Comecei a vida correndo pra ganhar
E fui ganhando
Com o passar do tempo descobri que correr, era um ótimo jeito de perder
E to perdendo
Sem querer, percebi que correr, também é bom pra esquecer
Mas ainda não esqueci
Comecei correndo dos outros
De todo mundo que vinha atrás de mim
E eu não sabia me defender
Me peguei correndo atrás dos outros
Para as outras
E pra mim
Pra jogar fora tudo aquilo que me deram
Mas eu não queria
E me vi tantas vezes correndo pra achar
Um monte de coisa que eu nunca quis
Tem dias que corria olhando pro chão
Oras procurando uma moeda
Outras escondendo meu rosto da vida
E de mim
Já outros de cabeça em pé
Orgulhoso do que fazia
Tentando reencontrar alguém que nunca vi
Ou procurando alguém que nunca achei
Mas corri
Como corri,
Corri tanto
Que às vezes até me esquecia porque corria
Daquele jeito desesperado
Correndo até chegar a um algum lugar
Em que eu não me arrependeria das escolhas que fiz
Mas que nunca cheguei
Nem sei se isso existe mesmo
Sempre me cansei primeiro
Como de tudo que vinha
E me questionava o porquê das coisas
Nessa altura eu já nem lembrava o motivo do lamento
Mas continuei tirando forças
Sei lá da onde
Que eu nem sabia que existia
E como não tinha outro jeito
Eu continuei correndo
Pra ganhar
e perder
Se possível esquecer
De preferência mais rápido que meus passos
Já desgastados
E desgostosos
Mas que no fundo
Ainda carregam no peso que a vida faz
Sobre mim
E em mim
A esperança de que tudo
Uma hora ou outra tem que mudar...
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Eu quero
Eu quero tudo
Um sorriso
Um amor
E a liberdade
Quero o mundo
Tudo isso
O que for
E a outra parte
Quero a vida
Sem razão
Porque a correria
Tem ousadia
Quero ferida
Da depressão
E da alegria
No mesmo dia
Quero ser eu
Melhorado
Sorrir
E vencer
Quero o que é meu
Mesmo usado
Conseguir
Não interessa o quê
Quero chances
Novidades
Pessoas
E sucesso
Quero romances
Serenidade
Numa boa
Sem excesso
Quero o ser insano
Que Mente
Mas compensa
E aparece
Só quero ser um humano
Que sente
Pensa
Mas depois esquece
Quero o que eu sempre quis
Uma pessoa boa lado
E o destino me dizer
Que tudo passa
Quero ser feliz
Esquecer o passado
Pensar em você
Só pra lembrar o que é raiva
Um sorriso
Um amor
E a liberdade
Quero o mundo
Tudo isso
O que for
E a outra parte
Quero a vida
Sem razão
Porque a correria
Tem ousadia
Quero ferida
Da depressão
E da alegria
No mesmo dia
Quero ser eu
Melhorado
Sorrir
E vencer
Quero o que é meu
Mesmo usado
Conseguir
Não interessa o quê
Quero chances
Novidades
Pessoas
E sucesso
Quero romances
Serenidade
Numa boa
Sem excesso
Quero o ser insano
Que Mente
Mas compensa
E aparece
Só quero ser um humano
Que sente
Pensa
Mas depois esquece
Quero o que eu sempre quis
Uma pessoa boa lado
E o destino me dizer
Que tudo passa
Quero ser feliz
Esquecer o passado
Pensar em você
Só pra lembrar o que é raiva
Comercial da Nextel
Adoro dar a última palavra e ir embora
Como uma cena de novela
Fiz tanto isso
Virei tanto às costas
Dando a última palavra
Que ninguém mais ficou pra ouvir
Cheguei ao cúmulo de
Senti pena de mim
Só faltava eu “te ver” na garupa de uma moto velha
Com algum outro tatuado
Que aí sim eu veria
O fundo do fundo que tanto digo que fui
Nunca gostei de histórias de superação
Até porque elas
Pra mim
São passageiras
Supero-me em um dia
No outro me supero novamente ao voltar pra onde eu saí
Um eterno programa de reabilitação
Onde é preciso viver um dia de cada vez
Mas que chatice hein!
O vazio dentro é um tormento
Que a gente confunde por um vazio deixado por alguém
Que talvez nunca tenha entrado
Talvez só tenha guardado lugar
Pra alguém
Talvez...
