A grande
verdade
É que mesmo com todo espírito aventureiro
No fundo mesmo gostamos de uma certa segurança.
Gostamos de programações
De ter planos
Metas
Objetivos
Enxergar estradas
Pistas
Pegadas
E tudo mais
que nos dê uma noção
(Ainda que inverossímil)
De que
estamos seguindo algum caminho.
Mas aí que
o destino
O acaso
A sorte
O azar
A sincronicidade
Ou qualquer
outra nomenclatura que usamos pra justificar o injustificável
Nos mostra quem realmente manda
E todo aquele caminho traçado
De um momento pro outro some.
É nesse momento
que as portas se fecham
As cores se
vão.
As nuvens
aparecem
O sol some
As perguntas
floreiam
As respostas
somem
E viver...
Ah viver se
torna complicado.
Estranhamos
a sensação antagônica de tudo e nada.
Não temos
nada
Poder ser
tudo novamente assusta.
Não vemos
caminhos
Não enxergamos
metas
Não temos mais
planos.
E a liberdade
tão almejada nas palavras
É tão livre
que até assusta.
Não sabemos aproveitar o agora
Não nascemos para viver a deriva.
Precisamos desde sempre enxergar a evolução.
Um caminho
O pular das séries
Os aniversários
Os períodos da faculdade
Um mapa da carreira.
Até que o
tempo
Que até
aqui pareceu vilão
Começa a se
redimir.
Saímos da
nossa visão
Mudamos de
perspectivas
Enxergamos
o ciclos das coisas
E percebemos
que o clichê sempre esteve certo
Todo fim
É uma
excelente oportunidade para um novo recomeço.
E aí partir daí
Quando conseguimos realmente perceber que nada é garantia.
Que o amanhã pode não chegar
E a única coisa que temos de concreto é o agora.
Portas se abrem
Aprendemos a
ver a beleza das nuvens
Descobrimos
novas cores que nem sabíamos ser possível
O sol se
torna ainda mais forte que antes
E enxergamos tudo que sempre esteve ali todo momento
Mas que nosso desespero não nos deixava ver.
E assim
A sensação de poder ser tudo novamente se torna tão linda
Tão forte
Tão intensa
E tão poderosa.
Que pensando
novamente naquele final
A gente só
consegue ser grato mesmo
Por esse novo
recomeço...
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