E eu já
contei a nossa história tantas e tantas vezes
Que às
vezes sinto que seria capaz de contá-la de trás pra frente
Ou até
mesmo dormindo enquanto sonho
E como
sonho...
Mas o mais engraçado
nisso tudo
É que toda
vez que eu a conto
Eu descubro
uma coisa nova
Um motivo
Detalhe
Ou circunstâncias
Que apesar
de todas as minhas vontades
Simpatias
Pedidos
E moedas que
joguei da ponte
A gente não
ter dado certo
Ou como eu
gosto de dizer toda vez que conto isso:
“Muito
errado”.
O que eu não
conto é que mesmo depois de tanto tempo
Eu ainda te
procuro aonde eu vou
Eu te
procuro em quem não é você
Eu ainda te
vejo de relance em cada estranho que aparece na esquina
E ainda
espero te encontrar em algum lugar
De preferência
incomum
Em uma
janela
Com você me
gritando
E me
provando que eu estava certa
Que não
tinha como eu não me apaixonar.
E assim
Sigo eu
Anos nessa
busca velada
Com essas
bocas que não são suas
Com os
nomes que não são seus
Com os
signos que não me confundem
Com o
abraço que não é seu
Pedindo todos
os dias da noite uma montão de força
Caso o
destino um dia decida agir
No tal do que tem que ser...
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