Que palavra malandra
Que nunca diz nada
Mas ao mesmo tempo acha que diz tudo
Vive em cima do muro
Sempre acertando em qualquer opção que seja
Só porque disse “talvez”
Na vida a gente tem que arriscar
E levar mesmo o de dentro fora
Quem tá pra fora pra dentro
E não ficar nesse talvez
Acho que o vazio que sinto
É culpa do talvez
Por não ter decidido
É por ser vazio
Por procurar tanto pessoas legais
Quando nem eu mesmo sou legal
Mas pasmem
Mesmo assim elas aparecem
E eu
Querendo a perfeição
É sempre algo que não encaixa
Um motivo qualquer que me irrita
Uma palavra fora do meu dicionário
Tão complexo
E desleal
Ou pior
Alguém que não me quer
Sim...
Mesmo não assumindo
Com a desculpa de ”desafios”
No fundo
Eu gosto de ser maltratado
Só pode...
Acho que nem tudo precisa ser dito
Mas isso eu tive que dizer
Sei lá porque
Pra ficar desprotegido
Deve ser boa essa sensação
Deve ser bom sentir outras sensações
A não ser as de “sempre” que sinto.
Queria poder fazer amizades de Lego
Onde eu encaixo
E desencaixo tudo que é e não é
Colocando perucas
Ou tirando cabelos
Eu decido!
Não agüento mais sentir culpa
Do que eu sei que fiz
E ainda faço
A sensação mentirosa de poder voltar atrás
Aposto que eu se eu pudesse
Eu faria tudo de novo
Só gosto do que não tenho
Só aprecio o que não posso ter
E se passo a ter
Acho que no fundo penso
“Que estranho eu ter isso...”
E novamente
Por não ser legal
Acho que é meio fácil demais
Alguém gostar de mim
Como se falasse
“Algo aí tem”
Volto!
Como quem anda em círculos
E me arrependo
De atitudes que fiz
Peço outra chance
Pra Deus
Pro destino
Ou pra quem existir
Outra vez
Outro momento
Só queria ter novidades para contar.
Passo a viver de lembranças
Emocionando-me com cada música
E cada filme que vi
Com alguém
Que agora passou a ser Tudo
Enquanto eu mesmo me transformei no Nada
Parece que minha última chance de ser feliz se foi
Com outra pessoa
Na garupa de uma moto que graças a Deus não vi
E sobrou a solidão
Que eu mesmo me coloco
Na eterna dúvida
Se o pior é sofrer por alguém
Ou o medo de nunca mais ter alguém pra sofrer?
Porque
Fingindo pra mim
E pra quem tá perto
Que meu passado era perfeito
Eu continuo não sendo
E empurro com o pé
Como quem empurra o móvel perto de si
Todo mundo que chega perto
Achando que o melhor ainda virá
Que eu não consigo
“Eu não consigo”
“Eu não consigo”
Esbravejo!
E quase surto, como em tudo
Como uma criança mimada
Que nunca decide o que ganhar de natal
Porque acha que algo melhor vai ser inventado
Até que novamente
Depois que vai
Eu fico
E fico
Nesse eterno ciclo vicioso
De dar a última palavra
Virar as costas
Ir embora
E ficar sozinho
Com pena de mim
De novo...
Como uma cena de novela
Fiz tanto isso
Virei tanto às costas
Dando a última palavra
Que ninguém mais ficou pra ouvir
Cheguei ao cúmulo de
Senti pena de mim
Só faltava eu “te ver” na garupa de uma moto velha
Com algum outro tatuado
Que aí sim eu veria
O fundo do fundo que tanto digo que fui
Nunca gostei de histórias de superação
Até porque elas
Pra mim
São passageiras
Supero-me em um dia
No outro me supero novamente ao voltar pra onde eu saí
Um eterno programa de reabilitação
Onde é preciso viver um dia de cada vez
Mas que chatice hein!
O vazio dentro é um tormento
Que a gente confunde por um vazio deixado por alguém
Que talvez nunca tenha entrado
Talvez só tenha guardado lugar
Pra alguém
Talvez...
