda a sua metade
Te assusta o meu inteiro.
Sou a parte engraçada da verdade
Você a sinceridade sem noção.
Eu a hipérbole numa figura de linguagem
Você um ponto de interrogação.
Eu deixo tudo nas entrelinhas
Você prefere fazer piada.
Eu digo uma gracinha
Você quase morre de gargalhada.
Eu não acredito em rezas
Você no gênero masculino.
Você fala que eu caí de para quedas.
Enquanto eu acho que foi o destino.
Eu digo que te espero
Você insiste que convenço.
Você diz que eu exagero
Mas apenas sou intenso.
Eu sou a emoção
Você todo o resto.
Eu tenho pouca expressão
Você é cheia de gestos.
E eu te chamo pra fugir
Mas você é cheia de porém
Porque eu sempre fui isso aqui.
Já você:
Sabe-se lá quem.

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