sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mudo

Eu ia lhe chamar
Mas a voz não saiu
Estranho
Não fez frio
Ou comemorei nada noite passada.
A espera dos fatos
É igual à procura de algo
Quando se deixa de procurar “quase” sempre aparece
Então porque procuramos?
Então porque esperamos?
Acho que o “quase” sempre me deixou inseguro
Só pode...
Não existe uma coisa eterna
A não ser o que queremos levar pra sempre
Não me leve a mal
Mas são tantas coisas que quero levar pra sempre
Que pra mim, só de ser já é eterno.
Por que o perde e ganha é sempre assim?
A sorte de um
Precisa ser necessariamente
O azar de outros?
Enquanto uns chegam
Outros se vão
e vice e versa
Mas não se preocupe
Tem gente que tem vaga cativa
Que fica no lugar que foi deixado
No dia que voltar
Nem precisa interfornar
Tudo continua a mesma coisa
Ainda que as atitudes demonstrem que não
Essa coisa de "não estar nem aí"
É tudo ensaida
Como ja ensaiei
Tantas outras coisas
Tantas outras vezes
E quis dizer
Mas não falei
Aliás
Foi nesse dia
Que quis dizer
Eu ia lhe chamar
Mas minha voz não saiu...

3 comentários:

nanda disse...

uau!!! Esse texto é seu?

Dudu disse...

Sim, quem é Nanda? rs

Meu Blog Chegou disse...

Essa coisa de "não estar nem aí"
É tudo ensaida

(...)

Sensacional.