Que palavra malandra
Que nunca diz nada
Mas ao mesmo tempo acha que diz tudo
Vive em cima do muro
Sempre acertando em qualquer opção que seja
Só porque disse “talvez”
Na vida a gente tem que arriscar
E levar mesmo o de dentro fora
Quem tá pra fora pra dentro
E não ficar nesse talvez
Acho que o vazio que sinto
É culpa do talvez
Por não ter decidido
É por ser vazio
Por procurar tanto pessoas legais
Quando nem eu mesmo sou legal
Mas pasmem
Mesmo assim elas aparecem
E eu
Querendo a perfeição
É sempre algo que não encaixa
Um motivo qualquer que me irrita
Uma palavra fora do meu dicionário
Tão complexo
E desleal
Ou pior
Alguém que não me quer
Sim...
Mesmo não assumindo
Com a desculpa de ”desafios”
No fundo
Eu gosto de ser maltratado
Só pode...
Acho que nem tudo precisa ser dito
Mas isso eu tive que dizer
Sei lá porque
Pra ficar desprotegido
Deve ser boa essa sensação
Deve ser bom sentir outras sensações
A não ser as de “sempre” que sinto.
Queria poder fazer amizades de Lego
Onde eu encaixo
E desencaixo tudo que é e não é
Colocando perucas
Ou tirando cabelos
Eu decido!
Não agüento mais sentir culpa
Do que eu sei que fiz
E ainda faço
A sensação mentirosa de poder voltar atrás
Aposto que eu se eu pudesse
Eu faria tudo de novo
Só gosto do que não tenho
Só aprecio o que não posso ter
E se passo a ter
Acho que no fundo penso
“Que estranho eu ter isso...”
E novamente
Por não ser legal
Acho que é meio fácil demais
Alguém gostar de mim
Como se falasse
“Algo aí tem”
Volto!
Como quem anda em círculos
E me arrependo
De atitudes que fiz
Peço outra chance
Pra Deus
Pro destino
Ou pra quem existir
Outra vez
Outro momento
Só queria ter novidades para contar.
Passo a viver de lembranças
Emocionando-me com cada música
E cada filme que vi
Com alguém
Que agora passou a ser Tudo
Enquanto eu mesmo me transformei no Nada
Parece que minha última chance de ser feliz se foi
Com outra pessoa
Na garupa de uma moto que graças a Deus não vi
E sobrou a solidão
Que eu mesmo me coloco
Na eterna dúvida
Se o pior é sofrer por alguém
Ou o medo de nunca mais ter alguém pra sofrer?
Porque
Fingindo pra mim
E pra quem tá perto
Que meu passado era perfeito
Eu continuo não sendo
E empurro com o pé
Como quem empurra o móvel perto de si
Todo mundo que chega perto
Achando que o melhor ainda virá
Que eu não consigo
“Eu não consigo”
“Eu não consigo”
Esbravejo!
E quase surto, como em tudo
Como uma criança mimada
Que nunca decide o que ganhar de natal
Porque acha que algo melhor vai ser inventado
Até que novamente
Depois que vai
Eu fico
E fico
Nesse eterno ciclo vicioso
De dar a última palavra
Virar as costas
Ir embora
E ficar sozinho
Com pena de mim
De novo...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Desculpa
Desculpa
Nunca mais ter te ligado
Ou por não aparecer na sua casa do nada
Desculpa
Por não ter te contado de mim
Ou te apresentado meus novos amigos
Desculpa
Por não mais aparecer
Nem pedir pra te encontrar
Desculpa
Por nunca te dizer que to sofrendo
E te pedir pra voltar
Desculpa
Nunca mais te cantar a nossa música
Ou gritar seu apelido
Desculpa
Não ter ligado bêbado
Ou apenas discado pra ouvir sua voz
Desculpa
Por não mandar mais mensagens
Com a desculpa do seu número ter mudado
Desculpa
Não perguntar sobre seu novo “eu”
Só pra ter mais um pra odiar
Desculpa
Ainda não ter arrumado uma namorada
Só pra você morrer de ciúme
Desculpa
Por te deixar dormir de madrugada
Sem uma ligação te incomodando
Desculpa
Por não ter gritado pra você
Que eu to morrendo por dentro
Desculpa
Ter sido tudo do jeito que foi
E que eu falei que seria
Mas desculpe
Eu juro que no fundo eu quis te dizer tudo
Só não tive coragem
Desculpa...
