segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Espiral do Tempo

Ainda que os dias passem
Os minutos aconteçam
E os ponteiros das datas mudem.
Os dias se repetem como ciclos.
Hora mudam os personagens
As falas
O cenário
E algum contexto aparentemente grandioso
Que na verdade é infero.
Nunca nada é totalmente igual
Tudo parece ser diferente:
Relações interpessoais
Pessoas que cruzam nosso caminho
O jeito dos passos
Olhares
Lugares
E palavras.
Mas são apenas pequenos detalhes
Dento de uma grandiosidade infinita
Do que poderia ser
Mas que nunca é.
E assim que se vive
Na ditadura do dia a dia
Que se entra sem escolhas
Sem perceber
Desde que se nasce
Na limitação que é dormir
Acordar
Sair de casa
Se cansar
Voltar
Descansar
Sorrir
Ter mau humor
Sentir desejos
Vontades
Saciar
Ter obrigações
Seguir normas
Tentar se rebelar contra elas
Evoluir
Querer inovar
Ser
Mudar
Conhecer
E se despedir
Nesse eterno ciclo
De espiral do tempo...
E assim
Sou eu
Um ser que pensa que é livre
Mas que está preso em sua própria rotina
Pronto pra fazer
(mesmo contra minha vontade)
Hoje
Amanhã
E nos dias que se sucederem
...
Tudo de novo outra vez...

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