terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Sem Emoção Por Favor

Queria eu entender por que hoje em dia no novo modelo do “jogo do relacionamento”
Quanto mais indiferente a gente for
Melhor nos sairemos?
Por que ganha quem não se apega?
Por que feliz é quem gosta menos?
E assim...
Por que o vitorioso é o que sai ileso?
O que vive
Divide
Está junto por dias
Horas
E até mesmo meses...
Mas no final das contas
Volta pra casa vazio.
Do tipo que vive muito
Mas não sente nada.
Receio que
Estamos criando uma geração de desajustados emocionalmente
Que com o medo e trauma de fracassos anteriores
Ajuda (ou atraso) de redes sociais
E novos meios de comunicação
Que criam um verdadeiro cardápio humano.
Tornaram-se incapazes de entrar de cabeça em uma relação
Sem ter a coragem de fechar tantas outras portas que ficaram abertas pra trás
Deixam o tal do “quem sabe”, “se” e “um dia pode ser”
Ali de sobreaviso.
Ninguém quer ter ninguém
Mas também ninguém é louco de querer ficar sozinho.
Afinal
Sempre existirá um dia frio
Uma vontade de ir ao cinema
Uma carência pra dormir de conchinha.
Vivemos enfim na ideologia do “Pegar sem se apegar”
No qual se faz bastante
Troca-se muito
Falasse por horas por mensagens
Uma infinidade de fotos e conversas
Mas infelizmente
Todas elas sem profundidade alguma.
Somos incapazes de dar a chance para o amor!!
Focamos nos defeitos
Esquecemos as qualidades
E transformamos pessoas especiais
Que querem nosso bem
Merecem uma chance
Em um verdadeiro passatempo.
"Não é bonito o suficiente"
Um medo absurdo de ser feliz!!!
Mas pra mim
A grande verdade é que
O ser humano nasce do amor
E vive pro amor...
E assim
Por trás de toda essa visível indiferença de ambas as partes
O que sentimos é um medo absurdo de amar.
As pessoas estão com medo de pessoas
Com medo dos sentimentos
Do sofrimento
Da dor da perda
Da saudade que ainda nem apareceu...
E assim já entram em relacionamentos descrentes
Achando que o outro também não quer nada sério
Nesse eterno ciclo
De não fazer primeiro
De esperar o outro tomar a atitude...
Mas o grande problema
É que ninguém toma atitude
E muito menos faz primeiro.
Não podemos nos esquecer que não somos descartáveis.
A nossa geração está perdendo o jeito de se relacionar entre si
Pessoalmente.
Falamos com muita gente
Mas não conhecemos ninguém.
Sabemos muito de fotos
Filtros
E legendas
Mas pouco de como lidar com a rejeição
Insegurança
Ansiedade
E um bando de outras coisas que vem com o amor.
Somos incapazes de ouvir um não
Ou ter o coração partido
Sem sair correndo para terapia
Ou para os antidepressivos.
E assim vivemos uma vida supérflua
Às vezes trocando uma paixão
Ou alguém que tem tudo pra ser feliz
Por um amor mais racional
A tal pessoa que vai sim te fazer bem
Vai ser legal
Vai dar paz...
Mas sem o frio na barriga
Nem grandes emoções
Afinal...
Nesse jogo de hoje vale tudo
Menos
Fazer o mico de ser o primeiro a gostar
E nem viver a vergonha quase mortal
Que é ultimamente
Gostar sozinho...

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