Nunca mais ter te ligado
Ou por não aparecer na sua casa do nada
Desculpa
Por não ter te contado de mim
Ou te apresentado meus novos amigos
Desculpa
Por não mais aparecer
Nem pedir pra te encontrar
Desculpa
Por nunca te dizer que to sofrendo
E te pedir pra voltar
Desculpa
Nunca mais te cantar a nossa música
Ou gritar seu apelido
Desculpa
Não ter ligado bêbado
Ou apenas discado pra ouvir sua voz
Desculpa
Por não mandar mais mensagens
Com a desculpa do seu número ter mudado
Desculpa
Não perguntar sobre seu novo “eu”
Só pra ter mais um pra odiar
Desculpa
Ainda não ter arrumado uma namorada
Só pra você morrer de ciúme
Desculpa
Por te deixar dormir de madrugada
Sem uma ligação te incomodando
Desculpa
Por não ter gritado pra você
Que eu to morrendo por dentro
Desculpa
Ter sido tudo do jeito que foi
E que eu falei que seria
Mas desculpe
Eu juro que no fundo eu quis te dizer tudo
Só não tive coragem
Desculpa...
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Deixa que calem...
Acho que já levantei essa questão anteriormente. Acho não, tenho certeza. Não sei por que as pessoas usam acho para afirmar algo que sabem que é, deve ser mania, eu acho...
Enfim, o tema foi essa coisa do preconceito existente em algumas camadas da sociedade e que veio a tona novamente depois que uma menina lá falou dos Nordestinos, que deveriam ser afogados em São Paulo, etc...
A princípio achei que a repercussão do caso mais uma vez por se tratar de minorias (quando digo minorias não são em valores quantitativos, mas sim o que a sociedade impõe como minoria) foi exagerada, já que vi o comentário como uma piada de humor negro, por assim dizer, até porque eles teriam que ser afogados no Tietê já que São Paulo não tem praia (há há há, não podia perder a piada).
Mas falando sério dessa vez, essa história novamente me levou a pensar que a proteção nesses casos é a maior forma de preconceito e discriminação. Tudo bem que nesse caso tem uma ameaça de morte, ou uma “pseudo ameaça” que continuo vendo como uma brincadeira, mas sim... Teve. Porém, mesmo se ela não tivesse falado de morte no fim, ou algo assim, o comentário continuaria dando o que falar.
A sociedade brasileira e não sei se isso é uma tendência mundial, tem uma mania de proteger essas minorias, as colocando em determinadas situações de intocáveis que por si só mostram para a população uma fraqueza que ali tem.
Será que se a menina tivesse falado do Rio de Janeiro, que também elegeu a Dilma, a repercussão seria a mesma? No mínimo ela trocaria meia dúzia de palavrões com algum carioca e pronto, acabaria ali, por que com o resto é diferente?
Acho que o preconceito está na forma em que a pessoa se sente com aquilo que escuta. Eu como carioca em vários locais do Brasil já fui taxado de favelado, já fui chamado de branquelo, Magrelo (bons tempos), como Flamenguista já fui chamado de ladrão, assaltante e nada me feriu ou sequer feriu alguém do governo, OAB , e esses órgãos por aí, ou acha que alguém processa alguém por esses motivos?
Agora, imagina você chamar algum Nordestino de Cabeção, ou algum Homossexual de Bichona, alguma gordinha de Baleia, um Negro de Crioulo e por aí vai, a coisa é bem diferente né?
O que eu acho é que certas datas comemorativas que inventam como o Orgulho Gay, Consciência Negra e dia da Mulher são datas preconceituosas por si só, ou leis que inventam de inserção dessas pessoas na comunidade, porque ou elas são preconceituosas por demonstrarem que essas camadas da sociedade são sim mais frágeis ou por esquecerem de seus opostos, que acaba sendo a grande maioria, dando prioridade apenas para uns. Sim, eu poderia me sentir prejudicado, poderia me sentir injustiçado, não poderia??
Outra coisa que me chamou a atenção nesse caso “Nordestino “ foi ler algumas coisas, algumas respostas, principalmente um blog em que se defendia atacando. Exaltava toda a maravilha do Nordeste Brasileiro e falava mal de todo o resto do Brasil, fazendo uma balança totalmente desleal do pior com o melhor, comparando o Nordestino Caetano Velloso com Latino e Kelly Key... Um Fanfarrão como diria o carioca Capitão Nascimento interpretado pelo Nordestino Wagner Moura.
Mas é assim que uma camada que tanto reclama do preconceito deveria se comportar? Isso é culpa da segmentação criada pelo governo em inventar datas, semanas, entre outras coisas e tratar certas regiões e suas conquistas como de uma criança com deficiência mental, em que cada pequeno passo é uma grande vitória, como se todos não fossemos iguais
O que tem que ser revisto é que na busca por igualdade acabamos por nos dividir ainda mais. E somos obrigados a conviver com além das barreiras geográficas e faixas etárias, subdivisões de gostos, preferências, etnias, etc. colocando essas classes como “inferiores” simplesmente por essa super-proteção exagerada, como uma criança que sempre será defendida pelos seus pais e crescerá sem conseguir buscar o respeito das pessoas por si só e quando crescer se sentirá ainda mais frágil e vulnerável, porque nunca passou pelas barreiras preconceituosas da vida sozinha.
Enfim, o tema foi essa coisa do preconceito existente em algumas camadas da sociedade e que veio a tona novamente depois que uma menina lá falou dos Nordestinos, que deveriam ser afogados em São Paulo, etc...
A princípio achei que a repercussão do caso mais uma vez por se tratar de minorias (quando digo minorias não são em valores quantitativos, mas sim o que a sociedade impõe como minoria) foi exagerada, já que vi o comentário como uma piada de humor negro, por assim dizer, até porque eles teriam que ser afogados no Tietê já que São Paulo não tem praia (há há há, não podia perder a piada).
Mas falando sério dessa vez, essa história novamente me levou a pensar que a proteção nesses casos é a maior forma de preconceito e discriminação. Tudo bem que nesse caso tem uma ameaça de morte, ou uma “pseudo ameaça” que continuo vendo como uma brincadeira, mas sim... Teve. Porém, mesmo se ela não tivesse falado de morte no fim, ou algo assim, o comentário continuaria dando o que falar.
A sociedade brasileira e não sei se isso é uma tendência mundial, tem uma mania de proteger essas minorias, as colocando em determinadas situações de intocáveis que por si só mostram para a população uma fraqueza que ali tem.
Será que se a menina tivesse falado do Rio de Janeiro, que também elegeu a Dilma, a repercussão seria a mesma? No mínimo ela trocaria meia dúzia de palavrões com algum carioca e pronto, acabaria ali, por que com o resto é diferente?
Acho que o preconceito está na forma em que a pessoa se sente com aquilo que escuta. Eu como carioca em vários locais do Brasil já fui taxado de favelado, já fui chamado de branquelo, Magrelo (bons tempos), como Flamenguista já fui chamado de ladrão, assaltante e nada me feriu ou sequer feriu alguém do governo, OAB , e esses órgãos por aí, ou acha que alguém processa alguém por esses motivos?
Agora, imagina você chamar algum Nordestino de Cabeção, ou algum Homossexual de Bichona, alguma gordinha de Baleia, um Negro de Crioulo e por aí vai, a coisa é bem diferente né?
O que eu acho é que certas datas comemorativas que inventam como o Orgulho Gay, Consciência Negra e dia da Mulher são datas preconceituosas por si só, ou leis que inventam de inserção dessas pessoas na comunidade, porque ou elas são preconceituosas por demonstrarem que essas camadas da sociedade são sim mais frágeis ou por esquecerem de seus opostos, que acaba sendo a grande maioria, dando prioridade apenas para uns. Sim, eu poderia me sentir prejudicado, poderia me sentir injustiçado, não poderia??
Outra coisa que me chamou a atenção nesse caso “Nordestino “ foi ler algumas coisas, algumas respostas, principalmente um blog em que se defendia atacando. Exaltava toda a maravilha do Nordeste Brasileiro e falava mal de todo o resto do Brasil, fazendo uma balança totalmente desleal do pior com o melhor, comparando o Nordestino Caetano Velloso com Latino e Kelly Key... Um Fanfarrão como diria o carioca Capitão Nascimento interpretado pelo Nordestino Wagner Moura.
Mas é assim que uma camada que tanto reclama do preconceito deveria se comportar? Isso é culpa da segmentação criada pelo governo em inventar datas, semanas, entre outras coisas e tratar certas regiões e suas conquistas como de uma criança com deficiência mental, em que cada pequeno passo é uma grande vitória, como se todos não fossemos iguais
O que tem que ser revisto é que na busca por igualdade acabamos por nos dividir ainda mais. E somos obrigados a conviver com além das barreiras geográficas e faixas etárias, subdivisões de gostos, preferências, etnias, etc. colocando essas classes como “inferiores” simplesmente por essa super-proteção exagerada, como uma criança que sempre será defendida pelos seus pais e crescerá sem conseguir buscar o respeito das pessoas por si só e quando crescer se sentirá ainda mais frágil e vulnerável, porque nunca passou pelas barreiras preconceituosas da vida sozinha.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Time
O desperdício de tempo
É o tempo que a gente perde no ”errado”
Os chatos que ”vivem a vida” questionaríam
“Mas tempo dá pra ser desperdiçado?”
E sonhar com a pessoa errada?
Não é desperdício de tempo?
Ou pegar o que nasceu pra ser rápido
E transformar-lo para ficar mais lento
Como uma paixão de um dia
Daquelas que todo mundo quer
Que a gente conhece num só dia
E no outro nem sabe quem é
Ou aquele momento curtição
Que deveria ser só um
Para que continuar com aquilo
Se não dará em lugar nenhum
Mesmo assim a coisa se alonga
Gastando tempo dizendo o desnecessário
Contabilizando no fim das suas vidas
O desperdício de ter feito alguém de otário
Ou achando que sente o que não é
Mas que depois volta a sentir
Ou você acha que o tempo para
Pra esperar você se decidir?
É como o cumulo do desperdício de tempo
Que todo mundo já viveu um dia
Em que comemos demais, confundindo sede com fome
Quando na verdade, um só copo d’água resolvia
É o tempo que a gente perde no ”errado”
Os chatos que ”vivem a vida” questionaríam
“Mas tempo dá pra ser desperdiçado?”
E sonhar com a pessoa errada?
Não é desperdício de tempo?
Ou pegar o que nasceu pra ser rápido
E transformar-lo para ficar mais lento
Como uma paixão de um dia
Daquelas que todo mundo quer
Que a gente conhece num só dia
E no outro nem sabe quem é
Ou aquele momento curtição
Que deveria ser só um
Para que continuar com aquilo
Se não dará em lugar nenhum
Mesmo assim a coisa se alonga
Gastando tempo dizendo o desnecessário
Contabilizando no fim das suas vidas
O desperdício de ter feito alguém de otário
Ou achando que sente o que não é
Mas que depois volta a sentir
Ou você acha que o tempo para
Pra esperar você se decidir?
É como o cumulo do desperdício de tempo
Que todo mundo já viveu um dia
Em que comemos demais, confundindo sede com fome
Quando na verdade, um só copo d’água resolvia
Prisão
Mentiras!
Que a gente finge não acreditar
Como aquela velha calça que não mais cabe
Mas que ninguém assume que simplesmente...
Engordou
Mentiras!
Que as pessoas pedem para a gente contar
Como aquela saudade que não existe
Como aquela insistência totalmente forçada
Que só pede por palavras, não por sentimento
Mas que ninguém assume simplesmente
Que “não tá nem aí”
Mentiras!
Como aquelas que a gente gosta de ouvir
Aquela saudade que a gente diz primeiro
Aquele eu te amo pra ouvir um também
Mas que ninguém assume simplesmente
Que vale ser enganado pela carência
E Mentiras!
Que tem seu fundo de verdade
Como o telefonema que recebe
De alguém que se arrepia
Lembra, e te liga
Mas que não assume simplesmente
Que foi só culpa da prisão de ventre...
Que a gente finge não acreditar
Como aquela velha calça que não mais cabe
Mas que ninguém assume que simplesmente...
Engordou
Mentiras!
Que as pessoas pedem para a gente contar
Como aquela saudade que não existe
Como aquela insistência totalmente forçada
Que só pede por palavras, não por sentimento
Mas que ninguém assume simplesmente
Que “não tá nem aí”
Mentiras!
Como aquelas que a gente gosta de ouvir
Aquela saudade que a gente diz primeiro
Aquele eu te amo pra ouvir um também
Mas que ninguém assume simplesmente
Que vale ser enganado pela carência
E Mentiras!
Que tem seu fundo de verdade
Como o telefonema que recebe
De alguém que se arrepia
Lembra, e te liga
Mas que não assume simplesmente
Que foi só culpa da prisão de ventre...
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